sexta-feira, 31 de julho de 2015

O amargo remédio da GREVE

As pessoas não costumam ir ao médico se estão sadias, porém, se estão doentes e esta doença "toma" proporção considerada grave, muitas vezes é chegada a hora do "remédio". E haja vista, muito bem sabemos desde nossa tenra infância, o quanto são amargos os remédios. Ainda pequenos não conseguimos compreender porque quando estamos doentes precisamos tomar uma "coisa ruim" e é esta coisa que irá nos curar? Ou ainda como entender, quando pequenos, que uma picada de uma injeção causará uma dor que é para nosso bem? Tentemos explicar essa agulhada para uma criança com pouca idade, muitas mães sabem como é isso.

Pois bem, este artigo trás à tona, sob a ótica da fé os ingredientes deste amargo remédio que nossa sociedade tem ingerido a cada dia que passa, mais vezes. Chegam até em alguns casos, em ser um remédio controlado ou ainda, algumas vezes de uso contínuo.

DAI A CESAR O QUE É DE CESAR E A DEUS O QUE É DE DEUS (Mateus 22,21)

O ser humano em suas origens sofre de uma doença espiritual chamada avareza. Lembremos: o homem não é doente mas está doente. E esta sua natureza de se afastar de seu criador, com seu livre arbítrio, conforme está escrito no livro do profeta Oséias (cap 11,7), fruto da sua própria concupiscência. Como acontece com a gula e a luxúria, a ilusão da avareza é a de ser capaz de preencher o vazio infinito do nosso coração com as coisas finitas. É a avareza que nos faz acumular e multiplicar inutilmente os nossos haveres. Mas, é claro, trata-se de uma ilusão, pois tantas coisas finitas, mesmo somadas, não chegarão jamais a preencher o infinito.

Como nos recorda São Tomás de Aquino: "a avareza é o amor exagerado pelo possuir". De palavra aportuguesada de origem grega "filargyria" que significa o amor em possuir coisas, esta encontra no dinheiro a sua manifestação mais clara. Portanto aqui, acabamos de identificar os causadores da greve: Os empresários administradores. Mas não qualquer empresário, sobretudo os avarentos pois de longe são amantes do possuir mais, mais e mais dinheiro e, neste ponto sua ganância pelo mais, afasta a sua conduta justa e a correta administração de suas atividades uma vez que seu egoísmo insiste em não dar ao trabalhador o que é do trabalhador.

E foi o apóstolo Paulo que de forma incisiva compreendeu a verdadeira natureza "religiosa" da avareza, quando escreveu aos Colossenses (cap 3,5): "Mortificai os vossos membros, isto é, o que em vós pertence à terra ... especialmente a ganância, que é uma idolatria". E para que não nos reste dúvida, ele reafirma aos Efésios (cap 5,5): "o ganancioso é um idólatra".
E é Jesus quem nos coloca uma alternativa radical sobre a questão: "Ninguém pode servir a dois senhores. Pois vai odiar a um e amar o outro, ou se apegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro" (Lucas 16,13;Mateus 6,24).


ACORDAR O QUE É JUSTO (Mateus 20,4)

Como na parábola do senhor da vinha ensinada por Jesus, é exatamente na contramão desta verdade que o pavio de nossa protagonista deste artigo, a greve, entra em cena. Aqui é preciso colocar entre tantos exemplos que ocorrem no dia a dia, pelo mundo afora, uma fato ocorrido durante a semana de 27 a 31 de julho deste ano. Esta situação que aqui leremos teve seu pavio iniciado em maio do corrente. Cerca de 1435 trabalhadores da empresa de economia mista Urbanização de Curitiba S.A. "adoeceram" ao longo destes meses, de forma gradual e continua. E como o vírus mutante da gripe que a cada ano evolui e os remédio vão aos poucos perdendo sua eficácia até no combate aos sintomas, chegaram ao ponto de, por não receberem seu valor, reconhecimento, e seus direitos pelo "que é justo", baixaram ao pronto-socorro e o diagnóstico foi um só: o pavio queimou, está na hora do remédio amargo chamado GREVE.

Como um animal que encurralado pelo predador, em defesa de sua prole parte para o seu sacrifício final pois não vê mais nenhuma saída, o movimento de greve foi iniciado. Movimento este do qual fiz parte e passo agora a compartilhar alguns episódios deste momento.

