sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Sobre o Anjo da Guarda

Superiores a nós, pois foram criados do fogo e do Espírito de Deus, na história da humanidade são vários os relatos de suas assistências. Divididos hierarquicamente seguem as ordens do criador e executam tantas e tantas tarefas nesse mundo, em todas as esferas, sempre com um fim único, a salvação das pessoas. Esse Deus, que é amor e se preocupa com cada um de nós, nos deixou, a cada um, um guarda espadas, um fiel escudeiro, um braço direito, um aliado poderoso, que não nos cobra nada pelos seus serviços, auxílios e assistências: nosso anjo da guarda. Sua missão principal é nos conduzir até o céu não interferindo em nosso livre arbítrio concedido por Deus. Que tarefa difícil não é mesmo! Digo difícil porque muitos de nós humanos, entristecem a Deus diariamente quando abrem mão deste presente tão bem quisto por ele, que é a companhia incessante deste anjo da guarda em nossas vidas. Ele sabe mais que nós e vê a Deus face a face. Sabe o que é melhor para nós e como devemos nos comportar e agir para alcançarmos o céu. Por isso, já que ele não pode, por ordem divina, interferir em nosso livre arbítrio, constantemente nos comunica seu auxílio em nossas mentes e corações, suscitando em nós os bons pensamentos e atitudes. Sabem aquela tal de intuição? Pois é caros leitores, é o seu anjo da guarda. E como é maravilhoso contar com ele e mais ainda, nos aproximarmos dele, pedirmos sua assistência, invocarmos em todas as tarefas do dia e sermos realmente seus amigos além de seguirmos sua orientação. Devíamos também nós, mentalmente nos acostumarmos a cumprimentar não só o nosso anjo da guarda, mas o anjo da guarda das pessoas. Essa é uma realidade espiritual, que embora não possamos ver como alguns santos podiam, pelo testemunho deles e pela fé, que nos garante a palavra de Deus, devemos sim colocar em prática. Recebemos de graça e porque tantos não fazem jus desta graça? É pena, pois entristecem a Deus. Mal sabem... Pois bem, ser amigo do anjo da guarda é muito salutar. Quanto mais você rezar para ele, mais pedir para ele, acreditem, ele vai se fazer cada vez mais presente em sua vida. De minha parte, posso dar este testemunho. Minha proximidade com ele é tamanha a ponto de minhas intuições poderem ser mentalmente ouvidas e respondidas também. Para mim soa estranho não conversar com ele, seja em oração ou não, durante o dia. Isso seria como ignorar uma pessoa que está com você, não dando atenção alguma para ela. Não é porque não o vejo que não vou dar a mínima. Muito pelo contrário. Ele me ajuda pelos caminhos, me defende dos perigos, me faz evitar trajetos, me ajuda nas orações, me aconselha quando peço e me exorta até quando e como preciso me confessar. E não só a mim, seu anjo da guarda faz exatamente o mesmo. Enfim, ele sabe como devo agir e me comportar para agradar a Deus e poder um dia entrar na glória dos céus. A ele sou muito agradecido e não vejo a hora de um dia poder conhece-lo e se for permitido nos céus, poder abraça-lo, porque com a ajuda dele eu terei chegado lá. Todos os dias falo com ele, não só em pensamentos e orações, mas falo mesmo, converso. E posso atestar, que nosso grau de santidade à medida que aumenta nos permite o diálogo de várias formas. É muito gratificante viver essa realidade todos os dias. Não deixem para amanhã, comecem hoje, comecem agora a se relacionar com ele. Se não conhecem a oração do Santo Anjo, que também é uma oração indulgenciada parcialmente, aprendam e a coloquem em prática. Seu anjo irá ficar muito feliz em ver que você abriu seu coração para aceita-lo de forma mais constante em sua vida. Ele, que é quem leva seus pedidos e agradecimentos durante o ofertório da missa, ele que é quem apresentará a Deus os sufrágios que nos fizerem quando estivermos no purgatório, ele que eleva a Deus suas próprias orações e súplicas por nós, quando relaxamos em nossa fé, esse incansável aliado nos ama por amor a Deus e quer que alcancemos a vida eterna para morar num lugar maravilhoso que ele já conhece e quer que conheçamos um dia também. Catequese e Orações aos Anjos fonte: Jefferson Roger
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Toda sexta-feira é dia de penitência

Entre as várias formas de penitência interior, entre elas encontramos o jejum e a abstinência que encontram no catecismo da igreja católica a seguinte explicação em seu número 1431:

Uma reorientação radical de toda a vida, um retorno, uma conversão para Deus de todo nosso coração, uma ruptura com o pecado, uma aversão ao mal e repugnância às mãs obras que cometemos. Ao mesmo tempo, é o desejo e a resolução de mudar de vida com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda de sua graça. Esta conversão do coração vem acompanhada de uma dor e de uma tristeza salutares chamadas pelos Padres de aflição do espírito, arrependimento do coração.

Ainda dentro deste tema, encontramos dentro do Código de Direito Canônico os seguintes cânons que normatizam essa prática:

Cân. 1249 - Todos os fiéis, cada qual a seu modo, estão OBRIGADOS por lei divina a fazer penitência; mas, para que todos estejam unidos mediante certa observância comum da penitência, são prescritos dias penitenciais, em que os fiéis se dediquem de modo especial à oração, façam obras de piedade e caridade, renunciem a si mesmos, cumprindo ainda mais fielmente as próprias obrigações e observando principalmente o jejum e a abstinência, de acordo com os cânones seguintes.

Cân. 1250 - Os dias e tempos penitenciais, em toda a Igreja, são TODAS as sextas- feiras do ano e o tempo da quaresma.

Cân. 1251 - Observe-se a abstinência de carne ou de outro alimento, segundo as prescrições da Conferência dos Bispos, em todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; observem-se a abstinência e o jejum na quarta-feira de Cinzas e na sexta-feira da paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Cân. 1252 - Estão OBRIGADOS à lei da abstinência aqueles que tiverem completado catorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum todos os maiores de idade até os sessenta anos começados. Todavia, os pastores de almas e os pais cuidem que sejam formados para o genuíno sentido da penitência também os que não estão obrigados a lei do jejum e da abstinência, em razão da pouca idade.

Cân. 1253 - A Conferência dos Bispos pode determinar mais exatamente a observância do jejum e da abstinência, como também substituí-la, totalmente ou em parte, por outras formas de penitência, principalmente por obras de caridade e exercícios de piedade.

Sendo assim, em conformidade com a lei canônica a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil afirma que o fiel católico brasileiro pode substituir a abstinência de carne por uma obra de caridade, um ato de piedade ou comutar a carne por um outro alimento. E vale sempre esclarecer a dúvida de muitas pessoas de forma simples e prática, para melhor se entender porque o quarto mandamento da igreja diz que se deve "jejuar e abster-se carne conforme manda a santa mãe. Jejum de algo é abrir mão deste algo. Abstinência de algo é abrir mão deste algo e substituí-lo por outra coisa.

Portanto, caro leitor católico, seja um católico feliz e mantenha suas práticas religiosas sempre em conformidade com o que nos pede Jesus (cabeça), através do seu corpo (a igreja), pois se és filho de Deus pelo batismo que recebestes, és também membro do corpo de Cristo. Não te cabe fazer parte do grupo de pessoas que querem moldar o seu viver ao seu próprio gosto e interesse. Atitudes desconformes só nos prejudicam e nos afastam do amor de Deus, por nossa livre escolha. Não deve ser assim entre nós, nos alerta Jesus. Façamos a nossa parte, que consiste em sermos dependentes dele para tudo pois só assim, encontraremos os porquês de tudo o que fizermos em nossa vida, seguindo assim o primeiro mandamento e vivendo felizes e contentes, rumo ao céu.


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O martírio da mãe e seus sete filhos

Para aqueles que querem seguir um dos conselhos que Nossa Senhora faz em suas aparições, nos recomendando Hebreus 6,12, onde se ensina que devemos ser imitadores daqueles que pela fé e paciência se tornaram herdeiros das promessas, e com isso ela fala claramente que devemos aprender com a vida e o exemplo dos santos, muito se tem documentado pelos livros piedosos sobre inúmeros testemunhos de pessoas, jovens e adultos, que viveram seu amor a Deus até as últimas consequências. Entendiam eles que o prêmio da vida eterna supera qualquer medo terreno.

Pois bem, para o agrado de todo cristão, na própria bíblia encontramos belíssimos testemunhos de martírio cristão e até de martírio por amor a Deus. Segue aqui para leitura um relato dessa natureza que encontramos no segundo livro de Macabeus. Com esse pequeno exemplo podemos refletir como é o grau da fé que professamos e vivemos:

2ª Macabeus 7,1-41 - "Havia também sete irmãos que foram um dia presos com sua mãe, e que o rei por meio de golpes de azorrage e de nervos de boi, quis coagir a comerem a proibida carne de porco. Um dentre eles tomou a palavra e falou assim em nome de todos. Que nos pretendes perguntar e saber de nós? Estamos prontos a morrer antes de violar as leis de nossos pais. O rei, fora de si, ordenou que aquecessem até a brasa sertãs e caldeirões. Logo que ficaram em brasa ordenou que cortassem a língua do que falara (por) primeiro e, depois que lhe arrancassem a pele da cabeça, que lhe cortassem também as extremidades, tudo isso à vista de seus irmãos e de sua mãe.

Em seguida, mandou conduzi-lo ao fogo inerte e mal respirando, para assá-lo na sertã. Enquanto o vapor da panela se espalhava em profusão, os outros com sua mãe, exortavam-se mutuamente a morrer com coragem. O Senhor nos vê, diziam, e certamente terá compaixão de nós, como o diz claramente Moisés no seu cântico de admoestações: Ele terá compaixão de seus servos. Morto desse modo o primeiro, conduziram o segundo ao suplício. Arrancaram-lhe a pele da cabeça com os cabelos e perguntaram-lhe depois: Comerás carne de porco, ou preferes que teu corpo seja torturado membro por membro? Ele respondeu: Não, no idioma de seu país, e padeceu então os mesmos tormentos do primeiro.

