sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Uma Jovem chamada Brendha

Certa vez, nos conta Santa Faustina Kowalska em seu diário, que embora reconhecesse que procurava humildemente viver uma vida como nos pede o evangelho, impressionou a jovem freira o comportamento que uma irmã de congregação de muito mais idade tinha. A idosa era muito fervorosa e não descuidava de suas práticas religiosas e sobretudo da oração. Tal disciplina chegou ao ponto de chamar a atenção de Faustina que não se conteve e foi conversar com a senhora. A idosa após ouvir a felicidade e admiração de Faustina em vista de sua grande dedicação a religião, proferiu as seguintes palavras:

“Ninguém está dispensado da luta.”

Pois muito bem então, caros leitores, ninguém é uma palavra que não permite exceções. Aprendemos desse episódio narrado por Santa Faustina em seu diário de que não existe tempo para lutar quando o assunto é a salvação de nossa alma. Todo tempo é tempo e toda hora é hora. Ao católico, que assume sua religião e vive sua fé, não importando em que idade for, uma coisa é certa: o inimigo tenta de todos os modos tomar-nos de assalto e nos convencer de que tudo que fazemos por Jesus, para Jesus e com Jesus é um tremendo exagero. E ainda mais, ele grita mais forte tentando nos convencer de que tudo que fazemos por Maria Santíssima, para Maria e com Maria é mais absurdamente ainda um tremendo exagero. Pobre do diabo, não há como vencer a humildade da toda cheia de graça (Lucas 1,28) Virgem Santíssima e dos membros do corpo de Cristo, que abraçam a causa do evangelho e sobem a ladeira até o calvário, onde colocando suas cruzes ao lado da cruz de Jesus, irão receber o prêmio eterno e irão, nesse momento, perceberem que tudo aqui vivido valeu a pena.

Assim é na vida de todos, a cruz é a regra e não é a exceção. Quem acha o contrário quer transformar a religião do Deus vivo, numa festinha para Jesus, numa subida ao morro para suplicar prosperidade material, numa religião onde o tamanho da minha fé determina quanto de dinheiro tenho que dar para igreja. O católico autêntico faz parte daqueles que Jesus chama de “escolhidos” (Mateus 24,24), que não podem ser enganados. Uma moça chamada Brendha, seguidora deste site, verdadeiramente católica que o diga. Crescendo na fé a cada dia, vivendo sua feliz vida em sua juventude, crescendo e amadurecendo como pessoa, sabe muito bem como são as coisas. Sabe que na idade dela, os convites para deixar as práticas católicas de lado, para deixar a religião de uma pessoa, de Jesus Ressuscitado, vira e mexe aparecem. A Brendha sabe que para louvar e adorar a Deus não precisa frequentar nenhuma outra religião, não precisa participar de nenhum tipo de dança ritualística. Ela sabe que o que agrada ao seu Senhor é uma conversa em forma de oração, agradecendo e pedindo graças, no pé da sua cama ou nos pés do altar. Ela sabe que o Santo Rosário lhe ajuda através da Mãe de Deus, a configura-la ao gosto de Jesus e sabe que é no silêncio do coração e não na barulheira do mundo, seja onde for, que Deus nos fala e o ouvimos. Pois do contrário, se estivermos querendo adaptar nossa súplica aos modelos do mundo, Deus irá conversar conosco e não iremos ouvir (Jó 33,14).

Que todos os jovens sejam assim, sejam como a Brendha, que sabe em sua educação e firmeza, manter o silêncio na hora certa, mesmo que isso lhe custe um nariz torcido, porque ou somos santos ou somos nada. Em minha pequena caminhada por este vale de lágrimas, pelas palestras, formação e catequese que dou para todas as idades, posso atestar, ela faz parte, assim como tantos outros, das fileiras católicas que sabem genuinamente porque são católicos. São de testemunhos assim, dos católicos crismados, soldados de Cristo a serviço da sua igreja, que o mundo é movido na direção de Jesus. O diabo nos convida, mas não possui o que queremos. Por isso tenta, tenta e tenta, e suas tentativas são isso, não passam de tentações. Firmes católicos, Jesus mandou vigiar e orar sem cessar, vamos em frente, os mais fortes ajudando os mais fracos e todos unidos ao Cristo, cada um com sua cruz, caminhando rumo a pátria celeste. E quanta alegria será o dia em que todos nós iremos receber a sentença da glória eterna, o sorriso de Jesus e de Maria, o abraço do nosso anjo da guarda e nesse momento, iremos ser inundados por uma alegria que irá nos fazer olhar para trás e perceber que valeu a pena ser católico. Com um sorriso no rosto, Jesus irá dizer (Mateus 25,34): “Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo”.


fonte: Jefferson Roger
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Os Santos Anjos de Deus - parte 01

Para compreender um pouco esta outra grande graça em nossas vidas que são os anjos, voltemos um pouco às raízes, nos fazendo concordes ao dizer de São João Maria Vianney. Ele nos ensina que não devemos desperdiçar tempo com aquilo que, caso não saibamos, não irá contribuir no dia de nosso julgamento. Traduzindo, devemos ficar preocupados em aprendermos o que, de fato, é essencial. E é nesta linha que falaremos um pouco sobre os santos anjos de Deus. Primeiramente, voltemos nossos olhares para o essencial. Nele podemos enxergar o existencialismo (aquilo que existe) e o essencialismo (aquilo que precede a existência). Exemplo?: Alguém pensou numa caneta, essência; alguém criou uma caneta, existência. Dessa forma precisamos, para nos configurarmos corretamente às coisas de Deus, aprendermos direto do criador e não de fontes que apresentam disparidade com aquilo que Deus pensou e criou. A bíblia nos ensina que os anjos foram criados para servir, adorar e louvar a Deus. E foram criados durante a criação de tudo. Eles são o exército celeste. Neemias 9,6 – “Sois vós, Senhor, vós somente, que fizestes o céu dos céus e todo o seu EXÉRCITO”. Lucas 2,13 – “E subitamente ao anjo se juntou uma multidão do EXÉRCITO celeste, que louvava a Deus...” Gênesis 2,1 – “Assim foram acabados os céus, a terra e todo seu EXÉRCITO”. Salmo 32,6 – “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e pelo sopro de sua boca todo o seu EXÉRCITO”. Daniel 4,32 – “(Deus) age como quer tanto em se tratando do EXÉRCITO celestial quanto em relação aos habitantes terrenos”. Os anjos, ao contrário do que pensam alguns, foram criados todos de uma vez só e não existe essa idiotice de que existe um anjo conforme o dia que a pessoa nasceu, com um nome desdobrado do nome de Deus, que fica conosco certa hora do dia, prefere esse ou aquele salmo, tem um dia da semana preferido e uma cor exclusiva. Quanta baboseira exotérica e fora do contexto celeste, tudo errado! Nada disso de que existem somente setenta e dois anjos para a humanidade inteira. Vejam o que diz a escritura, o exército celeste, os anjos, foram criados em grandiosíssima quantidade: Apocalipse 5,11 – “Na minha visão ouvi também, ao redor do trono, ..., a voz de muitos anjos, em número de miríades de miríades e de milhares de milhares”. Pois bem, eles que são criados do fogo e do Espírito de Deus, são o reflexo da sua glória. Um anjo não é um bebezinho rechonchudo com cara de lua e asinhas raquíticas. Um anjo é uma figura majestosa. Toda vez que um anjo aparece nas sagradas escrituras ele precisa avisar para que não se tenha medo dele. Distribuídos em hierarquias celestes conforme aprendemos das escrituras, do magistério e da Santa Tradição, os anjos, em nove coros celestiais desempenham diferentes papéis conforme os desígnios divinos. Basicamente podemos resumir a hierarquia que hoje é apresentada pela igreja da seguinte forma, lembrando sempre que a nomeação dos coros ensinada pelo magistério da igreja e vida dos santos é encontrada nas sagradas escrituras: SERAFINS – inflamam os anjos purificando com seu fogo e iluminando suas inteligências. QUERUBINS – são cheios do amor divino e o derramam sobre os coros inferiores. TRONOS – acolhem a grandeza do criador e transmitem aos coros inferiores. DOMINAÇÕES – regulam as atividades, atuam em casos urgentes, são elementos de integração. POTESTADES – condutores da ordem sagrada e governo universal. VIRTUDES – transmitem energia divina, orientam pessoas e eliminam obstáculos. PRINCIPADOS – recebem as ordens das Potestades e Dominações, são os anjos das nações. ARCANJOS – elo entre principados e Anjos, inspiram mentes e corações. ANJOS – mensageiros de Deus, operam milagres. Já entre os coros de anjos existem aqueles que figuram entre os sete que assistem na presença de Deus, conforme aprendemos no livro do Apocalipse. Os arcanjos Miguel, que derrotou a rebeldia de Lúcifer e seus seguidores, Gabriel, o anunciador de João Batista e de Jesus, e Rafael, que auxiliou a família de Sara e de Tobias, são anjos que farão parte dos eventos finais descritos no livro do Apocalipse (1,4 – 4,5 – 8,2). Vejamos algumas comprovações: TOBIAS 12,15 – “Eu sou o anjo Rafael, um dos sete que assistimos na presença do Senhor”. LUCAS 1,19 – “Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para te falar e te trazer esta boa nova”. Com vemos, caros leitores, grande é a importância dos anjos na existência da humanidade, desde nosso querido anjo da guarda, até os anjos das paróquias, cidades e nações, passando por toda a esfera divina que regula os acontecimentos segundo o plano de Deus. Como é importante aprendermos sobre eles, sermos próximos deles e contarmos sempre com o auxílio destes seres que contemplam Deus face a face. Vamos aprender então um pouco mais? (parte 02) fonte: Jefferson Roger
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Os Santos Anjos de Deus - parte 02

