1- Entusiasmo: é aquele contato inicial com a palavra de
Deus, com aqueles testemunhos de outras pessoas, com a vida dos santos, que
somadas essas experiências, nos arremetem a sair em desabalada carreira em busca
de Deus e dessa vivência que outros já tiveram.
2- Obsessão: é um correr desenfreado, cada livro, cada
palestra, tudo relacionado vai sendo “consumido” com aquela sede de saber frenética,
quase impulsiva e desordenada. Ocorre um aumento de informações que
sobrecarregam a pessoa.
3- Desconforto: por aqui, apesar de toda a corrida pelo
saber a prática vai impondo o seu lado; no dia a dia as coisas não funcionam
como se lê e aprende por este canal. À medida que se vive o que se esperava
como ideal vai esbarrando em dificuldades que não podem, às vezes, serem
controladas.
4- Frustração: por sentir a diferença entre o que se aprende
nas escrituras e o que se vive no dia a dia, o desconforto vivido no estágio
anterior se transforma em frustração. O entusiasmo que ficou pra trás deixou
marcas perigosas. Parece que Deus não aplaude o esforço humano e demonstra isso
nos impondo barreiras bem danosas durante a vida.
5- Falta de compreensão: a frustração nos persegue, querendo
provar que não adianta tentarmos, não vamos conseguir. São as tentações para
que desistamos. O mal que nunca dorme, apenas aguarda, adora ver a fragilidade
humana nesta etapa, os egos e estimas que se mostram pequenas perante a
majestade divina que aguarda a todos os vencedores da batalha. Por aqui, apesar
de tudo e de todo o esforço, a falta de compreensão fica a martelar o
pensamento. “Não entendo” – o que estou fazendo de errado?
6- Revelação: No entanto, se na fase anterior não arrefecermos,
uma luz irá iluminar o caminho e parece então tudo fazer sentido. É como as
escamas que no evangelho se diz que caíam dos olhos do cego. Ele não voltou a
enxergar instantaneamente, houve um processo. Aqui é a mesma coisa, o
aprendizado tem um processo para que o que aprendermos não seja perdido com o
tempo.
7- O segundo Entusiasmo: agora a revelação reforça a caminhada
e a certeza de que a luta está sendo bem travada e, com os ânimos renovados, a
pessoa aprofunda o quanto pode em aprender. Vai aprendendo, fixando e
interiorizando na mente e na alma cada etapa que os novos saberes acrescentam
para si.
8- Timidez: No entanto, irá dar uma passada por aqui, com
mais ou menos ênfase. O segundo entusiasmo faz com que a pessoa queira anunciar
aos quatro cantos do planeta o que agora vive. Todavia, receia repreensões e
críticas e um medo por uma suposta incompreensão das pessoas lhe façam ir com
calma, sem muito estardalhaço o que é bom para manter a humildade em voga e a
vaidade para bem longe.
9- Vergonha: Se a timidez controla a euforia e mantém o
espírito acalmado, isso perante todos, por aqui a vergonha bate à porta pois,
as pessoas mais próximas do convívio, mais conhecedoras de nós, serão as
maiores e melhores críticas a nosso respeito. Então será que corro o risco e me
exponho onde, quem sabe serei alvejado com um “agora” resolveu ser assim, ou
fazer isso?”.
10- Nível Máximo: enfim, quando chegamos aqui, estamos moldados
por Deus, aqui vivemos o evangelho e a palavra de Deus, aqui somos imitadores
de Jesus, dependente dele para tudo, aqui já somos santos em vida e a caridade
está presente em nossos corações. Superamos as baixezas da vida, os prazeres
desordenados, somos agora sábios, cheios do Espírito Santo e felizes por viver
a vida que Deus nos deu com as pessoas de nossa família. Neste nível, tão
próximo de Deus, somos muito cobiçados pelo diabo, que pouco pode fazer, pois
as incapacidades há muito deixaram nossos corações que é agora semelhante ao
coração de Jesus Cristo. Daqui, deste nível, certamente, segundo aprendemos nas
sagradas escrituras, é “céu direto!”.
Fonte: Jefferson Roger