Prestes a dar o último suspiro, disse ele: Maldito, tu nos arrebatas a vida presente, mas o Rei do universo nos ressuscitará para a vida eterna, se morrermos por fidelidade às suas leis. Após este, torturaram o terceiro. Reclamada a língua, ele a apresentou logo, e estendeu as mãos corajosamente. Pronunciou em seguida estas nobres palavras: Do céu recebi estes membros, mas eu os desprezo por amor às suas leis, e dele espero recebê-los um dia de novo. O próprio rei e os que o rodeavam ficaram admirados com o heroísmo desse jovem, que reputava por nada os sofrimentos. Morto este, aplicaram os mesmos suplícios ao quarto, e este disse, quando estava a ponto de expirar: É uma sorte desejável perecer pela mão humana com a esperança de que Deus nos ressuscite; mas, para ti, certamente não haverá ressurreição para a vida. Arrastaram em seguida o quinto e torturaram-no; mas ele, encarando o rei, lhe disse: Ainda que mortal, tens poder sobre os homens, e fazes o que queres. Não penses, todavia, que nosso povo é abandonado por Deus!

Espera, verás quão grande é a sua potência e como ele te castigará a ti e à tua raça. Após este, fizeram achegar-se o sexto, que disse antes de morrer: Não te iludas; nós mesmos merecemos estes sofrimentos, porque pecamos contra nosso Deus, e em conseqüência recebemos estes flagelos surpreendentes. Mas não creias tu que ficarás impune, após haveres ousado combater contra Deus. Particularmente admirável e digna de elogios foi a mãe que viu perecer seus sete filhos no espaço de um só dia e o suportou com heroísmo, porque sua esperança repousava no Senhor. Ela exortava a cada um no seu idioma materno e, cheia de nobres sentimentos, com uma coragem varonil, ela realçava seu temperamento de mulher. Ignoro, dizia-lhes ela, como crescestes em meu seio, porque não fui eu quem vos deu nem a alma, nem a vida, e nem fui eu mesma quem ajuntou vossos membros. Mas o criador do mundo, que formou o homem na sua origem e deu existência a todas as coisas, vos restituirá, em sua misericórdia, tanto o espírito como a vida, se agora fizerdes pouco caso de vós mesmos por amor às suas leis.

Receando, todavia, o desprezo e temendo o insulto, Antíoco solicitou em termos insistentes o mais jovem, que ainda restava, prometendo-lhe com juramento torná-lo rico e feliz, se abandonasse as tradições de seus antepassados, tratá-lo como amigo, e confiar-lhe cargos. Como o jovem não deu importância alguma, o rei mandou que a mãe se aproximasse e o exortasse com seus conselhos, para que o adolescente salvasse sua vida; como ele insistiu por muito tempo, ela consentiu em persuadir o filho. Inclinou-se sobre ele e, zombando do cruel tirano, disse-lhe na língua materna: Meu filho, compadece-te de tua mãe, que te trouxe nove meses no seio, que te amamentou durante três anos, que te nutriu, te conduziu e te educou até esta idade. Eu te suplico, meu filho, contempla o céu e a terra; reflete bem: tudo o que vês, Deus criou do nada, assim como todos os homens. Não temas, pois, este algoz, mas sê digno de teus irmãos e aceita a morte, para que no dia da misericórdia eu te encontre no meio deles.

Logo que ela acabou de falar, o jovem disse: Que estais a esperar? Não atenderei às ordens do rei; eu obedeço àquele que deu a lei a nossos pais por intermédio de Moisés. Mas tu, que és o inventor dessa perseguição contra os judeus, não escaparás à mão de Deus. Quanto a nós é por causa de nossos pecados que sofremos e se, para nos punir e corrigir, o Deus vivo e Senhor nosso se irou por pouco tempo contra nós, ele há de se reconciliar de novo com seus servos. Ímpio, não te exaltes sem razão, embalando-te em vãs esperanças, enquanto levantas a mão sobre os servos do céu; tu ainda não escapaste ao julgamento do Deus todo-poderoso que tudo vê! Enquanto meus irmãos participam agora da vida eterna, em virtude do sinal da Aliança, após terem padecido um instante, tu sofrerás o justo castigo de teu orgulho, pelo julgamento de Deus.

A exemplo de meus irmãos, entrego meu corpo e minha vida em defesa às leis de nossos pais e suplico a Deus que ele não se demore em apiedar-se de seu povo; oxalá tu, em meio aos sofrimentos e provações, reconheças nele o Deus único; enfim, que se detenha em mim e em meus irmãos a cólera do Todo-poderoso que se desencadeou sobre toda a nossa raça. Abrasado de ira e enraivecido pela zombaria, o rei maltratou este com maior crueldade do que os outros. Morreu, pois, o jovem purificado de toda mancha e completamente entregue ao Senhor. Seguindo as pegadas de todos os seus filhos, a mãe pereceu por último".


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Poema sobre o Passado

Hoje me chega um dia que não existia,
Nele, posso fazer o que pensado havia,
Enquanto ele durar posso sentir alegria,
Ou quem sabe a tristeza me espera neste dia?

Amanhã, que ainda não existe irá leva-lo embora,
Portanto, o que me cabe é viver aqui e agora,
Depois, pode ser tarde e nem verei o passar da hora,
Só verei o que não fiz por culpa da minha demora.

Se tenho consciência disso por que não me apresso?
Por que pelo que é certo eu não me interesso?
Será que não enxergo e vejo tudo do avesso?
E me comporto com desobediência, como um garoto travesso?

Ora, deixemos de lado toda essa incerteza,
Não posso cuidar da questão nem com toda a inteligência,
A mim cabe apenas viver com muita paciência,
E acreditar no pai de todos que cuida de nós com toda a delicadeza.

Desta forma, se eu não fizer, consequências irei sofrer,
Minhas escolhas, com certeza, me farão perecer,
Por tentar seguir em frente desenfreadamente a correr,
No passado irei colocar os erros que eu cometer.

E assim, o que vivo hoje, no passado irá ficar,
Porém, se eu errar, uma coisa nele nunca irei encontrar,
A tristeza por não ter ouvido a voz do coração,
Morada eterna de Jesus e Maria, minha eterna salvação!


fonte: Jefferson Roger
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Fazemos o que não gostamos na maior parte do tempo

Numa conversa que presenciei entre uma mãe e sua filha, eis que esta frase, em tom de desabafo e constatação apareceu em meio a conversa. A filha falou isso para sua mãe que concordou. Motivado pelo tema que estava a ser debatido, coloco aqui neste artigo um pouco de luz das sagradas escrituras para compreendermos um pouco mais o funcionamento da vida em que vivemos.

Pois bem, como já nos disse Jesus, no princípio não era assim. Em várias discussões que os mestres da lei e fariseus tiveram com nosso salvador, sempre estavam a tentar colocá-lo em situação difícil ao confrontar seus ensinamentos e comportamentos baseados na lei de Moises e nas tradições com “t” minúsculo. Baseado neste contexto colocado por Jesus, este fato acontece desde o início da criação, ou seja, tudo foi pensado, desejado e criado por Deus. O homem ao se desviar do plano de amor do seu criador tornou-se sujeito às consequências temporais que sua desobediência ocasionou. Vamos ver:

Gênesis 3,17-19 – “E disse (Deus) em seguida ao homem: “Porque ouviste a voz de tua mulher e comeste do fruto da árvore que eu te havia proibido comer, maldita seja a terra por tua causa. Tirarás dela com trabalhos penosos o teu sustento todos os dias de tua vida. Ela te produzirá espinhos e abrolhos, e tu comerás a erva da terra. Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e pó te hás de tornar”.

Como podemos ver caro leitor, tudo era diferente, conforme nos recorda Jesus, no início dos tempos. O homem administrava a criação divina e vivia em harmonia com seu criador até que sucedeu a sua queda na tentação da antiga serpente. E as consequências temporais de termos perdido essa harmonia com o criador, como vimos no livro do Gênesis, recaiu sobre toda a humanidade. Ai esse Adão e essa Eva viu!

Sendo assim, eis a nossa realidade diária, passar a maior parte do tempo fazendo aquilo que não gostamos. Por culpa de Adão e Eva ergueu-se em nossas vidas uma barreira que precisamos transpor para voltarmos a viver como no início dos tempos. Deus é bastante claro e nos diz que os trabalhos serão PENOSOS e o sustendo será mediante o SUOR. Vamos traduzir? A vida fácil e tranquila que existia no Jardim do Éden agora tem um preço a pagar, uma penitência a se cumprir. É natural que não gostemos afinal se não temos paz a culpa não é nossa, herdamos dos acontecimentos do Jardim do Éden conforme bem sabemos pelas sagradas escrituras.

Outra coisa importante a se saber é com relação a esta falta de paz. Lembremos que paz não é ausência de problemas, não é ausência de dificuldades ou tribulações, paz é um conforto na alma que Jesus nos transmite para passarmos pelas pedras da vida na certeza de que ele, que está sempre conosco, nos dá o remédio necessário para chegarmos a morada eterna, se fizermos em vida a escolha de segui-lo com a cruz nas costas (Lucas 9,23).

Como vemos a mesa está posta, os convidados foram chamados, muitos, mas Jesus adverte, poucos serão os escolhidos. Ao invés de nos lamentarmos e reclamarmos das dificuldades da vida, que existem e sempre existirão, precisamos fazer com o tempo que nos é dado, no mínimo, o máximo de esforço de nossa parte. Desta forma não seremos um outro Adão, e sim um outro Cristo.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Um pouco sobre Indulgências