Como vimos no artigo passado, os anjos nos assistem e trabalham a serviço de Deus. Conforme descrito no livro do Apocalipse, a assistência dos anjos acontece até os eventos finais da humanidade: Apocalipse 8,2 – “Eu vi os sete Anjos que assistem diante de Deus. Foram-lhes dadas sete trombetas”. Vamos recordar? O anjo Gabriel e o anjo Rafael anunciaram que fazem parte dos sete anjos que assistem a Deus. Explicitamente o mesmo não encontramos sobre Miguel, mas, convenhamos, nem é preciso grande esforço teológico para aceitar o fato de que São Miguel, príncipe da milícia celeste, tenha participação ativa nos eventos da humanidade. Afinal, Deus não vai dar folga para nenhum dos seus anjos, quem dirá para São Miguel, patrono dos exorcistas. Pois bem, falemos um pouco agora sobre o Arcanjo Rafael. O livro de Tobias é, nas palavras do Padre Paulo Ricardo, uma catequese sobre como se dá a atuação dos anjos em nossas vidas. É uma verdadeira catequese sobre os anjos. Lá, aprendemos o quanto somos auxiliados pelos anjos. Eles sabem das coisas e não possuem segredos sobre nós, sobre nós tudo a eles é claro. Tanto é, que quando o pai de Tobias foi reclamar para São Rafael, que estava disfarçado de humano, o anjo lhe deu um puxão de orelha e disse: Tobias 5,13 - "Tem ânimo, porque é fácil a Deus curar-te!" Ou seja, tenha fé em Deus. Quando na viagem de Tobias um grande peixe atacou o rapaz e ele pediu ajuda ao anjo, o anjo nos dá uma grande lição, nos mostrando que ele nos assiste, mas ele faz a parte dele e nós devemos fazer a nossa: Tobias 6,4 - "Pega-o pelas guelras e puxa-o para ti." Ou seja, nada de esperar sentado e culpar o anjo porque alguma coisa não deu certo ou algum pedido ele não atendeu. O anjo, além de não ser um serviçal nosso, não é um gênio da lâmpada e está, vamos recordar, a serviço de Deus. Nosso livre arbítrio não supera uma ordem divina, o anjo serve a Deus e nos assiste, não o contrário. Com estes pequenos exemplos podemos perceber quão rica é a história e quão cheia de verdades e ensinamentos sobre a atuação dos anjos, vale a pena a leitura do livro todo, que demora poucos minutos. E nosso anjo da guarda? Vamos falar um pouquinho dele? Ele que está nesse momento aí com você e que quanto mais você se tornar amigo dele e íntimo dele, mais vai poder sentir sua presença e dialogar com ele. Garanto e só quem faz essa experiência sabe do que estou dizendo. Em nossa relação com ele devemos trata-lo com proximidade, devemos falar com ele, também devemos lembrar que não existe só nosso anjo da guarda, existe o anjo da guarda das outras pessoas. Devemos nos habituar a saudarmos mentalmente o anjo da guarda delas, isso melhora nossa relação com as pessoas e é uma forma de dar glória a Deus, pois estamos a saudar uma pessoa que vê Deus face e face. Lembremos, não existem segredos entre nós e os anjos da guarda. A eles, devemos pedir conselhos. Nas dificuldades, devemos invoca-los pois, como eles tem a missão principal de nos livrar do inferno, eles possuem um poder especial no combate ao demônio. Outra coisa muito importante é que também podemos enviar nosso anjo em missão e também, tão importante ainda, imita-lo. Santa Terezinha, freira de clausura, quando sabia da morte de uma pessoa querida, enviava seu anjo para que consolasse a pessoa enlutada. Papas enviavam seus anjos na frente para já irem acertando, adiantando as coisas e resolvendo as dificuldades nos encontros que iriam tratar de assuntos muito importantes. Os dirigidos do Padre Pio, aprenderam com o sacerdote que lhes ensinou a enviarem seus anjos em caso de necessidade. Conta-nos sua biografia que Padre Pio era acordado no meio da noite pelo anjo de alguém que precisa de uma bênção e de uma oração. Santa Gema Galgani, enviava o anjo para entregar as correspondências, fato testemunhado pelas pessoas que moravam com ela e os entregadores de cartas. E tantos outros exemplos documentados na vida da igreja e dos santos. Além de exemplos, tantos ensinamentos. Que tal lermos o capítulo final sobre esse pequeno artigo sobre os anjos? (parte 03) fonte: Jefferson Roger
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Os Santos Anjos de Deus - parte 03

Nessa parte final, vamos aprender um pouquinho mais sobre os anjos. Muitos não acreditam em anjos, é uma pena porque Jesus disse que Deus faz chover e nascer o sol sobre justos e injustos. Ora, a todos os anjos auxiliam e assistem, mas eles respeitam o livre arbítrio de cada um. Não é Deus que escolhe se uma pessoa vai ter um anjo da guarda ou não, a pessoa é que se excluiu do auxílio dos anjos, da mesma forma, que não é Deus que condena, é a pessoa que se condena. Os que não acreditam em anjos argumentam com muitos motivos, entre eles, por exemplo, alegam que o livro de Tobias, aqui me refiro aos não católicos e aos católicos de meia tigela, é fictício porque lá encontramos um anjo que mente e se disfarça e isso não pode vir de Deus. Pois bem, para devolver na mesma moeda, para aqueles que não seguem a religião de uma pessoa e sim a religião de um livro, com seu livre exame das escrituras e seus achismos e conveniências, defendendo que se está na bíblia eles seguem, se não está eles não seguem, vamos dar alguns exemplos bíblicos.

Como são de mente curta e olhar interesseiro facilmente iludidos pela caricatura falsa que fazem da igreja católica, utilizando-se de suas bíblias mutiladas, coloco aqui então, apenas alguns exemplos de que tudo depende da finalidade desejada por Deus, vamos ver:

Em Gênesis 19 anjos disfarçados saíram em socorro a Lot. Em 1º Reis 22 lemos que um anjo foi enviado por Deus para proferir mentiras e seduzir uma nação a guerrear contra outra para que ela fosse retomada. Em Gênesis 20,2 Abraão mente sobre Sara por medo, dizendo que ela é sua irmã. Em Gênesis 27,19 na história de Isaac, Jacó e Esaú, com o auxílio da mãe um irmão mente se fazendo passar pelo outro para receber a bênção do pai. No livro do Êxodo 1,15-21 as parteiras do Egito mentem ao faraó que tinha ordenado matarem todos os nascidos meninos e mais tarde as escrituras contam que elas foram abençoadas por Deus. No livro de Josué 2,1-6 lemos que a prostituta Raab mente sobre os espiões em Jericó para poupar-lhes a vida. Em 2º Reis 10,18-28 lemos que Jeú mente ao povo de Acaab, adoradores de Baal para extermina-los. E acho que basta de exemplos para mostrar que não se deve isolar passagens sagradas para benefício próprio. Um texto fora do contexto, vira um pretexto.

Pois bem, adiante. E os anjos? Eles sofrem? São Tomás de Aquino responde em sua Suma Teológica que não, porque eles fazem tudo que está ao seu alcance por nós. O anjo da guarda não age com preguiça ou má vontade. Ele sabe quem é seu senhor. Devíamos sempre lembrar disso e imita-lo, pois, Deus também é nosso Senhor. Ademais, outros ainda dizem que anjos não existem e essa é muito fácil de contestar porque até Jesus afirmou sua existência: Mateus 18,10 – “Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus”. A crença nos anjos é integrada ao povo e isso vemos no exemplo de Atos dos Apóstolos 12,15 quando depois da libertação de Pedro, ao bater na porta dos seus, o povo achou que devia ser seu anjo.

Ademais o CATECISMO Nº 328/354 diz que “A existência dos seres espirituais, não-corporais, que Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura (citados 229 vezes em 33 livros) a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição”. Santo Agostinho nos recorda que estes seres são anjos por aquilo que fazem e espírito por aquilo que são. E para concluir lembremos da vida dos santos, suas vidas são uma verdadeira enciclopédia angelical. Aprendemos na vida dos santos, e destaco aqui Santa Francisca Romana, que eles só descansam quando estivermos no céu, estando ainda no purgatório eles são responsáveis em apresentar a Deus as orações e sufrágios dirigidos aos seus auxiliados e entrega-las no purgatório. Ainda muito pequenos recebemos a graça de aprendermos a oração do Anjo do Senhor, oração que foi criada no ano de 1111 na Inglaterra e que depois no século XVII foi estendida para toda a igreja pelo pontífice. Que neste dia, assim como em todos os outros dias, nunca esqueçamos de que um guarda espadas muito fiel e protetor nos acompanha em todos os momentos da vida. Não o deixemos de lado, não o entristeçamos, ao contrário sejamos próximos deles e seus amigos, confidentes e dependentes de seus auxílios pois se não agirmos assim, estaremos virando as costas para uma graça tão grande em nossas vidas. Virar as costas para as coisas de Deus é mais ou menos seguir no caminho da revolta, desobediência e rebeldia, bem ao estilo de satanás.


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Os desigrejados

Existe pelo mundo afora, e também por aqui no Brasil, uma denominação de pessoas que se intitulam desigrejados. Essa bandeira eles sustentam com muito orgulho pois afirmam seguir a igreja de Cristo (Mateus 16,18) e não as instituições físicas que se intitulam igrejas. Porém, motivados por alguns argumentos até válidos e sinceros, a atitude da pessoa que abandona a igreja, enquanto instituição, esbarra num problema muito grande: eles amam o Cristo cabeça mas não querem fazer parte do corpo de Cristo. Segundo eles, os desigrejados, não é necessário fazer parte de uma instituição para seguir Jesus. Pelo que vi, no histórico dessas pessoas, existem alguns fatores que corroboram para essa guinada.

Frustrações, decepções, indignações e incapacidade de seguir um magistério estão entre as principais causas. Uma coisa é certa. Eles defendem que a pessoa precisa ler muito a bíblia para compreenderem porque não devem fazer parte de qualquer instituição chamada de igreja. Defendem a tese de que a palavra original “igreja” quer dizer assembleia e em nenhum momento na bíblia se encontra essa denominação relacionando-a com as instituições e seus prédios. Bom pessoal, como católico que sou, agora vou defender a religião que pertenço e a sua igreja, que é a católica. Vamos lá.

No antigo testamento encontramos algumas passagens que mostram que o povo se reunia publicamente para confessar seus pecados e ouvirem a palavra de Deus (Neemias 9,1-3). Depois de Cristo também encontramos essa realidade nas pregações apostólicas e no livro dos primeiros passos da igreja (Atos 20,7). Já com uma tradição de mais de dois mil anos aprendemos que o costume, que tem comprovação bíblica, sempre aconteceu, ou seja, o que se iniciou publicamente em praças, depois se transportou aos templos e hoje vivemos a mesma realidade religiosa de sempre nos ambientes que chamamos de igreja.

