sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Joelhos dobrados e machucados

Suas quedas por causa de seus erros (pecados) te colocam prostrado no chão, de quatro sobre o cabresto do mal. Assim, queda após queda, as marcas espirituais vão se acentuando e se somando. Por causa do afastamento de Deus e da falta de confiança nele (fé), vamos aos poucos deixando de acreditar que somos capazes (assim como Judas Iscariotes deixou de acreditar) que a misericórdia de Deus (infinita misericórdia) é maior que nosso pecado. Com exceção do pecado contra o Espírito Santo, não existe nada, nenhuma condição nos pecados graves que nos impeçam de nos arrependermos e voltarmos para Deus. Eis aí um dos grandes problemas. As pessoas não querem deixar de lado seus pecados de estimação. Se deixam vencer pelo egoísmo que, auxiliado pelo diabo, justifica com louvor as erradas decisões e confirmam a derrota e o convencimento pessoal de que, aquilo não é mais pecado (essa é boa viu, como se algo ruim deixasse de ser ruim, veneno é sempre veneno) ou que Deus vai dar um jeitinho na minha situação se eu apenas viver pela fé (como pensam alguns não católicos).

Ao contrário, se escolhemos dobrar o joelho e reconhecer nossa condição de necessitados de Deus para tudo, e esse tudo é tudo mesmo, 100% e não apenas a porcentagem que nos é mais fácil seguir, iremos perceber que existe uma grande diferença entre liberdade e libertinagem. As pessoas confundem o livre arbítrio com liberdade para se fazer o que quiser (uma forma de libertinagem). Sob o ponto de vista de Deus, usamos o livre arbítrio concedido por ele para decidirmos sobre o rumo de vida que iremos tomar. Se optamos em seguir a Deus, nos cabe, por consequência acatar toda a “regra do jogo”. Ora, para bom exemplo e analogia vamos utilizar os esportes. O jogador de um esporte, seja qual modalidade for, conhece as regras do jogo e sabe que se infringir qualquer uma delas será punido. Conforme o grau de infração se recebe a punição. Na vida e nossa relação direta com Deus é exatamente desse jeito.

Não adianta pegar numa faca se não for pelo cabo. O resultado é desastroso. Graças a Deus, podemos sempre olhar para nossas vidas, nos corrigirmos, pedir o perdão com propósito sincero de conversão e mudança de vida e colocarmos a mão no arado para não olharmos mais para trás. Não devemos nem podemos olhar para trás, Jesus disse que os não dignos são aqueles que não se entregam a ele (olham para trás). Ficam de namoro com os pecados ou ficam cultivando aquela saudade por eles que cedo ou tarde irá derruba-los. Os venenos do mal são muito eficazes e se não os combatermos com uma das sete bombas atômicas deixadas por Jesus em sua igreja chamada confissão (válida), quedas sobre quedas e recaídas só irão acelerar ainda mais a dispersão desses venenos dentro de nós.

O que fazer? Cabe a cada um a escolha! Quando chegarmos no dia do juízo final perante o justo juiz, será que nossos nomes estarão escritos no livro da vida? Chegaremos de mãos vazias? Joelhos mais calejados do que machucados? Não poderemos dizer para ele: Jesus, deixa eu tentar de novo? Prometo que agora vou fazer melhor! Nada disso, esse propósito de se fazer melhor precisa acontecer hoje. Hoje precisamos ser melhores que ontem para que amanhã possamos ser melhores que hoje.


fonte: Jefferson Roger
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Ensinando como Jesus

Se pararmos para analisar a forma como aprendemos as coisas iremos perceber que os sentidos estão muito envolvidos no processo de aprendizagem. Independente se todos os nossos sentidos estão funcionando ou não. Um cego não é incapaz de aprender, tampouco um surdo, tampouco ainda um deficiente físico. Se alguém pensou que uma pessoa com deficiência intelectual é incapaz de aprender o que uma pessoa que não tem essa deficiência é, sinto em dizer, que está completamente enganado. Vou explicar.

Pessoas assim olham para a situação com o preconceito da normalidade onde enquadram dentro de uma faixa de tolerância quem a seu modo de ver é normal ou não. Usam termos de comparação. Ainda bem que a lógica de Deus é extremamente diferente da nossa. Pensar com a ótica do mundo é exatamente o oposto do modo de agir que Deus espera de cada um. Por isso a segregação acontece em várias áreas da vida. Cito como exemplo os depoimentos que podem ser colhidos na internet ou em mídias televisivas onde professores da rede de ensino pública falam que ensinar e conviver com pessoas que apresentam uma deficiência é uma experiência transformadora. Os sentimentos são mais puros e intensos. Aproximar-se de pessoas assim, arrisco dizer por experiência própria, termina nos fazendo mais bem do que a ela.
Ora, não lemos nos evangelhos sobre isso? As pessoas enfermas e deficientes de várias maneiras não recorriam a Jesus? E pelo que se lê nas sagradas escrituras ele não discriminou ninguém. E mais, mandou ainda que o imitemos (1ª Coríntios 11,1 – Efésios 5,1). Como vemos é preciso nos aproximarmos, acolhermos a diferença, respeitarmos, aprendermos com ela e apresentarmos a verdade que liberta: Jesus Cristo, sabedoria divina encarnada para nos remir do pecado. Precisamos ensinar a todos com nosso testemunho, nosso conhecimento e nossas experiências. Não se trata então de tentarmos abrir a cabeça de alguém e “forçarmos” que ela aceite e aprenda o que queremos transmitir; não vai dar certo.

O que resolve é arregaçar a manga e se empenhar, porque ninguém merece sair de nossa presença pior do que chegou. Em minha caminhada de fé ao longo da pastoral da catequese comprovei aquilo que qualquer pessoa de boa vontade irá perceber: você ensina algo para alguém na medida da individualidade daquela pessoa. Ou seja, cada caso é um caso, existe sim as linhas gerais, muito bem-vindas e que ajudam e muito, mas, é na individualidade personalizada que os pontos altos são aprimorados e os pontos baixos são melhorados. Bem ao estilo de Jesus, se temos um nome e uma vida que nos individualiza perante ele, podemos enxergar que existe o cuidado macro, porém, existe o cuidado micro. Somos conhecidos por ele pelo nome, eis um dos grandes milagres! Não somos para Deus uma gota no oceano, para ele somos únicos e o cuidado que necessitamos dele, além do cuidado geral, sem dúvida é um cuidado como a pupila de seus olhos.

Aquele que não acredita nisso é porque ainda não sentiu a presença dele em sua vida. Se não acredita na Virgem Maria é porque não acredita na existência dela e na condição de “cheia de graça aos olhos de Deus, anunciada pelo anjo Gabriel. Se não acredita nos anjos é porque não acredita na palavra de Deus, nas sagradas escrituras. Enfim, se não acreditamos no que vem do céu através do dom da fé, vivemos um dia após o outro esperando o que?


fonte: Jefferson Roger
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Por onde andas?

Eis aí uma pergunta que devemos, antes de faze-la para alguém, fazermos para nós. É muito fácil apontar, apontar, apontar, acusar, criticar e ser extremamente rígido e intolerante para com o próximo. Muitas vezes as pessoas têm um comportamento onde o rigor não se aplica a elas, somente para os outros. Vale lembrar que esse é o estilo de agir criticado por Jesus, é o estilo dos fariseus, que falavam uma coisa e faziam outra. Em termos de lei divina é possível enxergar uma conexão com o oitavo mandamento. Se dizemos o que tem que ser feito de correto, mas não o fazemos, de certa forma estamos a dar falso testemunho ao agirmos na contramão daquilo que proferimos. Como vemos, o buraco é sempre mais em baixo.

Tantas vezes olhamos para o todo de nossas vidas e nos contentamos com a política de salário mínimo que aplicamos a ela. Um modo de vida que está muito distante daquilo que Jesus espera de nós, e nós, em nossa zona de conforto pessoalmente criada, vamos nos iludindo achando que estamos “de bem” com Deus. Que pesar e que lástima! Como nos contentamos com o pouco desse mundo que, para os olhos de Deus, é quase nada! O padre que escreveu o sempre atual livro A Imitação de Cristo bem disse que não é raro os homens gostarem daquilo que desagrada a Deus. Concordo plenamente, até porque São Tiago já falava sobre isso quando em Tiago 4,4 quando disse que “aquele que se torna amigo do mundo se faz inimigo de Deus”.
A “receita” é bem outra, já nos alertava Jesus: vigiai e orai. Se não formos vigilantes e atentos, distraídos seremos presa fácil daquele que “como um leão ronda procurando a quem dar o bote”. Frente ao justo juiz não teremos argumentos que validem nossa má conduta. O remédio para ela é um só, a concórdia com os planos do criador feitos a nosso respeito. A rebeldia, revolta e desobediência, grandes “características” de satanás, só nos levam a qual caminho? A resposta todos conhecem.