O OPERÁRIO É DIGNO DO SEU SALÁRIO (Lucas 10,7)

A todo o que fizer para ti um trabalho, paga o seu salário na mesma hora: que a paga de teu operário não fique um instante em teu poder. Guarda-te de jamais fazer a outrem o que não quererias que te fosse feito. (Tobias 4,15-16). Sempre brilhantes são os ensinamentos das sagradas escrituras. Pena que muitos querem viver um paraíso aqui na terra, sem Deus. Não atribuem nada a Ele e com seus peitos estufados, queixos erguidos e narizes empinados seguem a catequese do mundo colocando a caridade e o amor ao próximo na lama e enaltecendo a si mesmos em prol de uma vida cheia de riquezas. Pobre "deles" que não sabem o que fazem. "Ai de vocês fariseus, já exclamava Jesus, que colocam pesados fardos sobre os outros. Assim veio agindo a atual gestão desta empresa que teve o apoio da justiça aprovando uma liminar contra os "pequenos", que dentro de seus direitos ainda foram forçados a trabalhar.
Ainda bem que Jesus nos confortou dizendo, felizes de vós, os pequeninos pois foi a vocês que meu Pai se revelou. Quanto a greve? Pois bem, dois motivos: o justo e digno salário do mês trabalhado não pago e a falta de acordar o que é justo, a reposição inflacionária do período. Para os desavisados e desinformados e ainda para o pessoal "de lá", do outro lado da muralha, isso mesmo, uma muralha é o que separa o trabalhador do empregador e até mesmo dentro das próprias classes, estes justos motivos até pela mídia e pela prefeitura da cidade de Curitiba foram levados à tona com uma transparência um tanto questionável, motivando comentários pela mídia que combatiam o movimento, como se os grevistas quisessem algo de extraordinário.
Imaginem caros leitores o prefeito da cidade se pronunciar na mídia dizendo que não sabia do porque da greve já que os trabalhadores acabaram por receberem seus salários com 4 dias de atraso. Puxa vida, a Unimed bloquear um fim de semana, o salário atrasar, o vale alimentação atrasar, a afirmação da empresa de que não tem dinheiro para reajustes e o pouco que pode fazer não inclui aumento de benefícios não é nada agravante. Afinal, vamos parcelar algumas migalhas e no fim todos batem palmas. Chega! Esse foi o grito de todos.

Assim é o egoísta, a lei só vale para os outros, para ele não. Rapidamente a empresa procurou a "lei" para implantar uma liminar obrigando os trabalhadores a exercerem suas atividades com 50% de capacidade do corpo de funcionários. Olhem só, "coitada" da URBS (Urbanização de Curitiba S.A.) não é mesmo! Sentiu-se prejudicada. É a crise" Afinal, a crise está aí, é uma das moedas de troca da atualidade. Mas a crise não impediu os altos salários do alto escalão da empresa e nem mesmo reajustes concedidos à vista. Pois bem, digam a frase completa senhores dirigentes da empresa. "Não temos dinheiro para pagar os operários trabalhadores". Mas bastou mais uma greve, a terceira na história da empresa e a de maior duração para enxergarmos a realidade com um olhar um pouco diferente.

GREVE: uma luta de alguns, omissão de muitos e conquista para todos.

Essa frase retrata bem a realidade dos funcionários. Por vários motivos não se participa da greve. Medos, inseguranças, apegos e tantas outras realidades pessoais que aqui não cabem discutir. Mas uma coisa se pode dizer:

ANTES DAR A CARA PARA BATER DO QUE O "RABO" PARA PRENDER.

Consciência limpa, senso de dever cumprido no dia a dia das tarefas. Estar sempre pronto em atender as demandas dos superiores. Manter a disciplina, a ordem, o bom comportamento e a produtividade. Estas são apenas algumas das atitudes das pessoas que estavam na greve. Sobretudo falo das pessoas que convivem no setor em que eu trabalho. São as pessoas da segunda foto deste artigo. Como elas, tantos outros se uniram ao movimento por terem a certeza de que esse remédio amargo seria a última solução. O chazinho já não curava mais a garganta que acabou por se inflamar, foi preciso uma dose de antibiótico. Estivemos unidos em greve, cumprindo o horário do expediente. Hora sentando na sombra, hora sentando no sol, hora em passeata, hora no cornetasso. Marcando nossa presença em frente ao prédio central da empresa.

