segunda-feira, 31 de julho de 2017

As imundícies da missa católica

Pois é, caros leitores, já não se fazem católicos como antigamente, nos tempos áureos da santa igreja católica apostólica romana. Cada vez mais os católicos dos tempos atuais que se prezem, estão perdendo o vigor cristão que um dia foi imbatível, quando o assunto se relaciona com a participação na santa missa. Não preciso nomear ninguém porque correria o risco de deixar muitas pessoas de fora, até porque o nome dessas pessoas é um só: legião. Quanto mais o tempo passa mais a igreja fundada por Cristo se comporta como os tão criticados por ele, fariseus. É o famoso faça o que eu falo mas não faça o que eu faço. É muito difícil sentir-se bem dentro de uma igreja e na santa missa nos dias de hoje. Muitas coisas contribuem para que esse acontecimento que deveria ser sagrado, pois une o céu à terra, acontecem praticamente durante toda a celebração. Muitos são os culpados e como Jesus não sai do sacrário com um chicote para colocar ordem na casa do Pai, que é um lugar de oração, maus comportamentos hierárquicos acabam incentivando o mesmo na comunidade. É raro hoje dia, mas realmente muito raro, participarmos de uma missa que seja realmente santa. Em muitos casos ela é dessacralizada e profanada em algum aspecto da celebração. Primeiro que não se faz mais silêncio dentro de uma igreja, as pessoas não conseguem ficar com suas bocas fechadas e deixar o bate-papo com os amigos para depois da missa, fora da igreja. Não, qualquer coisa é motivo para tagarelarem e nem vou comentar dos smartphones, que são frequentadores assíduos das missas. Quem pode ser mais importante do que Jesus durante uma santa missa? Ao ponto de precisarmos estar com o aparelhinho ligado? A missa nem começou ainda e o anda anda na frente do presbitério e nele é uma verdadeira farra, um corre corre desenfreado, parece que nunca organizaram uma celebração. Enfim, quando os atabalhoados protagonistas, sim são o que parecem com seus ares agitados, sossegam um pouco e a missa vai começar, Deus nos acuda se for um padre moderninho. Simplesmente a diretiva da instrução geral do missal romano é deixada de lado e o sinal da cruz é substituído por uma musiquinha ridícula e com aplausos e gestos. É uma ofensa gravíssima a Deus e o povo vai atrás porque são ignorantes ou tem vergonha de dar bom exemplo, que seria o exemplo correto. A oração do santo e do glória não deve ser substituída, pelo amor de Deus, são orações que fazem parte do ordinário da missa, no máximo podem ser cantadas. Mas o que fazem os profanadores? Cantam músicas que falem de glória, ou de santo e o mesmo também acontece com o ato penitencial. É um lixo e uma nojeira o que acontece e fica por isso mesmo. Cada um faz sua parte como quer e não como deve ser, valei-me Jesus! Padres que querem que a comunidade reze junto a oração pela paz, própria dos sacerdotes, músicas na hora da paz de Cristo, ausência do silêncio no pós-comunhão, depois dos avisos da missa, comemorações, homenagens, parabéns para você aos aniversariantes do mês e é melhor eu parar por aqui, porque a lista poderia ser bem maior. Existe cada vez mais inserções do mundo misturadas ao sacro acontecimento que é a santa missa. As missas não são mais santas como eram em seus primórdios. Muitas missas são shows particulares paroquiais. Pobres dos católicos que querem se esforçar em viver o que Jesus Cristo deixou em seus evangelhos. São taxados e perseguidos por causa Dele. O consolo é que Jesus disse que serão bem-aventurados. Devemos nos comportar como diz o apóstolo, “não vos conformeis com o mundo” e como dizia Santa Catarina de Gênova, “chega de pecado, chega de mundo”. Como que Maria Santíssima se comportaria dentro de uma celebração da santa missa nos dias de hoje, tendo a missa o propósito que ela tem e servindo para o que ela serve? Eis um excelentíssimo termo de comparação. Artigos relacionados: Abusos na Santa Missa Inculturação nas Missas, fruto da fumaça de satanás Homenagens dentro da Santa Missa? As modas e a igreja Palmas na santa missa não fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Veneno não faz mal