É preciso, pois, mudar o foco, olhar por outro ângulo o desenrolar de nossas vidas. Para podermos enxergar as pedras do caminho que nos farão cair precisamos olhar para ela (a vida) com um olhar sobrenatural, não mundano. A partir desse ponto aquilo que era obscuro esclarecerá. Essa é a atitude que Jesus nos alertou dizendo que “quem me segue não andará nas trevas”. Sob a luz de Jesus conseguiremos enxergar a vida que levamos e todas as ciladas armadas pelo nosso cruel inimigo. Atos 5,29 – antes obedecer primeiro a Deus que aos homens, disse São Pedro. E para isso precisamos retomar de forma urgente a prática do exame diário de consciência três vezes por dia. Pela manhã, ao meio-dia e à noite; dessa forma não irão nos escapar os prováveis desvios de conduta que nossa fraqueza e afastamento de Deus poderiam permitir as duras quedas da caminhada que chamamos de pecados.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Doador de órgãos

O mundo, sabemos muito bem, está repleto de muita coisa ruim e que nos faz mal de várias formas. Nossa saúde, tanto física quanto espiritual sempre está sendo posta à prova. Embora em muitos casos exista um desequilíbrio na forma como as pessoas (composto de corpo e alma) cuidam desse detalhe, que é o de manter sua saúde completa em bom estado, ainda assim, muitos vivem na esfera do primeiro eu, os outros, se houver tempo, vejo o que faço.

Felizmente na humanidade, graças a Deus, existe também muita coisa boa. Aqui deixo mais um relato que aconteceu no oriente e que serve de bom exemplo para nós cristãos. Jesus nos disse que não existe amor maior do que aquele que dá a sua vida pelo irmão. O que vou relatar não é o caso de forma direta, porém, tem raízes nos mesmo princípios. Trata-se de um menino de 11 anos chamado Liang Yaoyi, um chinês que foi diagnosticado com câncer no cérebro. Um tipo de câncer que iria vencer mais uma batalha a seu favor.

Para a comoção de todos, como seu último desejo ele quis que por ocasião de sua morte seus órgãos fossem doados. De fato, veio a morte, ainda no hospital, e como era de conhecimento da instituição e dos familiares, após encerrar sua vida no leito hospitalar, iniciou-se o processo de retirada de órgãos. A foto do artigo registra o momento em que o pequeno Liang está sendo levado para a cirurgia, num corredor onde os médicos estão, em sinal de profundo respeito, se curvando em reverência frente esta atitude que iria dar uma chance de vida a muitas outras pessoas.

Pessoal! Onze anos! E ainda teve tempo de decidir em sua pequena maturidade e se doar para o bem de outros. Alguém aí se lembrou de Jesus? Que passou o que passou voluntariamente por mim, você, cada um que conhecemos e por todos? Pois bem, Jesus ilustra muito bem em seu ensinamento que é preciso o desapego total para se alcançar o céu. Tarefa difícil porque implica na renúncia própria (Lucas 9,23). Mas o pedido está feito, não foi revogado e é para todos. Temos que pensar em nós mesmos, afinal temos que salvar nossas almas, porém, se somos católicos e, portanto, membros do corpo de Cristo, temos um compromisso maior enquanto crismados. Temos que ajudar os outros a se salvarem.


fonte: Jefferson Roger
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Se Deus quiser

Pois muito bem, essa expressão, caro leitor, com certeza você já ouviu ou quem sabe até mesmo já a disse. Em alguns contextos ela é muito bem usada. Por exemplo, quando temos algum projeto ou planejamento que pretendemos pôr em prática e não queremos fazê-lo sem a anuência de Deus, tratamos logo de deixar isso bem claro para ele proferindo as palavras “se Deus quiser”.

Porém, se fizermos, ainda que por cima, uma pequena contabilidade em nossa vida a respeito do que pedimos a Deus e não nos foi concedido o que fazer com todos os resultados de termos dito essa frase e termos constatado em primeira mão que ele não quis? Será que é isso mesmo? Será que pedimos e não fomos atendidos porque ele não quis? Nos parece que sim, a bíblia nos ensina nas cartas apostólicas que o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inefáveis porque nem sabemos o que pedir e pedir como convém. Somos maus “pedidores” e o que é pior: maus “agradecedores”, em expressões que cunhei inspirado no desenho animado por computador francês de nome A Bailarina, onde a personagem Felice fala para o Victor que ele é um péssimo “fugidor”.

Jesus mesmo, no episódio dos dez leprosos e tantos outros dos evangelhos, nos demonstra que somos mal-agradecidos. Por outro lado, existe a tentação de querer colocar toda culpa nele porque não aconteceu o que queríamos. Assim agem os ateus que, por não aceitarem que Deus é quem “manda no pedaço”, preferem defender a tese de que ele não existe, pois se existisse não permitiria as atrocidades que estão pelo mundo afora. Quanta desinformação ou rebeldia porque constatam que muito do que querem viver Deus não quer, porque é errado e prejudica a alma que, diga-se de passagem, é apenas uma que temos com uma chance para salva-la. Ou então o culpam dizendo que se Deus quisesse me concederia isso, que Deus é esse que não provê meu bem-estar e minha felicidade?

De novo, vou ter que dizer, isso soa meio como uma burrice. A regra não é nossa, Deus nos concede o que precisamos, não o que queremos; o que queremos ele nos concede apenas quando houver sintonia com sua vontade. Colocadas as coisas dessa forma precisamos ficar muito atentos quando usamos a expressão do título do artigo. Deus quer pouca coisa de nós. Esse é o problema porque nós queremos muito mais dele e muito mais para nós. Qualquer que tentou ou tentar caminhar por esta via vai se debater com o muro da verdade que demonstra em letras garrafais que as coisas não são assim. “Se Deus quiser vou me converter”, mas o sujeito faz a sua parte? A conversão não cai do céu, ela é proposta e oferecido meios para tal, mas a cruz está nas costas de cada um. “Se Deus quiser eu vou para o céu”; ele quer isso, está até registrado nas escrituras na passagem que diz que “Deus quer que todos que me confiou sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” – palavras de Jesus. Porque nem todos se salvam? Simples, não fazem a sua parte (as boas obras – Apocalipse 22,12). Como vemos, só palavras sem atitudes tornam nossa vida incompleta.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Você já sentiu essa DOR?

Deprimido = triste, abatido.

Oprimido = humilhado ou sujeitado.

Reprimido = contido, dominado.

Pessoal, em linhas gerais uma busca muito simples e rápida pelos dicionários existentes nos trará alguns sinônimos como os que foram colocados aqui neste início de artigo. Convenhamos, este tipo “dor” se for sentida em sua plenitude ela traz para o indivíduo uma condição de luta muito grande no cotidiano de sua vida. É o ponto em que o famoso “tudo bem” que respondemos para alguém é somente de fachada, pois por dentro estamos em frangalhos. Situação perigosa porque se absorvemos os impactados da vida e não tratamos de lidar com eles da maneira correta, corremos o risco de contrairmos algo pior ou de desenvolvermos sequelas consequentes desse estado que em muito podem nos arruinar.

De fato, nos dias atuais, e se dermos uma passadinha pela história da humanidade, iremos ver que dizer que “está tudo bem” sempre foi uma resposta um pouco mentirosa. Ou será que não? Na verdade, não, pois ela acabou com o passar do tempo se tornando uma resposta relativa a situação em que a pessoa se encontra. Para ficar mais claro é como se alguém dissesse assim: “tirando isso ou aquilo, está tudo bem”, ou “apesar disso, está tudo bem”, ou ainda “tirando isso, está tudo bem”.