Muito se fala a respeito das indulgências. O que são, qual sua origem, para que serve, como se adquire e quais os tipos. A doutrina da igreja e sua Tradição são riquíssimas nessa matéria e muito tem a oferecer aos seus fiéis. No entanto neste breve artigo, usarei de linguagem simples e popular para levar até você caro fiel um pouco desse ensinamento para aprendizado, reflexão e motivação para que você se aprofunde cada vez mais na religião que você vive. O Papa Paulo VI, no ano de 1967, publicou um documento apostólico sobre a doutrina das indulgências intitulado Indulgentiarum Doctrina, que trata especificamente com bastante clareza a respeito desse tema. O documento é bastante elucidativo e junto com o atual catecismo da igreja católica, presenteado ao fieis por São João Paulo II, é material bastante instrutivo sobre a questão, sendo recomendado a todos que queiram um norte a seguir. Outro documento bastante importante para se ler é o manual as indulgências que faz referência a tantos outros documentos da igreja e reúne em local único, ainda mais sobre a questão indulgenciaria. Pois bem, vamos por parte. O que são as indulgências? São o perdão e a dispensa da pena temporal devida pelo pecado já perdoado por Deus. O número 1471 do catecismo vai nos dizer que “A doutrina e a prática das indulgências na Igreja estão estreitamente ligadas aos efeitos do Sacramento da Penitência. Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos (Paulo VI, Const. Apost., Indulgentiarum doctrina, 2). E porque está ligada ao sacramento da penitência? Porque "A absolvição sacramental livra a pessoa do inferno e a indulgência livra a pessoa do purgatório", explica o sacerdote da Arquidiocese de Cuiabá, padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior. Segundo ele, o perdão dos pecados não resolve o problema das doenças espirituais do homem, portanto, as indulgências são necessárias para que os efeitos do pecado, ainda no coração humano, sejam curados. E como surgiram as indulgências? No início da era cristã, o sacramento da confissão se dava de maneira diferente de como conhecemos hoje. Atualmente, nós vamos ao padre, ele nos dá o perdão dos pecados e passa uma penitência para cumprirmos depois da confissão. Nos tempos antigos da Igreja, a pessoa confessava os seus pecados, o padre passava a penitência e, então, a pessoa ficava cumprindo aquela penitência durante vários meses e, às vezes, longos anos para que, finalmente, fosse perdoada. Também nesta mesma época, a perseguição do império romano martirizava muitos cristãos. Estes, que ficavam aprisionados e que iam morrer condenados à morte pelos perseguidores do Império Romano, muitas vezes, escreviam cartas aos bispos dizendo: "Senhor Bispo, eu vou morrer e a minha morte será uma penitência. Use esta minha penitência para remir as penas, para perdoar a penitência de outra pessoa". Dessa forma, estes mártires se ofereciam para cumprir penitência no lugar de outras pessoas. Como somos membros do corpo de Cristo eis aí a origem da indulgência. E sendo um só corpo enquanto Igreja, a penitência, o martírio de alguns, pode servir para compensar a penitência de outros e é essa história de amor que está na raiz do surgimento das indulgências. “A indulgência é parcial ou plenária, conforme libera parcial ou totalmente da pena devida pelos pecados (Indulgentiarum Doctrina,2 ). Todos os fiéis podem adquirir indulgências (…) para si mesmos ou para aplicá-las aos defuntos” (CDC, cân 994). E quanto ao modo de se receber a indulgência plenária, que exceto perigo de morte, só pode se receber uma vez por dia, existem três condições: confissão sacramental que tem validade por sete dias, comunhão eucarística e oração nas intenções do Papa. Se uma das condições faltar a indulgência será parcial. Quanto a indulgência parcial algumas várias obras são enriquecidas com esse tipo de graça e alguns exemplos delas serão publicadas em nosso próximo artigo, retiradas do manual das indulgências da igreja, intitulado "Tipos de Indulgência Parcial".
Padre Paulo Ricardo - Indulgências fonte: Jefferson Roger
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Concessões para Indulgência Parcial

Propõem-se em primeiro lugar três concessões de indulgências, com as quais se aconselha o fiel a informar de espírito cristão as ações de sua existência cotidiana e a tender em seu estado de vida à perfeição da caridade. A primeira e segunda concessão equivalem a muitas concessões que existiam outrora de maneira diferente. A terceira convém especialmente aos nossos tempos em que os fiéis devem ser movidos à penitência, além da obrigação da abstinência e do jejum, aliás bastante mitigada. Considere-se, por exemplo, a primeira concessão, cujos termos são os seguintes: "Concede-se indulgência parcial ao fiel que, no cumprimento de seus deveres e na tolerância das aflições da vida, ergue o espírito a Deus com humilde confiança, acrescentando alguma piedosa invocação, mesmo só em pensamento". Por esta concessão são enriquecidos de indulgências somente os atos em que o fiel, ao cumprir seus deveres e ao suportar as aflições da vida, eleva o espírito a Deus, como se propõe. Estes atos especiais, pela fraqueza humana, não são tão frequentes. Mas se alguém é tão diligente e fervoroso que estende tais atos a vários momentos do dia, então com justiça merece, além de copioso aumento de graça, mais amplo perdão da pena temporal e pode ajudar com mais abundância de méritos às almas do purgatório. Quase o mesmo se deve dizer das outras duas concessões. As três concessões, como é claro, de modo especial, concordam com o Evangelho e com a doutrina da Igreja, lucidamente proposta pelo Concílio Vaticano II. São elas: 1ª Concessão – “Concede-se indulgência parcial ao fiel que, no cumprimento de seus deveres e na tolerância das aflições da vida, ergue o espírito a Deus com humilde confiança, acrescentando alguma piedosa invocação, mesmo só em pensamento. Por esta primeira concessão os fiéis, executando o mandato de Cristo: "É preciso orar sempre e não desistir", são como que conduzidos pela mão e ao mesmo tempo aconselhados ao cumprimento de seus deveres, de modo a conservar e aumentar sua união com Cristo”. 2ª Concessão – “Concede-se indulgência parcial ao fiel que, levado pelo espírito de fé, com o coração misericordioso, dispõe de si próprio e de seus bens no serviço dos irmãos que sofrem falta do necessário. O fiel é atraído por esta concessão de indulgência para que, seguindo o exemplo e preceito do Cristo Jesus, execute mais frequentemente obras de caridade ou de misericórdia. Contudo, nem todas as obras de caridade são enriquecidas de indulgência, mas só as que são feitas "para serviço dos irmãos que sofrem falta do necessário" como comida ou roupa para o corpo, ou consolação para alma”. 3ª Concessão – “Concede-se indulgência parcial ao fiel que se abstém de coisa lícita e agradável, em espírito espontâneo de penitência. Por esta terceira concessão é impelido o fiel a refrear suas más inclinações, a aprender a sujeitar o corpo e a se conformar com Cristo pobre e paciente. Pois a penitência tanto mais vale quanto mais se une à caridade, conforme as palavras de São Leão Magno: Demos à virtude o que subtrairmos ao prazer. Torne-se refeição dos pobres a abstinência do que jejua". Alguns exemplos de concessões que são enriquecidas com indulgências serão apresentadas no artigo Tipos de Indulgência parcial. fonte: por Jefferson Roger retirado dos documentos da igreja
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Tipos de Indulgência Parcial

1- Oração (indulgência parcial) - Inspirai, ó Deus as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e para vós termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

2- Adoração ao Santíssimo Sacramento - Concede-se indulgência parcial ao fiel que visitar o Santíssimo Sacramento para adorá-lo; se o fizer por meia hora ao menos, a indulgência será plenária. (para indulgência plenária atentar para as exigências: confissão, comunhão e oração pelo papa)

3- Oração (indulgência parcial) - Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarde, governe e ilumine. Amém.

4- Oração (indulgência parcial) - Alma de Cristo, santificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me. Água do lado de Cristo, lavai-me. Paixão de Cristo, confortai-me. Ó bom Jesus, ouvi-me. Dentro de vossas chagas, escondei-me. Não permitais que me separe de vós. Do espírito maligno defendei-me. Na hora da morte chamai-me e mandai-me ir para vós, para que com vossos Santos vos louve por todos os séculos dos séculos. Amém.

5- Visita ao cemitério - Ao fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos, concede-se indulgência aplicável somente às almas do purgatório. Esta indulgência será plenária, cada dia, de 1 a 8 de novembro; nos outros dias do ano será parcial. (para indulgência plenária atentar para as exigências: confissão, comunhão e oração pelo papa)

6- Oração (indulgência parcial) - Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém. Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar piedosamente este símbolo apostólico ou símbolo niceno-constantinopolitano.

7- Ensino da doutrina cristã - Concede-se indulgência parcial ao fiel que se dedica a ensinar ou aprender a doutrina cristã. Quem, levado pelo espírito de fé e caridade, ensina a doutrina cristã, pode ganhar indulgência parcial, conforme a primeira concessão geral. Por esta nova concessão confirma-se a indulgência parcial para o mestre e se estende ao discípulo.

8 – Ladainhas - Com indulgência parcial são enriquecidas as ladainhas aprovadas pela autoridade competente. Sobressaem-se entre elas as seguintes: do santíssimo Nome de Jesus, do Sagrado Coração de Jesus, do preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Santíssima Virgem Maria, de São José e de Todos os Santos.

9 – Salmo da Penitência - Concede-se indulgência parcial ao fiel que em espírito de penitência recitar o salmo Miserere (50 [51]).

10 – Uso de objetos de Piedade - Concede-se indulgência parcial ao fiel que usa devotamente objetos de piedade, como crucifixo ou cruz, terço, escapulário, medalha, bentos ritualmente por qualquer sacerdote ou diácono. Se o objeto de piedade for bento pelo Sumo Pontífice ou por um Bispo, o fiel que usa com devoção esse objeto pode ganhar a indulgência plenária na solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, acrescentando a profissão de fé com qualquer fórmula aprovada. (Para benzer ritualmente objetos de piedade, o sacerdote ou diácono, conforme uso do Ritual Romano sobre Bênçãos, observe as fórmulas litúrgicas prescritas: notar que basta o sinal da cruz e que é conveniente acrescentar as palavras: em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo· (cf. Rit. Rom., Bênçãos nn. 1165 e 1182). Esta concessão vem assinalada na const. apost. Indulgentiarum Doctrina, norma 16.

11 – Reza do Santo Rosário - Indulgência plenária, se o Rosário se recitar na igreja ou oratório ou em família, na comunidade religiosa ou em piedosa associação; parcial, em outras circunstâncias.

12 - Oração (indulgência parcial) - Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar devotamente o hino Veni Creator (Vem ó Criador Espírito). A indulgência será plenária no dia primeiro de janeiro e na solenidade de Pentecostes, se o hino se recitar publicamente. (para indulgência plenária atentar para as exigências: confissão, comunhão e oração pelo papa)

13 - Oração (indulgência parcial) - Debaixo da vossa proteção nos refugiamos ó Santa Mãe de Deus. Não desprezeis nossas súplicas em nossas necessidades mais livrai-nos de todos os perigos deste mundo ó Virgem Gloriosa e Bendita! Amém.