Olá caros leitores, neste artigo vamos refletir um pouco sobre o aceite que muitas pessoas têm acatado em relação àquilo que é prejudicial para elas. Se alguém nos oferecer um montinho de pedras para comermos, ou nos oferecer um copo de gasolina ou um copo de ácido sulfúrico para ingerirmos, facilmente iremos recusar e poderemos dizer que essas coisas são para nós como veneno. Elas irão nos fazer mal. Sabemos que nosso organismo não está preparado para consumir pedras e tampouco os líquidos que eu mencionei. Nosso critério é tão acertado neste aspecto que nem precisamos ter experimentado de fato a ingestão dessas substâncias para defendermos nosso ponto de vista de que não iremos consumi-las porque irão nos fazer mal. Sabemos o suficiente a respeito da natureza delas para não aceitarmos sequer a hipótese de que pedras, gasolina e ácido sulfúrico não irão nos fazer mal.

Mas e então, se alguém publicar alguma pesquisa dizendo que após muitos estudos descobriu-se que é saudável consumir pedras, gasolina e ácido sulfúrico? E nos oferece um copo ou um prato para comermos ou bebermos? Certamente não iremos comprar de bate pronto essa afirmação porque o que conhecemos a respeito não pode ser refutado e por conta disso, muito provavelmente não iremos arriscar na ingestão dessas substâncias. Acho que até aqui estamos todos de acordo. Falando por mim, posso dizer que nem com reza brava me farão por espontânea vontade dar uma dentada numa pedra colhida na beira da estrada ainda molhadinha por acabar de ter saído de uma chuva. Ou então beber um delicioso copo de gasolina aditivada premium que foi filtrada duas vezes. Menos ainda beber uma taça do reconfortante desengripante de garganta e limpador de cordas vocais chamado ácido sulfúrico. Não tem como, meu corpo não foi achado no lixo, foi Deus que me concedeu o direito a ele até o dia do meu julgamento. Não posso sair por aí prejudicando ele e em consequência disso também a minha alma.

Ora bolas, parece até uma conversa meio óbvia e um tanto sem sentido mas se as coisas fossem assim então por que as pessoas dão ouvido ao diabo? Explico. O diabo não tem nada de bom para nos oferecer. Ele nos odeia com todas as suas forças e só quem já esteve frente a frente com uma presença maligna, mesmo que não a tenha visto, pode dar testemunho do que é sentir ser profundamente odiado. Ele, que odeia a todos os herdeiros do reino dos céus e como já disse, repito aqui, não tem nada de bom a nos oferecer, precisa disfarçar suas ofertas do mal em lindos pratos saborosos. Ele passa a defender a tese de que esses pratos saborosos (os venenos da alma) não nos fazem mal e não irão nos roubar a salvação.

Aos poucos as pessoas vão dando ouvidos, provando uma porçãozinha aqui, outra ali e em doses homeopáticas muito pequenas. Com isso não percebem o mal que aceitaram em suas vidas, não percebem que deram permissão para satanás escravizar suas almas através dos vícios e dos prazeres. Muitas vezes não percebem por causa da sutileza e da natureza do pecado. Ele, que é uma realidade espiritual é um veneno destruidor e mortífero para a nossa alma. Atua como um câncer e como a diabetes. É silencioso, quando tomar proporções incontroláveis já terá envenenado muitos continentes dentro de nós.