Como vemos, a resposta fica relativa e os apesares acabaram por serem omitidos até porque se não o fossem, todos teriam que sair às explicações para esse ou aquele mais interessado nos detalhes de nossas vidas. Em termos bíblicos Deus tratou de conceder aos seus filhos através de sua palavra (sermão da montanha) e através de seus sacramentos o necessário para caminhar por esta estrada da vida. Os que não recorrem a ele, inevitavelmente perecem (sentem essa DOR ou partes dela), não existe outra forma. Sem mim nada podeis fazer – disse Jesus (João 15,5). Portanto, quando não acatam o que ele (Jesus) disse terminam deixando o primeiro mandamento de lado e enchendo consultórios de psicologia, psiquiatria, ombros amigos, internet, mundo das drogas e da vida desregrada e motéis, numa tentativa autônoma de resolver as coisas forçosamente ao seu modo. Como se sabe muito bem, isso nunca dá certo.


fonte: Jefferson Roger
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Se trata assim teus amigos

Santa Teresa D´Ávila certa vez ao estar em diligência entre suas fundações para acompanhar os trabalhos de suas irmãs, em dia muito chuvoso, ao precisar atravessar uma ponte onde, por conta do alto nível do rio, a rua e o mesmo se confundiam, ocorreu que durante a tentativa de travessia a carroça, meio utilizado pela santa para seus deslocamentos, virou. Levantando-se com água até os joelhos, não deixou tomar-se pelo impulso e impaciência e, dirigindo seu olhar para cima (para Deus) disse: “Senhor, com tantos males por este mundo e nesta vida e ainda mais isso? Se trata assim teus amigos, não é à toa que tens tão poucos”.

Pois bem caros leitores, na bíblia lemos em Efésios que “na ira, não pequeis”. E na sequência o versículo ainda nos exorta a não deixarmos “o sol se pôr sobre o ressentimento”. Muitos não percebem a seriedade da questão. Porém, ela é simples; trata-se de não deixar para amanhã o que deveríamos ter feito hoje. Não sabemos quanto tempo temos, por que então ficarmos protelando assuntos e atitudes importantes? No fim das contas o preço a ser pago será apresentado a cada um. Como cada um tem sua cruz e precisa caminhar com ela, as interseções em nosso favor não retiram a responsabilidade que sempre é pessoal.

Como vemos, nosso intelecto não alcança sozinho uma compreensão desse amor divino. Por isso, tem se aprendido em toda a história católica que é preciso uma entrega total a Jesus Cristo movida pela fé. Uma fé que por ser tão pequena na vida das pessoas tantas vezes deixa de evitar os erros humanos. A tarefa é dificílima, ter que acreditar naquilo que não se vê e viver uma vida toda tendo que superar incertezas puramente humanas. Nos parece que existe uma encruzilhada que todos devem transpor. Trata-se do momento em que abandonamos toda a felicidade que o mundo prega em prol da felicidade eterna prometida por Deus, na pessoa de Jesus Cristo.

Quem transpõe essa encruzilhada se comporta como o homem que descobriu um tesouro escondido no campo. Vendeu tudo para adquirir este campo. (Mateus 13,44).


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Deus quer que você sofra

E disso não podemos ter dúvida alguma, se olharmos para a história da religião católica, começando por Jesus, ou até antes, desde os culpados, Adão e Eva, iremos ver que não existe “isenção” para ninguém. Como se sabe a “dor é filha do amor”. Eis uma grande dificuldade para muitas pessoas, senão para a maioria. Como entender que o amor produz como fruto a dor, o sofrimento? Pois bem, produz mesmo. Percebemos que o amor admite a dor junto dele porque sabe que ela é resultado direto do que esse sentimento pode fazer na vida de uma pessoa. Vamos entender.

Se perguntarmos para um jovem para ele se lembrar de uma pessoa que ele tem certeza de que o ama de verdade, muito provavelmente, a grande maioria irá se lembrar da mãe, e não do namoradinho ou namoradinha com o qual cometem seus pecados. E por que? Porque são nos momentos de maiores dificuldades e sofrimentos de nossas vidas que as pessoas que mais gostam de nós estão ao nosso lado. Aqueles que não gostam de nós neste nível, afastam-se porque só querem de nós o melhor, o pior deixam para os outros.

Colocadas as coisas dessa maneira, vejam bem, as coisas são colocadas assim por Deus, nos fica muito claro que não é possível passarmos pela porta estreita, a entrada do céu, sem vivermos em nossas vidas as experiências sofríveis. A “receita” está posta, o problema é que as pessoas se assustam com a lógica divina porque querem olhar para ela numa perspectiva somente humana e não sobrenatural. Por conta disso não compreendem como é possível alguém dizer que ama e querer demonstrações de sofrimento ou demonstrá-las. Pois é, as coisas são assim, vamos recordar o exemplo dado linhas acima das mães.

Vamos mais longe, vamos recordar o exemplo de Jesus, do próprio Deus, de tantos santos e santas, dos apóstolos e por aí vai. Sofreu e perseverou (como disse Jesus) vai ao céu. Porém, é um perseverar no caminho da salvação, pois se sofrermos e trocarmos de caminho (caminho do mundo e seus prazeres) já sabemos que o ponto final não será o mesmo. Então as coisas são assim, a regra não é nossa, vem de Deus, todo mundo tem que padecer, faz parte da condição de se carregar a própria cruz. Seu peso, que é sob medida, trata de nos proporcionar tudo que precisamos em termos de sofrimento se almejarmos chegar um dia na glória do paraíso.

O diabo sabe disso, sabe que o sofrimento abraçado por amor a Deus (lembremos do primeiro mandamento) faz parte do processo de santidade. Por isso ele se empenha para que as pessoas detestem o sofrimento e procurem apenas o prazer. E convenhamos, ele tem tido sucesso porque é muito difícil encontrar alguém que encare os sofrimentos da vida na ótica imaculada de Deus.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Você imita alguém?

Já parou alguma vez na vida, caro leitor, para pensar a respeito disso? A reflexão é bastante interessante se permeada ao longo de toda a nossa vida. Sobretudo para o católico, que como bem se sabe, é um composto de corpo e alma, verdadeiro campo de batalha. Então, se começarmos lá em nossa infância iremos perceber que algum traço de alguém ou de algum personagem, que nos é agradável seja por qual motivo for, procuramos acrescentar em nosso modo de ser. Não precisamos ir muito longe, todo mundo conhece pessoas que procuram imitar cortes de cabelo de seus ídolos, usar as mesmas roupas, usar as mesmas formas de falar e por aí vai.

Podemos dizer e até sem medo de errar, que somos seres imitadores. Pessoal, não há nada de errado nisso, vamos lembrar que Deus quer de cada um, uma atitude nesse sentido. Vamos recordar que em várias passagens bíblicas existe o ensinamento para sermos imitadores de Cristo; Efésios 5,1 – 1ªCoríntios 11,1 só para citar um ponto de partida. Vamos um pouquinho mais adiante. Deus quis nos conceder (nós membros do corpo de Cristo) a graça da comunhão entre todos. Conhecemos por “comunhão dos santos”. Por esta via, aqueles que já trilharam o caminho de Jesus e estão na glória dos céus, intercedem a nosso favor pelas graças necessárias para nossa santificação e salvação. Mas como se disse a comunhão é para todos, Deus não exclui ninguém. Aí começam os problemas nos quais os homens se colocam porque se excluem dessa comunhão dos santos e passam a serem imitadores de pessoas que não andam no caminho da porta estreita.

O sujeito começa com a vaidade, querendo ser original, mas termina seguindo a moda e o mundo que; seguem a catequese do inimigo. Precisamos imitar a Deus, Jesus, a Virgem Santíssima, os Santos e Santas de Deus e aqueles que “pela fé e paciência se tornaram herdeiros das promessas” – Hebreus 6,12. Muitos hoje em dia imitam o que a televisão ensina em seus reality shows e novelas. O esforço da mídia de massa em tornar certo, comum e normal tudo que é desregrado e abominável aos olhos de Deus usa da força da água mole em pedra dura para convencer corações e mentes de que o pecado e o erro se tornaram relativos e dependem do ponto de vista e do seu lugar ao sol.

Praticamente ninguém escapa da tentação de agir como fariseu, que apenas fala, mas não faz. O sujeito é devoto de um santo mas passa longe de procurar imita-lo. Se diz devoto de Maria, mas imita-la nem cogita. E aquela música do Padre Zezinho? Falar como Jesus falou... Dizia-se no ditado popular que todo mundo quer ir para o céu, mas ninguém quer morrer. Antes fosse só isso, porém é mais embaixo o buraco. Hoje em dia, além de não quererem morrer também não querem viver de maneira que isso (de ir ao céu) seja possível.