14 - Sinal da Cruz - Concede-se indulgência parcial ao fiel que faça devotamente o sinal da cruz, proferindo as palavras costumeiras: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

15 - Leitura Espiritual da Sagrada Escritura - Concede-se indulgência parcial ao fiel que ler a Sagrada Escritura, com a veneração devida à palavra divina, e a modo de leitura espiritual. A indulgência será plenária, se o fizer pelo espaço de meia hora pelo menos. (para indulgência plenária atentar para as exigências: confissão, comunhão e oração pelo papa)

Como vimos caro leitor, são apenas alguns exemplos de nossa rica doutrina a respeito das práticas indulgenciadas que tanto podem nos ajudar quanto ajudar os fiéis defuntos. O manual das indulgências conta com 70 obras indulgenciadas mais 35 exemplos de piedosas invocações Mãos a obra e como membros do corpo de Cristo ajudemo-nos uns aos outros.


fonte: por Jefferson Roger retirado dos documentos da igreja
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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Passar mal perto de alguém

A questão em reflexão neste artigo tem diversas raízes. Podemos passar mal por vários motivos, tanto fisiológicos, como psicológicos e até por questões intelectuais. Como o ser humano é um composto de corpo e alma, em alguns casos os motivos para este tipo de sensação, de se passar mal, pode ter uma, mais de uma ou até uma razão com ingredientes das duas naturezas.

Ao se observar um grupo de estudantes no intervalo do recreio, este tipo de situação é muito facilmente verificado. Vemos os grupinhos reunidos. As turminhas e também aquelas pessoas isoladas ou em duplas. Podemos concordar facilmente também que estes grupos de pessoas procuram ficar assim agrupadas por alguns motivos que são afins entre os membros. Os góticos num canto do pátio, os roqueiros no outro canto, os estudiosos no outro canto, os gordinhos no outro canto e tantas outras “espécies” de turmas. E por quê?

Porque algo existe em comum entre eles. Da mesma forma os que não integram esta ou aquela turma é porque não possuem em comum o que a turma compartilha. Isso se constitui um perigo social pois é o preconceito atuando em tempo real e ferindo aqueles que, com sua baixa autoestima, se deixam afetar por este tipo de situação. É claro que se não existe baixa estima e sim convicção de seus conceitos o que ocorre com o preconceito é que ele atua mantendo a pessoa longe daquilo que ela não quer para si pois defende outra verdade e outro ponto de vista. Exemplifico:

Um bom cristão que procura viver a sua vida dentro do evangelho, recorrendo aos sacramentos, fazendo seus jejuns, indo à missa, rezando o seu rosário e defendendo a fé católica, num esforço diário para progredir na santidade e ajudar os outros a fazerem o mesmo, esse cristão ao entrar no transporte coletivo se depara com a cena de duas mulheres com tendência homossexual em meio ao maior agarramento, beijos, abraços, carícias e conversas de baixo pudor, sem se importarem com o que os outros pensem ou achem e até agindo com um tom provocativo e promíscuo. Certamente o bom cristão não irá se sentir bem. Ele defende valores que são contrários aos que aquelas duas mulheres vivem e, portanto, não irá compactuar jamais e nem aprovar aquela situação. Quanto mais se sentir mal com aquela cena mais significa que ele está profundamente vivendo o evangelho que prega.

Cabe a este cristão dizer assim como Jesus: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Se queremos o céu, porque lá está o nosso coração, não podemos ser egoístas. Jesus pede mais de cada um de nós. Pede que amemos os inimigos e odiemos os seus pecados. É tarefa difícil, sabemos disso, peçamos por isso a ajuda celeste. Se não passamos mal perto de alguém que está a testemunhar com seu comportamento, atitudes, sua maneira de vestir, com o cuidado com o seu corpo, que é templo do espírito santo e não uma vitrine de vaidades, algo temos de errado também. Pode ser um sinal de que estamos nos acostumando a conviver com o comum. Mas nem tudo que é comum é certo. Como diz São Paulo, não nos conformemos com este mundo.

Se algo nos faz mal interiormente, em nossa alma e no coração a ponto de se manifestar em nosso corpo, saibamos isso vem de Deus. Certa vez Jesus em conversa com Santa Catarina de Sena lhe confirmou um episódio assim, onde ela queria saber do salvador porque tinha passado tão mal perante uma situação a ponto de sentir um aperto e uma angustia tão grande no coração. Jesus revelou a ela que ela se sentiu assim porque ele, com o pai e o espírito santo habitavam o coração dela. Melhor resposta não poderia existir, vindo do próprio Cristo.


fonte: Jefferson Roger
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Tolerância x Preconceito

Os psicólogos em geral rotulam o preconceito normalmente como algo que não pode ser positivo. Em sua grande maioria eles dizem que o preconceito é uma falha do pensamento, um erro na suposição e previsão de acontecimentos futuros ou sobre comportamentos futuros. Eles apontam que o grande problema do preconceito é que quase sempre a pessoa está errada em suas suposições. A necessidade que a pessoa tem de saber exatamente como a outra pessoa é, é apontado pelos psicólogos como uma das possíveis origens do preconceito. Ele existe desde que o homem começou a deduzir e supor o que o outro poderia ser e fazer. Ou seja, tem também sua origem no desconhecido e não na falta de conhecimento. Vamos entender.

Deste ponto em diante tomo as rédeas do artigo para mostrar que a psicologia tem uma abordagem humana sobre o assunto, o que não errado, pois assim como os médicos, muitos profissionais dessa área querem atribuir soluções, causas e sintomas apenas dentro da esfera corporal deixando de lado o campo espiritual, a alma de cada um. O que também não está errado porque a ciência existe para colaborar com as pessoas e não para resolver todos os seus problemas. Afinal Jesus é o médico do corpo e da alma. A ciência dos homens em sua inteligência, tudo dádiva divina, existe para o bem comum, embora também ela sofra dos egoísmos e achismos daqueles que se intitulam donos da verdade. Ainda bem que isso não é unânime entre estes.

Muito bem, dizia eu que, Jesus é o médico do corpo e da alma e ele mesmo atesta isso (Mateus 11,28-30). Em sua igreja encontramos também na doutrina do catecismo os seguintes ensinamentos:

1931 - O respeito pela pessoa humana passa pelo respeito deste princípio: "Que cada um respeite o próximo, sem exceção, como 'outro eu', levando em consideração antes de tudo sua vida e os meios necessários para mantê-la dignamente". Nenhuma lei seria capaz, por si só, de fazer desaparecer os temores, os preconceitos, as atitudes de orgulho e egoísmo que constituem obstáculos para o estabelecimento de sociedades verdadeiramente fraternas. Esses comportamentos só podem cessar com a caridade, que vê em cada homem um "próximo", um irmão.

1932 - O dever de tomar-se o próximo do outro e servi-lo ativamente se torna ainda mais urgente quando este se acha mais carente, em qualquer setor que seja. "Todas as vezes que fizestes a um destes meus irmãos menores, a mim o fizestes" (Mateus 25,40).

1933 - Este mesmo dever se estende àqueles que pensam ou agem diferentemente de nós. A doutrina de Cristo vai até o ponto de exigir o perdão das ofensas. Estende o mandamento do amor, que é o da nova lei, a todos os inimigos. A libertação no espírito do Evangelho é incompatível com o ódio ao inimigo, como pessoas mas não com o ódio ao mal que este pratica, como inimigo.

Como vimos, o comportamento cristão exige uma atitude igual a do Cristo. E neste comportamento cristão está incluso a obra de misericórdia espiritual que diz que devemos “sofrer com paciência as fraquezas do próximo”, eis aí a tolerância em ação. Não nos cabe o preconceito, nos cabe o acolhimento. Porém, deixar de lado o preconceito é uma coisa e agir com falso ecumenismo é outra bem diferente.

Por isso São Paulo vai dizer em Colossenses 3,13-14 – “Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós. Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição”. Sendo assim é justo pensarmos que o preconceito, que está enraizado na natureza humana a muito tempo, é algo que provavelmente antes da segunda vinda de Jesus não será erradicado. A balança entre a tolerância que age nas obras espirituais e ama o pecador odiando o seu pecado e o preconceito que faz com que a pessoa peque ao cometer um pré-conceito sobre alguém é algo que se comporta como um cabo de guerra.

É preciso urgência, é preciso despertar, sair de cima do muro e não olhar para o passado das pessoas e sim olhar para elas a partir do momento que se converteram. Para aquelas que ainda não se converteram ao evangelho, dito está na bíblia e no catecismo qual deve ser nossa atitude: Acolher e mostrar a verdade, com paciência, tolerância e sem preconceitos.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Maldito o homem que confia em outro homem

Jeremias 17,5-8 – “Eis o que diz o Senhor: Maldito o homem que confia em outro homem, que da carne faz o seu apoio e cujo coração vive distante do Senhor! Assemelha-se ao cardo da charneca e nem percebe a chegada do bom tempo, habitando o solo calcinado do deserto, terra salobra em que ninguém reside. Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. Assemelha-se à árvore plantada perto da água, que estende as raízes para o arroio; se vier o calor, ela não temerá, e sua folhagem continuará verdejante; não a inquieta a seca de um ano, pois ela continua a produzir frutos”.

Pois é caros leitores, pois é. Isso de se confiar em alguém todos nós sabemos que dá trabalho. E como dá. Mas é preciso uma leitura atenta das sagradas escrituras que parecem atestar que não é bom confiar no homem. Não é exatamente assim que funcionam as coisas pois se fossem a bíblia estaria nos dizendo que não devemos confiar em ninguém. Na verdade, Deus nos explica em qual grupo de pessoas não devemos confiar. Olhemos com atenção:

O homem que da carne faz o seu apoio e seu coração vive distante do Senhor, este é o tipo de homem que não devemos confiar. Pelo contrário, o homem que busca em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, pois sabe que tudo mais vos será acrescentado; O homem que encontrou seu tesouro ao viver a experiência do encontro com Jesus e por isso, vende tudo para comprar a pérola do deserto, pois sabe que onde está o seu tesouro ali está o seu coração, este é o tipo de homem que podemos confiar.

Se da carne faz o seu apoio e seu objetivo de vida e seu coração é preenchido com o vazio dos prazeres terrenos, este tipo de homem não tem o que nos oferecer da parte de Deus. Apenas do mundo. Homens assim proferem o mal de suas bocas, como nos adverte o apóstolo São Tiago:

Tiago 3,3-10 – “Quando pomos o freio na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, governamos também todo o seu corpo. Vede também os navios: por grandes que sejam e embora agitados por ventos impetuosos, são governados com um pequeno leme à vontade do piloto. Assim também a língua é um pequeno membro, mas pode gloriar-se de grandes coisas. Considerai como uma pequena chama pode incendiar uma grande floresta! Também a língua é um fogo, um mundo de iniquidade. A língua está entre os nossos membros e contamina todo o corpo; e sendo inflamada pelo inferno, incendeia o curso da nossa vida. Todas as espécies de feras selvagens, de aves, de répteis e de peixes do mar se domam e têm sido domadas pela espécie humana. A língua, porém, nenhum homem a pode domar. É um mal irrequieto, cheia de veneno mortífero. Com ela bendizemos o Senhor, nosso Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede a bênção e a maldição. Não convém, meus irmãos, que seja assim”.