Veneno não faz mal, ensina o diabo. Isso é imposição divina para que não possamos ser felizes aqui na terra e fazermos aquilo que queremos, assim alardeia nosso inimigo. O diabo é bom em aplicar golpes, ele sempre está com novidades, sempre com novas maneiras de tentar romper nossas defesas. Ai dos desatentos e distraídos. Não devemos proceder assim. Assim como a verdade do Cristo é imutável por sua natureza, os venenos nunca serão bons, porque é da natureza deles nos fazerem mal, seja no corpo ou na alma. Nada de retrucar o inimigo ou ficar dialogando em forma de bate-boca, precisamos sim nos aproximarmos de Jesus e nos colocarmos em suas santas chagas e dentro do seu sagrado coração. Dessa forma a vitória é certa e quero ver se o diabo tem peito para arrancar dos braços de Jesus, o bom pastor, alguma ovelha que o segue porque ouve sua voz, a voz do ressuscitado.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 25 de julho de 2017

Nossa irmã, a Morte

Caros leitores eis aí um tema que é evitado sempre que possível até que ele entre pela porta da frente de nossas vidas. O ser humano se sente bem convivendo com ela quando esta não passa apenas de uma notícia. De fato, até estamos acostumados com ela pois todos os dias é possível assistirmos no noticiário da tv que alguma pessoa morreu. Não sabemos se centenas ou milhares de pessoas morrem todos os dias. Tudo não passa de cálculos e estimativas. De vez em quando o mundo trata de endeusar a morte de alguma celebridade e a mídia secular, por conta da audiência, passa dias em cima do acontecimento e não me venham dizer que é por solidariedade aos envolvidos ou por apreço a quem morreu. Somente por causa disso não é mesmo! Certa vez, num congresso que participei, todas as emissoras de tv da região foram convidadas a participar e de forma um tanto soberba e com seus egos inflados, alguns dos representantes dos canais abertos confirmaram que o que “vende” é a notícia polêmica e trágica.

Noves fora isso, não há como negar a realidade que aguarda a todos no final da linha, quando esta etapa de nossa existência eterna se encerrar. “Pensa constantemente em seus novíssimos e jamais pecarás”, nos alertam as sagradas escrituras em Eclesiástico 7,40. São Francisco chamava a morte de sua irmã pois entendia que ela tinha para consigo um propósito libertador. Como bem sabemos, a morte na grande maioria das vezes irá nos pegar de improviso, desavisados e o inesperado poderá, conforme nosso grau de fé, nos tirar o chão. Quando olhamos para alguém que gostamos nem cogitamos imaginar perder essa pessoa, nem sequer queremos conceber que a morte tire essa pessoa de nossa vida.

Alguém já teve enquanto dormia aquele pesadelo com alguém que faz parte da sua vida onde a pessoa veio a falecer? Pois é, não se acorda com aquela sensação bem desagradável? Parece verdade não é mesmo! Pois bem, é uma pitadinha, uma amostra grátis do que pode acontecer conosco, é uma possibilidade real. Não devemos virar as costas para a realidade da morte. Claro que não temos como nos preparar de forma completa para a experiência da morte com nossos entes queridos e tão pouco com a experiência da nossa própria morte. No entanto, precisamos fazer o nosso melhor esforço e mantermos nossa consciência voltada para essa veracidade que vai nos acometer, queiramos ou não.

A mala de viagem do católico deve sempre estar pronta, porque a qualquer momento nossa irmã distante irá chegar muitas vezes sem nenhum aviso prévio. Poucas vezes ela avisa que está próxima quando é o caso de uma grave doença que já vai colocando o enfermo de frente na reta final de sua jornada neste vale de lágrimas. Tanto o doente quanto os que o cercam são brindados com essa graça divina se Deus concede esse período de penitência final e conversão para todos que estão a conviver com esse enlace que é crucial.

Em verdade até podemos dizer que a cada dia morremos um pouco. Essa etapa de nossas vidas nada mais é que uma contagem regressiva para a passagem. Somos tentados a achar as vezes que é uma injustiça de Deus não sabermos quando morreremos, pois, se assim fosse poderíamos dar conta de nossa salvação. Mas, muito pelo contrário, o que Deus nos concede, nos privando desse conhecimento é algo muito melhor. Se não sabemos quando a contagem regressiva vai terminar, devemos nos comportar como se esse ano fosse o último, como se esse mês fosse o último, como se esse dia fosse o último, como se essa manhã fosse a última, como se essa hora fosse a última, como se o próximo minuto não existisse para nós.

