segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Na minha casa o natal não é feliz

 


Natal é apenas mais uma data onde o comércio faz a sua força para que o consumo relacionado com este dia aconteça da melhor forma possível. A lista é imensa, é preciso comprar pelo menos uma lembrancinha para cada um, do contrário, o que irão dizer, o que irão pensar. E pior, se eu ganhar algo de alguém e não retribuir com um presente... Puxa vida, como é cansativo, a história do papai Noel e o espírito natalino até tentam mascarar o propósito do consumo e o trabalho é muito bem feito; as pessoas saem com vários argumentos para endossar as práticas natalinas e de fato tentam investir numa felicidade natalina que não mais se parece com a origem da data.

Todavia, ainda tem mais; para que todo ano a mesma baboseira? Comemorar o natal? Tudo de novo a mesma encheção. Ora bolas, está na hora da virada, por que é então que as pessoas comemoram todo ano, por exemplo, seus aniversários? Outras datas pessoais, ano após ano? Não se felicitam e se alegram? Aí tudo bem? Por que se trata de algo do interesse? Pois bem, mas Jesus Cristo ter aceito a missão de vir ao mundo, viver na sagrada família, padecer sua paixão pelos pecadores para abrir as portas do paraíso (Páscoa) não é algo importante?

Natal e Páscoa, feitos insubstituíveis diretamente relacionados com Jesus, o salvador das almas. Portanto, se acontecimentos como esses não são motivos de felicidade conceitos precisam ser revistos; talvez se pensava da maneira certa e o mundo ludibriou a mente, modificando valores. É preciso cuidado, rever valores porque cada um terminará responsável por suas próprias escolhas.

Fonte: Jefferson Roger


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quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Você vai me pagar


Na bíblia lemos Deus dizer que “a vingança é minha”. Em outra parte, lemos que teremos que prestar contas a ele de tudo que fizemos de bom e mal. Em outra parte ainda lemos que não sairemos do purgatório enquanto não “tivermos pago até o último centavo”. Como vemos realmente existe uma revelação a cerca de um acerto de contas que as criaturas precisarão prestar ao seu criador.

Nesta prestação de contas, que todo cristão sabe se tratar do juízo particular e final, o saldo de nossa campanha terrestre irá nos permitir subir ao céu ou descer ao inferno. Sobre este último há que diga e até elenque uma lista de razões pelas quais o inferno não existe. Não vamos aqui exemplificar os motivos que os não crentes na palavra de Deus defendem em prol da não existência do inferno; por aqui, seguimos com Jesus Cristo que, por mais de quinze vezes, falou sobre o inferno, a condenação e a gravidade ao se ir para lá.

Pois bem, a razão e tendência humanas tentam forçar a definição de que Deus não iria criar um local tão horrível como o descrito na bíblia para colocar em castigo eterno, criaturas suas que cometeram pecados. Que Deus é esse? Dizem... Ora bolas, é um Deus que tem misericórdia, mas não abre mão de sua justiça. Não pode ser diminuído ao modelo humano que é falho e cheio de concupiscência. Claro, talvez alguns possam pensar que Deus pensa assim: não quero nem saber, se não seguir minhas regras e não fizer o que ensino, exorto e recomendo, então seu destino não será o céu. Pode parecer que não existe amor na relação, mas o problema é que o amor que vem de Deus não se parece com o amor terreno e isso dificulta a compreensão das pessoas.

Enfim, aprendemos nas sagradas escrituras que Deus pode estar ao seu lado com tudo se quisermos; pode pesarosamente nos abandonar às más paixões se desejarmos. Por fim, devemos escolher crer em sua palavra e vive-la ou não, e viver conforme a sugestão do mundo. Assim, cada um escolhe que preço quer e irá pagar no fim de sua vida.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Ninguém permanece bom nesse mundo


Vamos trazer para a realidade de nossa existência. Podemos facilmente utilizar essa expressão falada pelo herói da DC Comics – o homem de aço. Talvez, se formos um oceano de positividade, quem sabe, muito remotamente, possa ter existido ou exista alguém que permaneceu bom nesse mundo, em toda a sua existência. Estamos aqui a falar da maioria, pois, é claro, qualquer bom cristão conseguiria contrapor ao artigo uma lista de pessoas que sim: permaneceram boas durante toda a sua vida. Exemplo número um? Jesus Cristo. Exemplo número dois? Maria Santíssima. Exemplo número três? São José, o pai nutrício do salvador da humanidade. Pois bem, já perceberam que pela lógica apresentada, podemos sim, elencar pessoas desse tipo, desta elite.