É evidente que o corpo de Cristo, a sua igreja, seja ela triunfante, padecente ou peregrina, de caráter espiritual e material, que é, por conseguinte, já que foi fundada pelo próprio Cristo, santa, possui em seu meio membros pecadores. Por isso as pessoas que querem seguir Jesus participando desse corpo de Cristo, também enquanto igreja física, se decepcionam quando testemunham ou tomam conhecimento de tanta coisa errada que acontece dentro dela. A pessoa se sente ultrajada, indignada, ofendida, traída e passa a não querer mais fazer parte disso. Eis aí, o detalhe da questão. A atitude certa nesse momento é aquela em que São Paulo disse em suas cartas que devemos unir nossos sofrimentos ao do Cristo. Ou alguém acha que Jesus fica contente da vida com toda essa baderna que acontece dentro das igrejas? E aqui só me refiro a católica!

Com certeza não, no entanto, a pessoa ao invés de se manter firme, sendo desta forma, uma espécie de mártir, unindo seus sofrimentos interiores a cruz do seu salvador, faz como Pilatos, lava as mãos e se recolhe para o conforto de seus afazeres. Pula de galho em galho, atrás de outra denominação que lhe satisfaça ou então vira um seguidor de Cristo autônomo. Sofre com isso porque sua consciência fica martelando uma atitude muito perigosa que é viver longe dos sacramentos, do magistério, desgarrado da Santa Tradição e com isso tudo praticando uma auto religião que não tem como agradar a Deus. Jesus disse quando se referia aos apóstolos sobre os quais a igreja se ergueu que “quem vos ouve, a mim ouve, e quem vos rejeita, a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou” – Lucas 10,16. E ainda na primeira carta a Timóteo 3,15 – “A igreja, lugar do Deus vivo, é coluna e sustentáculo da verdade”. E para encerrar, na primeira carta aos Coríntios 12, 28, encontramos o relato de que a vontade divina quis constituir os alicerces de “sua igreja” inicialmente nos Apóstolos: “Na Igreja, Deus constituiu primeiramente os apóstolos, em segundo lugar os profetas, em terceiro lugar os doutores, depois os que têm o dom dos milagres, o dom de curar, de socorrer, de governar, de falar diversas línguas”. Portanto, a você que “conseguiu” por força própria ou se convenceu por algum fundamento que encontrou, de que fora da igreja de Cristo, enquanto constituição espiritual, mas também física é possível chegar a glória eterna, cuide bem da sua alma, você só tem uma vida e uma chance para salvar sua única alma. Tua salvação depende das suas obras (Apocalipse 22,12), depende do que você faz de certo ou errado, não do que os outros fazem de certo ou errado. Se algo dentro da igreja te afastou dela, esse algo feito por algum membro que caminha no erro, ele será julgado por Jesus pelo seu erro, você não se deixe contaminar por uma maçã podre. Lembre-se da parábola dos talentos.


fonte: Jefferson Roger
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A vitrine das vaidades

Por onde andam o pudor e a modéstia? Bom, se dependesse do mundo estariam escondidos nas catacumbas porque, se tem algo que o mundo não quer, é promover a decência e os valores bíblicos a toda a criatura. A finalidade do corpo foi adulterada por nosso inimigo cruel. A finalidade da vida foi por ele alterada. Os objetivos e metas olham para o próprio umbigo, para o aqui e agora e também para o futuro. Não olham mais para a eternidade. A esperança se concentra numa vida melhor desde que possa ser vivida por aqui, neste mundo.

O verdadeiro sentido de se compartilhar foi alargado de tal maneira que agora qualquer coisa se pode compartilhar. Dessa maneira sua essência religiosa foi ficando para trás e hoje em dia se compartilha muita coisa desnecessária e não se compartilha muita coisa necessária. Quando pequenos, os bebês ao se tornarem criança vão sendo educados a compartilharem. Compartilhar o brinquedo com o amiguinho, compartilhar uma bolacha e compartilhar a atenção das pessoas. A nós cristãos, é ensinado pelo Cristo que devemos compartilhar, que devemos dividir, que devemos deixar o egoísmo de lado e querer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (1ª Timóteo 2,4).

Porém, como bem nos ensina Jesus na parábola do joio e do trigo (Mateus 13,24-43), temos agora que conviver com os dois lados da moeda. Vivemos num mundo onde existe o bom e o ruim, onde existem fariseus e discípulos de Jesus. Onde existem aqueles que acham que vão entrar no céu só porque dizem senhor, senhor (Mateus 7,21). Vivemos num mundo onde existe uma disputa tão grande em defender uma verdade própria ou uma verdade que melhor se adeque as nossas necessidades. Aquela verdade que é o caminho e a vida (João 14,6) vai ficando para o escanteio porque ela nos cobra um modo de vida que é diferente do qual estamos tentando viver. Pessoas tornaram-se uma vitrine de vaidades. Vestem-se com roupas curtas demais, decotadas demais, transparentes demais e justas demais. Ainda há aquelas que usam roupas que colocam em evidência partes descobertas do corpo. O corpo, se torna uma tela de pintura onde ele é profanado com tatuagens por toda a parte. O corpo, se torna um cabide onde nele é pendurado todo tipo de adereço. Ora, o corpo que foi comprado a preço de sangue e não nos pertence (1ª Coríntios 6,19) acaba com essas atitudes, a aderir a rebeldia do diabo, que não quis seguir a Deus e quis ser original. Pessoas assim, que não querem saber de Deus nos moldes que o criador do céu e da terra propõe, procuram ser originais e fazem o quê? Seguem as modas do mundo. Querem ser livres mas terminam como escravas.

Disparam pelas redes sociais fotos de todos os gêneros, exibindo-se, insinuando-se, querendo aparecerem descolados e na crista da onda, com corpos malhados ou então, para apenas massagearem os egos como quem quisesse dizer: olha só o que eu fiz, olha só onde eu estava, olha só como estou, olha só o que comprei, olha só onde almocei, olha só onde estava e por aí vai. Como disse Jesus dos fariseus hipócritas que gostavam de ser aplaudidos e saudados e procuravam se fazerem notados, (Mateus 6,1-18) já receberam sua recompensa.

O que é esperado de nós é uma atitude bem diferente. Devemos glorificar a Deus em nosso corpo (1ª Coríntios 6,20), devemos manter o alerta constante para que, como ensinava Santo Antonio Maria Claret, não nos acostumemos com os pecados veniais, evitemo-los a todo o custo e não nos conformemos com este mundo (Romanos 12,2). Os pecados graves não acontecem do dia para a noite, o passo derradeiro que nos leva ao abismo é precedido por muitos passos (pecados veniais). Se ficamos justificando nossas atitudes entre os homens e conosco mesmos, para aliviar nossa consciência com relação a Deus, devemos ter cuidado, os critérios da salvação são divinos, não terrenos.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Rezo, rezo, rezo e nada

Já se perguntaram em algum ponto de suas vidas, por que as vezes parece que ficamos rezando e rezando e rezando e rezando e dessa conta toda praticamente quase nada retorna da forma como desejaríamos que fosse? Pois é, acho que todo mundo deve passar por essa experiência porque a questão é bíblica. Nas cartas paulinas está escrito que o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inefáveis porque nem sabemos como rezar e pedir como convém. Esse assunto já foi refletido por aqui em alguns artigos, mas é propício escrever sobre ele mais uma vez porque o mundo avança com sua avalanche de ofertas pecaminosas e aqueles que forem pegos desprevenidos, serão capazes até de deixar de rezar.

Isso é uma das coisas que o diabo se empenha muito em fazer. E vamos ser sinceros, ele tem conseguido e muito fazer com que muitas pessoas deixem a prática religiosa da oração diária, várias vezes por dia, de lado. Mas, se por um lado, nosso afastamento de Deus e aproximação do mundo, nos impulsiona a rezar menos, até aqui existe uma maior clareza sobre a frequência com que somos atendidos. Agora, e se as coisas não são assim e procuramos sempre rezar mais e mais e mais e ainda assim parece que as coisas não andam?

Alguém pode lembrar do que disse no início do artigo. O apóstolo São Paulo disse que nem sabemos como rezar e pedir como convém. Eis a resposta. Mas, ainda tem mais; e se procuramos nos conformar aos desígnios de Deus e fazemos um esforço para orarmos e pedirmos o que precisamos ao invés do que queremos e ainda assim as coisas não acontecem como gostaríamos? Minha nossa viu, não acontece às vezes assim, caros leitores, e as vezes não acontecem muitas vezes assim? Pois é, pobres de nós.

A oração, além de ser um diálogo com Deus é também um exercício de fé em Deus. Recordem de Santa Mônica, só para mencionar um exemplo entre tantos. A conversão de seu filho lhe custou longos anos. Queremos sempre as coisas para ontem, pedimos sempre em cima da hora e agradecemos sempre muito tempo depois da graça recebida, isso quando agradecemos. E se temos a certeza de que estamos dentro de uma oração que agrada a Deus e está configurada ao que ele espera de nós, podemos na certeza da fé, sabermos e confiarmos que o melhor ele está preparando para nós. Ao invés disso, porém, muitos se julgam no direito de exigir uma resposta positiva e imediata de Deus. Não devemos nos preocupar, o que é imediato recebermos, ele que sabe de tudo e vê no oculto nos dará. O que depende do tempo de Deus, porque ainda não estamos dignos ou prontos ou ainda configurados a estatura que ele deseja, precisa passar por esse exercício de fé e confiança na providência divina.

Que tenhamos sempre a certeza de que precisamos agir como está escrito no livro do Eclesiástico 2,2-3 – “Humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça.”


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 26 de setembro de 2017

Padre faz sexo com ex-coroinha

Mais um caso, caros leitores, veio à tona aqui no Brasil. Desta vez aconteceu na Paraíba. Um padre, se é que podemos chamar de padre, foi encontrado assassinado em sua casa com 29 facadas, segundo a perícia criminal da polícia civil local. Segundo as investigações o ex-coroinha que mantinha relações sexuais com o padre Pedro Gomes Bezerra, aliciou um menor levando-o até a casa paroquial para os três fazerem a sua festinha sexual do diabo. Segundo as investigações e posterior confissão de um dos envolvidos no crime, a intenção era assaltar o cofre da paróquia, que recentemente havia arrecadado grande soma em dinheiro por conta da festa de sua padroeira, informa a tv cabo branco e tv paraíba ao site G1.