Se temos fé, sabemos que iremos encontrar nossos entes queridos que se esforçaram para alcançarem a glória eterna e que nos esforcemos para ajuda-los a alcançarem isso, no paraíso para vivermos eternamente na comunhão com Deus, a Santíssima Trindade, a Virgem Maria e os anjos e santos de Deus. Se cremos iremos entregar o medo da morte aos cuidados divinos e com isso iremos receber do Espírito Santo o dom da fortaleza e da ciência, e precisamos pedi-los, pois são dons que nos ajudam a aceitarmos a necessidade de passarmos pela purificação final nesta etapa da vida que é a nossa morte assim como a morte dos que nos rodeiam. A morte é tratada como algo comum pelo mundo, mas o mundo tenta retirar dela a sua importância. Não é assim que devemos encara-la. Se negligenciarmos o fato corremos o risco de deixar incompleto aquilo que fazemos em vida e a morte quando chegar nos pegará como as mulheres imprudentes do evangelho que não tinham óleo para suas lamparinas.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Um Olhar Isento

É impressionante a quantidade de filtros que o ser humano utiliza com relação as questões comportamentais. Não que elas sejam proibidas, ao contrário, são até necessárias pois do contrário, como iríamos distinguir entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, se não emitíssemos juízo a respeito das coisas? Temos que conhecer a verdade para podermos distinguir a não verdade. Se conhecemos a cor preta podemos dizer de qualquer outra cor que ela não é preta. Não iremos titubear frente a qualquer cor ficando em dúvida se ela é preta ou não. O cinza mais escuro possível ainda continuará sendo cinza, por mais que se pareça aos olhos de alguns com o preto, ainda assim nunca será preto, será um cinza bem escuro. Esse pequeno exemplo que dei sobre as cores serve muito bem para ilustrar o que tanto aprendemos de Jesus.

Ele nos ensina que não existem meias verdades, nem verdades alternativas, nem verdades adaptáveis, nem verdades maleáveis, nem verdades parciais. Uma verdade não abre espaço para possibilidade porque ela apresenta fatos. Fatos não permitem possibilidades. Por isso a verdade libertadora de Jesus é assim. Ela não abre possibilidade alguma. Seu caminho é único e não poderia ser diferente porque do contrário Deus seria um mentiroso e injusto se houvesse várias formas de se chegar ao céu. Se para uns existisse um caminho vip, um caminho menos difícil e menos sinuoso ou, se a cada geração, Deus mudasse as regras da salvação, quanta injustiça e ditadura imperialista seria da parte do criador, sua conduta.

Mas as coisas não são assim. Quando Jesus disse “eu sou o caminho” ele lacrou definitivamente qualquer chance de existir outro caminho para o céu. Ele também disse “eu sou a verdade” lacrando definitivamente qualquer possibilidade de haver outra verdade que nos leve até o paraíso. Assim devemos ser em nossas vidas. Devemos ser e agir como é e age Jesus (1ª Coríntios 11,1). Nós que somos pessoas perfectíveis pela graça de Deus, senão não teríamos como chegar a estatura de Cristo querida pelo Pai, somos também, para nosso pesar e por permissão divina, influenciáveis.