Todavia, voltemos para a nossa realidade, de pés no chão, nós, que somos medíocres, que temos um coração dividido, que somos fracos na fé onde sequer Jesus ousou dizer-nos que ela seria do tamanho de um grão de mostarda. Pobre de nós... Aqui se encaixa a pequena e humilde reflexão deste artigo. Por cedermos as tentações em algum ou alguns momentos da vida, (lá vem a dedução...), não permanecemos bons neste mundo.

Ficamos oscilando sempre correndo o risco de, por causa de nossa inconstância na fé e nas obras, este pêndulo de nossa vida quebrar justamente quando está a balançar para o lado do mal. Ora somos bons e fazemos coisas certas, ora somos maus e fazemos coisas erradas e assim vamos capengando pela vida. Como fazemos burrices, para não dizer aquele time de palavras que o leitor pode estar na mente, na ponta da língua e, quem sabe, hoje já até tenha dito alguma ou algumas delas.

No entanto, podemos também enxergar que o lamento, o desabafo do herói no filme, não o impediu de procurar e tentar fazer a coisa certa, corrigir o que precisava de correção. Se a ficção imita a realidade, quem somos nós para não levar a sério uma vida que não oferecerá segunda chance. Jesus no dia do juízo final não nos dará nova oportunidade para viver a vida de um modo diferente, um modo como o que ele nos ensinou. Não dará porque em sua misericórdia, já nos concede essa dádiva todos os dias, no aqui e no agora.

Fonte: Jefferson Roger


 

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Cuidado com sua válvula de escape


É sabido pela maioria das pessoas que, para afastar-se das dificuldades da vida, muitas cultivam algum tipo de hobby, algo de que gostem e sintam prazer e possam regenerar as forças físicas, intelectuais e espirituais, para que consigam seguir em frente nesta vida que a cada dia é muito mais difícil e turbulenta. São, entre tantos nomes, conhecidos como válvula de escape.

Possivelmente, podemos arriscar dizer, que todos possuem alguma coisa de que gostem. Façam uso dessa válvula de escape, consciente ou inconscientemente. Exemplos existem aos montes, não precisamos aqui ilustrar. Acrescentamos, porém, a expressão unir o útil ao agradável, forma inteligente de exercer um hobby que ao mesmo tempo traz outro benefício. Agora sim, vamos exemplificar. Sentar em um canto da casa, num local agradável e confortável para ler um livro, o gosto pela leitura enriquece o conhecimento e o vocabulário da pessoa; a prática de um esporte ao ar livre afasta a mente das preocupações diárias e ainda por cima traz benefícios para a saúde.

Até aqui tudo bem, mas, agora vamos aos perigos da coisa porque, afinal, no mundo que vivemos, o maldito do diabo se mete em tudo e em tudo vê oportunidade para nos levar a perdição. Uma de suas grandes tentações é transformar os hobbys em atividades desregradas, que progridem para o vício e roubam da pessoa sua liberdade, abrindo portas para os pecados. Isso mesmo, essa praga do demônio nunca nos deixa em paz, ele e seu séquito infernal. Incomoda o inimigo nosso o fato de estarmos sempre nos esforçando para vivermos como Deus quer. Só tem que incomodar porque Deus promete e cumpre, o diabo, ilude e cumpre.

Pois bem, continuemos a falar de nossas válvulas de escape. Nem elas podem ficar sem vigilância alguma. Lembram quando Jesus disse que temos que vigiar e orar sem cessar? Pois é, não foi à toa que nosso salvador nos disse isso. Exemplo... Casais que regularmente se encontram na intimidade do quarto para expressarem seu amor, com isso, de quebra, também se aliviam das dificuldades da vida e compartilham suas batalhas. Se essa prática se tornar deficiente, certamente o demônio irá sugerir que a intimidade aconteça no adultério tornando a “válvula de escape” doentia, desregrada, condenável. Ou a prática dos jogos de videogame, jogados em horas vagas ou até mesmo com certa regularidade durante a semana; pode, se não houver vigilância, roubar o interesse da pessoa por outras coisas da vida e por outras pessoas. Pior, pelas pessoas da família. Como dissemos, exemplos são inúmeros, mas o cuidado é um só. Vamos relembrar o dito do salvador. “Sede sóbrios, vigiai e orai sem cessar”.