Fica o alivio pois a batalha foi vencida, restou a união do grupo que se manteve em pé perante a situação. Também as lembranças da "Área Vip" e do "Puleiro", locais apelidados onde sentávamos. Fabiana, Jaqueline, Sergio, Jefferson, Marili, Hilnon e Francisco. Estes estão na foto deste artigo, mas como eles tantos outros compreenderam o verdadeiro espírito de companheirismo, união e perseverança como nos ensina Jesus: "Não desanimeis" e "Não tenhais medo".


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Gênero nos livros paradidáticos


A prova que faltava: livro recomendado pelo MEC ensina "gênero" nas escolas.

Está nas mãos de alunos do ensino médio um livro chamado Sociologia em movimento. A obra, segundo consta, foi editada em 2013, pela Editora Moderna, de acordo com as determinações do Ministério da Educação para o Programa Nacional do Livro Didático — ou seja, antes mesmo que o Plano Nacional de Educação fosse votado.

No capítulo 14, intitulado Gênero e sexualidade, o leitor encontra uma apologia aberta ao fim da família e da lei natural, em nome de uma suposta liberdade e do que os autores entendem por "identidade de gênero", isto é, "uma construção cultural estabelecida socialmente através de símbolos e comportamentos, e não uma determinação de diferenças anatômicas entre os seres humanos". A confissão vem logo nas primeiras linhas: "As permanências da sociedade patriarcal e do androcentrismo estão entre as principais explicações para esse fenômeno (a discriminação), e serão trabalhadas ao longo do capítulo, juntamente com as evidências que apontam para a reversão desse quadro social". O objetivo do estudo, conforme as próprias palavras do texto, é "reconstruir os papéis sociais estabelecidos".

Palavras, a guerra cultural é uma guerra de palavras. A linguagem é um dos meios mais importantes utilizados pela "intelligentsia" para refundar o mundo à sua imagem e semelhança.

O próprio debate sobre o uso da palavra "gênero" nos planos de educação comprova isso. Embora o texto vigente do Plano Nacional defenda a "superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação", não faltaram críticas à supressão da tal palavra. Pergunta: se se trata apenas de uma luta pelo respeito, por que não basta dizer "erradicação de todas as formas de discriminação"? Essa é uma questão que eles não respondem. Mas para a qual há uma resposta.

O marxismo nega a existência da verdade. A estrutura do mundo se resumiria a uma tensão de forças antagonistas, influenciada pelo pensamento dominante ou, nas palavras de Marx, pela ideologia. Essa ideologia, por sua vez, seria a superestrutura, aquelas instituições que sustentam o status quo — família e Igreja, por exemplo. Desse modo, para que a estrutura opressora caia, é mister que se corrompa a superestrutura por meio de uma nova ideologia, de um novo discurso. O Papa Pio XI notou que o socialismo propõe "a formação das inteligências e dos costumes" como também "se faz particular amigo da infância e procura aliciá-la, abraça todas as idades e condições, para formar o homem 'socialista' que há de constituir mais tarde a sociedade humana plasmada pelo ideal do socialismo".

É fato. Sem a presença da família, as crianças são "educadas" pela escola, conforme os interesses do Estado. Isso já acontece em países como a Suécia, onde os filhos são completamente retirados do convívio dos pais. A razão é a seguinte: para que as crianças percam a noção de certo e errado, é preciso moldá-las desde a mais tenra idade. A lei que obriga as famílias a colocarem seus filhos nas escolas com apenas quatro anos de idade está intimamente ligada a esse projeto. Aliás, não deixa de ser interessante o fato de que, nos planos municipais de algumas cidades do Brasil, "gênero" apareceu apenas nos parágrafos referentes à educação infantil.

O livro Sociologia em movimento abraça essa tese marxista, bem como a de outras correntes filosóficas contrárias ao cristianismo, quando, por exemplo, defende a ideia de que "o discurso sobre a sexualidade não é uma descrição da natureza reprodutiva, mas sim um meio de estabelecer relações de poder construídas historicamente nas sociedades ocidentais".

A Igreja, ao contrário, não defende um modelo sexual porque quer dominar as pessoas, mas porque esse modelo corresponde à verdade do ser humano. Se essa lei natural é posta de lado, "abre-se dramaticamente o caminho ao relativismo ético no plano individual e ao totalitarismo do Estado a nível político" [8]. As leis ficam sob o arbítrio da maioria. Perdem o seu fundamento. Bento XVI deixou isso evidente em uma de suas catequeses sobre Santo Tomás de Aquino:

A defesa dos direitos universais do homem e a afirmação do valor absoluto da dignidade da pessoa postulam um fundamento. Não é precisamente a lei natural, este fundamento com os valores não negociáveis que ela indica? O Venerável João Paulo II escrevia na sua Encíclica Evangelium vitae palavras que permanecem de grande atualidade: "Para o bem do futuro da sociedade e do progresso de uma democracia sadia, urge pois redescobrir a existência de valores humanos e morais essenciais e naturais, que derivam da própria verdade do ser humano, e exprimem e tutelam a dignidade da pessoa: valores que nenhum indivíduo, nenhuma maioria e nenhum estado jamais poderá criar, modificar ou destruir, mas apenas os deverá reconhecer, respeitar e promover".