Pois bem, lá vamos nós outra vez. Que porcaria estava fazendo um sacerdote como esse que não era as suas obrigações de estado? Percebam uma coisa, antes de sairmos crucificando a todos, como se nós estivéssemos acima do bem e do mal. Pobres de nós, basta nos colocarmos sobre termos de comparações celestes para enxergarmos nossa miséria. Vamos recordar, que o traidor Judas Escariotes, escolhido a dedo por Jesus, que convivia com ele, aprendia direto da fonte e recebeu o poder e envio para as missões assim como os onze, terminou por sucumbir, ceder as doenças espirituais, aos pecados capitais, dar ouvidos as tentações, pecar gravemente e depois pecar contra o Espírito Santo. Olhem o alcance do demônio. Sobre isso Padre Pio muito bem esclarece o caso. Ele disse que quanto mais perto de Deus, maior é a tentação.

No entanto o fato não é motivo de tranquilidade para ninguém porque não devemos pensar que alguém que se esforce para andar no caminho de Jesus, dependendo do seu estado atual de graça e santidade é mais ou menos tentado pelo diabo. Vamos recordar das palavras do Padre Pio. Sendo assim, temos que ter a certeza de que satanás tenta a todos com o máximo do seu empenho. Enquanto Jesus diz que o Pai quer que todos que foram confiados a ele (Jesus), sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade, o demônio quer exatamente o oposto.

Ademais, Jesus não foi tentado? Ora, isso também nos serve para mostrar que Deus deu permissão ao inimigo para tentar a todos. Nenhum grau de santidade está isento das provações, elas só terminarão depois da morte, onde o tempo da graça e das tribulações dá lugar ao tempo da eternidade, da sentença da condenação eterna ou da glória eterna. Num primeiro momento pode haver escândalo quando lemos notícias assim, onde os chamados por Deus para apascentar as ovelhas de Jesus, caem tão desgraçadamente. Mas não nos enganemos, um fato assim que vem a público é utilizado por Deus para nos mostrar que ninguém, volto a repetir, está a salvo enquanto não for salvo.

Assim como o mal dos espertos é achar que todo mundo é burro, o mal dos cristãos é achar já se encontra a salvo. Isso se chama presunção e não podemos fazer um juízo próprio porque nossa inteligência, pensamentos e lógica são completamente diferentes dos de Deus. Os termos de comparação para o juízo e os critérios serão os de Jesus, não os nossos. Por isso que o Cristo nos adverte para cuidarmos da trave em nossos olhos. Que possamos cada vez mais nos conscientizarmos de que precisamos viver o dia a dia ao ponto de nos tornarmos um verdadeiro sacrário vivo. O demônio só não vai nos incomodar se nós já tivermos passado para o lado dele. Nossa vida é uma vida de escolhas. O sacerdote dessa matéria e tantas pessoas escolhem abraçar o erro, abraçar os prazeres, as sensualidades e os pecados. Depois da escolha feita, como lemos no livro do Eclesiástico, nos será dado o que escolhermos e sabemos que de tudo isso advém o salário chamado de morte, a segunda morte, a morte da alma nas palavras do Cristo que irá pronunciar “ide malditos para o fogo do inferno”.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Reunião na companhia da mãe

Por todos os lugares mundo afora, reúnem-se os cristãos seguidores do evangelho a muitos séculos para celebrarem o mistério da fé. Aprendemos da tradição católica que desde a época da perseguição dos primeiros cristãos, aqueles que creram e foram batizados, levavam uma vida em Cristo, dando testemunho de fé até o sangue. Já na época apostólica começaram, conforme acompanhamos no livro de Atos dos Apóstolos, os primeiros movimentos ordeiros em torno de todo o contexto da igreja fundada sobre a profissão de fé de Pedro (Mateus 16,18).

Realmente é muito bonito observar o fervor em torno do cristianismo dos primeiros passos da igreja católica. Passos esses que empunhavam em riste e lá no alto o sentimento transformador de ser cristão, viver a religião do Deus vivo. Claro que o inimigo, idiota como sempre mas nada burro, viu que a cristandade não iria se acoar frente ao barulho do mundo pagão, e como sempre fez e faz até os dias de hoje, tratou de infernizar e sempre infernizar a vida daqueles que renunciam aos inimigos da alma.

Mesmo assim, os anos foram se passando e por terra foram caindo aqueles a quem o livro do Apocalipse relata, os que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro. Os martirizados. Assim é até hoje, muitos caem por causa de Jesus. Porém, também até hoje, muitos se reúnem como no tempo dos apóstolos para, além da celebração do mistério, exercerem outras atividades cada vez mais emergentes dentro do corpo de Cristo. E não é assim que acontece? Não precisamos nos reunir em nome de Jesus? Precisamos sim, está escrito nos evangelhos, onde um ou mais estiverem reunidos em meu nome... eu estarei no meio deles.

Atualmente, na paróquia em que fui convidado desde o início do ano a participar das atividades da catequese, e saliento, fui muito bem acolhido por todos, diferentemente da paroquia em que moro, mensalmente várias atividades são desempenhadas pelos catequistas e seus catequisandos. Infelizmente a falta de mais tempo por parte dos catequistas por conta de outros compromissos pessoais e familiares, é motivo para não haver uma presença de cem por cento em todas as atividades mas, independente disso, a adesão é grande. Na data de ontem, aconteceu mais um desses encontros no início da noite. Reunidos em torno da palavra de Deus, após a leitura orante, preces e reflexões sobre o modo operante dos catequistas, o evangelho do dia propôs uma autorreflexão de cada um a respeito de como se está agindo após o sim a Deus, atendendo o chamado (Romanos 11,29) para exercer a atividade da catequese. E assim deve ser para o cristão, não só aos catequistas, embora todos somos convocados por Jesus a evangelizar, em todas as esferas da vida, tanto material quanto espiritual. Estamos levando as coisas de qualquer jeito? Tendo crises de pelagianismo? Achamos que damos conta de tudo sozinhos? Que somos os donos da verdade?

Nada disso, não devemos ser assim e querermos ser os primeiros e nem exaltados. Jesus nos ensinou o contrário, sermos aqueles que servem, assim como ele nos mostrou e ensinou no lava-pés, e nos fazermos os últimos, os humilhados. A única coisa que devemos sim, correr atrás, em primeiro lugar e não afrouxar em relação a isso, é atender o aviso do Cristo que diz que devemos buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça. Agindo assim, iremos nos distanciar cada vez mais do orgulho egoísta e nos aproximar da humildade e da compaixão. Que encontros assim entre as lideranças paroquiais e nas comunidades, convidando a todos, sempre aconteçam, pois neles, sempre é possível tirar a poeira de cima de alguma área do nosso agir, que está sendo encoberta pelas distrações do cotidiano e do mundo. Que Nossa Senhora, mãe de Deus e nossa mãe, a primeira catequista, nos auxilie dentro e fora de nossas casas, por toda a parte por onde andarmos para que possamos dar testemunho do Cristo com nossas vidas, naquilo que falamos e na forma como agimos, amém.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

O sortilégio do diabo

Para aqueles que conhecem o desenho animado de longa metragem da Disney chamado Branca de Neve e os Sete Anões, faço-me aqui de um pequeno trecho dele para iniciar o tema que iremos refletir neste artigo. Quando os anões chegam em casa e encontram a princesa dormindo em suas camas, ao descobri-la o anão chamado Zangado disse, generalizando, que “as mulheres são falsas, cheias de sortilégio”. Então o anão chamado Dengoso perguntou: “o que é sortilégio?” E Zangado disse: “não sei, não interessa”.

Pois bem, para nós católicos esse pensamento do personagem Zangado não deve ser adotado porque nos interessa e muito sabermos e conhecermos um pouco sobre o sortilégio. Devemos ser, ao contrário, analogicamente falando, como o anão que fez a pergunta. E detalhe, talvez zangado não soubesse direito explicar e por isso disse que não sabia, mas, ele acertou no que disse, vamos ver então.

De forma geral e um tanto resumida, sortilégio significa um conjunto de características de sedução, naturais ou artificiais, que um indivíduo pode ter e utilizar para conquistar algo em seu benefício. Percebem a relação da palavra com o diabo? Nas sagradas escrituras não encontramos a palavra sortilégio mas encontramos muitos ensinamentos sobre ela na forma de contexto e seus sinônimos. O diabo não se utiliza dos sortilégios para conquistar para si algo (a condenação de nossas almas)? Se pararmos para analisar com cuidado, é sortilégio em cima de sortilégio. Um para atrair a atenção do cristão para suas ofertas, outro para convence-lo a experimentar o pecado, outro para convence-lo de que é melhor do que o caminho das pedras proposto por Jesus e assim por diante.

Aos que aderem aos seus convites, também o uso do sortilégio começa a integrar o cotidiano de suas vidas. Os pecados estão diretamente relacionados com as mais variadas formas de sortilégios. São muitas as formas de seduções que participam da adesão que as pessoas fazem pelo pecado. E vamos recordar da gravidade do pecado. Todo pecado é um ato de desobediência ao primeiro mandamento da lei de Deus. Sim, porque quando pecamos, ao escolhermos o pecado, escolhermos pecar, estamos colocando no lugar de Deus outra coisa, seja qual for sua natureza.

Devemos, portanto, ficarmos muito atentos, se sortilégios são conjuntos de características de sedução, naturais ou artificiais, que combatamos com um conjunto de características de sedução diferentes: a palavra de Deus, o evangelho de Jesus, o rosário, o catecismo e toda a Tradição de mais de dois mil anos que formam, todos unidos e aliados as práticas religiosas, a instransponível muralha frente aos intentos do inimigo. Que façamos nós, cada vez mais, parte desse maravilhoso conjunto, que irá um dia nos colocar no céu para a felicidade eterna por conta de uns poucos anos aqui firmes no segmento do Cristo, amém.


fonte: Jefferson Roger
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Pode esperar sentado

Nascemos, por conta do projeto de Deus para nossa existência, chegamos a este mundo. Cada um com sua particularidade e individualismo que não será jamais igual ao de pessoa alguma. Alerta! Aqui já enxergamos a primeira tentativa do diabo em tornar a todos iguais a ele. Por conta da maciça avalanche de tentações que soterram aqueles que se iludirem com suas ofertas, o comportamento humano se torna globalizado e a linha de conduta cristã, apresentada a cada um por Deus, rapidamente dá lugar ao viver o paraíso aqui na terra sem o seu criador.

Quando nossos pulmões inflam pela primeira vez, e a vida fora do ventre da mãe começa a terminar nesta terra, começamos a absorver tudo de Deus e tudo do mundo. Somos lançados nesta vida como a corda de um cabo de guerra. Ora por nossas fraquezas pendemos para o mal, ora por nossas certezas pendemos para o bem, ora por nossas dúvidas ficamos no meio, em cima do muro, em atitude morna. O problema, infelizmente, não se simplifica à medida que passamos por essas experiências. Vão restando, se permitirmos, sequelas depois de cada situação que passamos e essas experiências de vida vão nos moldando e traçando para Deus e para o próximo, um perfil da nossa pessoa.