Bons e maus exemplos existem por toda a parte. Quanto mais próximos de Deus estamos mais fácil é reconhecer e imitar aqueles que lhe agradam. Quanto mais distantes de Deus estamos mais fácil é (sem) reconhecer, imitar aqueles que não lhe agradam. Como se sabe, tudo é uma questão de abrir os olhos, o coração e fazer as escolhas certas.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

O preço a se pagar

Uma coisa é muito certa, percebo que todos que já caminharam um bom bocado nesta vida podem atestar na prática a responsabilidade que é envolvida nas escolhas que são feitas. Os ditados populares dizem que para tudo temos que pagar. Paga-se para nascer, paga-se para viver e paga-se para morrer. Ou seja, tudo tem um preço. Triste realidade do mundo em que vivemos, capitalista, competitivo e individualista. Atualmente compartilhar é algo muito diferente do que se lê em Atos dos Apóstolos quando as pessoas compartilhavam bens para o sustento e bem-estar das pessoas.

Hoje em dia compartilhar é algo que não vai exigir de quem compartilha nenhum compromisso ou doação. Haja vista as redes sociais. Existe até um botãozinho para se enviar para alguém alguma coisa; tudo está digitalizado. Que cômodo, se dispara para a rede de amigos (essa é boa viu, “mui amigos”) aquele link, foto, vídeo ou mensagem que achou bela. Pois bem, é assim que é, a escolha de compartilhar uma vida a dois, depois a três, depois a quatro vai tomando rumos muito distantes do ingrediente da responsabilidade e do preço da escolha. Dentro da perspectiva cristã católica sabemos que existem duas formas de viver segundo a vontade de Deus: fiéis a ele pela virgindade ou fiéis a ele pela castidade. Ou se é solteiro e como solteiro se vive como Deus quer e não como se fosse casado. Ou se é casado e se vive como Deus quer e não como se fosse solteiro. É neste ponto que as coisas foram maculadas e o tempero satânico colocou desordem na natureza humana desgraçadamente corrompida.

As pessoas solteiras não sabem mais viver como solteiras. Hoje ser solteiro é sinônimo de liberdade total, para se fazer o que bem quiser, como e quando quiser, da forma que quiser e como melhor lhe atender suas expectativas. Hoje ser casado é sinônimo de viver com um grupo de pessoas fazendo possível para manter hábitos da vida solteira. Até é possível, mas o problema é que o tempo da pessoa casada agora é destinado à outras coisas. Mudanças são necessárias. Não se trata de uma mudança radical, mas agora a vida em família requer um outro estilo de vida e responsabilidade. Aquela liberdade se transformou.

A razão de ser agora é outra, esposa, marido e filhos estão no mesmo barco e se ajudam mutuamente na caminhada de todos e cada um para um dia retornarem para a pátria celeste. Outro problema existente, as pessoas não querem mais pagar o preço, custa caro para muitos viver conforme o agrado de Deus. Mais fácil é viver segundo as próprias vontades, levando uma vida que procura fazer dela um parque de diversões. Não querem, agindo assim, aceitar o preço que foi pago por elas, com sangue no alto da cruz, por Jesus. Com isso terminarão pagando um preço muito maior no final da jornada por este vale de lágrimas que é esta etapa de nossas vidas eternas. Mesmo para os que não creem num pós-morte ou na ressurreição não faz parte da sensatez os hábitos desregrados que não promovem o bem em comum. Sempre temos que escolher e sempre teremos que encarar as consequências. Jesus escolheu nos remir por seu sangue encarando as consequências, já passou da hora de fazermos o mesmo.


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

O drama dos homossexuais

Olá caros leitores, transcrevo na íntegra essa matéria encontrada em padrepauloricardo.org por conter os ensinamentos defendidos por este site:

O drama que os homossexuais vivem é semelhante ao de todos os seres humanos marcados pelo pecado original. Todos possuem um “canto de sereia", uma tentação demoníaca que diz: seja feliz, procure a felicidade aqui nesta terra. É buscando essa felicidade que o alcoólatra se embriaga, que o drogado se entorpece, que a prostituta se destrói, que o adúltero acaba com sua família e que o homossexual mendiga afeto de relação em relação. É buscando essa felicidade que o homem vive uma vida de desventura nesta terra. No entanto, Nosso Senhor não prometeu felicidade para ninguém aqui, mas sim no céu. Ele disse: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. [...] Vou preparar um lugar para vós." (João, 14,2). Isso se dá porque diversas são as cruzes que devem ser carregadas.

Sendo assim, existe um lugar no céu para cada um dos filhos de Deus, cujos nomes foram escritos no Livro da Vida e o Senhor não deseja que esse lugar permaneça vazio. Cabe aos irmãos ajudarem-se mutuamente, rezando uns pelos outros. Quedas ocorrerão, mas é justamente no cair e no levantar-se que o caminho para o céu vai se delineando. A diferença do bom católico para o pecador não é que o católico não comete pecado, mas sim, de que este odeia o seu pecado. É preciso odiar o pecado, a mentira que leva ao pecado, a ilusão. É preciso combater a palavra ilusória do demônio que promete uma felicidade com o realismo da Cruz. A Cruz crava os pés dos homens no chão.

Não se deve também adotar uma postura vitimista, como se todos fossem felizes neste mundo, menos você. Não. Esse paraíso não existe para ninguém, pois a verdadeira felicidade será somente no céu. O mundo é apenas um tira-gosto. Deus fez este mundo para que os homens nele vivam com alegria, mas é apenas biológica (bios), e o que Ele promete é a uma outra Vida (zoe), a vida verdadeira. Na terra é tira-gosto, no céu é o banquete.

Pretender substituir o segundo pelo primeiro é certeza de uma enorme frustração, pois o tira-gosto é gostoso na boca, mas pesado no estômago. Assim, é preciso entender que essa vida não irá preencher o seu “estômago" (coração); a vida é bela, bonita e vale a pena ser vivida, no entanto, ela é marcada pela Cruz. Jesus mesmo ensina: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!" (Marcos 8,34).

Trata-se de um claro vislumbre de que não haverá felicidade plena nessa vida. No entanto, isso não significa que não seja possível. O Catecismo da Igreja Católica enxerga que se trata de um grande drama: Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da Cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.(2358) Contudo, a Igreja pede a todos os fiéis que vivam a castidade. Tanto dos casados quanto dos solteiros. Todos devem lutar pela castidade, mesmo em meio as quedas, é evidente, mas levantando-se após cada uma delas. Para tanto, podemos contar com a graça de Deus que ajuda ter a força moral para suportar a cruz e combater o mal inicialmente dentro de si e depois no mundo. Perseverar, ter paciência e praticar a ascese. Unir-se à cruz de Cristo, morrendo com Ele para com Ele também ressuscitar. Isso é o que a Igreja pede a todos os seus filhos.


fonte: adaptado de padrepauloricardo.org
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Mulher foi feita para comer

“Não é bom que o homem fique só, vou fazer-lhe uma companheira adequada” – assim disse Deus Pai Todo Poderoso. Não é bom que o homem fique só, vou providenciar-lhe qualquer companhia (homem ou mulher) para satisfazer suas vontades e desejos desregrados e baixos. Assim age satanás. E como ele é o pai da mentira e mistura verdades com falsidades lá se vai o homem achar que mulher serve mais como empregada, faxineira, cozinheira e, pior de todos os rótulos: objeto de consumo.

Mas vamos ao título desse artigo. Mulher foi sim feita para comer:

Ainda quando bebê, desenvolvendo para se tornar uma mulher, já deixa o leite materno, a mamadeira e começa a comer.

Quando criança, na famosa fase de crescimento precisa muito, mas muito comer.

Quando jovem, a mulher enamorada pelo rapaz sai para um jantar a dois, para degustarem um belo cardápio.

Depois, se o compromisso se tornar mais sério, agora como noiva começa a receber o candidato a marido aos finais de semana para aquele almoço de domingo com a família.

No passo seguinte, agora adulta, a mulher começa a construir sua própria família, e comida é uma coisa que faz parte da sua rotina, seja em casa para ela e o marido, seja no trabalho no intervalo para o almoço.

O relacionamento avança e os frutos começam a aparecer. Chegam os filhos. E a mulher que processa os alimentos em casa para o bem dela e sua família, agora se faz alimento para a prole abençoada por Deus.

E a mulher que experimente não comer, perde sua saúde e abala a estrutura familiar porque, convenhamos, se o pai morre, todos se congregam em volta da mãe, se a mãe morre, existe um alto risco da família se dispersar.