Fonte: Jefferson Roger


 

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A radicalidade da condenação ao inferno


Certamente e isso inclui a parte peregrina da igreja de nosso senhor Jesus Cristo, todo mundo que já decidiu fazer um exame de consciência mais apurado, quiçá, mais radical e rigoroso a respeito de sua conduta e relação com Deus e com o próximo, visando chegar ao céu, escapando obviamente do inferno, se deparou com a triste realidade da dificuldade que isso significa.

Inclui-se a igreja nisso porque, houve tempos remotos em que tudo era sim ou não, certo ou errado, graças ou desgraças e tudo com base na palavra de Deus. Já se vão tempos em que bastariam os dez mandamentos da lei divina, os originais, para que a pessoa vivesse feliz nesta terra e depois da morte vivesse feliz no paraíso. Foi-se o tempo. Nos parece que, quanto mais o ser humano foi se deparando com a batalha diária que consiste a vida terrena (inclui-se aqui os assaltos do diabo, que busca perder a alma), mais foi percebendo que esse negócio de ir ao céu não é tarefa das mais fáceis.

Na contrapartida da situação, quanto mais aqui, menos acolá; não pode haver equilíbrio, meio termo, morno, em cima do muro. “Quem não está comigo está contra mim” – nos disse Jesus. E mais, o ressuscitado ainda disse que para o homem é impossível, por meios próprios, chegar ao céu. Puxa vida, ferrou tudo então! Pior é que é verdade! Está lá, ele nos disse isso mesmo. Então, já que as coisas são assim, estamos é mais que enrascados, pois, segundo a palavra de Deus, por qualquer coisinha seremos condenados. Quando lemos na bíblia – está na carta de Tiago – que aquele que desobedece a um item da lei, desobedece a lei inteira, porque quem prescreveu uma proibição, também é autor das outras, não basta escolher o que respeitar.

Quanto mais vivemos mais compreendemos que Deus pede nosso esforço, traduzido em obras (Apocalipse 22,12), já que sozinhos não podemos nos salvar (João 15,5). Que perigo constante vive uma alma neste vale de lágrimas. E não se trata de coragem tentar seguir em frente ignorando a ajuda divina, se trata de burrice mesmo, loucura.

Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Queria ter algum talento


Dizem que Deus nos fez à sua imagem e semelhança. Todavia, isso é muito vago e muito relativo. Sim, porque na bíblia aprendemos muitos atributos sobre ele, tanto bons, como ruins (isso em nossa concepção). Ademais, temos que concordar que naturalmente ele nos faria “diferentes” dele por razões óbvias; haja vista o exemplo que temos de Lúcifer.

Fala-se também que Deus escreve certo por linhas tortas e que, como ser perfeito que é, não criaria nada imperfeito. Não tem como isso ser corroborado, mais uma vez, haja vista toda a imperfeição que existe, por exemplo, nos seres humanos, de ordem física e intelectual. Va lá, nunca seremos capazes de entender os motivos divinos; nem autoridade temos para questiona-los, pois, ao pequeno sopro divino, nossa vida assim como começou, pode acabar. Somos um nada.

Para complicar ainda mais a situação de cada um, olhando para os lados vemos pessoas de diferentes características e, foco deste artigo, diferentes talentos. Pode piorar ainda mais: e meu talento? Ou meus talentos? Tenho algum? Investigando ao longo dos dias, ao longo dos anos e ao longo da vida, colhendo testemunhos e críticas das pessoas, percebo que estou desprovido deles. Me esforço e não adianta, não encontro em mim talento algum. Sou um anônimo que não faz diferença na vida das pessoas, não acrescenta nada, não contribui positivamente em nada e ainda assim, preciso viver acreditando nas coisas divinas e cultivando uma fé que sempre foi muda, pois nunca do céu recebi uma resposta seja de que maneira fosse aos meus pedidos mais pequeninos.