Muitos insistem em dizer que fulano não vai mudar, outros se surpreendem com aquela pessoa que mudou e tantos nem acreditam que tudo isso fosse capaz. Perdoamos e não somos perdoados, não queremos brigar mas as brigas (discussões) nos envolvem, queremos as mais diversas formas de paz em nossas vidas mas certas formas de paz exigem um alto preço a se pagar. Queremos fazer o que julgamos certo e não conseguimos. Nos dedicamos a alguém ou alguma causa e vemos a ruína da decepção e da tristeza desabar sobre nossas cabeças.

Coragem! Nos estimula Jesus, se perseguiram a ele, também perseguirão a nós, nos ensina o salvador da humanidade. Bem-aventurados, nos ensina também no seu sermão da montanha e nos recorda que a perseverança que segue até o final, será premiada. Portanto, o dito popular que diz que “podemos esperar sentado” só se aplica no sentido de que temos que ser pacientes em Deus. Fora isso, o que devemos fazer é agir exatamente ao contrário do servo mau que escondeu o talento por medo de seu patrão. Ou seja, devemos arregaçar as mangas e rezar, pois a oração, única arma do cristão, nos recorda Santo Antão, move o céu e a terra. Nós é que não acreditamos porque esperamos que esse movimento seja feito como queremos e esquecemos que ele é feito como Deus quer.

O acomodado que julga que alguém nunca irá lhe pedir desculpas por alguma ofensa, por orgulho próprio e achar que está na razão, espera sentado. Mas, o incomodado que julga que alguém nunca irá lhe pedir desculpas se coloca a rezar para que Deus toque o coração dele e que ele se corrija, se converta e tome um caminho que irá lhe trazer grandes bênçãos, e faz tudo isso no anonimato, porque Deus que nos vê no oculto, irá nos recompensar. E assim, nos fica claro nas mensagens do evangelho que nada cai do céu, também nesse sentido não devemos esperar sentado. Até no dia da sentença do justo juiz, a narrativa do evangelho nos conta que se formarão duas fileiras, as dos malditos e as dos benditos. E podemos crer que essa fila não vai ter cadeira, portanto, os acomodados que se espertem no aqui e agora e os incomodados que nunca se cansem de trabalhar pelo reino.


fonte: Jefferson Roger
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As imposições da igreja

Caros leitores, não é de hoje que bem sabemos que a igreja católica, e me limito a falar aqui apenas dela pois das outras denominações religiosas o assunto requer outro artigo, vem se transformando num pinheirinho de natal, repleto de toda a parafernália colorida e penduricalhos espalhados por todos os seus galhos. Já escrevi por aqui e volto a repetir, que saudades de João Paulo II e Bento XVI. Esse que está por aí, e que chamam de vigário de Cristo, minha nossa viu, mas isso também é pano pra manga para outra ocasião.

Pois bem, sem mais rodeios vamos apontar um pouquinho para o seu comportamento de Maria vai com as outras e do politicamente correto. O que ela (a igreja) acha que precisa impor (e chama de pastorear), ela faz. Vamos a alguns exemplos? Sempre é bom não é mesmo? Mas antes vale recordar que ela é munida de muitas caras, caricaturas e máscaras, ou seja, tem muita coisa boa dentro dela. Refiro-me aqui a igreja padecente e a igreja triunfante (purgatório e céu), que operam de outra forma em nossa existência. Agora, nós aqui, pertencentes a igreja peregrina, ô dó do povo viu, sentimos na pele o agir dos pecadores, dos hipócritas, dos lobos em pele de cordeiro, dos maus sacerdotes (e alguns são muito maus mesmo) e dos cristãos ensoberbecidos e egoístas.

Você vai na missa e participa de uma missa poluída por culpa do padre e dos leigos organizadores da liturgia. Os músicos pensam que estão ali para se apresentarem, no presbitério existe pouca diferença com um palco ou passarela. Os cânticos religiosos foram substituídos por músicas com letras e melodias que não se coadunam com o proposto real da santa missa. Palmas, gesticulações, aplausos, sinal da cruz no início da santa missa substituído por música, oração do glória e do santo substituídas por músicas que não reproduzem a oração. Padres bêbados celebrando missas, pedindo para a comunidade rezar com ele a oração pela paz, rezando no final da missa duas vezes a oração pós comunhão, música da “paz de Cristo” durante o abraço da paz, aniversariantes recebendo antes da bênção final o canto do parabéns pra você e muito mais, muito mais.
Nos encontros promovidos por toda a arquidiocese começam com aquela farra aeróbica e com musiquinhas pra queimar calorias, todas ridículas. Se tem que gosta, só lamento, deviam comprar um karaokê e ficar nas festinhas dançando, cantando e rebolando. Dá um intervalinho, aparece uma tal de equipe de animação para mais cantorias, pessoas enganchadas, mãos no ombro do parceiro e tudo mais. Haja paciência viu. Dá para contar nos dedos em quantas formações ou retiros é deixado de lado essa baderna toda substituindo por orações, rosários, terços ou adorações. Nos dedos de uma mão aleijada. Devia haver mais seletividade pois nem todos que querer ir em uma formação para aprender, querem ficar pulando, dançando ou cantando. Se algumas pessoas querem exercer isso, que o façam de modo oportuno e para os que são adeptos dessas práticas.

É assim, a igreja quer pregar o evangelho, mas não quer abrir mão de se modernizar. Em alguns pontos seu comportamento é medieval, em outros adota o ecumenismo do diabo e a modernidade do mundo. E vá caro leitor, fiel católico falar a respeito sobre essas coisas com padres, bispos ou algum leigo engajado nessa porcariada toda. Uns ficam nervosos, outros irritados, outros adotam a política do deixa pra lá, Jesus é amor, é misericórdia. Que nojo, como diz minha filha mais nova. Quanta tristeza para os católicos tradicionais e autênticos que assistem a cada tempo que se vai, tornarem-se a minoria que realmente querem seguir o que nos pede Jesus e encontram no seio da própria igreja de Cristo, tanto joio. Ainda bem, ainda bem que ainda existem algumas coisinhas boas, ainda bem que está garantido pelo fundador (Mateus 16,18) que as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Por hora, nós que empunhamos o estandarte de viver sob o puro mandato divino e nos esforçamos para deixar de lado toda mácula, que como bem disse o papa Paulo VI, entrou como fumaça (satanás) na igreja e insiste em entrar em nossas vidas, seguimos num esforço máximo para não seguirmos dois senhores (Mateus 6,24) e nem sermos do mundo (Tiago 4,4). Perseverança! (Mateus 10,22)

fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Treinando o Corpo

Glorificai a Deus no vosso corpo, assim lemos na primeira carta aos Coríntios. Nosso corpo, que é santo, presente de Deus para nossa interação e vivência neste período provisório de peregrinação no vale de lágrimas precisa sim, como diz a escritura, ser muito bem cabresteado por nós, porque, também sabemos muito bem, ele tende a agir meio como advogado do diabo.

Facilmente ele se acostuma com confortos e prazeres corpóreos e com algum custo, ele se acostuma com uma vida disciplinada. Não é fácil, caros leitores, nos sentarmos escravizadamente em frente a um prato delicioso e nos empanturrarmos até a sacies dos olhos só parando por que não cabe mais nada em nosso estômago? Não é fácil ficarmos debaixo das cobertas numa manhã fria e chuvosa de domingo ao invés de sairmos, por exemplo, para irmos à missa? Não é fácil ficarmos esparramados no sofá da sala apenas usando o controle remoto para trocar canais e assim ficarmos por horas atrofiando os músculos?

Pois é, nosso corpo precisa de muito pouco para memorizar e se acostumar com atividades prazerosas. Agora, tente disciplina-lo a comer nos horários, dormir nos horários, fazer exercícios físicos regulares e periódicos para você ver se ele não se rebela e grita em protesto! E pior, além de protestar, se deixarmos alguma disciplina, seja de que natureza for, rapidamente ele perde o hábito e sua eficiência naquilo que deixamos de fazer. No entanto, quando passamos a trata-lo com o devido respeito conforme sua natureza pensada e criada por Deus, ele passa a nos servir e deixar de ser uma vitrine e um latão de lixo.

O corpo, que é santo começa a servir ao Senhor, dar testemunho e glorifica-lo, exatamente de acordo com o propósito dele. Aos poucos, nossa vontade, que brota no coração (assim nos ensinou Jesus) e se instala na mente, passa a comandar o corpo e esse é o percurso correto. Nosso corpo até tenta protestar, como uma criança mimada, mas no controle da situação, nós ditamos as regras para ele. E assim, vencendo as doenças espirituais da gula e da luxúria, crescemos no amor e santidade rumo aos céus. Façam a experiência, comecem a praticar uma forma de penitência qualquer ou então a penitência chamada de jejum. Comece aos poucos, só algumas horas e vá com o passar do tempo aumentando na medida em que seu corpo for sendo “treinado” e for se acostumando com a imposição de sua vontade. Mas não esqueça dos propósitos e da maneira correta de se fazer.

Nossa Senhora bem lembrava em suas aparições que no verdadeiro jejum não se passa nem sede e nem fome, ou seja, o propósito da penitência tem caráter espiritual e o corpo trabalha em conjunto para ordenar, mente, corpo e espírito numa direção apenas. Se você se sentir mal, recue, diminua a intensidade da penitência, Deus precisa de você no campo de batalha, a radicalidade que os grandes santos tinham em suas penitências, se alcança com o tempo, vá com calma e pés no chão. A experiência de qualquer forma de jejum é magnífica e recomendada a todos, com prudência e coerente diligência da condição e compleição de cada pessoa. Aprendemos na bíblia e na vida dos santos que essa prática é muito utilizada pelos cristãos. Quem vos escreve também já a alguns anos pratica e, atualmente, exerço o que chamo de jejum das trinta horas. Como já me disseram, só por Deus mesmo para não se cansar das atividades do cotidiano e para não sentir nem fome ou sede. É um período de extrema união com Deus e pelas causas da sua igreja. Pelo bem dos pecadores, como nos recorda Nossa Senhora em Fátima, a pedido de seu filho, rezamos e fazemos penitência por eles. Nunca pode ser considerado mérito pessoal ou heroísmo e sim, um serviço que um membro do corpo de Cristo por amor a Deus, exerce no seio da igreja, para seu bem, mas fundamentalmente para o bem comum.


fonte: Jefferson Roger
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Pais Desinteressados

“Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto agrada ao Senhor. Pais, deixai de irritar vossos filhos, para que não se tornem desanimados”, assim lemos na carta aos Colossenses 3,20-21. “Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor”, assim também lemos na carta aos Efésios. Pois muito bem, caros leitores, é fato conhecidíssimo de todos que no contexto da família, pensada, desejada e criada por Deus, precisa existir dentro da democracia familiar, também uma hierarquia, bom senso e, colocando um olhar espiritual sobre o assunto, uma direção espiritual.