O "status" elevado da mulher no cristianismo se devia, entre outras coisas, à visão humanista da religião cristã. Com a proibição ao aborto e ao infanticídio, por exemplo, a mulher deixou de ser vista como propriedade do marido, um objeto descartável, para converter-se em uma companheira, pela qual deveria dar a vida, como Cristo deu a vida pela Igreja (cf. Ef 5, 25). É no cristianismo medieval, sobretudo, que surge a figura das grandes rainhas católicas, cheias de virtudes para pastorear a grei. No paganismo, por outro lado, as mulheres eram vistas simplesmente como objetos de prazer do homem, os quais possuíam mesmo o direito de assassiná-las.

É da pena de Santo Tomás de Aquino que provém uma das mais belas apologias da dignidade feminina já vistas. "Era conveniente que a mulher fosse formada da costela do homem", ele escreve, "para significar que entre o homem e a mulher deve haver uma união de sociedade, pois nem a mulher deve dominar o homem, e por isso não foi formada da cabeça; nem deve ser desprezada pelo homem, como se lhe fosse servilmente submetida, e por isso não foi formada dos pés".

Fica evidente, por conseguinte, a falsidade da acusação feita por Marx, Michel Foucault e cia. É no paganismo, na libertinagem sexual, na depravação moral que surgem as opressões contra as mulheres, os homossexuais e outros indivíduos — não no cristianismo. E isso por uma razão óbvia: a libertinagem sexual transforma o ser humano em um ser descartável, em uma massinha de modelar. O comportamento violento dos jovens é resultado direto desse modelo de educação liberal, que os considera animais adestráveis. Um animal se comportará como um animal.


O principal problema dessa questão é de cunho humanístico. A Teoria de Gênero defende uma visão de pessoa humana profundamente equivocada, segundo a qual o ser humano seria determinado apenas pelo ego e pela vontade. O corpo nada tem a dizer nessa história. Trata-se apenas de um instrumento para a satisfação das vontades. Assim, pode-se admitir todo tipo de "união sexual", desde que exista o desejo e o consentimento para tal. O homem fica reduzido às suas paixões.

Os frutos de uma loucura como essa são colhidos dentro do próprio movimento homossexual, como no caso escandaloso dos clubes do carimbo, que têm espalhado de propósito o vírus do HIV entre os homossexuais. O prazer é a justificativa. Se a lei apóia a libertinagem como um direito inalienável, "nem a Igreja nem a sociedade em seu conjunto deveriam surpreender-se se depois também outras opiniões e práticas distorcidas ganham terreno e se aumentam os comportamentos irracionais e violentos".

Acusar a Igreja e a família de fomentarem a violência é de uma insanidade inominável. A castidade que a Igreja pede aos homossexuais é a mesma pedida aos heterossexuais. Não há nada de homofóbico. Norteados pela regra da caridade fraterna, o que a Igreja e a família têm por princípio são estas palavras de São Bento: "Tolerem pacientissimamente as suas fraquezas, físicas ou morais; rivalizem em prestar mútua obediência; ninguém procure o que julga útil para si, mas sobretudo o que é para o outro". Já está mais do que na cara o que realmente gera a violência contra as mulheres e os homossexuais. Aliás, vale a pena conferir este artigo, publicado recentemente no site, a respeito das origens sexistas e racistas da Teoria de Gênero.