Como vemos caros leitores, a exortação do apóstolo termina nos lembrando que não convém, para o nosso bem e o de todos que a nós se aproximem, que seja assim. Que seja a opção pelo mundo ao invés da opção por Deus. Pois se assim o fizermos, se a estas pessoas confiarmos e darmos ouvidos ao que sair de suas bocas, malditos também seremos nós. E para os malditos Jesus já deixou seu recado em Mateus 25,41:

(Jesus) Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: - Retirai-vos de mim, MALDITOS! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos.

fonte: Jefferson Roger
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Tal Pai, Tal Filhas

Pois bem caros leitores pertencentes ao grupo dos pais. Aos pais de toda e qualquer natureza. Como bem é sabido por todos Deus provê ao ser humano a paternidade enquanto missão antes mesmo de ser enquanto geração. Nas sagradas escrituras o grande exemplo que temos a respeito dessa verdade é a paternidade que Deus quis conceder a São José, o qual foi escolhido para exercer o matrimônio Josefino. Homem justo, sempre acreditou nas mensagens que Deus lhe enviou através dos seus anjos e não poupou esforços para exercer seu mandato com o máximo empenho que a tarefa lhe impunha.

Pensemos por um instante apenas. Nos coloquemos no lugar de São José, o pai nutrício de Jesus e esposo de Maria. Ser o companheiro daquela que foi especialmente designada e agraciada por Deus para receber em seu ventre o divino salvador. Ser o provedor do lar e junto com Maria Santíssima educar Jesus, aquele que veio para nos resgatar da dívida impagável. Que missão e que responsabilidade!

Bem sabemos que o que se sabe de São José, embora menos é do que o que as sagradas escrituras revelam sobre Maria, assim se fez por vontade de Deus para mostrar a todos nós que, quem se humilhar será exaltado. A humildade, tão bem vista pelos céus é fruto de um coração que sabe onde quer chegar e sabe que não pode sozinho.

Como bem nos recorda São João Batista, é preciso diminuirmos para que o Cristo apareça.

E assim deve ser na vida de todas as pessoas que receberam de Deus a graça de se tornarem pais. Seja de filhos naturais, seja de filhos adotados ou seja de filhos assumidos. O modelo de pai que deve ser seguido é sem dúvida o do pai eterno, o modelo de paternidade a ser seguido é sem dúvida o de São José na sagrada família. Jesus nos adverte que a quem muito for dado muito será pedido. Ai portanto, de nós pais que de forma leviana sedemos aos caprichos do mundo para agradar nossos filhos e não vislumbramos o mal que estamos a fazer às suas almas.

Deuteronômio 6,6-7 – “Os mandamentos que hoje te dou serão gravados no teu coração. Tu os inculcarás a teus filhos, e deles falarás, seja sentado em tua casa, seja andando pelo caminho, ao te deitares e ao te levantares”.

Como vemos neste trecho bíblico, é sempre uma questão entre cada um de nós e Deus. A boa relação que temos entre pais e filhos resulta, por obediência a Deus, na educação dentro da fé no evangelho de nosso senhor Jesus Cristo. Portanto, se assim o fizermos, por conta de passarmos adiante aquilo que aprendemos em nossa caminhada por este vale de lágrimas, rumo à porta estreita, já aqui na terra em nossos filhos, as pessoas poderão contemplar um outro Cristo. Porém, verdade também é, que por desobediência a Deus, podemos educar dentro dos valores do mundo e, tanto numa quanto na outra forma, todos poderão dizer:

Tal pai, tal filhas. Ou tal pai, tal filhos. Claro que é isso que queremos, mas dentro dos motivos certos, e claro que é isso que Jesus espera de nós, mas dentro daquilo que ele nos ensina. Ele espera que no mínimo, façamos o máximo de nossa parte. Assim, no dia do juízo de sua boca poderá brotar as seguintes palavras quando estivermos sendo conduzidos à sua presença para ouvirmos nossa sentença: “Lá vem um cristão de verdade!”


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Morre o Padre Gabriele Amorth

Um dia após a igreja católica celebrar a memória de Nossa Senhora das Dores, os jornais italianos noticiaram que o famoso sacerdote exorcista, autor de vários livros, que atuava na Diocese de Roma, veio a falecer após um internamento de algumas semanas, por complicações pulmonares, no Hospital Fundação Santa Lucia. Era a manhã do dia 16 de setembro. Com seus 91 anos de idade, este incansável servo de Cristo trilhou uma belíssima trajetória aqui neste mundo a serviço da igreja católica. A mim chegou o conhecimento da pessoa dele, quando ao assistir uma palestra de outro sacerdote exorcista, este da Diocese de Lamego em Portugal, ouvi em em sua fala que ele tinha vivido ao lado do Padre Gabriele para acompanhar na prática, este serviço ao povo de Deus. A tão boa indicação que o Padre Duarte fez a respeito do Padre Amorth foi muito suficiente para eu procurar me inteirar a respeito dele. Comprei quase que imediatamente o Livro chamado “O último Exorcista”, o qual já li 3 vezes. E com certeza lerei tantas outras porque o conteúdo do livro é muito catequético. Dele também li o livro O Evangelho de Maria, uma leitura um pouco mais branda que o primeiro, muito diferente do que era a sua devoção a Mãe de Deus. Ele conta em sua autobiografia que após receber por escrito da mão de seu bispo uma carta de recomendação para se apresentar para o ofício de exorcista, a primeira coisa que o Padre Gabriele Amorth fez, foi se dirigir a uma igreja, ajoelhar-se em frente a imagem de Nossa Senhora e se recomendar à sua proteção. Uma oração pequena e simples mas como ele mesmo recorda, era tudo que ele tinha para dizer e era o suficiente. Mais tarde em certa ocasião, em meio a um exorcismo o espírito maligno que estava a possuir a pessoa responde durante o exorcismo que mal nenhum lhe podia fazer porque ele era, apontava o dedo para cima (os demônios não pronunciam o nome de Maria), protegido por ela. Pois bem, eu não parei por aí. Além das entrevistas que assisti, dos livros que li e de tudo que sobre ele encontrei, como catequista que sou tratei logo de levar nas palestras que dou e nos encontros que faço, seus testemunhos e ensinamentos para os jovens e para aqueles a quem me foi dada a oportunidade de falar a respeito de temas que envolvem nossa batalha constante contra o mal. Percebem vocês caros leitores que com este pequeno artigo que escrevo estou, além de prestar uma pequena homenagem, indicando os ensinamentos do Padre Gabriele Amorth. Também aqui neste site, dediquei uma página ao seu livro “Confissões do Inferno”, onde coloquei um resumo do mesmo. A leitura não é demorada e vale a pena o aprofundamento sobre as verdades que acompanham essa realidade presente na vida da igreja. Haja vista Jesus, salvador da humanidade, ele foi, segundo os quatro evangelhos, o primeiro exorcista por excelência. Que esta alma sacerdotal que tanto bem fez para os membros da igreja com sua vida, e me enquadro aqui, com seu ministério e com sua doutrina possa receber o descanso eterno e que a luz perpétua o ilumine, amém. fonte: Jefferson Roger
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A finalidade do Corpo

Nossa natureza material e espiritual, que faz de nós um composto que luta constantemente neste campo de batalha, chamado mundo, é objeto futuro de desejo entre as partes deste combate. Por um lado, Deus nos quer no céu. Por outro, o diabo nos quer no inferno. E nós, o que queremos? Muitos poderiam dizer que esta é uma pergunta boba, ora bolas, todos nós queremos morar eternamente no paraíso! Mas, sabemos que não existe essa unanimidade entre os membros da raça humana. Existem, vamos resumir, dois grupos: os que querem ir ao céu e os que não querem.

Os que querem ir ao céu já fizeram seu encontro com o Cristo Ressuscitado, acreditaram, foram batizados, renunciaram a si mesmos e tomaram sua cruz para segui-lo dia após dia. Já os que não querem ir ao céu passaram por um caminho semelhante. Alguns não se encontraram ainda com Jesus e outros se encontraram, mas não aceitaram a proposta do seu evangelho. São aqueles que querem ser amigos do mundo. São Tiago sobre estes nos diz que são inimigos de Deus (Tiago 4,4). No entanto, para todos, a natureza e finalidade do corpo, em sua continua caminhada, sofre as tentações da carne e dos prazeres terrenos e muitos, ao cederem, prejudicam a sua alma, transformando o seu uso santo querido por Deus num fantoche nas mãos do inimigo. Nosso corpo nos serve para interagirmos aqui neste plano terrestre entre as pessoas visando o bem comum, pois a diversidade de dons é distribuída para esta finalidade (1ª Coríntios 12,4-7).

Cada membro do nosso corpo tem a sua natureza e finalidade e o conjunto serve a um propósito maior. Se uma pessoa ingerir veneno, passar mal e for se consultar com o médico, ele sem dúvida irá dizer que estais a passar mal porque a natureza do seu aparelho digestório não foi feita para esta finalidade de se ingerir veneno. Nossos ossos foram feitos para aguentar uma quantidade de esforço motor. Uma carga de muitíssimas toneladas fere a sua natureza criada e por isso acontecem as fraturas. E assim, as diversas partes possuem uma natureza pensada, desejada e criada por Deus. Da mesma forma, a natureza do aparelho sexual do corpo humano tem uma finalidade bem diferente daquela que o mundo quer dar. O mundo quer fazer desta parte do corpo um parque de diversões, uma área de lazer e com isso, comercializa o sexo, transforma homens e mulheres em objetos descartáveis e mancham o seu corpo santo no lamaçal do pecado.

1ª Coríntios 6,15-20 – “Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, então, os membros de Cristo e os farei membros de uma prostituta? De modo algum! Ou não sabeis que o que se ajunta a uma prostituta se torna um só corpo com ela? Está escrito: Os dois serão uma só carne (Gênesis 2,24). Pelo contrário, quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito. Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo”.