Essa é uma grande batalha que temos que travar a todo o tempo. Nossos sentidos, coração e mente sofrem a avalanche perfurante e incessante das insídias do inimigo cruel e dos inimigos da alma em todo o tempo. Quase em tempo real e vinte e quatro horas por dia. Um descuido apenas e lá estamos nós, de quatro na lama do pecado e ainda achando, convencidos pelo inimigo, que estamos fazendo a coisa certa. Que miséria reveladora de nossa fraqueza é agir assim. Existe um remédio deixado por Jesus: vigilância e oração. Se não houver um policiamento ostensivo em nossa vida o leão que anda à espreita buscando a quem devorar vai encontrar a oportunidade que espera. Não podemos correr um risco dessa magnitude, um risco que cobra nada menos que a salvação da alma. O erro que resulta em pecar, seja por pensamentos e palavras, atos e omissões, sempre será grave não importando sua natureza, porque Jesus, temos sempre que lembrar, irá nos julgar sobre os critérios dele e que ele nos ensinou. Ninguém estuda uma apostila de português para fazer uma prova de matemática. Da mesma maneira não é a nossa verdade que irá nos conduzir ao céu se essa verdade não for a mesma do Cristo. Quando ele disse que quem não está comigo está contra mim fica muito claro que estarmos vivendo sobre uma verdade que não é a mesma de Jesus é estarmos contra ele. Isso não pode acabar bem porque no dia do julgamento não iremos defender nenhuma tese que procuramos montar para recebermos a coroa da glória eterna. Como Deus conhece os corações e nossa vida por completo, estando ela para ele descoberta de qualquer tipo de véu, nesse momento da sentença da condenação ou da premiação, quando o tempo estiver acabado, a oportunidade de alcançar a salvação terminou, a contagem regressiva cessou. Que esse acontecimento, iniciado com a morte não nos pegue de improviso. Que a morte seja motivo de alegria e não um lamento eterno porque não tivemos mais tempo para nos endireitarmos na vida. Já que não sabemos quanto tempo Deus nos deu, nos cabe bem usarmos o tempo que ele nos concede.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Agarradinho

Todo casal que se preze já passou pela experiência de dormirem juntos nas mais variadas posições. Antes do início da sua vida matrimonial, seus hábitos de solteiros incluíam dormir nesta, naquela ou nestas posições e sempre se ouviu dizer que eu durmo melhor assim ou melhor assado, não consigo dormir desse jeito ou daquele jeito. E por aí vai. Também é possível se observar que ao longo da vida as pessoas vão mudando seus hábitos noturnos e isso inclui também as posições para dormir. Vai se descobrindo uma melhor forma de aconchego, melhor combinação de roupas para dormir, melhor combinação de cobertores, melhores horários e até uma melhor posição da cama dentro do ambiente.

Porém, se ao longo da vida vamos descobrindo pela vivência todas essas coisas, uma grande guinada nisso tudo acontece quando passamos a viver a dois. Dormir, atividade que tem por objetivo principal colocar o corpo em repouso para a restauração das suas energias físicas e químicas, passa então a ser exercida num ambiente diferente, numa cama diferente, compartilhando o acontecimento com a pessoa amada. Agora, como acontece em todas as áreas da vida a dois do momento a partir da transição em diante, dormir será uma coisa a se fazer de forma compartilhada, cedendo um pouco aqui e ali. Cada membro do casal sente frio ou calor de modo diferente, precisa de horas diferentes de sono para restaurar as forças, dorme em posições diferentes, tem rituais diferentes antes de deitar para dormir, enfim, agora com as trouxinhas de roupa juntadas é hora de partir em viagem a dois.