Parece ser algo ruim, mas analisado com calma é possível encontrar uma relação direta com o evangelho. Não uma, mas algumas; aqui, porém, falaremos da passagem onde Jesus disse que, se convidados, devemos sentar no último lugar, o mais esquecido, desapercebido, mais ignorado, para que aos olhos do dono da festa sejamos chamados na presença de todos e convidados a ocupar um lugar melhor. Parece aqui ser uma lição para crer em Deus, que ele exaltará os que se humilham e vivem no escondimento da fama do mundo, tentando fazer o melhor ao outros, por amor a Deus e não caindo na tentação de se comparar ao que o mundo espera de si e sim o que Deus aguarda de cada um.

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Arrastando-se para o céu


Não é assim que muitas vezes as pessoas se sentem? Quem sabe até mesmo nós? Pois é, temos que nos sentir assim mesmo; se não por uma razão, então por outra. Vamos entender. Se tudo for bem com nossas práticas religiosas, a observância dos mandamentos, do evangelho de Jesus Cristo e da santa palavra de Deus, iremos penosamente caminhar em direção ao céu – que fica para cima – arrastando nossa cruz, seguindo o exemplo de Jesus Cristo, até o momento em que Deus encerrar nossa etapa nesta vida.

Se tudo for mal, cada passo será recheado de muitas dificuldades além das enviadas por Deus. A vida será pesarosa, um fardo por conta dos desejos e prazeres não realizados e o caminhar para a frente e para cima (buscai as coisas do alto, lemos na bíblia) será feito com uma má vontade tremenda. Deus, em condições assim colocado pelas pessoas, rapidamente é tachado de desmancha prazer, de velhote vingativo e que se deleita em ver suas criaturas, as pobres formiguinhas humanas, arderem sobre o sol que atravessa sua lupa, lá do alto do paraíso, de seu trono majestoso. Que Deus hein! Não me deixa em paz e se diverte com minha vida que é mal vivida porque ele não permite que eu seja feliz aqui nesta terra.

Pois bem, são as duas opções que o sujeito tem: colocar-se a serviço de Deus ou a serviço do mundo. Na contrapartida, influências serão sofridas de todos os lados. “Quanto mais perto de Deus está, mais a alma é tentada” – Padre Pio. Quanto mais arraigado ao mundo, mais se coloca o pecador como inimigo de Deus (Tiago 4,4).

Quem desanima pelo trajeto corre o risco de não caminhar mais, vegetar numa vida consumida por prazeres; e pior: isso não isenta a pessoa das dificuldades da vida, só agrava a situação. Aos que escolhem a Deus, vale relembrar o aviso celeste: “Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação; humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça. Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência.” – Eclesiástico 2,1-4.

Fonte: Jefferson Roger+


 

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terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Inferno - assunto esquecido



Já é de longa data que o tema do inferno foi deixado de lado. De fato, a data é muito longa e tem sua comprovação já nos relatos bíblicos. Jesus nos diz que o inferno foi preparado para o diabo e seus demônios; acrescenta-se a isso também “os seus seguidores. Sim, pois o Cristo nos diz que “quem não está com ele, está contra ele”. Também diz que “não se pode agradar a dois senhores.”

Deus e o diabo são pessoas muito ciumentas; o que lhes pertence não gostam nem admitem ser compartilhado por princípios diferentes. É necessário explicar dessa maneira porque Deus aceita sim e quer que nos compartilhemos, nós os filhos de Deus, membros do corpo de Cristo, a serviço de sua igreja (Mateus 16,18). Ao contrário, abomina que tentemos nos alinhar com doutrinas mundanas, profanas, diabólicas, egoístas, consumistas e desregradas e ainda assim queiramos que o altíssimo nos honre e cubra com suas graças.

E por falar em diversas doutrinas a de se parabenizar o demônio; consegue se fazer tão presente no mundo e ao mesmo tempo de forma tão esquecida e ignorada. Em sua cartilha do mal, convence com meias verdades e assim coloca as pessoas em risco de perdição fazendo-as acreditar e confiar plenamente na misericórdia divina que tudo pode e tudo arranjará para a salvação do sujeito. Meias verdades, pois cabe a contrapartida humana.