A resposta necessária

O livro Sociologia em movimento, nas mãos de alunos do ensino médio mesmo depois da aprovação do Plano Nacional da Educação sem referência à gênero, é um insulto à Constituição, à verdade dos fatos e ao bom senso. Mais: trata-se de uma ação orquestrada contra a família e a Igreja, que merece nosso imediato repúdio. Os pais devem, com todo o direito, unir-se em associações e pedir a retirada desse material das bibliotecas de nossas escolas, além de verificar as outras apostilas de seus filhos. É bem possível que o ninho da serpente esteja escondido lá. Estejamos atentos.


adaptado da fonte: padrepauloricardo.org/blog
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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Amor Verdadeiro


É fácil estar ao lado do namorado, noivo ou marido quando tudo está bem. No entanto, quando as finanças aper­tam e a saúde se vai muitos se arrependem dos votos firmados e decidem seguir a vida sozinhos. O araucariense Jonathan Ralf da Silva, de 31 anos, sabe muito bem o que isso significa. Casado há 12 anos com Kelem Andressa de Oliveira, ele viu sua amada enfrentar os resultados da diabetes e dar adeus à vitalidade que possuía nos primeiros anos da união. Jonathan conta que há três anos ela teve um glaucoma e, infelizmente, ficou completamente cega. Além disso, desde o ano passado passou a ter pro­blemas nos rins e precisa realizar hemodiálises constantes.

Se ele tivesse deixado a jovem enfrentar a situação sozinha, essa seria apenas mais uma de muitas histórias de amor interrompidas pelo destino, mas a cora­gem desse morador do Jardim Gralha Azul fez a diferença na vida dos dois. E ele confirma: "Eu decidi ser os olhos da minha esposa, então deixei meu emprego e agora me dedico inteiramente a ela. Afinal, a gente casou para ficar junto em tudo o que der ou vier". Ressaltando aqui queridos leitores que esse tipo de decisão puramente cristã, algumas vezes esbarram em opiniões adversas, pois aos olhares externos, da moda, do mundo ou das conveniências é melhor deixar tudo de lado e procurar uma situação melhor.

De acordo com ele, sua companheira demonstrou o mesmo apreço em 2009, quando enfrentou com o marido um grave pro­blema de apendicite seguido por depressão. Ele explica: "Eu não conseguia nem andar, e os médicos falam que fiquei vivo por um milagre. Então, ela foi o motivo de eu estar aqui". Atualmente ele acompanha a esposa em todas as consultas médicas, ajuda nos serviços domésticos, prepara a alimentação da casa e até cuida do cachorro. "Sem dúvida, o Jonathan se tornou meus olhos. Ele é um excelente marido, e eu só te­nho que agradecer", afirma Kelem.

Realização de um sonho

Com uma história tão bonita assim, não demorou para que o casal atraísse a atenção de amigos e entidades da cidade. Por isso, passou a receber ajuda financeira e ainda terá a oportunidade de realizar um grande sonho. “Em uma conversa informal, eles nos contaram que são casados somente no civil e sempre tiveram vontade de oficializar a união perante Deus. Então, nós buscamos alguns fornecedores da cidade e estamos organizando um casamento pra eles com a colaboração de muitas pessoas”, conta Marcelo Murin, responsável pelos Vicentinos de Araucária.

Para Kelem, esse casamento é o maior presente que ela poderia receber. “É um momento de muita alegria, e não consigo nem explicar o que estou sentindo”, conta a jovem. “Mas essa será apenas a confirmação dos votos que fizemos há 12 anos, pois sempre levamos o relacionamento a sério e, por isso, chegamos até aqui”, completa o noivo, que incentiva outros casais a terem o mesmo comprometimento. “Afinal, casamento é algo para a vida inteira”, finaliza.

Caros leitores, esse é mais um testemunho de que o sacramento do matrimônio é um sacramento de serviço. Casa-se para ajudar o outro a chegar ao céu, a ajuda é mútua. Nos votos dizemos na alegria e na TRISTEZA, na saúde e na DOENÇA... Não se trata portanto a outra pessoa como um objeto, que me serve enquanto satisfaz minhas necessidades egoístas, depois que não serve mais ou começa a dar problemas, troco, passo para a frente, como muitos fazem com um carro velho.

Como nos ensina Jesus, o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher e já não serão dois mas uma só carne. Portanto o que Deus uniu o homem não separe. O sacramento do matrimônio não é um contrato de prazo determinado e com validade, cujo remédio para situações difíceis se chama "divórcio", solução humana contrária ao projeto de Deus.

Não esqueçamos a diferença entre "gostar" e "amar": GOSTAR é me preocupar com aquilo que é bom pra mim. AMAR é me preocupar com aquilo que é bom para o outro.


fonte: Jornal Popular do Paraná e Jefferson Roger
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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Exorcismo Magno no México


Um evento sem precedentes teve lugar na cidade de San Luís Potosí, região central do México, quando um grupo de bispos realizou um "exorcismo magno" sobre todo o país.