Uns se batem mais, outros se batem menos, outros roncam, outros falam dormindo, outros puxam cobertores e tantas outras coisas acontecem na cama. Se um sente mais calor que o outro dorme com menos cobertores ou por cima deles. Se sente mais frio é aquela montanha de cobertas ou muitas roupas por debaixo delas para resolver a situação. Seja como for as coisas são assim mesmo e, vale sempre lembrar, fazem parte de um mandato bíblico (Gênesis 2,24). Os dois se tornarão uma só carne. Pois bem, todo o dia é assim, marido e mulher dormem juntos. As vezes um dos dois dorme na sala. As vezes dormem na mesma cama mas um quase caindo de um lado da cama e outro quase caindo do outro lado. Quando possuem filhos pequenos, não é raro algumas noites serem dormidas a três. Filho junto com o casal.
No entanto de todos os momentos da vida a dois passados nas horas de sono, um deles é muito agradável de ser vivido. Dormir agarradinho, seja de lado ou não. O casal que deita e se aconchega para dormirem juntos dão prova em comum de que muito se amam, se querem e se respeitam. Aproveitam o momento necessário do descanso para descansarem juntos e abraçados. As vezes o cansaço do dia a dia não permite muitas delongas antes do sono bater a porta, é deitar, se aconchegar no calor do outro, se ajeitar para não ficar numa posição desconfortável para ambos, agradecer a Deus pelo dia que passou e por mais uma oportunidade de ter onde morar, onde deitar, tomado banho e alimentado e com a pessoa que Deus nos deu para vivermos até o fim de nossos dias. Dormir agarradinho não é só um ato físico e sentimental, é também uma expressão de carinho e amor que demonstra a preocupação em querer fazer o bem a pessoa amada, aconchegando-a em nossos braços para que ela, segura e feliz, possa descansar tranquila na certeza de que seu marido ou sua esposa aceitou o compromisso da aliança de sangue que é viver em família, enfrentando todas as tribulações da vida. É na alegria e na tristeza. Se o casal está de bem se despedem para irem ao trabalho e dormem abraçados. Se estão com alguma desavença saem de casa sem se falarem e no meio da cama surge uma muralha de ressentimentos e mágoas que separam os dois cada vez mais. Que nunca seja assim. Que cada vez que marido e esposa estiverem deitados e abraçados para dormir pensem que este lugar que Deus lhes deu, lhes deu para ser levado a sério. Mais do que o gostoso prazer de deitar para dormir aconchegado com quem se ama é ter consciência de que essa atitude, que é santa pois é querida e aprovada por Deus, existe e deve ser conversada para o bem do casal, dos filhos e para cumprir o mandato do Pai (Gênesis 2,24)


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Testemunhos




















É muito fácil de compreendermos caro leitor que, em meio a este mar de pessoas que existem no mundo, aconteçam os mais variados casos de vida que nem sequer possamos imaginar. Normalmente nosso raio de ação não alcança a globalização em todas as esferas existentes. Popularmente, ainda que façamos um esforço para estarmos “antenados” e “conectados” a tudo e a todos, acabamos por viver de certo modo no que se costuma chamar de “nosso mundinho”. Fazemos da nossa vida um caminhar que segue, percentualmente falando, uma listagem de regras que não raramente priorizam primeiro nossos interesses, depois os interesses do próximo e depois ainda os interesses dos não tão próximos, ficando praticamente fora da lista os interesses dos que nem próximos estão. No entanto, um olhar atento, mesmo que ao redor do “nosso mundinho”, nos permite enxergar que existem histórias e histórias de vida.

O mundo com seu impulso sufocador não quer de nós essa preocupação, uma preocupação com as outras pessoas. Este tipo de preocupação que era ensinada por Jesus se chama compaixão. Não se trata de ter pena ou dó, se trata de se colocar no lugar da outra pessoa e, se não podemos fazer nada por ela, materialmente podemos sempre e sem dúvida alguma, rezar por ela, além de aprendermos com seu testemunho de vida. Certamente sempre existe a tentação de acharmos que a cruz do vizinho é mais leve que a nossa. Isso não existe, a cruz de cada um é sob medida e intransferível. Não sabemos ao olharmos superficialmente para alguém, para sua aparência ou atitudes, como é a vida dela. Como exemplo cito a experiência que tive num desses dias que de ônibus seguia cedo para o trabalho. Sentado no banco de trás de onde eu estava, conversavam um senhor e uma senhora. Ambos não eram naturais de Curitiba, local onde resido e o estopim da conversa foi o clima frio com baixas temperaturas que estamos atravessando. Até aí tudo bem mas em certo ponto do bate-papo, a senhora começou a falar de sua vida.

Disse que se casou com trinta e seis anos, tem dois filhos e hoje é viúva, vindo a contrair a viuvez ainda na dezena dos trinta anos. Ela após a morte do marido não contraiu novas núpcias e seguiu sozinha na criação do seu casal de filhos. Era viciada em cigarro. Hoje, seu filho homem está bem encaminhado e trabalhando e sua filha tornou-se religiosa. Ela estava se preparando para exercer um apostolado missionário fora de nossa cidade. A viúva, hoje com sessenta anos bradou em alto e bom som para quem quisesse ouvir todo o seu testemunho de vida, e ainda completou: “eu sou católica!” Falou da dificuldade que foi conviver com um homem alcoólatra, da dificuldade de se criar sozinha os filhos, da vitória sobre o vício do cigarro e concluiu, entre outros assuntos, dizendo que ela buscou a Jesus e se voluntariou nas pastorais da igreja católica. Por fim, Deus em seu cuidado aproveita todos os momentos de nossas vidas para nos mostrar que nunca devemos deixar de agradecer a ele por tudo que temos. 