Nos escritos sagrados está colocado que Deus abandona as pessoas às suas más paixões e usos desordenados da natureza humana. Ou seja, por causa do livre arbítrio que nos deu, lamenta, mas permite que nos afastemos dele e gozemos as ofertas da outra opção. E assim, o inferno se torna esquecido, realidades como a morte, julgamento, danação eterna não causam mais o temor e o tremor necessários para se viver em harmonia, amizade e respeito a Deus. Muitos vivem como se fosse esta terra um parque de diversões, onde depois de um dia de muitas peraltices os pais chamariam o filho, o pegariam pela mão, o levariam para casa, lhe dariam banho, um alimento e o colocariam para dormir, em sua cama quentinha, com roupas limpinhas, saudável e feliz. Nada disso! Não podemos fazer esta analogia, tampouco aceita-la das mãos do diabo. Nossa salvação passa por uma condição de vida e atitudes bem diferentes e isso sim, é o que mais o demônio quer que se torne a cada dia um assunto esquecido.

Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Pare de corres atrás


O Padre Kemphis, autor atribuído ao livro Imitação de Cristo, já dizia que uma alma se torna inquieta enquanto não alcança aquilo que busca. Além de ser uma grande verdade isso constitui um grande perigo. Sim, porque a inquietude pode ter origens não tão saudáveis para a alma e para corpo, como por exemplo, os vícios desregrados e as drogas.

A pessoa prova, gosta, sente o prazer, a satisfação; logo quer mais (fez-se a ligação neurológica) e doses maiores da degustação anterior. Não consegue mais se comandar, permitiu-se escravizar pelos desejos e más paixões. Não consegue mais enxergar que não adianta ficar indo atrás daquilo que irá, como consequência, trazer a perdição da alma.

Todavia, embotada na mente e nos sentidos, “toca o dane-se”, age por impulso, compulsivamente e obsessivamente e só depois do ato consumado, cai em si, sente a culpa (se ainda não estiver totalmente corrompida), e percebe o quão longe da vida de graça afastou-se. Que perigo é uma situação assim; Jesus nos ensinou que nas recaídas nos encontramos num estado sete vezes pior do que quando caímos pela primeira vez.

O sujeito fica “amortecido”, fica inerte, preguiçoso, entregue as toxidades da vida, espalhadas por toda a parte e misturadas no meio de muita coisa por esse mundo afora. Não consegue se reerguer e retomar o caminho da graça, aquele caminho difícil de trilhar, cheio de provações de fé, íngreme, de poucas recompensas pelo caminho, porém, que nos conduz ao destino final mais querido de qualquer alma inquieta: o paraíso celeste onde a glória e felicidade eternas aguardam os perseverantes (Mateus 10,22).

Fonte: Jefferson Roger


 

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Eu e meus filhos


Sobre filhos e pais muito se falou, fala e se irá falar. A situação é tema recorrente na história da humanidade desde suas origens. Paternidades e maternidades são vocações concedidas aos seres humanos. Infelizmente, por conta do livre arbítrio, tantos escolhem, por seus motivos pessoais, não exercer o chamado. De igual perigo para a pessoa também é o fato de não “bem” exercer a missão de ser pai e mãe.

Certamente todo mundo sabe que isso envolve muita coisa; financeiramente, espiritualmente, moralmente e modestamente falando. Só para colocar algumas importâncias sobre a questão. Há quem diga que não quer ter filhos porque não gosta de criança, porque não leva jeito para cuidar delas, porque não tem condições, seja lá de que natureza for, de sustenta-las e provê-las todo o necessário...


Enfim, no outro lado da moeda existem os que se esforçam em seu melhor para desempenhar bem o papel; e para a tristeza familiar, falham e trazem consequências desastrosas para o caráter e formação dos seus filhos. Nem precisamos ir tão longe, cada um pode aprender sobre o assunto investigando na internet. Todavia, mais importante que tomar conhecimento dos fatos e realidade disponíveis por aí, é inteirar-se do modelo divino que propõe uma doação completa, comprometida e engajada na salvação da alma filial.