Se não gostamos que alguém, por exemplo, modifique alguma roupa que emprestamos e nos entregue rasgada ou com um algum bordado ou quem sabe, se emprestamos um bem maior como um carro e a pessoa nos entrega, com outras rodas ou com adesivos colados por toda parte, o que podemos dizer a respeito de Deus? O versículo 19 da primeira carta aos Coríntios nos relembra que nosso corpo não nos pertence. Porque muitos acham que podem transforma-lo numa vitrine de vaidades, enche-lo de tatuagens, piercings, alargadores e outras lacerações e alterações e depois devolve-lo a Deus? Não nos foi entregue um corpo santo para personalizarmos ele além da modéstia, do pudor e da santidade que convém aos cristãos. Isso de achar bonitinho e legal, porque se viu em alguém, um piercing ou uma tatuagem e fazer em si é um completo atestado de burrice. É proferir uma verdade própria em detrimento da verdade que se origina em Deus.

O pecado deixa uma marca, alguns pecados deixam marcas na alma e outros no corpo. Deus, porém, perdoa a todos os pecados. Nunca é tarde. É preciso arrepender-se, deixar os porcos e correr aos braços do Pai Eterno (Lucas 15,11-32). Nossa festa com ele, nos espera, mas precisamos nos comportar como filhos e glorifica-lo até em nosso corpo (1ª Coríntios 6,20).


fonte: Jefferson Roger
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Felicidade e Verdade

Longe de mim, longe do coração de teu servo, Senhor, que a ti se confessa, a ideia de encontrar a felicidade não importa em que alegria! A felicidade é uma alegria que não é concedida aos ímpios, mas àqueles que te servem por puro amor: tu és essa alegria! Alegrar-se de ti, em ti e por ti: isso é felicidade. E não há outra. Os que imaginam outra felicidade, apegam-se a uma alegria que não é a verdadeira. Contudo, sempre há uma imagem da alegria da qual sua vontade não se afasta.

Poderemos então concluir que nem todos desejam ser felizes, pois há aqueles que não querem buscar em ti sua alegria, tu que és a única felicidade? Ou talvez todos a queiram, mas, como a carne combate contra o espírito, e o espírito contra a carne, e com isso se contentam. Porque não querem com força bastante aquilo que não podem, para obtê-lo. Pergunto a todos se preferem encontrar a alegria na verdade ou no erro; ninguém hesita em declarar que preferem a verdade, como em dizer que querem ser felizes. É que a felicidade é a alegria que provém da verdade. E essa alegria é a que nasce de ti, que és a própria Verdade, ó meu Deus, minha luz, saúde de meu rosto! Todos querem essa vida, a única feliz, essa alegria que se origina na verdade. Encontrei muitos que gostam de enganar, mas ninguém que quisesse ser enganado. Onde, então, conheceram a felicidade, senão onde conheceram a verdade? Visto que não querem ser enganados, também amam a verdade, e desde que amam a felicidade, que nada mais é que a alegria proveniente da verdade, certamente também amam a verdade; e não a amariam se não retivessem dela, na sua memória, alguma noção. Por que, então, não se alegram com ela? Por que não são felizes? Porque se empolgam demais com outras coisas, que os tornam mais infelizes do que a verdade, de que se recordam fracamente, e que os faria felizes. Há ainda um pouco de luz entre os homens: caminhem, caminhem, para que as trevas não os surpreendam.

Mas por que a verdade gera o ódio? Por que os homens olham como inimigo aquele que a prega em teu nome, uma vez que amam a felicidade, que mais não é que a alegria nascida da verdade? Talvez por amarem a verdade de tal modo que tudo de diferente que amam, querem que seja verdade; e, não admitindo ser enganados, também não querem ser convencidos de seu erro. Desse modo, detestam a verdade por amarem aquilo que tomam pela verdade. Amam-na quando ela brilha, mas odeiam-na quando os repreende; e, como não querem ser enganados, mas enganar, eles a amam quando ela se manifesta, mas a odeiam quando ela os denuncia.

Porém ela os castiga; não querem ser descobertos pela verdade, mas esta os denuncia, sem que por isso se manifeste a eles. É assim o coração do homem! Cego e lerdo, torpe e indecente: quer permanecer oculto, mas não quer que nada lhe seja ocultado. Em castigo, sucede-lhe o contrário: não consegue esconder-se da verdade, enquanto esta lhe continua oculta. Contudo, apesar de tão infeliz, prefere encontrar alegrias na verdade que no erro. Será, portanto, feliz quando, livre de perturbações, se alegrar somente na Verdade, origem de tudo o que é verdadeiro.


fonte: CONFISSÕES - Santo Agostinho
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Depois da Escola com Satã

Caros leitores, é de conhecimento de todo bom cristão católico que está preocupado com a salvação de sua alma e a de seus irmãos, que desde o jardim do Éden está estabelecida a inimizade entre a descendência da serpente e a descendência da mulher. A luta do bem contra o mal todos nós sabemos que irá até o último dia deste mundo. Dito isto trago a vocês recentes acontecimentos que tem acontecido aqui no ocidente, mais especificamente nos Estados Unidos. Naquele país a corrente satanista está tentando aprovar um projeto que aqui no Brasil nós conhecemos como contra turno escolar. Vejam como funciona.

Em nosso país, a atividade de contra turno escolar acontece num horário diferente daquele em que as crianças recebem a educação regular. Se o aluno estuda pela manhã, seu reforço escolar acontecerá no contra turno no período da tarde. Pois muito bem, o que estão tentando implantar nos Estados Unidos. Lá os satanistas organizados em uma instituição denominada “O Templo Satânico”, protocolou junto a justiça um projeto para ser implantado em nove locais daquele país onde existem sedes de sua instituição. O projeto se chama “Depois da Escola com Satã”.

A ideia é plantar a semente do satanismo nas crianças, influenciá-las a aceitar Satanás e o mal desde a tenra idade. Percebe-se com isso, conforme relatado pelos jornais locais, que esses satanistas estão se concentrando em escolas de ensino fundamental, na faixa etária dos 5 aos 12 anos. De forma absurda, comenta um dos líderes do Apostolado América precisa de Fátima – Robert Ritchie, “o satanismo é considerado uma religião por alguns dos tribunais da nossa nação, o satanismo está usando falsa legalidade para atacar cidadãos mais impressionáveis do nosso país: as crianças pequenas”.

De forma resumida veja o que pretende este programa satânico:

1- negar a existência de Deus, a eternidade, o pecado e o reino espiritual,
2- promover a ciência e a razão como as únicas fontes de verdade,
3- tentar substituir a caridade cristã pela mera bondade humanitária,
4- ensinar que as crianças não devem ter nenhum medo de punição futura pelo pecado ou recompensa da virtude.

Em outras palavras, eles estão tentando apagar a noção de Deus das almas das crianças! Como o pai da mentira, os satanistas tentam fazer o mal parecer bom para as crianças. E nós não podemos permitir que isso aconteça. Naquele país está sendo organizado uma petição para os cidadãos encaminharem aos políticos para que esse projeto não seja aprovado. No entanto, como membros da Igreja de Cristo, cada católico deve inundar o céu com suas orações e Rosários pedindo a intercessão e o auxílio da Virgem Maria, a intervenção do Pai Eterno e de Jesus Misericordioso com o Espírito Santo, para que esta investida do mal não aconteça no meio de nós, seja em que parte do mundo for.

Assim nos disse Jesus em Mateus 18,6-7: “Mas, se alguém fizer cair em pecado um destes pequenos que crêem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó de um moinho e o lançassem no fundo do mar. Ai do mundo por causa dos escândalos! Eles são inevitáveis, mas ai do homem que os causa”! E este “ai” pronunciado por Jesus todos nós católicos acreditamos com fé firme que será tomado conta no dia do juízo final.

Como diz o apóstolo nada pode nos separar do amor de Cristo e por isso, temos todos nós católicos a certeza de que não será em vão o que pedirmos a Jesus em favor de nossas crianças. Seja para que ele proteja as não nascidas, seja para que ele as proteja do mal que estes servos de satanás querem difundir pelo mundo afora tentando corromper e transformar nossas abençoadas crianças e seguidores do mal. Oremos por elas e por nós para que Deus não permita esse dilúvio maléfico e apresse a cada dia o triunfo dos Corações Santíssimos de Jesus e de Maria.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Como Agir com Rigor

Quando uma pessoa tem algum tipo de comportamento que não permite variações e permeia a fina linha que alcança a intolerância e a relevância, pode-se dizer dela que age com rigor. E quanto mais estreita é esta faixa de tolerância mais rigorosa é a pessoa. Infelizmente pelo mundo afora existem tantos e tantos exemplos de atitudes pautadas em algum tipo de rigor e quando este aponta ao excessivo, como é o caso do atual exemplo do grupo terrorista estado islâmico, este rigor tem características fundamentalistas. Diz-se que a pessoa é uma fundamentalista em virtude de agir com extremo rigor dentro daquilo que acredita e professa como verdade.

Mas convém ao cristão agir com rigor? Será que é benéfico ser uma pessoa que “não deixa passar nada”? Como dizem os antigos ou “é oito ou é oitenta”? Pessoas assim bem sabemos que sofrem em algumas áreas de suas vidas por conta desse rigor. São aquelas pessoas que se incomodam com qualquer coisinha que não esteja de acordo com o jeito que elas querem. Conhecemos também aquelas pessoas rigorosas que chamamos de perfeccionistas. Tudo fazem para tentarem atingir o êxito máximo em tudo aquilo que praticam e quando não conseguem, apontam os culpado,s mas tantas vezes não se apontam como culpados, para não dizermos que nunca se acham culpados.

Conhecemos também os detalhistas. Pessoa que procuram o máximo cuidado no que fazem para que não fique esquecido algum detalhe importante que possa vir a fazer falta na empreitada. Este tipo de pessoa corre o risco de se tornarem chatas porque são aquelas pessoas que cuidam até dos centímetros das roupas na gaveta do armário e se a pasta de dente está sendo apertada de trás para frente, bem certinho.

Mas e aí, são apenas alguns exemplos entre tantos que todos nós podemos elencar. No fim das contas ainda permanece a dúvida. Convém ao católico agir com rigor? Jesus agia com rigor? Deus é rigoroso? Bom, para que a reflexão não se estenda neste artigo vamos resumir a questão. As sagradas escrituras nos ensinam que é preciso discernimento e equilíbrio em nossas vidas. Atrelado a isso também se agrega o bom senso.