Quanto ao homem, que não se faça de surdo em relação ao propósito que Deus teve ao criar a mulher. A sua mulher não faz parte de um cardápio, onde existe ela, a amante, as prostitutas, as ex-namoradas e os casos esporádicos. A mulher dos outros o nome já diz, não lhe pertence. Uma só carne, disse Deus na criação do homem e da mulher. Quem se une a uma mulher se torna uma só carne com ela para, alimentados pelo amor de Deus e para Deus, amando-se um ao outro, vivem a alegria mútua de se ajudarem a chegar ao céu. Muito diferente do que o mundo pensa em relação a elas. A carne da mulher é santa, o corpo dela não foi criado (não é comida) para ser jogado (no prato) numa cama de motel, num sofá ou seja onde for, para ser “consumido” numa troca mútua como os usuários de droga fazem ao compartilharem seringas. É como se lê em Efésios 5,25-32, lá está a receita para o homem bem amar e tratar sua mulher. Em suma: “como Cristo amou sua Igreja e se entregou por ela”.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

De um mau Deus pode tirar algo de bom?

Pessoal, convenhamos, a religião católica, numa tentativa de explicar a frase título deste artigo, que também possui referências bíblicas e na Tradição com origem apostólica, busca justificar o sofrimento alegadamente imposto por Deus ou permitido por ele, para nosso bem e crescimento espiritual e no amor. Detalhadamente pesquisando até poderemos, de fato, encontrar argumentos que respaldem essa afirmação. Porém, na prática, parece não haver unanimidade nesta questão quando o assunto se relaciona com a salvação da alma.

Vamos refletir um pouquinho na onisciência de Jesus, isso mesmo que você leu. Todo mundo sabe, porque leu nos evangelhos que, durante e santa ceia Jesus disse que um dos doze iria traí-lo. Também se sabe que quando Pedro disse que seguiria Jesus não importando o que acontecesse, Jesus disse que ele o negaria antes que o galo cantasse. Como vemos, não precisamos de estranheza nenhuma ao pensarmos que Jesus sabe de antemão tudo que iremos fazer. Acabamos de relembrar duas passagens bíblicas. Dois exemplos práticos que podem nos ajudar na reflexão maior que buscamos neste artigo.

Deus pôde tirar algo de bom da negação de Pedro, que depois arrependido chorou amargamente? Jesus não disse nos evangelhos que aquele que o negar perante os homens ele o negara perante o Pai Eterno! Foi Jesus que falou! Deus pôde tirar algo de bom da traição de Judas Escariotes, que por trinta moedas (e olhem que hoje em dia muitos atribuem a Jesus menos ainda) entregou o Cristo aos seus inimigos? Jesus disse a respeito disso que seria melhor que se atirasse ao lago com uma pedra atada ao pescoço!

O que você acha caro leitor? O que de bom Deus tirou desses exemplos? Podemos dizer que da situação de Pedro a lição que fica é que o arrependimento sincero pelo pecado com propósito de mudança de vida, recebe pelo amor e misericórdia o perdão, renovando nossas vestes no sangue do cordeiro. Na situação de Judas a lição que fica é que o pecado cometido, depois não arrependido, gerou outro pecado (pecado gera pecado) e este, gravíssimo por sinal (pecado do desespero – um dos seis pecados contra o Espírito Santo segundo São Tomás de Aquino) provocou em Judas o sentimento de abandono da fé em Deus, achando que seu pecado era maior e por isso imperdoável, maior que a misericórdia de Deus. Como percebemos, o resultado do mal em nossas vidas, dependendo de nossas escolhas, pode nos trazer frutos ou desgraças.

Assim é na vida de cada um. São Pedro vai dizer em suas cartas que se perseverarmos com paciência, passaremos pelas tempestades e no tempo oportuno receberemos a recompensa. Caiu? Levanta! Caiu de novo? Levanta de novo! Quem gosta de ficar esfregando a cara no chão são os porcos. É assim que queremos ficar? Com a cara no chão, de cotovelos e joelhos no chão, arreados e nos culpando por sermos incapazes de olhar para cima, estender a mão para Jesus e suplicar por sua ajuda? Se chegamos até aqui nesta leitura, ainda não é tarde; estamos vivos e podemos a partir do já, do agora, deixarmos para trás o que desagrada a Deus e, como diz Santa Catarina de Sena, abraçarmos nossa cruz (nossos sofrimentos) para pararmos de padecer.

Então podemos concluir que, mesmo Deus sabendo por onde estamos andando e em consequência disso o que iremos fazer, ele ainda assim vai pelo caminho estendendo sua mão. Se não queremos aprender pela dor, iremos aprender pelo amor. Percebem que se praticamos o mal, coniventes a ele, pecando de olhos abertos, desse mal iremos padecer se escolhermos o afastamento já nessa vida de Deus? O mal que pode trazer algo de bom em nossas vidas, chama-se sofrimento. O mal que pode trazer algo de ruim para nossas vidas chama-se pecado.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 14 de agosto de 2018

Hormônios x Demônios

Nossa Senhora em suas aparições já nos recordou que um dos maiores pecados que condenam as pessoas ao inferno são os pecados da carne. Isso não é novidade nenhuma, nem para o diabo, muito inteligente, astuto e sutil, diga-se de passagem, que, como bem sabemos, mete seu nariz em tudo. Ora, se existe alguém que não desperdiça oportunidade alguma é satanás. Sabem aquele atacante que no final do segundo tempo, segundos finais da partida, seu time perdendo, ele recupera a bola em seu campo de defesa e corre para o ataque contra tudo e contra todos, depositando todo seu esforço numa tentativa que ele, de antemão acredita ser possível, de fazer o gol do empate numa final de copa do mundo e com isso “livrar” seu time da derrota, abrindo uma possibilidade de virar a partida? Pois bem, se compararmos esse feito humano, que possui algumas pitadas de heroísmo e bravura, com o diabo, simplesmente poderemos dizer que não existe comparação porque nosso inimigo cruel, enquanto para o atacante não existe bola perdida, para o diabo a coisa é mais séria, não existe alma perdida por e para ele. A coisa é séria e a analogia nos serve para percebemos que ele não brinca em serviço; vamos concluir a analogia dizendo que sempre é para o encardido, final de copa do mundo quando o assunto é perder a alma do homem.

Dito isso, ele conhecedor que é da natureza humana, pois tem muitos anos de vantagem em relação a ela, não se cansa de estimular os desatentos homens que se expõem com seus desejos e vontades, impostos pelos hormônios e outros fatores sensoriais do corpo, abrindo a guarda, a razão e os sentidos para ouvir o canto da sereia que sempre irá cantar a melodia que se quiser ouvir. Nesse ponto, se damos ouvidos, o desequilíbrio que estava a nosso favor neste cabo de guerra que é o campo de batalha chamado ser humano e sua caminhada nesta terra, pende do lado do bem viver segundo a vontade de Deus, para o viver bem segundo as ofertas do mal. Pronto, feita a desgraça.

Aquilo que é santo, o corpo de uma pessoa, se torna palco, vitrine e objeto de consumo. O mesmo corpo que nos foi dado como presente, que deveríamos usá-lo com respeito e conserva-lo na modéstia e pudor, que um dia será ressuscitado para a condenação ou a glória eterna, termina contribuindo para a ruína. A tempos se sabe que os pecados da impureza, os pecados da carne são os mais fáceis de serem cometidos e os mais difíceis de serem abandonados. E perdão vem da natureza divina, satanás não perdoa ninguém. Desde a juventude, nossas crianças e adolescentes, e depois jovens adultos, adultos e mesmo as pessoas mais maduras, se tentarem caminhar sozinhas (João 15,5) sem a ajuda de Jesus, conseguirão apenas, como diz Santa Tereza de Jesus, se condenarem sozinhos. Satanás tenta a todos e qualquer um. Por isso se prega tanto que se deve evitar as ocasiões de pecado. Pecados são como as drogas, depois que experimentados são, o vício se instala muito rapidamente e o próprio Cristo disse que a libertação é difícil, e ainda mais depois de uma recaída. Pecado gera pecado e de queda em queda, mais machucados pelos mesmos erros cometidos, que já escravizam a pessoa, a fé no Deus do impossível vai sendo apagada dos corações humanos. Que isso seja deixado para lá e que o voltar-se constantemente para Deus (conversão), seja uma atitude diária na vida de cada um.


fonte: Jefferson Roger
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Segundo a carne ou segundo o espírito?