O rito foi realizado no dia 20 de maio, a portas fechadas, na catedral metropolitana da cidade. Contou com a presença de dois bispos: o arcebispo emérito de Guadalajara, cardeal Juan Sandoval Íñiguez, e o arcebispo de San Luís Potosí, monsenhor Carlos Cabrero. Também participaram da celebração o padre José Antonio Fortea, famoso demonologista espanhol, bem como inúmeros sacerdotes exorcistas vindos de diversas dioceses mexicanas.

O exorcismo foi realizado para conter o avanço do aborto e da violência ligada ao tráfico de drogas, e também para frear práticas como o satanismo e o culto pagão à "santa morte", as quais – segundo explica o pe. Fortea – "provocaram uma grande infestação satânica em todo o México".

Monsenhor Cabrero explicou que o caráter reservado da cerimônia se deve a que "logo aparecem os mórbidos e as más interpretações" e assinalou que "o que se quer buscar é o bem, antes de tudo". Ele também disse que, nesta oração, "se pede, por exemplo, pelas questões do divórcio e do aborto, e que muitas vezes são favorecidas por leis desumanas, que vão contra a própria natureza".

O cardeal Íñiguez assegurou a importância de que as pessoas tomem consciência "da situação tão grave que vivemos no México, que tem uma raiz muito profunda e para além da maldade humana, que é o demônio, o qual está muito conectado com a morte, sendo o homicida desde o princípio". Ele manifestou o desejo de que ritos como esses "se multipliquem" ao redor do mundo.

Em entrevista exclusiva a ACI Prensa, o padre Fortea recordou que essa é a primeira vez que "exorcistas vindos de distintos lugares se reúnem para exorcizar os poderes das trevas não de uma pessoa, mas de todo um país". Na Idade Média, São Francisco de Assis expulsou os demônios da cidade de Arezzo, mas isso aconteceu de forma privada. "Deste modo ritual, belo, cheio de cerimônias, nunca antes isso teve lugar em nenhuma parte do mundo."

Perguntado se os demônios podem ser expulsos de um país, o exorcista explicou que, "na medida em que um país aumenta desmedidamente o pecado, nessa medida a ação tentadora dos demônios acontece mais facilmente". "Na medida em que em uma nação se realizem mais atos de bruxaria e mais satanismo, nessa mesma medida acontecerão mais fatos extraordinários provindos desses poderes das trevas."

Ele afirmou que não se deve esperar "nenhum fenômeno extraordinário" como efeito do exorcismo. "Seria um erro pensar que, por realizar um grande exorcismo para toda a nação, tudo já mudará automaticamente", disse. "Se, porém, com o poder recebido de Cristo, afastamos os demônios de uma nação, certamente isso repercutirá positivamente".

Questionado se uma cerimônia dessas poderia se repetir em outros lugares do mundo, o pe. Fortea respondeu que "seria muito desejável". "Temos que ter fé em que Deus entregou um poder aos Apóstolos e que podemos usar esse poder", afirmou. "Satanás ronda, como leão a rugir, procurando a quem devorar, e os pastores podem afastar o depredador da vítima".

Não é a primeira vez que se vê uma notícia relacionando o México à ação direta do mal. Em 2013, depois de uma audiência na Praça de São Pedro, o Papa Francisco impôs as mãos sobre um peregrino mexicano, chamado Ángel, e as cenas da oração do Santo Padre correram o mundo:

Um dia após o ocorrido, o padre Gabriele Amorth conversou com o rapaz e disse não ter dúvidas de que estava possuído. O estado de Ángel, porém, recebeu o diagnóstico especial de "possessão com mensagem". Segundo o pe. Amorth, ele "foi eleito pelo Senhor para mandar uma mensagem ao clero mexicano e dizer aos bispos que têm que fazer um ato de reparação pela horrenda lei do aborto aprovada na Cidade do México em 2007 e que supõe um ultraje à Virgem." O exorcista italiano também avisou que, enquanto os prelados não realizassem o ato de reparação, Ángel não seria liberto da ação demoníaca.

Considerando que os males morais que têm afligido o México são os mesmos que tomam conta da América Latina e rondam o resto do mundo, não nos resta senão implorar a intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe sobre toda a humanidade, para que os seus súditos angélicos "persigam os demônios, combatendo-os por toda a parte, reprimindo-lhes a insolência e lançando-os no abismo". Que a "Augusta Rainha dos céus" não demore a "esmagar a cabeça de Satanás".


fonte: padrepauloricardo.org/blog
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