sexta-feira, 13 de junho de 2025

Tudo para ontem


 

Podem observar, a humanidade tem sido treinada para o imediatismo, o consumismo e a busca pelo ter e pelo prazer. Ainda é possível ouvir pessoas dizerem que fazem isso ou aquilo em seu tempo livre, mas isso não é tão abundante como em tempos passados. Reclamações de que não se tem tempo são frequentes e demonstrações disso estão espalhadas por toda a parte. Como exemplo falemos dos smartphones; em suas redes sociais as pessoas ficam passando os “histories” e os “feeds” de suas contas de uma forma desenfreada e tão frenética que pouco se absorve de saudável e útil. O silêncio paira porque atenção precisa se dada para o aparelhinho vedete do século, que rouba horas e horas das vidas. Se o tempo livre aparece, aproveita-se para “usar o celular”. Será que não é o contrário? O celular é que “usa” as pessoas? As escraviza?

Claro, não vamos generalizar, existe muito conteúdo bom, saudável e produtivo na internet, basta com sabedoria fazer bom uso do recurso. Deixar o imediatismo de lado e o vício pelo alheio.

Hoje em dia se a pessoa não está conectada vinte e quatro horas por dia, lá se amontoam críticas sobre ela. O queridinho do celular não deixa nem de ir na missa, vai junto para o quarto para dormir, almoça e janta junto e sai passear por toda a parte. Até nas academias, o sujeito vai se exercitar, senta nas bicicletas ergométricas e enquanto pedala fica “se atualizando no mundo virtual”. É só um exemplo, o que não faltam são exemplos de como a expressão “compartilhar” é levada a extremos (ou quem sabe redefinida?). Tudo precisa ser compartilhado como se aquele que não divulgasse sua vida nas redes sociais estivesse na contramão da evolução.

Com cento e sessenta e oito horas por semana oferecidas por Deus a cada um, quanto disso tudo devolvemos a ele? Em atitude de comunhão e diálogo? Que cada um coloque na balança o peso de sua relação com Deus e com o mundo e veja para qual lado ela se inclina.

Fonte: Jefferson Roger

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