Por sete vezes (e isso não é coincidência) pelo livro do Apocalipse Deus nos fala que devemos dar ouvidos ao que o Espírito Santo nos diz, através da igreja. Ademais, este mesmo Espírito nos diz no capítulo quatorze do mesmo livro que “felizes são os homens que morrem no Senhor”. Este Espírito prometido por Jesus ainda em sua passagem por este vale de lágrimas é o mesmo que conduz a Igreja e que dele foi predito que nos recordará tudo que foi ensinado por Jesus e nos ensinará todo o resto. Como vemos, é pela vontade do Pai Eterno que a sua doutrina seja transmitida pelo inspirador da bíblia. Assim se comprova, por exemplo, em Atos dos Apóstolos 1,2 – “desde o princípio até o dia em que, depois de ter dado pelo Espírito Santo suas instruções aos apóstolos que escolhera, (Jesus) foi arrebatado (ao céu)”.

E São Paulo, na carta aos Gálatas faz um bom resumo acerca da escolha que devemos fazer em relação ao modo de vida que queremos praticar:

Gálatas 5,16-25 – “Deixai-vos conduzir pelo Espírito, e não satisfareis os apetites da carne. Porque os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros. É por isso que não fazeis o que quereríeis. Se, porém, vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus! Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei. Pois os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências. Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito”.

E para encerrar, vamos dizer assim, a questão, o apóstolo coloca um veredito final nas consequências que a escolha entre um ou outro fará na balança da vida: Gálatas 6,7-9 – “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos”. E assim, nos fica muito claro que se dermos “trela” a um dos nossos inimigos da alma (diabo, mundo, próprio corpo em sua concupiscência), terminaremos bem distantes do Reino dos Céus.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

O que interessa agora são as fotos

Pais desinteressados e desobedientes a palavra de Deus que lhes ordena a educarem seus filhos na doutrina, amor e temor do Senhor, são muito provavelmente os grandes responsáveis pela perdição de seus filhos. Não é possível atribuir a perdição de um filho para o mundo das drogas, da prostituição, da vida boêmia, da vida ilícita e de tantas outras formas desregradas que o mundo insiste em dizer que são normais e comuns, para alguma causa que não esteja interligada aos pais.

O filho, desde seu nascimento e podemos dizer até antes disso, já está sendo colocado no centro de um cabo de guerra. De um lado o mundo, com suas ofertas; de outro lado Deus, com suas propostas. O elemento diferenciador que poderia e pode causar um desequilíbrio para o bem da criança, elemento esse chamado de PAIS, simplesmente não tem, a cada ano que passa, tomado as corretas atitudes que um pai, temente a Deus, deve tomar.

Um dos problemas é esse, os pais não são mais tementes a Deus, a religião que praticam, se é que se pode chamar essa enrolação que fazem perante de Deus, de religião, mais se parece com um buffet. Tudo que julgam ser bom para suas vidas, adotam, tudo que exige compromisso, descartam. E tem sido cada vez mais assim. Na catequese, pais faltam as reuniões, não frequentam a missa, vivem uma vida com prioridades materiais e em consequência disso, esse mal exemplo, que é muito visto na sociedade, termina para a criança, que se encontra em fase de aprender valores cristãos, se tornando um exemplo a ser seguido.

Friso, no entanto, que não é um acontecimento unânime, graças a Deus, mas ele existe e é presente em nossa sociedade. O que importa é correr atrás da coordenação da catequese atrás das fotos da celebração da crisma ou da eucaristia. Será que alguma lágrima caiu em ver seu filho ou filha recebendo Jesus ou o Espírito Santo? Num início de caminhada cristã que lhe pode custar a vida eterna se não for bem percorrida?

Pois é, pobres pais, depois irão encher os consultórios de psicologia e psiquiatria porque, ao invés de recorrer primeiro a Deus (1º mandamento da lei de Deus), resolveram tentar viver uma vida sem ele, o que significa viver uma vida aberta aos conselhos dos três inimigos da alma. Não quiseram beber e comer o sangue e o corpo de Cristo e serem outro Cristo na vida das pessoas e para a vida das pessoas (isso inclui principalmente seus filhos) e em consequência, por escolherem beber do vinho dos prazeres mundanos, lamentam pelas desgraças que acontecem em suas vidas e de seus familiares.

E ainda por cima, batem no peito e perguntam e alta voz o que fizeram a Deus para merecem tudo isso? Tenham vergonha na cara, provavelmente diria Jesus, e de fato assim ele o faz todos os dias de nossas vidas, quando nos envia seus sinais impossíveis de serem percebidos porque nossas mentes e corações estão embotados e soterrados pelos lixos do mundo. Assim seremos se escolhermos agir dessa maneira, como verdadeiros lixos, como um papel higiênico nas mãos do diabo. Depois que ele nos usar, nos descarta.


fonte: Jefferson Roger
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Um dia todos partem com o que tem

As sagradas escrituras, palavra de Deus, que contém o necessário para a salvação dos homens nos ensina que se praticarmos uma vida de imitação a Cristo (exercendo as boas obras – Apocalipse 22,12), numa atitude de constante perseverança, como recompensa no dia do juízo final, receberemos a coroa da glória eterna e seremos admitidos no Reino dos Céus.

Quem acha que não, tudo bem, depois se entende com Deus; aos que tem fé (dom de Deus) e acreditam na eternidade do paraíso, sabem que a mesa está posta. Jesus, por conta disso, já alertou a todos que “de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma”? Essa dura afirmação do ressuscitado simplesmente quer dizer que o vazio das coisas materiais, incapazes de preencher o coração e alma, em substituição a Deus, não serve para endossar nenhum tipo de mérito que nos permita entrar no Reino de Deus. Ainda que por qualquer mérito isso fosse possível, porque é pelo amor e pela misericórdia divina que as coisas acontecem.

Todavia, o salvador da humanidade quis no ensinar que partimos dessa vida exatamente sem nada e completamente com tudo. Vamos entender. Sem nada se relaciona ao plano material e com tudo se relaciona ao plano espiritual. Tudo que fizemos ou deixamos de fazer faz parte do tudo, da parte espiritual. Tudo que fizemos ou deixamos de fazer, relacionado as coisas do mundo para benefício próprio, ou ainda que de terceiros, não colocando o Reino de Deus em primeiro lugar, faz parte daquilo que Jesus chama de “ganhar o mundo inteiro”.

Já aprendemos na bíblia que perante o justo juiz iremos nos ver com o seu olhar, iremos enxergar nossos pecados como Deus enxerga e, se possível fosse, iríamos chorar amargamente como Pedro chorou quando negou Jesus. A oportunidade está lançada, não podemos, já que precisaremos apresentar nossas obras, ficarmos de braços cruzados e chegarmos na presença dele, no dia de nosso julgamento, de mãos vazias.

Já que sabemos que partimos dessa vida com tudo que temos, e sabemos que esse tudo é tudo que fizemos e deixamos de fazer perante os olhos de Deus, não temos tempo a perder já que nem sabemos quanto tempo Deus nos concede. O ontem não existe mais, o amanhã não existe ainda, nos resta trabalharmos por nossa salvação e do próximo no dia hoje. O diabo sabe de tudo isso e por esse motivo pratica em nossas vidas a tentação do amanhã, nos seduzindo a deixarmos para amanhã de começarmos ou continuarmos a caminhar no caminho da porta estreita.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Traição ou Infidelidade?

Em linhas gerais as pessoas podem imaginar que trair e ser infiel são sinônimos, o que não é verdade; em verdade, poderíamos dizer que essas duas expressões, dependendo do contexto, podem andar de mãos dadas ou não. Vamos ilustrar um pouco a reflexão.

Uma pessoa com pouca mobilidade, já com certa idade e uma mente não tão ativa assim, decide, à beira de uma rua, atravessa-la. O fluxo de veículos é intenso, em determinado momento ela vê um espaço entre eles, calcula ser possível atravessar a rua sem ser atropelada e se projeta a caminhar. Para sua surpresa, as variáveis, distância entre ela e os carros, distância entre ela e o outro lado da rua, velocidade empregada por ela ao se deslocar e velocidade empregada pelos diferentes veículos da via, tudo para ser calculado em pouquíssimo tempo, abre margem muito grande para o resultado ser inapropriado. E supondo neste exemplo que ela não calculou bem, sendo TRAÍDA por algum dos fatores internos ou externos, termina por sofrer um acidente. Outro exemplo.