Devemos primeiro agradecer, depois pedir e jamais colocar um olhar invejoso sobre as vidas das outras pessoas. Vamos lembrar? Não devemos cobiçar as coisas alheias e sob este prisma até nossa pequena vida, que é finita e passageira, uma vida de servos inúteis como nos recorda o evangelho, também pode ser tratada como coisa. Na oração original de consagração a Nossa Senhora rezamos a ela: “ e como assim sou vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me, como “coisa” e propriedade vossa, amém! Façamos a nossa parte que consiste em sermos imitadores de Cristo e vivermos segundo as petições do Pai Nosso. Nos falta vontade? Estímulo? Um empurrãozinho? Aproveitemos os testemunhos, bons e maus, para que eles nos abram os olhos a fim de que possamos nos configurar ao Cristo desfigurado.

Fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 17 de julho de 2017

A mulher do próximo

Uma coisa é muito clara para aqueles que buscam percorrer o difícil caminho que nos leva para a porta estreita do paraíso: nossa vida é cheia de “pode” e “não pode”. Bem sabemos também, que os bons costumes e o bom senso, aliados ao pudor e a modéstia muito contribuem também, inclusive para os que não seguem qualquer religião, para uma conduta que tem como embasamento não prejudicar o próximo sobre algum pretexto egoísta. No entanto, para muitos de nós, a questão das proibições e permissões não é algo que está acima do nosso julgamento. Digo dessa forma porque muitos querem definir para si mesmos o que se pode ou não se pode fazer, baseados apenas em suas próprias crenças, verdades e comodidades, fazendo de maneira completamente errada, uso do seu livre arbítrio.

Como bem aprendemos na bíblia, nos é apresentado o bem e o mal, nos cabendo uma escolha. Jesus nos ensinou que o que escolhermos isto irá gerar nossa recompensa por conta de nossas obras. Por isso, é muito importante para a vida de cada um e para a salvação de sua alma, escolhas muito bem realizadas porque, como sempre gosto de mencionar, só temos uma vida e uma chance para salvarmos nossa única alma. Visto que esta situação se apresenta a todos, cabe a cada um não agir por conta própria seguindo uma regra de vida que não condiz com a universalidade divina imposta pelo criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Gosto de colocar na pauta a palavra “imposta” porque é isso mesmo que acontece em nossas vidas. Não que Deus imponha algo, mas quando decidimos segui-lo aceitamos que seja feita a vontade Dele e, sua vontade, nos impõe um modelo de comportamento a seguir dignos de ser seus filhos se, vale recordar, almejamos a vida eterna.