Doação esta que passa pela oração diária pelos filhos, cuidados diários – nos mínimos aspectos da vida – e uma educação que ensina a pescar, não presenteia com uma vara, ensina a plantar, não presenteia com alimentos, ensina a ler, não presenteia só contando histórias, ensina o certo e o errado, não presenteia só remediando burradas cometidas. Jesus deu a dica quando disse que devemos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados; deu a dica que não devemos fazer ao outro o que não queremos que nos façam e, como pais, não devemos tirar o pirulito da boca de nossos filhos, não devemos agir em casa de um jeito e publicamente de outro. Não devemos ser motivo de desgosto e sim, com a nossa simplicidade querida por Deus (prudentes como a serpente e simples como a pomba, lembram?) darmos o nosso melhor colocando na vida dos filhos as ferramentas necessárias para que eles possam um dia alcançar o céu.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Cheia de graça


Foi o que o enviado de Deus, o anjo Gabriel disse ao saudar Maria, quando da sua missão de anunciar-propor que ela fosse a mulher a receber no ventre o filho de Deus: nosso senhor Jesus Cristo. Sabe-se por vários meios, deduções e escritos sagrados, que Jesus, livre de toda a mancha de pecado não poderia ter nascido de uma mulher manchada pelo pecado original. Ora bolas, carne da carne e sangue do sangue.

Deus não manipulou neste ponto somente a natureza do filho; poderia, mas não quis assim. Quis que a humanidade pudesse contar com uma mãe celestial. Maria Santíssima, preparada pelos céus para receber o salvador da humanidade, já era prescrita desde o antigo testamento apontando para a intenção divina desde longa data.

Ademais, para que a perfeição de Deus atingisse a história da humanidade por inteiro, quis o divino criador que as coisas fossem concebidas dessa maneira. Ave, cheia de graça, o senhor é contigo – Lucas 1,28. E o anjo segue adiante depois que a escolhida demonstrara medo e receio: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus” – Lucas 1,30.

Pois bem, todos nós temos a possibilidade de encontrarmos graça diante de Deus; afinal, se não for assim, não moraremos um dia com ele no paraíso. Todavia, nossa trajetória é diferente da trajetória da mãe do salvador. Ela, concebida sem pecado, suportou as tentações e no tempo certo, estava pronta para o seu sim a Deus. Sendo livre do pecado original isso não a isentava de ser tentada ao mal pelo inimigo. Ou alguém acha que o diabo iria desperdiçar oportunidade tão grande de destruir a obra prima dos céus, destinada a entregar para a humanidade aquele que nos livraria dos pecados? Claro que não, não é mesmo!

Por isso, no momento certo ela pôde ouvir que foi encontrada em estado de graça. Cabe a nós, cada um segundo seus desígnios, seguirmos o exemplo de Jesus e de Maria, para quando chegar nossa hora também possamos ser recebidos como alguém cheios de graça, prontos a entrar no céu. Afinal, sobre isso Jesus já sinalizava: “Digo-vos que em breve [Deus] lhes fará justiça (justiça aos seus escolhidos). Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?” – Lucas 18,8.

Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Bondades que levam ao inferno


Isso mesmo que estamos a ler. Ora bolas, não existem as maldades? Assim também existem as bondades! Todavia é preciso muita atenção, como Jesus nos alertou, para podermos identificar sempre a origem das coisas. Sim, pois, se não formos vigilantes de forma constante, como estamos advertidos na bíblia, o destino certo de nossa alma é o bote do inimigo que sempre está à espreita.

Podemos ouvir a frase “quanta maldade” e podemos aferir o que ela representa; acho que concordaremos que se refere a coisas más, contrárias daquilo que é bom. Da mesma maneira, ao ouvirmos a frase “quanta bondade” podemos relacionar a expressão com coisas boas. Olhando por este ângulo parece óbvio, simples e fácil. Eis aí uma oportunidade de perigo enxergada pelo diabo.

Bondade vem daquilo que é bom, quem provê o bem, coisas boas, age com bondade. Simples dedução. Desta maneira, com esta simples metodologia o demônio se veste de bonzinho. Ele, que incentiva e promove os bons prazeres e as boas coisas da vida (falamos aqui das impróprias, ilícitas e indevidas, além de reprovadas por Deus), apresenta e entrega tudo aquilo que é bom e ao mesmo tempo prejudicial para o corpo e alma.

Se o pecado não fosse algo bom e prazeroso, de forma geral, as pessoas não quereriam cometê-lo. Ademais, alguns pecados oferecem o mesmo resultado em termos de sensação e prazer que as coisas lícitas e corretas, mas, por causa de sua origem trazem consequências desastrosas para a vida da graça e a amizade com Deus. O diabo é esperto, malandro, astuto e sutil, não muda as regras do jogo, só as interpreta, relativiza, faz seus malabarismos e convence, iludindo os desatentos e aqueles que insistem em combater sem a ajuda dos céus, que ele é um maravilhoso provedor de bondades. Quem se iludir que se emende enquanto é tempo ou permaneça na vida que escolheu para si, longe das correções e castigos divinos que se recebem de Deus por conta da filiação que um dia, se vivida conforme o agrado dele, irá nos coroar com a eterna felicidade do paraíso.

Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Purgando aos poucos


Da mesma forma que as coisas vêm, elas vão. O sujeito não cai numa vida desregrada de uma hora para outra; não deita em amizade com Deus e acorda amigo do diabo. O processo para se cair no abismo começa com o primeiro passo e de passo em passo vai conduzindo a pobre alma para a beirada do abismo, onde se espera então, o empurrão final para a queda devastadora.

Da mesma forma, o recomeço para a vida da graça não acontece num piscar de olhos; ele é cheio de recaídas, cheio de dificuldades e tem poucas chances de sucesso. Claro, alguém acha que o diabo quer abrir mão de tão grande conquista? Uma alma criada por Deus para a felicidade eterna? É evidente que não, isso é vendido muito caro. Quanto mais no atoleiro se está, mais difícil fica sair. É como o peixe que não tem noção que está cercado de água.

Por conseguinte, mesmo que o retorno para uma vida em amizade com Deus seja muito difícil de acontecer depois que a pessoa mergulhou tão fundo nas trevas, ele pode acontecer. Jesus garantiu isso, pois nos disse que “para Deus tudo é possível”. Sem dúvida, ou alguém acha que que ele vai deixar barato uma alma sua perecer nas trevas só para o deleite e desforra do inimigo? Se a alma para lá vai, escolheu livremente, depois de toda a advertência celeste, viver a vida do mundo que presenteia e recompensa com prazeres distantes dos que Deus concede às almas que vivem sob seus mandatos.

Se esse é o caso de quem peregrina neste mundo, ou se escolhe viver sem Deus e para si, ou se escolhe viver com Deus e para ele, deixando de lado a cada dia e aos poucos, se for preciso, tudo que foi permitido invadir o coração e preenche-lo ocupando o lugar da morada do Espírito Santo. “Quem quiser se salvar (disse Jesus), renuncie a si mesmo, tome sua cruz dia após dia e me siga” – Lucas 9,23.

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Olhares e aparências


Certo dia, uma mãe que estava na fila da escola, esperando o portão abrir para que as crianças fossem recolhidas e começasse o período escolar, se deparou com uma experiência não muito agradável; não sei, se o fato é corriqueiro, muito constante, mas que acontece, acontece. O filho, que estudava nas primeiras séries dessa escola de ensino fundamental e ensino regular, era autista e tinha, conforme relatou sua mãe, muito medo de cachorro.

Eis que enquanto aguardavam na fila, um desses cachorros de rua que perambulavam pelo bairro, e especialmente perto da escola, onde havia alguns vendedores de comida, justamente por conta do movimento e do horário, começou a cheirar aqui e ali como é comum aos cachorros que sempre parecem estar famintos.

Ao se aproximar dessa mãe com seu filho autista, a criança começou a agir conforme sua natureza e, segundo se soube, agitou-se bastante e ficou muito perturbada com a presença do animal. O fato incomodou as pessoas da fila e a mãe se viu em maus lençóis. Foi então que outra mãe não se conteve e disse aos berros: “vocês precisam se tratar”!

A acusada procurou como pode conter o autista e dominar a situação, porém, dentro de si, chorava as lágrimas da incompreensão, do julgamento alheio e dos olhares acusadores. Mais tarde, veio a confessar que pode desabafar por inteiro quando chegara em casa; lágrimas pesadas regadas pelo comportamento daqueles que, não sabendo o que se passa na vida de alguém, decidem, com base no que veem, como estão e como devem ser as coisas.

Não somos como Jesus Cristo, que vê nos corações e sabe nossos pensamentos; para nossa “sorte” ele irá nos julgar pelas nossas obras (Apocalipse 22,12). Devemos ser, aprendemos na bíblia, seus imitadores – 1ª Coríntios 11,1 – e isso, para que exercitemos o mesmo proceder do ressuscitado. Ele mesmo nos ensinou que devemos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados. Que os impulsos e a falta de paciência e fé não permitam jamais que sejamos como essas pessoas da fila da escola.

Fonte: Jefferson Roger


 

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