Um funcionário precisa seguir um manual de instruções do novo setor para o qual ele foi contratado. O produto de seu trabalho é pré-requisito para o setor seguinte, constituindo-se em peça fundamental de todo o processo produtivo. Lá por cargas d´água, por algum motivo que não precisamos colocar aqui, este funcionário decide executar suas funções de uma maneira própria, conforme seu gosto pessoal e em consequência disso algo dá errado e as pessoas que dependiam do seu serviço, a empresa e o setor adjacente saem prejudicados com essa atitude. O funcionário, por não ser FIEL às normas da empresa e seus regulamentos cometeu um erro que, inicialmente prejudicou outras pessoas e, no futuro, pode lhe custar o emprego.

Com estes pequenos exemplos percebemos que trair e ser infiel andam de braços dados. O funcionário traindo a confiança que a empresa depositou nele foi infiel aos mandatos corporativos. O pedestre sendo infiel ao seu bom senso e consciência de sua condição física, foi traído por seu egoísmo e autoafirmação de que achava, sem modéstia e ponderação, ser possível atravessar a rua. Como podemos atestar, e isso qualquer um pode avaliar por conta própria, dependendo do contexto, ser um traidor ou ser um infiel, pode gerar consequências desastrosas.

Ademais, que tal seguirmos o que Jesus nos disse em Lucas 9,23? – “Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia e me siga”. Ou seja: quer se salvar? – Seja infiel aos seus desejos e fiel aos desejos de Jesus, não seja um traidor, como Judas Escariotes, e sim um traidor do mal, lembrando que aquele que trai defende princípios opostos.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

A crise da catequese católica

Dizer que há uma crise no mundo da catequese católica é um eufemismo. Três gerações de jovens católicos foram mal servidos pela formação na fé que eles mereceram, mas não receberam. Claro, eles não se opuseram muito, nem o fazem atualmente. Muitos simplesmente se foram do nosso meio, nunca tendo conhecido a riqueza da fé que abandonaram. Os católicos há muito que agonizam com as causas da má catequese.

Há demasiadas homilias que são longas em afirmações vagas de que devemos nos amar uns aos outros, mas tristemente desprovidos de doutrina e advertências contra o pecado. Há a confusão doutrinal que veio com “o espírito do Vaticano II”. Todos os catequistas modernos são mal formados na própria fé. As aulas diárias de religião nas escolas católicas do passado foram substituídas em grande parte por sessões semanais de 45 minutos para crianças de escolas públicas chamadas de ensino religioso. E por aí vai, nem vamos nos alongar aqui.

Coloco aqui um parêntese indicando para ilustração, John Dewey (1859-1952). Um filósofo e reformador da educação que influenciou fortemente a educação americana até hoje. Talvez seu princípio mais importante seja que o objetivo da educação é ensinar as crianças a aprender e pensar, em vez de transmitir informações de uma geração para outra. Ele afirmou que as verdades são descobertas em vez de ensinadas.

Nos círculos educacionais católicos comuns, a influência de Dewey pode ser vista por aqueles que afirmam que ajudar os alunos a experimentar o amor de Deus é muito mais importante do que ensinar um conjunto de dogmas. O Amor de Deus e as graças que nos chegam por causa desse Amor é claramente de suma importância. No entanto, para enfatizar a experiência se corre o risco de se cometer um erro grave. Quem sabe todos nós já ouvimos - ou talvez até dissemos - “me sinto mais perto de Deus andando pela floresta do que na igreja”. A experiência ocasional de sentir que Deus está ao nosso redor pode ser maravilhosa, mas a experiência não é suficiente. Não podemos passar a vida saltando de experiência em experiência. A vida é vivida no dia-a-dia. Para cada grande experiência, há meses de tédio.

Como isso pode se relacionar com a vida de um católico em desenvolvimento? Vamos pensar em um jovem que tenha uma intensa experiência religiosa. Infelizmente, essas experiências são geralmente de curta duração, passando rapidamente em meio às pressões da escola, do trabalho ou dos amigos. É uma história muito antiga e muito comum. Nosso Senhor nos disse na parábola do semeador. É a história da semente que caiu no solo rochoso, brotou rapidamente e depois secou.

Os alunos às vezes ficam entediados. Eles precisam aprender a lidar com isso, como todos nós fazemos. Em algum momento da vida, as experiências tornam-se tediosas quando se tornam comuns. Quando o trabalho que podemos fazer se torna entediante, só temos que sorrir e aguentar - ir para o trabalho e voltar para casa todos os dias não é uma atividade opcional. Não ir ao trabalho traz sérias consequências financeiras.

Isso também é verdade na vida da Igreja. Às vezes, ir à Santa Missa é uma bela experiência. Outras vezes, nossa natureza humana caída faz com que não nos concentremos na beleza da Missa. Passamos a ver a Missa como uma obrigação. Se temermos o tédio e adorar cada nova experiência, poderemos decidir não ir à missa. O não cumprimento dessa obrigação constitui pecado mortal. Podemos ir à missa semana após semana e não ver nenhum benefício óbvio. No entanto, às vezes vamos à missa porque é uma obrigação e se torna uma experiência em que sentimos Deus derramando Sua graça. O fato da obrigação vem em primeiro lugar - a experiência não acontece sem ela.

Nenhum estudante pode ser animado em graça. Os catequistas não fornecem a graça. A graça é uma dádiva gratuita de Deus, para ser dispensada em Seu tempo e em Seu caminho. O trabalho do catequista é ensinar as verdades da fé e orar para que Deus providencie as graças que tornam essas verdades significativas.


fonte: adaptado de www.tfp.org
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terça-feira, 7 de agosto de 2018

Com a ajuda de Deus, ainda posso um pouco mais

Essa é uma das frases que a história da igreja relata através da vida dos santos, que foi professada por eles em ocasiões de grandes sofrimentos e tribulações. Muitos, na hora da agonia final, num ato de fé heroica, bradavam com as poucas forças que ainda restavam em seu leito de morte, esta súplica final em favor do Ressuscitado.

Pensemos um pouco e reflitamos; o sujeito está nas últimas, como se diz no linguajar da gíria e, ao invés de pedir que Deus o leve logo, muito pelo contrário, ainda pede forças para poder aguentar um pouco mais o sofrimento. Pessoal, vamos concordar, gostamos de pedir o auxílio dos santos, dos nossos anjos da guarda, da Virgem Santíssima, mas, quando se trata de termos uma verdadeira devoção a eles, de imita-los aí a coisa muda de figura. Ou nem isso, nem nos damos conta de que queremos ir ao céu, mas queremos que a nossa parte, individual e exclusiva de cada um, seja remediada pela intercessão da milícia celeste.

Não estamos acostumados a sermos católicos, com alguns esbarrões já saímos a reclamar de tudo e de todos. Paciência, tolerância, doação e virtudes do mesmo grupo são afogadas no mar das suas opositoras. Que tal então, já que nos propomos a refletir, subir para o próximo nível e começarmos a obedecer a Jesus que nos disse em 1ª Coríntios 11,1 para sermos seus imitadores? Nossa Senhora em suas aparições nos recordou tantas vezes a passagem da carta aos Hebreus 6,12 onde se lê que “devemos ser imitadores daqueles que pela fé e paciência se tornaram herdeiros das promessas”.

Imitadores dos santos, que são herdeiros, assim como cada um de nós, das promessas de Deus. Nada de se viver uma vida de pavio curto, “quem perseverar até o final será salvo”, disse Jesus. Se temos fé em Jesus Cristo, cremos que ele não é um mentiroso e se é assim, ele nos garante que a virtude da perseverança será recompensada com a maior das recompensas: o Reino dos Ceús.

Temos que incluir em nosso dia a dia, em nossas orações este maravilhoso pedido a Jesus, assim como aqueles que nos antecederam nesta vida e hoje estão na glória de Deus. Pedi e recebereis, se lembram? Outra afirmação de Jesus. Então vamos fazer nossa parte e pedirmos, com fé e coração contritos e abertos a graça divina, para que Deus faça em nossas vidas, a sua parte.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Matar ou Morrer?

O cristão aprendeu de Deus que a vida é um dom concedido por ele; na mesma sagrada escritura lemos que só ele pode dá-la ou tira-la. Por isso nos ensina o mandamento de não matar (ou seja) não subtrair da existência uma existência. Por que me refiro a “matar” utilizando estes termos? Porque não matar abrange a esfera material e espiritual. Ademais, e agora podem se debater as feministas de plantão, a bíblia, que é a palavra de Deus, também nos ensina que nosso corpo não nos pertence, pois foi comprado a preço de sangue na cruz. Glorificai a Deus com vossas vidas e com vosso corpo, lemos nas cartas apostólicas.