Equilíbrio porque assim como aprendemos da vida de Jesus, em várias situações que passou ao longo da jornada nosso salvador nos mostrou que não se deve agir com radicalidade, ou seja, usando todo o tempo o rigor. Se fosse assim, estaríamos nós pecadores perdidos porque se Deus nos tratasse segundo nossas faltas e comportamentos, conforme nos recorda o salmo, o que seria de nós? Lembram da mulher que disse a Jesus sobre as migalhas que os cachorrinhos comiam do chão? E da casa de Marta e Maria? Onde aprendemos que é preciso acolher em nossas vidas um equilíbrio para bem seguirmos adiante?

Ora, bem sabemos que para algumas coisas não podemos agir com uma frouxidão, relaxamento e desatenção e em outras podemos conduzir com uma dose de tranquilidade maior. Portanto a mensagem que o mestre nos deixa é que devemos agir com temperança. Essa virtude nos garante uma conduta de bom senso e equilibrada sem deixar de se comportar com severidade, justiça, amor e correção, assim como fazia Jesus.

Como diz a canção, “Amar como Jesus amou, Sonhar como Jesus sonhou, Pensar como Jesus pensou, Viver como Jesus viveu, Sentir o que Jesus sentia, Sorrir como Jesus sorria, E ao chegar ao fim do dia Eu sei que dormiria muito mais feliz...” Sejamos imitadores do Cristo, assim não incorremos ao erro (1ª Coríntios 11,1).

fonte: Jefferson Roger
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Do jeito que o diabo gosta

Na carta aos Efésios no capítulo 4,25-27 temos: “Fale cada um a seu próximo a verdade, pois somos membros uns dos outros. Mesmo em cólera, não pequeis. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento. Não deis lugar ao demônio”. Esta passagem é de uma importância, verdade e veracidade impressionante. Em versículos como estes podemos perceber o quanto nosso inimigo cruel se esforça para arrastar as almas para a condenação. Estes versículos se bem observados nos mostram um itinerário que pode ou não conduzir a pessoa ao pecado mas, mesmo assim, independentemente de nossa escolha, revela uma particularidade maior ainda. Revela ao inimigo uma oportunidade para investir mais pesadamente com suas tentações. Vamos analisar a passagem.

Primeiro, é preciso se afastar da desobediência ao oitavo mandamento sempre falando a verdade. Segundo, caso aconteça a falta de verdade, que ela desperte a misericórdia e não a justiça pois esta nasce de um impulso colérico e por isso, pode facilmente nos fazer cair nas tentações. Terceiro, é preciso realmente virar a página, é preciso perdoar ao invés de desculpar. Porque a desculpa impõe condições, mas o perdão liberta os envolvidos para continuarem seguindo em frente. Quarto, durante todo o processo, seja em que etapa for ou se passarmos por todas elas, quem tem que ficar de fora da situação é o diabo.

Com uma oportunidade dessas, que para ele é maravilhosa, corações magoados e machucados, mentes transtornadas e almas inquietas e angustiadas, são alvos fáceis sob o pesado e maciço ataque das oportunas ofertas tentadoras e cheias de argumentos que a besta infernal faz aos fragilizados fieis.

O dito popular que está no título deste artigo revela muito bem a natureza concupiscente e o desejo reprimido da pessoa. Vamos exemplificar. O homem casado procura realizar suas fantasias sexuais com uma mulher que não é sua esposa porque ela transa com ele “do jeito que o diabo gosta”. Mas, antes de reações precipitadas vamos com calma entender essa frase. Santo Agostinho explica que o pecado é uma ação do espírito com maior ou menor participação do corpo. Um casal em santo matrimônio tendo relações sexuais e um homem adulterando com uma prostituta realizam ambos a mesma atividade. Por que um casal está pecando e o outro não? É a mesma atividade percebem?

Quando se fala que uma coisa está sendo feito do jeito que o diabo gosta significa em primeira mão, dizer que se está fazendo algo que desagrada a Deus. E as pessoas são muito confundidas pela doutrina de satanás. Ele prega a exaltação do homem fazendo as pessoas acharem que podem ser o centro de tudo e de que não precisam de Deus para se realizarem nesta vida. Não como o mundo ensina a realização pessoal.

E é verdade, porque as pessoas precisam de Deus para se realizarem na vida eterna. Muitos se revoltam contra Deus porque aos seus olhos, pessoas que levam menos a sério suas vidas possuem melhores coisas, melhores empregos, mais dinheiro, mais conforto e outros prazeres. Ao passo que aqueles que querem seguir Jesus, sentem algumas vezes, por fé fraca ou falta dela, o peso da renúncia que a cruz da salvação exige. Nestes momentos, ali está espreitando aquele que irá lhe explicar que não é preciso tanto assim, aquele que vai te explicar que ele pode te conceder o que quer ter, o que quer ser, e o que quer poder. Ele quer te conceder a felicidade do mundo, basta abrir mão da sua herança eterna, afinal, isso é fazer o que o diabo gosta.


fonte: Jefferson Roge
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A Administração do Tempo

Não importa o que seja dito. O fato é que todos possuem apenas 24 horas por dia para fazerem tudo que precisam. Não adianta se revoltar contra esta questão, por dia este é o tempo que temos e não se fala mais nisso. No entanto a conversa não para por aqui. A inteligência humana logo tratou de solucionar esse problema parcelando suas atividades em mais de um dia. Porém, o que estamos a tratar aqui neste artigo é a administração do tempo de 24 horas por dia.

Como bem sabemos temos afazeres de ordem natural e de ordem espiritual que precisamos fazer durante esse tempo. É bem verdade, embora muitos não se deem conta disso, que o diabo até nisso está metido. Ele apresenta para as pessoas a tentação do amanhã. Vejam um exemplo. Para muitas pessoas o processo de conversão é fortemente combatido com essa tentação. As pessoas dizem assim: amanhã eu rezo, amanhã eu me confesso, hoje não posso ir na missa, amanhã eu vou e assim por diante. Aos poucos as pessoas vão transformando esse amanhã em depois de amanhã, mais tarde em semana que vem, adiante em mês que vem, mais à frente em semestre que vem, ano que vem e finalmente quando der.

De uma simples e recém-nascida tentação tornou-se por distração da pessoa, um gigante de cinco metros muito difícil de ser superado. O mundo sufoca as pessoas empurrando goela abaixo as inúmeras opções que seu mentiroso paradisíaco parque de diversões oferece. Tentados em suas distrações, cada vez mais as pessoas dispõem de cada vez menos tempo para fazer o que precisam pois estão sempre a fazerem o que querem.

A oração do Rosário dura cerca de 1 hora mas para muitos constitui um sacrifício maior que 1 hora na frente do facebook. Na frente do computador, navegando pela internet, não se vê a hora passar, mas na participação da santa missa parece que a hora não passa e ai da missa chegar a 1 hora e não terminar. Já começam os apressadinhos a irem embora antes da benção final. Fazer a leitura de um bom livro não rende, ler é uma atividade demorada. Agora passar um tempo equivalente na frente do videogame qualquer pessoa que goste da jogatina eletrônica tira de letra.

O problema não está no tempo e sim no que fazemos com o tempo que Deus nos deu. A “dica” é bíblica. Existe tempo para tudo, diz o livro do Eclesiastes. É preciso sempre priorizar dentro do tempo que temos o que é essencial para nossa natureza espiritual e material. Do contrário corremos o risco de alimentar em nós áreas que não frutificam árvores de bons frutos.

Jesus nos alertou que se conhece a árvore pelo fruto e que uma árvore não pode gerar frutos que não são de sua natureza. Portanto, se de nossa boca constantemente sai a expressão “quando eu tiver tempo eu faço”, “quando der eu faço” ou outras falas semelhantes, é preciso tomarmos cuidado porque o que dizemos pode estar sendo uma desculpa enganosa que nada mais faz do que tampar o sol com a peneira. Estamos educadamente dizendo aos outros e a nós mesmos um não bem grande. Não queremos fazer e ficamos, espiritualmente falando, fugindo de Jesus Misericordioso e, problema, como diz Santo Agostinho, quem passa a vida fugindo de Jesus Misericordioso irá terminar encontrando Jesus, Justo Juiz. E mais, o mesmo santo comenta em sua biografia que “tenho medo do Deus que passa”. É preciso buscar o equilíbrio em nosso dia a dia sem deixar de lado as importantes práticas católicas e cotidianas que tratam de robustecer nossa fé e fermentar nossa santidade. Se alguma atividade está consumindo tempo demais, sufocando nosso prazer de viver, voltemos o olhar para a mãe de Deus e seu filho Jesus. Ela que é mãe do bom conselho e ele que é o príncipe da paz podem nos reconduzir para a direção correta. Uma direção que não nos conduz para o amanhã, como o mundo ensina, mas uma direção que nos conduz para a eternidade das felicidades do céu.


fonte: Jefferson Roger
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Sem sofrimento? Sem cristianismo!

Certa vez um sacerdote santo ao fazer um exorcismo pergunta ao espírito que possuía a pessoa. O que você mais odeia no mundo. O espírito respondeu: Eu odeio o sofrimento de Jesus pelas pessoas e das pessoas pelas outras. Principalmente o sofrimento dos jovens. Pois através do sofrimento as pessoas são salvas, por isso eu quero fazer com que as pessoas odeiem o sofrimento e busquem apenas o prazer, assim elas não se salvarão, não ajudarão os outros e se salvarem e eu levarei muitos para o inferno.

E não são assim que as coisas funcionam? A maioria das pessoas não quer sofrer. Sofrer está associado pelo mundo como algo ruim, algo que não é bom e deve ser evitado. Basta uma simples constatação nas igrejas em dias que se rezam as novenas a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Jesus Misericordioso, por exemplo, só para citar dois exemplos. Nestes locais a afluência de pessoas é muito maior do que em outros dias.

Jesus nos disse que se estamos cansados, fatigados, recorramos a ele que ele nos aliviará. Não nos livrará e sim aliviará (Mateus 11,28). E o motivo é muito simples. O sofrimento existe em suas variadas formas porque ele promove o crescimento no amor. Não o amor mundano, o amor que Jesus pede de nós (João 13,34). Para sermos mais santos, que é sinônimo de sermos felizes (não felizes como o mundo sugere), é preciso amar mais. Quem ama mais é mais santo, quem ama menos é menos santo. E nós, em nossa subida rumo aos céus, por causa de nossas limitações não conseguimos sozinhos crescer nesse amor. A concupiscência nativa dentro de cada um, nos impede de alçarmos voo a altíssimas alturas apenas com o nosso próprio bater de asas.