Os pais devem ser, ao modelo de São José, os provedores e mantenedores da casa e da família, e vejam que isto não exclui a participação da mulher que é benvinda em épocas atuais. O problema é que muitos pais viram as costas para o mandato de Deus que diz que “devemos cuidar do povo e da sua religião (1ª Macabeus 3,43). Ora, não deve haver espanto nisso porque nosso povo começa dentro de nossa casa, com marido, esposa e filhos, então, a célula básica de humanidade, alvo constante do diabo, é nossa conhecida igreja doméstica. Por isso também, pais são chamados de primeiros catequistas.

No entanto, quanto mais a humanidade caminha sem avançar nas principais áreas de sua existência, por outro lado, em outras, seria de se tirar o chapéu. Mas, como bem nos coloca o Padre Thomas Kemphis: “não é raro que o homem desagrade a Deus com aquilo que gosta”. Sábias palavras, já proferidas nos idos do século XV. Muitos, acabam por alguns motivos tornando-se verdadeiros pais desinteressados. Tem reunião na escola, ou o pai ou mãe comparecem. Tem reunião na escolinha de futebol ou de balet, o pai ou a mãe está presente. Até na escola, quando se convoca uma reunião, ou o pai ou a mãe acaba comparecendo.

Por que? Ora, simples também; porque é do interesse dos pais e tem relação direta com seus filhos. Tudo parece bem não é mesmo! Não! Não é. Onde anda o interesse dos pais pela parte espiritual de seus filhos? Os novíssimos, regra de ouro a se pensar sobre eles todos os dias, diz também aos filhos de cada um. A todos, sem exceção. E os pais, desinteressados, além de negligenciarem esta realidade em suas vidas (Eclesiástico 7,40) também o fazem com relação aos filhos. “Pergunta para teu catequista” – dizem alguns ou então os catequisandos ficam empenhados em sempre dar justificativas do porquê seus pais são ausentes em reuniões ou até mesmo nas atividades da igreja, da comunidade e paroquiais.

Erram gravemente pois em Ezequiel 3,20-21, Deus nos ensina que se não corrigirmos alguém que sabemos estar fazendo algo errado, também seremos cobrados. Isso se encaixa perfeitamente aos pais. Quando casaram se comprometeram a Deus, perante o altar, criar e educar os filhos na fé cristã, mas, terminam gastando o pouco tempo que lhes sobra com eles somente com as coisas que passam. Já diziam os antigos: depois do leite derramado...

Se pais e mães não são alicerce familiar, a ruína pode muito facilmente atingir todos os membros e isso inclui os filhos. Volto a dizer, pais desinteressados, depois do leite derramado...

Portanto, acordemos da letargia e da preguiça espiritual, agora, como dizia São João Maria Vianney, “é hora de trabalharmos pela nossa salvação”, e a igreja de Cristo por mandato dele acrescenta: é hora também de trabalharmos pela salvação do próximo. Desde o próximo que vive no mesmo teto que nós, até o próximo que não vive. Afinal, agindo assim, que é como Deus espera que façamos, deixamos de lado o egoísmo pois não iremos querer o céu só para nós, iremos querer o céu para aqueles que amamos e para todos.


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

É preciso se retirar

Caros leitores, o famoso amigo da onça, o duas caras, aquele que dá com uma mão e toma com a outra, nosso conhecido inimigo cruel, o diabo, faz um esforço tremendo para nos acompanhar todos os dias e durante todo o dia através das suas tentações, ora disfarçadas em pratos deliciosos, ora apresentadas em grandes e aparentes dificuldades intransponíveis. De um lado ele nos quer próximos dele (pratos deliciosos), longe de Deus e enraizados no mundo tornando-nos, por consequência, inimigos de Deus (Tiago 4,4). Do outro lado, ele tenta nos convencer de que Deus é um desmancha prazeres que fica lá do alto querendo ver o circo pegar fogo (dificuldades intransponíveis). Seja como for, tanto faz; é preciso ficar bem claro ao católico de que satanás faz todo o esforço possível para que sejamos convencidos de que nossas práticas religiosas não passam de um exagero. Ele fica como uma sentinela a nos vigiar para, a qualquer movimento nosso voluntário na direção das coisas que não passam, criar todo o tipo de empecilho para que desanimemos em nossos esforços. Certa vez, quando eu comandava numa paróquia em Curitiba a prática do terço dos homens, após no reunirmos e distribuirmos os cinco mistérios do dia com suas meditações para cinco pessoas conduzirem as dezenas, eis que a primeira dezena do dia foi dada a um senhor que aparentava bastante idade. Após eu dar entrada no terço chegou a vez do idoso conduzir a parte que lhe cabia. Então ele começou, com muita dificuldade a ler a meditação daquele mistério. Todos os presentes fizeram o máximo de silêncio porque era muito difícil compreender suas palavras. A medida em que ele foi lendo, a compreensão do que dizia foi melhorando e quando ele terminou de ler a meditação, praticamente se entendia tudo que ele falava. Ele terminou de ler a passagem bíblica e quando todos se preparavam para rezar o primeiro mistério do dia, este senhor de muita idade se antecipou e disse o seguinte: “Há algum tempo eu tive um derrame cerebral e como sequela eu não podia mais falar, sempre vindo as missas com minha esposa, ela me incentivava a participar deste terço que acontece após a missa, mas, nunca tomei coragem. Hoje, resolvi vir e é a primeira vez depois de muito tempo que voltei a falar” – Pensem, caros leitores, em como ficou o clima daquele pequeno retiro que fazíamos para pedir e agradecer a Jesus e a Maria por tudo. Além do testemunho colhido naquele momento, motivo de grande emoção e comoção (fico emocionado sempre falo disso e me recordo) para todos, o terço foi rezado com fervor ainda maior. Eu particularmente recitei a oração aos prantos. Maravilha das maravilhas é ser católico e fazer parte do corpo de Cristo, sua Igreja.
Recentemente, uma das colegas de trabalho de minha esposa teve a mesma experiência de vida. Preparando-se para um retiro, a fúria do inimigo (vale lembrar que tudo é permissão divina), se lançou sobre a moça na tentativa de faze-la desanimar e desistir de participar do mesmo. Afinal, o diabo sabe que muitas almas são arrancadas do seu domínio nesses retiros. O poder de fogo ali reunido, move céus e terras. Pois bem, auxiliada pelo seu fiel escudeiro, seu anjo da guarda (e não pensem que ele não está envolvido, porque sempre está), ela participou do retiro, todas as dificuldades se tornaram combustível para motiva-la a ir. Lá, testemunhou as maravilhas de Deus na vida das pessoas e recebeu uma confirmação particular de que o melhor que ela poderia estar fazendo naquele momento de sua vida, era estar ali. Em certa altura os participantes receberam cartas de amigos, parentes ou familiares. Cartas de incentivo e bons votos. E esta moça, a Valéria, que usa óculos de grau para corrigir sua deficiência na visão, pois sem ele não consegue ler, simplesmente pode ler toda a carta que recebeu, coisa que não lhe é possível fazer sem seus óculos. Não há certeza maior que Deus possa colocar no coração de uma pessoa quando ele, com esse pequeno toque e gesto de carinho e amor, nos faz crer que algo assim só pode vir do céu. Terminado o retiro e já em casa, para o veredito final, ela não conseguia mais ler sua carta. Pode um negócio desses? Claro que pode, o Deus vivo e Deus do impossível, cuida dos que o amam como a pupila dos seus olhos! Portanto, chega de mundo, chega de pecado, os testemunhos estão espalhados pelo mundo. Vale a pena uma vida vivida assim, com Deus no coração. Dificuldades? Existem! Sabemos disso, mas, o mais importante é que existe sim, um Deus que nos pensou, nos desejou e nos criou e, graças ao seu amor, nos concedeu o direito de um dia vivermos felizes para o reino que para todos preparastes, amém. Artigo relacionado: A importância do retiro fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Exaltação da Santa Cruz

Quem se exaltar, será humilhado e quem se humilhar, será exaltado. Essas palavras da primeira frase foram proferidas pela boca de Jesus. E você caro leitor pode estar se perguntando o porquê deste trecho bíblico para falarmos do dia em que a igreja católica comemora a exaltação da Santa Cruz (dia 14/09). O ensinamento é muito simples, vamos acompanhar.

Na vida do Cristo, enquanto possuidor aqui na terra das duas naturezas (a divina e a humana), pudemos acompanhar através do seu evangelho que, onde ele colocava a mão, acontecia uma grande transformação. Isso porque seu toque divino, tem o poder curador, vivificador e poder para, como vimos nas bodas, transformar água em vinho. Buscavam tocar em suas roupas, para ficarem curados e aqueles a quem ele empunha as mãos deixavam de ser as mesmas pessoas de até então. Jesus passava pelo caminho e as multidões o seguiam, os cegos gritavam ao longe pedindo por ele. Como vemos, as pessoas, em atitude de humildade e necessidade (deixavam o orgulho próprio de lado e se humilhavam perante o mestre), embora algumas pessoas tinham apenas, como o próprio Cristo mencionou, interesse em encher a barriga, saíam dessa experiência modificados, transformados; a experiência com Jesus os exaltava.

É assim, antes de Jesus, humilhado, depois de Jesus, exaltado. Por isso que aqueles que não querem se humilhar se rebelam contra Deus e escolhem os prazeres do pecado, abrindo mão da glória eterna do paraíso. Preferem não se humilhar e se renderem ao Deus uno e trino. Todavia, sejam as coisas como são, nada muda o fato de que o toque de Jesus muda tudo. Na cruz, no alto do calvário, o amor de Deus por cada um de nós colocou seu filho unigênito pregado nela. Humilhando-se face a reprovação e abandono humanos, foi exaltado em suas cinco chagas, estendido frente ao escárnio de seus algozes. Ali, o símbolo cristão, no toque do corpo humano e divino, banhado em sangue, foi exaltado para toda a eternidade e é por isso que pela fé em tudo que aconteceu, para os cristãos olhar para a cruz do ressuscitado e exalta-la, perante tudo que ela significa para cada um, no mínimo é um gesto de retribuição e agradecimento pelo amor divino pelos seres humanos. Pois deve ser muito mais!