Muito bem, dessa maneira, fica muito claro que, já que nosso corpo não nos pertence e um dia será tomado de volta (tu és pó e ao pó voltarás), ressuscitado para a sentença no dia do juízo final, temos apenas que, como já mencionado acima, transcrevendo em outras palavras, cuida-lo e fazer bom uso dele (deste presente divino) para devolve-lo depois de ter vivido uma vida que glorificou a Deus através deste corpo. Essa conversa feminista de que as mulheres têm direito ao seu próprio corpo nada mais é do que uma tentativa ilusionista de malabarizar contextos e conceitos gramaticais para tentar, inutilmente perante Deus, demonstrar que a razão egoísta do ser humano em prol de uma vida pautada num constante parque de diversões (refere-se aqui entre outras coisas ao sexo desregrado), constitui-se em liberdade de vida, escolha e expressão. Não era assim nos anos setenta? No movimento paz e amor? Detalhe! Paz e amor, sem Deus! Faça amor, eles diziam, não faça guerra!

Santa Teresa de Calcutá já dizia que “como pode o homem querer condenar o assassinato de uma vida que já está fora do útero e querer aprovar um assassinato de uma vida que está dentro do útero”? Qual a diferença? É a mesma vida humana? Por que não se vê, é mais fácil covardemente apunhalar esta vida que ainda não vê as maravilhas que Deus criou? A sociedade, pelo mundo afora, vai seguindo a agenda mundial da cultura da morte e empurrando a todos seus preceitos e conceitos; muitos se convencem de que filho faz parte de um problema populacional, filho é uma bagagem, filho é uma boca a mais para alimentar, filho empobrece os pais, filho tira a liberdade e com isso esquecem que esse filho que deveria ser fruto do amor na união entre homem e mulher (Gênesis 2,24), colaborando com os planos de Deus, para que um dia pudesse viver a felicidade eterna junto do criador, simplesmente por uma escolha pessoal de não tê-lo, sua não existência o impede de viver aquilo que você, que escolheu não ter filho, quer um dia alcançar. Que fé é essa? Uma fé onde só conta a parte do venha a nós o vosso, mas a parte do seja feita a vossa vontade não?

Péssimos filhos de Deus e ainda se acham merecedores do céu. Quero o céu, mas não quero ter um filho para que ele tenha o céu. Nem pensam que se suas mães também reivindicassem esse direito estúpido de assassinar crianças ainda na barriga com o nome disfarçado de aborto, fosse algo que elas tivessem conquistado, os defensores do aborto nem aqui estariam. Vivem graças às suas mães, mas hoje querem um mundo só para si e um céu também. Até podem no agora terem esse mundo, mas é como Jesus disse a Santa Faustina: “eu tenho a eternidade toda para praticar a justiça”.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Eleitos ou Escolhidos?

Mateus 20,16 – “Muitos serão os chamados, mas poucos os ESCOLHIDOS”.

Mateus 24,22 e 31 – “Se aqueles dias não fossem abreviados, criatura alguma escaparia; mas por causa dos ESCOLHIDOS, aqueles dias serão abreviados. Ele enviará seus anjos com estridentes trombetas, e juntarão seus ESCOLHIDOS dos quatro ventos, duma extremidade do céu à outra”.

Marcos 13,20 – “Se o Senhor não abreviasse aqueles dias, ninguém se salvaria; mas ele os abreviou em atenção aos ELEITOS que escolheu”.

Pessoal, não parece nada de muito difícil refletir sobre essa questão que a palavra de Deus nos ensina. Vamos aos poucos.

A bíblia nos ensina que Deus faz nascer e chover sobre os justos e injustos, os agradecidos como o único leproso que voltou para agradecer a cura que recebera de Jesus representa um dos muitos que foram chamados. Depois, por causa de sua livre escolha (aceitando a graça e agradecendo por ela, convertendo-se e passando a seguir Jesus), torna-se um dos escolhidos. Lemos nas escrituras que todos somos criados e predestinados para a santidade, porém, por causa de nossa livre opção, nos excluímos e jogamos na lama o chamado do Pai Eterno.

Todavia, se aceitamos o chamado, dois muitos que ouviram a proposta de Jesus, mas fazendo parte dos agora eleitos escolhidos, como lemos em Marcos 13,20, somos pertencentes ao rebanho que a bíblia fala que foram confiados ao Cristo para que não se perdessem.

Como vemos e aprendemos da santa palavra, nosso corpo que não nos pertence, porque foi comprado ao preço de sangue na cruz, um sangue derramado por muitos, como nos relatam os evangelhos, é um sangue que nos purifica como lemos em Apocalipse, nos branqueia de corpo e alma.

Acatemos a proposta do Redentor para que possamos fazer parte, como nos diz Jesus, dos benditos do Pai, ouvindo o chamado de “vinde”: Mateus 25,34 – “Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo”.


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Pelo jeito vou dançar

Quem poderá se salvar? Um dos apóstolos perguntou isso a Jesus. E a resposta foi desanimadora: “Para o homem isso é impossível”. Ademais, aprendemos que a fé é um dom de Deus e aprendemos que ela é uma certeza a respeito daquilo que não se vê. Porém, como podemos atestar diariamente, nossos sentidos pouco são atingidos por ela. Você tem que acreditar que se seguir as sagradas escrituras e viver exatamente como Deus te pede através dela, embora seja impossível ao homem se salvar, para o Deus do impossível, que quer que todos que confiou a Jesus sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade, uma auto afirmação que é misericordioso, numa atitude que parece endossar sua espécie de favor em recompensar os que “renunciaram-se a si mesmos, tomaram sua cruz e seguiram Jesus, dia após dia (Lucas 9,23), nos recompensa com a entrada no seu reino.

Se aprendemos que ele é o Deus Onisciente, Onipresente e Onipotente é difícil engolir que permite o mal em nossas vidas porque desse mal pode tirar algo de bom, assim lemos no catecismo da igreja católica e na santa escritura. Pessoal, cabe aqui uma reflexão nessa linha de pensamento que já foi apontada por Nossa Senhora quando apareceu em Paris para Santa Catarina Labouré. Disse a Virgem Santíssima: “não te prometo felicidade nesse mundo, mas no outro”. Pois, se no começo do artigo coloquei o primeiro balde de água fria jogado em nós por Jesus, agora acabei de colocar o segundo balde, jogado por Nossa Senhora.

No entanto, vamos virar o disco para o lado B, “vigiai e orai”, disse Jesus. A felicidade está no outro mundo, nesse mundo nós temos as alegrias. Vigiar é estar atento, é não procurar a felicidade nas coisas erradas e sim viver as alegrias recebidas por Deus em forma de graças. Vigiar é saber (Deuteronômio 29,29) que o que devemos saber sobre os planos de Deus nos foi revelado, o que não devemos, não cabe saber, não foi. Quando não vigiamos e queremos respostas desnecessárias, o pai da mentira logo vem em socorro às nossas necessidades e nos apresenta sua versão dos fatos. Ouvimos então dele, do diabo, aquilo que queremos ouvir e de mãos dadas com o encardido caminhamos felizes por este vale fazendo aquilo que queremos, vivendo a vida, que é curta e precisa ser aproveitada.

Todavia, estamos percebendo dois lados da moeda, dois extremos. Os réprobos, ímpios, que nas palavras de Jesus, já receberam sua recompensa em vida; e aqueles que abraçaram a proposta de Jesus deixada em seu evangelho, vivendo sua radicalidade. Conhecemos exemplos dos dois tipos de pessoas. E isso nos assusta se estamos nos esforçando para chegar ao céu. Olhamos para a vida dos santos, modelos de pessoas que alcançaram a santidade e vemos o quão longe nossas vidas estão da vida deles. O Pai e o Filho ainda nos pedem para imitarmos e na carta aos Hebreus 6,12 lemos que precisamos imitar aqueles que pela fé e paciência se tornaram herdeiros das promessas.

Pois bem, se autoanálise e exame de consciência honesto apontar para uma condição morna de vida, cuidemos, Jesus disse que o morno ele vomita. Queremos ser assim? Indesejáveis para Jesus? Se pelo jeito, com a vida que levamos, “dançaríamos” com a chegada da morte o que estamos fazendo que não tomamos vergonha na cara? Esta atitude caminha pela trilha do segundo pecado contra o Espírito Santo apontado por São Tomás de Aquino, onde ele aponta para o pecado do desespero, que consiste em acharmos que a misericórdia de Deus é menor que nosso pecado, sendo, portanto, incapaz de nos perdoar.


fonte: Jefferson Roger
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