Conseguimos até uma altura e é neste ponto, quando não conseguimos mais, pois não temos força para isso ou então nos acomodamos, que Deus entra com os sofrimentos. Os estudiosos esclarecem que são três as etapas do sofrimento por amor e para o amor que passamos. A primeira é a fase purgativa, para os convertidos. A segunda é a fase unitiva, para os progredidos. E a terceira é a fase iluminativa, para os que estão próximo da perfeição e da santidade que Deus espera de nós.
Querer não sofrer é rejeitar a própria cruz que Jesus colocou em nossos ombros. Não adianta pedir a Jesus que sejamos isentos da cruz. Essa resposta sempre será não. A cruz, portanto, é a regra e não é a exceção. Se estamos passando por alguma coisa e pedimos que Deus nos livre dessa situação, se ele nos conceder o que pedimos saibamos nós que de outra forma virá a dificuldade. Existe o tempo de tudo como nos ensina o livro do Eclesiastes. E bem nos recorda o livro do Eclesiástico que devemos nos recordar na tristeza dos momentos felizes e nos momentos felizes, recordarmos da tristeza.

O “mecanismo” religioso católico é este. Jesus não veio a este mundo para nos isentar dos sofrimentos. É evidente que os sofrimentos de todas as naturezas são difíceis de suportar e enfrentar, todos sabemos disso e quando estamos sentindo na pele algum tipo de sofrimento, sem dúvida alguma queremos que ele termine o quanto antes. Mas quantos pedem a Jesus a graça de suportar com paciência os sofrimentos ao invés de pedir que sejamos libertos deles?

Jesus ensina que o sofrimento é bom e faz parte da caminhada. O diabo ensina que o sofrimento é ruim, que um Deus que diz que ama mas concede o sofrimento as suas criaturas não manifesta um amor verdadeiro porque se comporta como um tirano que impõe regras e condições pesadíssimas para aqueles que almejam a glória eterna. O bom, ensina o diabo é a vida fácil, confortável, com tudo do bom e do melhor que o dinheiro possa comprar. Sem sofrimentos e com prazeres, uma verdadeira vida mansa nas delicias carnais e materiais. Um verdadeiro paraíso já aqui na terra. Bobos os que acreditam, porque o pai da mentira que caiu como um raio ao abismo do inferno não quer a felicidade do céu para ninguém, quer a todos vivendo eternamente com ele no fogo do inferno. Para isso, o preço de nossa escolha é bem mais barato. Basta virar as costas para Deus e seu plano de eternidade e acolher as ofertas de satanás. É o caminho largo e pavimentado que desce rumo ao abismo. Já diziam os antigos que o barato sai caro.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Já rezou hoje? E o celular, já usou hoje?

Para se conversar com Jesus usamos a oração e para conversarmos com as pessoas usamos o celular. Jesus que nos disse que subiria aos céus, mas que estaria conosco todos os dias até o fim dos tempos não tem celular. Para falar com ele não precisamos de internet rápida com velocidade 4g, nem de smartphone de última geração. Tão pouco precisamos de um pacote mensal de plano de telefonia e internet com bônus disso e vantagens naquilo para sermos fiéis a esta ou aquela operadora. Nenhum dinheiro precisa ser gasto para nos mantermos conectados a Jesus.

A diferença é estrondosa. Muitos utilizam o despertador do celular pela manhã para começarem o seu dia. Enquanto estão se aprontando para irem ao trabalho, o celular já começa a tocar ou vibrar anunciando os primeiros chamados de bom dia ou aquelas mensagens do dia anterior que não vimos. Muitos saem de suas casas e pelo caminho colocam seu fone de ouvido para escutarem suas músicas a caminho de seus afazeres. Enquanto isso é possível ir olhando as redes sociais e as mensagens instantâneas. Não importa se estão de carro ou de ônibus.

A pé não se olha por onde anda, se olha no celular e com a visão periférica cuidam para não se envolverem em acidentes ou coisas do gênero. De carro, dirigem com uma mão no volante e outra no aparelhinho. Nos semáforos aproveitam cada segundo para se deleitarem em seu viciante dominador de suas vidas. O celular não fica mais no bolso da maioria das pessoas ou na bolsa da maioria das mulheres. Nada disso, esse aparelhinho e seu chip miraculoso escraviza as pessoas de tal maneira que elas não conseguem sequer larga-los de sua mão.

Por onde se anda lá estão os dedos habilidosos a mover a tela para baixo e para cima e com extrema habilidade digitar suas mensagens. Para os que trabalham a cena é ainda mais degradante. Na hora do almoço muitos na linha de servir do buffet estão com ele não mão. Sofrem para se servirem, mas não abandonam a pérola preciosa. Depois sentam-se para comer, mas o celularzinho não dá descanso e os dedos continuam a se exercitar nas telas de toque.

A tecnologia escravizou a tantos e os deixou ortograficamente preguiçosos. O bom português foi agora substituído por um amontoado de letras onde as pessoas para ganharem mais tempo ao escrever fazem uso da associação de sons das letras para expressarem suas ideias. Que pena, se acham tão espertas, mas se permitem um empobrecimento destes. Tudo em prol da moda e da agilidade dizem eles. E assim passam o dia, levando o celular para todo o lado, até para o banheiro. E dê-lhe foto. Foto disso, foto daquilo, vídeo desse outro, afinal, tudo vira motivo para compartilhar as particularidades e privacidades ou não, com os amigos. Aqueles amigos que como estes não vivem sem os vícios tecnológicos e não são capazes de praticar o jejum da tecnologia. São viciados igualmente como os viciados em drogas e não são capazes de admitir ou nem se preocupam com isso.

Mas e Jesus? A pessoa que morreu na cruz também por todos estes que são ferrenhos utilizadores da tecnologia móvel e suas redes sociais? Quantas horas do dia estas pessoas passam em oração e louvor ao seu salvador e quantas horas do dia passam em ação e envoltos ao seu escravizador? Sem a virtude da temperança, do equilíbrio, as coisas podem se complicar lá na frente. É preciso dar prioridade na vida às coisas que não passam em detrimento das que passam. A tecnologia existe para nos servir e não para nos escravizar. É preciso acordar da cegueira que o mundo promove nas nossas almas, mentes e corações.


fonte: Jefferson Roger
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Tentações Particulares

Na bíblia encontramos o ensinamento de que o diabo anda à espreita esperando ocasião para dar o seu bote, assim como faz o leão. Ora, isso não é de se estranhar porque ele não pode nos apresentar suas tentações numa investida direta e frontal pois isso facilmente nos afugentaria do mal que está sendo oferecido. Ele sabe muito bem disso e, portanto, vive a nos tentar às escondidas.

Bem verdade também é, que nosso inimigo cruel tem suas audácias. Certas abordagens que faz são verdadeiras demonstrações do seu ódio contra o ser humano, criado a imagem e semelhança de Deus. Basta estudarmos a vida dos santos. Nestas heroicas biografias aprendemos que o diabo ataca com um furor verdadeiramente puro e cheio de ódio por cada um daqueles que muito amam tudo aquilo que satanás odeia. Haja vista o próprio Jesus ser tentado no deserto pelo próprio anjo caído.

Nós, pessoas de pouca fé, constantes pecadores, que tantas vezes tropeçamos em pequenas tentações e outras mais em grandes tentações, desatentos não nos damos conta que nossa distração nos faz abrir a guarda e tentar vencer os convites do mal apenas com as próprias forças. Chega a ser meio ingênuo até. Nós fomos criados do pó e recebemos o sopro da vida, os anjos, do fogo e do espírito e sabe-se por isso, pela tradição da igreja, que são seres superiores aos humanos.

Do contrário, Deus não seria sábio de colocar uma raça inferior à nossa para nos ajudar a vencer o mal e chegar ao céu. É o oposto, colocou seus anjos, que são superiores a nós para que, em sua principal missão, nos ajudem a alcançar o paraíso. Estamos, portanto, sempre com eles, mas muitas pessoas esquecem deste detalhe e deixam seu fiel escudeiro abandonado não contando com sua ajuda para nada. Nestes casos já se sabe, através dos ensinamentos dos santos, que eles ainda continuam a ajudar seus protegidos através de suas orações e súplicas, embora muito entristecidos por não serem invocados no cotidiano de nossas vidas. Desta forma, como estávamos a falar das tentações, sozinhos desta maneira, somos invadidos em nossa privacidade pelos espíritos malignos tentadores e enfraquecedores de nossa fé. O marido e a esposa são tentados fora de casa. Quando o diabo quer perder uma pessoa ao inferno através do adultério, ele cria oportunidades contra a castidade no caminho para o trabalho, no ônibus, no próprio ambiente de trabalho, pelas ruas, não importa para ele. O que importa é que, quando ele quer separar alguém, aproveita para tentar a pessoa quando está sozinha.

Sozinha aqui está no sentido de separada de seu cônjuge. Desta forma mesmo as grandes tentações públicas que promove o inimigo, atinge cada um, mesmo estando numa coletividade, de forma particular. Assim acontece com todos, casados e não casados. Por isso já nos tempos de Santa Tereza de D’Avila, ela ensinava suas dirigidas de que a pessoa não deve ficar sozinha com mais alguém de outro sexo, nem para rezar, pois corre o risco do inimigo descobrir uma fraqueza e oferecer suas tentações. Parece um ensinamento radical mas podemos comprovar facilmente que não se trata disso. Basta um pequeno exemplo:

Se duas pessoas casadas e com problemas em casa, começam no trabalho a desabafar entre si sobre o que estão passando, esse ombro amigo compartilhado entre um homem descontente em seu casamento e uma mulher descontente no seu, é ingrediente suficiente para que o diabo tente estes dois levando-os a pensarem que, essa mulher me dá o que quero, esse homem me trata como mereço, e assim unidos pelas mágoas, carentes de atenção e afeto, se entregam a luxúria dos corpos, tomam gosto pois se sentem realizados enfim, e com isso começam sua descida rumo a ladeira dos ímpios onde terminarão condenados ao inferno e satanás mais feliz porque destruiu mais duas famílias.

Cuidemos. O católico precisa se tornar perito em amar tudo aquilo que o diabo odeia. Precisa se tornar perito em evitar todo e qualquer tipo de tentação. Precisa ser imitador de Cristo, que passou aqui pela terra sendo constantemente tentado publicamente pelos fariseus e particularmente pelo diabo mas nunca arredou o pé do caminho que devia seguir e nem o olhar de onde devia chegar.


fonte: Jefferson Roger
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