Na crucificação, enquanto o Cristo era separado em suas naturezas e na morte do corpo se apresentava a todos, da mesma forma no ápice da santa missa, no momento da consagração, quando o sacerdote empresta seus atos e voz a Jesus, seu corpo e sangue outra vez, mas sem derramamento de sangue, são separados da divindade que nos é invisível. Jesus disse que quando fosse levantado da terra, atrairia todos a ele (João 12,32) cumprindo a profecia de Isaías que diz que “olharão para aquele que transpassaram (Isaías 53,3). Na santa missa a profecia se repete, no ato da consagração, na renovada exaltação da santa cruz, quando o Cristo está novamente sendo elevado e atraindo o olhar de todos. Eis uma grande profecia e um grande mistério de amor para nossas vidas. Que a cruz de Cristo seja a minha luz, se diz na oração de São Bento, amém.


fonte: Jefferson Roger
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Seja um Apressado

É isso mesmo que você leu no título do artigo caro leitor, seja um apressado e muito apressado! Mas sei que deve, quem sabe, estar lembrando daquele ditado popular que diz que “o apressado come cru”. É verdade a conotação deste dito popular, porque denota que a pessoa, não tendo atitude ponderada e bem refletida, age na impulsividade e não reflete o suficiente e de forma madura para poder tomar decisões.

Sabemos no dia a dia de nossas vidas e em meio a correria das horas que sempre parecem nos deixar para trás, que a pressa, vem aí outro ditado, é inimiga da perfeição. Sobre esse ponto de vista até seria possível confabular que Deus não tem pressa para com suas criaturas porque não age na medida e no tempo que queremos. Porém, aqui o buraco é mais embaixo. Como Deus está fora do tempo, já que é eterno, a medida de tempo, que é uma contagem regressiva desde o momento de nosso nascimento, se transforma, sob um olhar sobrenatural que sempre devemos ter sobre nossas vidas, numa constante oportunidade para nos salvarmos e ajudar os outros a se salvarem.

As pessoas reclamam que Deus não age logo em suas vidas, quando querem o bem, mas apontam ele como culpado rapidamente quando as dificuldades aparecem. Exigem uma pressa de Deus mas não fazem esforço nenhum para se apressarem a se corrigirem na vida, tomarem vergonha na cara, se converterem, se confessarem, tomarem o rumo certo e pararem de ficar com a cara no travesseiro e a bunda empinada pro teto, choramingando porque Deus não me atende, o que será que fiz de tão errado para merecer isso. Acorda! É bem o contrário, você não fez nada, não fez a sua parte. Deus espera de cada um, no mínimo o máximo de esforço pois o céu é arrebatado a força e são os violentos que o conquistam (Mateus 11,12).

Jesus chamou um homem a segui-lo e ele apressadamente disse que primeiro precisava enterrar seu pai; um outro respondeu apressadamente que primeiro precisava se despedir dos que estavam em casa. (Lucas 9,59-62) Os fariseus e doutores da lei sempre rodeavam a Jesus e mau o Cristo fazia alguma coisa que eles reprovavam, apressadamente arguiam contra Nosso Senhor e iam contra suas atitudes e ensinamentos.

Não é assim que devemos ser, estes exemplos bíblicos nos servem para mostrar como não devemos ser porque um dos melhores exemplos de como devemos agir apressadamente, além, é claro, o de Jesus, que sempre atendia prontamente a todos que lhe procuravam, é o da Virgem Maria. Depois que o Anjo Gabriel anunciou que ela conceberia pelo Espírito Santo e daria a luz ao salvador da humanidade, também lhe disse que sua parenta Isabel, de idade avançada, já estava grávida e no sexto mês. O que foi que Maria fez? Deu de ombros? Disse para o Anjo Gabriel que tudo bem? Que bom para ela, ela queria tanto um filho? Nada disso: Lucas 1,39-40 – “Naqueles dias, Maria se levantou e foi às PRESSAS às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.” Vejam, ela foi apressadamente em auxílio de Isabel. Assim devemos agir. Mais um exemplo? Vamos lá:

Mateus 2,13-14 – “Depois de sua partida, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar. José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito.” Perceberam? José nem esperou amanhecer, acatou a ordem divina e apressadamente, levantou-se durante a noite e seguiu viagem. É assim que devemos agir. Devemos ter pressa de amar a Deus e deixar o caminho da perdição para trás. Devemos ter pressa em nos santificar e ajudar aos outros a se santificarem. Devemos ter pressa. Devemos ter pressa!


fonte: Jefferson Roger
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Cartas para Deus

Deus nos fala de muitas formas, nós é que não ouvimos, não prestamos a atenção (Jó 33,13-14). Temos o mau hábito de transformar nossas orações em listas de pedidos e exigências, tentando inutilmente arrancar de Deus alguma coisa que queremos para em troca o bendizermos publicamente. Assim não são as coisas pois dessa forma “que recompensa tereis?”(Mateus 5,46)

Já dizia Santa Tereza D´Ávila: “não é a toa Senhor que tens tão poucos amigos”. Dizia ela dessa forma em face da conduta que Deus adota com suas criaturas. As pessoas não possuem inteligência suficiente para compreender porque que o tratamento de Deus para com elas precisa vir recheado de sofrimentos, dificuldades, tribulações e toda a forma de acontecimentos que na grande maioria das vezes parecem não se encaixarem no comportamento que esperaríamos de um denominado Deus de amor e misericórdia.

Pois bem, nesse momento quem entra em cena para roubar o protagonismo atuante em nossas vidas é o diabo, que vê nos sofrimentos uma oportunidade de nos afastar de Deus. Na verdade, satanás procura sempre transformar tudo em oportunidade para ele nos derrubar. Tolos de nós que não agimos da mesma forma. Deveríamos cada vez mais em nossas vidas transformarmos cada segundo delas em oportunidades de nos salvarmos e ajudarmos os outros a se salvarem. Padre Pio já dizia que quanto mais próximo de Deus, maiores são as tentações. Cuidado! Se não sofres de nenhuma adversidade de qualquer natureza na vida se preocupe porque a regra divina é bem ao contrário disso. Deus nos concede os momentos de consolo, é verdade, mas para nos lembrarmos e valorizarmos o hoje, porque no ontem passamos por dificuldades ou ainda passaremos.

Isso é o que os paroquianos da Igreja de São Jorge, no bairro do Portão puderam experimentar na noite de ontem. Através de uma atividade coordenada pelo pároco e pela coordenação da catequese, pais, catequisandos e catequistas se reuniram para viverem a experiência de refletirem sobre essas verdades que cercam todas as pessoas e suas famílias. Foi transmitido um filme cristão que retrata a realidade do amor de Deus na vida das pessoas, mas, sem a ausência das tribulações em suas vidas. Não importando a idade ou o estado de vida de cada um.

Depois da sessão de cinema, acompanhada de pipoca e suco, o pároco encerrou o encontro com uma reflexão em cima do filme, relacionando o assunto com o cotidiano atual em que nossas famílias vivem. No mesmo horário, bem comentou o sacerdote, em que a mídia televisiva transmitia programas que apresentam conteúdos que vão na contramão dos valores cristãos, as pessoas ali reunidas reforçavam seus laços em torno do que realmente existe de valor em suas vidas: Deus e suas famílias. Nos disse Jesus que onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, seja para pedir o que for, meu Pai que está nos céus vos concederá, porque onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles – (Mateus 18,19-20)

Peçamos a Deus que iniciativas como essa aconteçam em todos os lugares do mundo para que o projeto pensado, desejado e criado por Deus, chamado de família, nunca deixe de olhar para a cruz de Cristo e de caminhar junto com ele para que um dia, possam contemplar a face do criador, que por amor a cada um de nós, nos entregou seu filho único. Que Maria Santíssima nos auxilie nessa caminhada e nos conforte com seu manto para que possamos em cada tropeço, em cada queda, em cada dificuldade, mantermos nossos olhares erguidos para enxergar os corações santíssimos e sabermos para onde devemos estender nossas mãos.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 12 de setembro de 2017

A cor azul na liturgia católica

E aí pessoal, alguém já participou de alguma missa onde o sacerdote está trajando a cor azul? Já parou para pensar se pode? Se está previsto na Instrução Geral do Missal Romano ou em outro documento da igreja? Vamos dar uma passadinha pelo assunto para melhores entendimentos.

Liturgicamente está documentado e também atestado pela tradição da igreja o uso de algumas cores paramentais que simbolizam algumas passagens celebrativas na vida da igreja. São elas o branco, usado no tempo pascal e Natal do Senhor assim como em suas festas e memórias, menos na sua paixão. Também é usado nas festas e memórias da Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos santos que não são mártires, no dia de todos os santos, nascimento de João Batista, do evangelista João, na cátedra de São Pedro e no dia da conversão de São Paulo.

Depois temos o vermelho, usado no domingo de ramos e na sexta-feira santa. Também no domingo de pentecostes e na paixão do Senhor. Utiliza-se também o vermelho nas festas dos santos mártires, no dia dos apóstolos e no dia de São Mateus, São Marcos e São Lucas. A cor verde utiliza-se nos períodos chamados de tempo comum. Na quaresma e no tempo do advento se utiliza a cor roxa. A cor preta é utilizada e prevista pela instrução geral do missal romano para a celebração de missa pelos mortos, podendo facultativamente ser substituída pelo roxo.

A cor rosa é usada no quarto domingo da quaresma e no terceiro domingo do advento. Já a cor dourada e também a prateada pode vir em substituição a cor do dia e do dia festivo, menos, em substituição a cor preta. Essa permissão existe embora o prateado e o dourado não estejam previstas na instrução geral de forma direta, alguns artigos as permitem.

Agora, para encerrar o texto, falemos da cor azul. Pode ou não pode? O que diz os documentos da igreja? A cor azul é tida como uma atribuição chamada de privilégio papal, concedida para a solenidade da Imaculada Conceição de Maria em alguns locais do mundo. Ou seja, é necessária uma autorização que venha da Santa Sé, é o que nos diz o Monsenhor Guido Marini, diretamente de Roma, no departamento para as celebrações litúrgicas e também o Padre Polycarpus Rado, em sua publicação datada de 1961, entre alguns números do próprio missal.

Como vemos, caros leitores, poder pode, mas não é atitude a se tomar por gosto próprio. A permissão é restrita (foi concedida a Espanha, Portugal e suas colonizações e, por isso, o Brasil através de Portugal que recebeu na Capela de São Miguel em Coimbra, por defender o dogma da Imaculada Conceição recebe o direito de uso neste dia solene). Portanto, a permissão que também se estende aos Santuários Marianos, precisa ser alcançada de Roma pois afinal, antes de ser bonito ou ser conveniente, é preciso ser fiel ao magistério eclesial porque, se os pastores das ovelhas de Jesus, não são fiéis ao pouco, como ensinarão os católicos em seus maus exemplos a serem fiéis no muito?


fonte: Jefferson Roger
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O olhar treinado de Jesus

Sedes imitadores de Cristo, assim lemos em Efésios 5,1 e 1ªCoríntios 11,1. Pois muito bem caro leitor, vamos concordar numa coisa, é difíiiicilllllll ser imitador de Cristo não é não?! Claro que é, qualquer um sabe disso e quantos desistem de imita-lo e abrem mão de “pagar o preço” para se entrar nos céus. Não entendam mal, pagar o preço aqui, significa estar disposto a viver tudo, eu disse “tudo” que Jesus nos propõe em seu evangelho. Tudo quer dizer, vou ter que me repetir: tudo!

Tudo é 100% e não 99,9% e é nesse ponto que o diabo se mete no meio. Aquele sem vergonha. Ele entra com a tentação do exagero querendo convencer as pessoas a ficarem na superficialidade, na política do salário mínimo, na atitude rasa e descompromissada, alegando, aquele derrotado, que não é preciso tanto exagero afinal, Jesus já perdoou nossos pecados e Deus, é como um vovô, é como o papai noel e vai nos permitir entrar no paraíso até mesmo contra a nossa vontade. Ora, diz o diabo, ele não ensina na parábola do filho pródigo e do pai misericordioso que dá para se fazer farra e depois é só retornar que tudo bem?

E muitos caem nessas mentiras, algumas bem articuladas, por isso o Cristo pede vigilância da nossa parte. Bom, felizmente existe solução para tudo, vinda dos céus é claro, mas, vale lembrar que, as soluções de Deus sempre serão as que precisamos e não as que queremos. Para tudo que é difícil Jesus nos ensinou que é porque sem ele nada podemos fazer (João 15,5). Quanto mais difícil estiver é porque menos de sua ajuda estamos pedindo, contando e aceitando.

No entanto, uma coisa é certa, mesmo que seja difícil imitar Jesus na prática, pois depende também do esforço de cada um, podemos sim, e muito, aprender com ele. No evangelho aprendemos, no episódio da sinagoga, que no canto do recinto havia um homem com a mão direita ressequida que, Jesus, em pleno dia de sábado, subjugou o preceito judeu e curou o enfermo e, o que achei muito legal, colocou o homem no centro do local para que ficasse evidente tudo que ele iria fazer. Ou seja, Jesus nos mostrou que não devemos nos acoar quando estamos em defesa da fé e, devemos ter um olhar, com relação ao próximo, atento às suas necessidades. Vejamos bem, não se trata de sermos reparadores e sim de sermos sensíveis ao que se passa dentro das pessoas. Jesus em meio aos judeus percebeu lá no canto do ambiente aquele homem. Não sabemos, não temos detalhes apurados sobre o comportamento do homem, mas é possível avaliar que Jesus “enxergou” no rosto da pessoa aquilo que estava no coração.

Assim devemos ser. Existe, como nos ensinou catequeticamente muito bem, São João Paulo II, a chamada teologia do corpo. O corpo fala, exprime sentimentos também. Seja um olhar triste, uma cabeça abaixada, ombros caídos para frente, um caminhar arrastado, sobrancelhas e lábios caídos para baixo, tudo no corpo indica problemas, coisas boas, ruins ou em desacordo com alguma coisa. Pessoas carentes de atenção ou com baixa autoestima transformam seu corpo numa árvore de natal. Pessoas vaidosas também. Pessoas mundanas e adeptas dos pecados da carne também. Enfim, o corpo reflete o que está na alma e nós, servos de Cristo, precisamos ter um olhar como o de Jesus, um olhar treinado para podermos ajudar quem precisa, evitar o mal e com nossas atitudes, mostrarmos em tudo, e inclusive em nosso olhar, que somos seus imitadores.


fonte: Jefferson Roger
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Dê tempo ao tempo, será?

Existem por aí, todos nós bem sabemos, vários ditados populares que procuram envolver o tempo nas questões comportamentais e humanas. Dizem que o tempo cura as feridas, dizem que o tempo é como um predador, dizem que o tempo é nosso aliado, dizem que é preciso dar tempo ao tempo e até, no livro do Eclesiastes se diz que existe tempo para tudo.

De fato, as coisas são assim mesmo, me refiro ao livro do Eclesiastes, mas, uma coisa é certa sobre o tempo. Não podemos culpar o tempo por causa de nossas atitudes. O tempo nunca nos falta, sempre é uma questão de prioridade. Se damos muita importância para algo, iremos arrumar tempo para fazê-lo. Se não damos, só o faremos se sobrar algum tempo, do contrário, o tempo que se vire, afinal é culpa dele não nos ter concedido tempo para fazermos aquilo. Pobre dos que pensam assim, o hábito de se colocar a própria culpa nos outros ou em alguma coisa não passa de desculpa, e como se diz por aí, das bem esfarrapadas. Acham que não entrarão na fila do juízo para encararem o olhar penetrante de Jesus, o justo juiz.

As pessoas dizem, dê tempo ao tempo, tudo se ajeita, deixe a poeira baixar mas, por trás disso tudo que dizem, não procedem com nenhuma atitude. O tempo, por si só, não precisa dele para nada. É uma medida que Deus nos concede no hoje da humanidade para caminharmos em meio as obras que fazemos. Vamos dar um pequeno exemplo? Sempre ajuda não é mesmo!

Duas pessoas brigam, lembrando que as discussões muitas vezes acontecem por causa de pontos de vistas divergentes. Pois muito bem, a discussão termina e vai cada um para seu lado. Uma das partes fica mais machucada e ela recebe o consolo que diz que deve dar tempo ao tempo. Errado! Por este conselho, muito fajuto, diga-se de passagem, a pessoa é aconselhada a seguir em frente e viver na esperança de que a outra parte reconheça o que fez e venha reatar a amizade rompida. Mas, e se a pessoa estiver em processo de endurecimento do coração? Ou se for daquelas que acham que são donas da verdade? Pode esperar sentado...

Dar tempo ao tempo só funciona se fizermos a nossa parte e a nossa parte não consiste em não fazer nada. Precisamos procurar a reconciliação, que nada mais é do que perdoar e perdoar significa abrir mão da justiça e isso exige uma renúncia, que passa por cima do orgulho próprio, mas, abre espaço para a dignidade. É um ceder, um tolerar, um entregar-se nas mãos do Deus do impossível. Dessa forma sim, feita a nossa parte, que consiste em perdoar 70x7, como Jesus ilustra no evangelho, respondendo a pergunta de Pedro, e como nos ensina que devemos antes de dar a oferta no altar, buscarmos a reconciliação com o próximo e mais, agir como rezamos o Pai Nosso, quando pedimos perdão na medida em que perdoamos, aí sim, damos tempo ao tempo da forma correta pois fazemos a nossa parte.

Dar tempo ao tempo é colocar nas mãos de Deus mas, devemos nós, fazermos a nossa parte. Do contrário, o tempo que Deus nos concedeu não serviu para nada, assim como o servo mau e infiel que com o talento que recebeu resolveu enterrar. O católico deve se mexer pois o tempo não para e ficarmos parados no tempo damos ao inimigo tempo de sobra para ele conspirar contra nossa caminhada e depois, se não agirmos no hoje, o que irá nos faltar será justamente o tempo, que tanto desperdiçamos com aquilo que não deveríamos.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 5 de setembro de 2017

Por que cremos no que não vemos?

Certa vez uma menina em idade escolar perguntou a um padre: O que devo responder para minhas amigas na escola quando me perguntam por que acredito em Deus? Afinal, caros leitores, essa não é a pergunta que muitas pessoas fazem durante suas vidas? A sociedade educa cérebros, não educa almas. Aquilo que realmente importa é invisível, o que é visível aos sentidos básicos, é irrelevante.

Como tudo que importa para nós tem sua natureza no invisível, começamos a compreender que isso, o que importa, é uma realidade da alma. Se as pessoas sedem as realidades da carne, dos prazeres e dos sentidos, fatalmente colocam de lado o cuidado com a parte invisível. O desequilíbrio acontece e não conseguimos sustentar nossa subida rumos aos céus por conta de nosso constante movimento de distração ou dedicação para as coisas irrelevantes, as coisas que passam.

Muita munição disparada em alvo errado só anuncia ao inimigo que não estamos compreendendo o cenário de batalha. Muito ao contrário, agindo assim nós é que nos tornamos alvos fáceis daquele que como um leão, está à espreita buscando a quem devorar. Um ato de se receber do namorado uma caixa de bombom é irrelevante em si. Um vendedor também pode entregar a mesma caixa de bombom. O ato visível é irrelevante e só pode ser comprovado pelos sentidos. Agora, a sensação ao se receber a caixa de bombom das mãos do vendedor e das mãos do namorado é completamente diferente. Por que?

Porque, no invisível, onde estão as coisas que importam, lá a namorada encontra o sentimento do seu parceiro por ela. Está oculto aos olhos o que brotou do coração e só a alma percebe porque vai além da carne, além do palpável. No gesto visível do corpo, a alma sempre pode alcançar o invisível. Por isso, somente nós, compostos de corpo e alma, podemos olhar para a cruz de Jesus e contemplar o amor dele por cada um naquele gesto concretamente realizado até as últimas consequências.

Ademais, aos animais a cruz de Cristo é um objeto, um nada, uma parte do todo que os cerca, sem importância alguma, é irrelevante. Sendo assim, é por isso que acreditamos no que não vemos. Acreditamos porque enxergamos dentro de nós (na alma) a sementinha que Deus brotou em nossa criação e que floresceu e cresce a cada dia através de nossa experiência com o ressuscitado. Quanto mais abrimos nossos corações, mais vivemos essa comunhão e mais acreditamos naquilo que os sentidos não veem, mas que nossa alma enxerga com uma clareza infinita: o amor de Deus.


fonte: Jefferson Roger
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