Entretanto a humanidade parece se esforçar para não dar valor devido para a gravidade do pecado, destruidor de almas e passaporte para as chamas eternas. Insiste em se convencer que ser feliz pecando não é pecar! Cada uma viu! Jesus é bem taxativo e sem rodeios. Além de bem exigente e com um alto padrão de julgamento. Como dizia o Padre Kemphis, autor do livro A Imitação de Cristo, “não é raro desagradar a Deus, aquilo que agrada aos homens”. Quando Jesus recordou nos evangelhos que tudo brota no coração, inclusive o estímulo a pecar e mesmo o próprio pecado, ilustrando com o exemplo do adultério, ele nos mostrou que o padrão comportamental que espera de nós, é um comportamento de alta envergadura.
Se olharmos para uma mulher, desejando-a, já cometemos adultério, assim nos ensinou Jesus. A mensagem é, se desejarmos o que é errado já estamos cometendo pecado. É preciso então, com a ajuda celeste mortificar o corpo e seus sentidos, é preciso colocar cabresto mesmo e mantê-lo em rédeas curtíssimas. Nada de consentir sequer com ocasiões de pecado, Santo Antonio Maria Claret já ensina que a própria ocasião de pecado por sua natureza já se constitui num pecado. Nada de cultivar amizades improprias, nada de fantasiar o que é proibido com alguém que não é quem Deus nos deu. Quando Jesus falava sobre arrancar alguma parte do corpo para que pudéssemos entrar no reino dos céus, o que ele dizia não era literal, mas espiritual. É preciso um autopoliciamento, ele mesmo disse: vigiai e orai sem cessar. Algo que é do próximo não nos pertence, isso é muito fácil de compreender. E Jesus ainda vai mais longe, diz que aquilo que não nos pertence, nem devemos desejar ter. O alcance do que o Cristo nos ensina é muito amplo. Quem deseja algo do outro pode roubar, como é o caso dos ladrões, pode dar um jeito de que aquilo acabe em nossas mãos, como é o caso dos invejosos que querem algum cargo na empresa e fazem de tudo para consegui-lo passando por cima de tudo e de todos. Quem deseja algo de alguém e não pode ter para si, termina por desejar que esse alguém perca o que tem. Quem deseja ter um carro novo como o do vizinho pode acabar ficando muito feliz se o carro do vizinho for roubado ou ele sofrer um acidente e seu carro ficar completamente destruído. Quem deseja uma mulher que não é a sua, para realizar seus prazeres e vontades egoístas, joga seu corpo na lama do pecado, usa a outra pessoa como um produto de consumo, se deixa usar, fere a dignidade de ambos, peca contra os mandamentos, rompe sua amizade com Deus, fica fora das graças santificantes e se persistir nesses tipos de atitudes que são impróprias para a salvação, terminarão na ladeira dos ímpios onde irão rolar para a condenação eterna. Em vista dessas realidades tão claras é uma maluquice que ainda assim as pessoas busquem pecar. Por isso os grandes santos diziam, por não se conformarem com os pecadores, que deviam existir muitos hospícios para que se internassem os pecadores, porque pecar é um ato de extrema loucura. Pecar é como ingerir conscientemente um veneno que sabemos ser mortal. As pessoas em sã consciência não fazem isso quando se relaciona o fato ao corpo, mas, por que fazem isso quando o veneno é espiritual? Cuidam do corpo e dão ouvidos a ele enquanto sua alma fica à deriva, escravizada. É preciso olhos abertos pois nossa vida é uma constante contagem regressiva e não sabemos em que estado iremos nos apresentar diante do justo juiz se levarmos uma vida deixando a conversão para amanhã; pode não existir amanhã.


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quarta-feira, 12 de julho de 2017

Não deixe acontecer

Já publiquei neste site um artigo intitulado "Não deixe a vaca ir para o brejo". Nele, refletimos de uma maneira mais geral a respeito da conduta esperada por Deus de cada um de nós, que como bem sabemos deve, no mínimo, ser o máximo do nosso esforço. De forma um pouco mais direcionada queremos neste artigo dar mais ênfase ao ditado popular da vaca que vai para o brejo, relacionando sua mensagem em nível de relacionamento a dois, especificamente na vida matrimonial. Não deixar acontecer significa diretamente não se vencer pela rotina. Aí reside o problema porque o mundo se esforça e muito para promover uma ideia de que rotina não é uma coisa boa, que é preciso diversificar. Vamos aos exemplos? O mundo oferece a moda, a moda muda em cada estação, a moda muda a cada ano. Saem a cada ano novos modelos disso e daquilo. Pessoas são transformadas em objetos consumíveis e descartáveis onde se pode driblar a rotina matrimonial com aventuras aqui e ali, tudo para manter aceso o fogo carnal e pecaminoso que ainda, dizem alguns (acreditem), faz com que seu casamento melhore. Tenham vergonha na cara isso sim. Como pode um casamento melhorar se o marido ou a esposa tem um caso com um(a) amante? Em casa é mesa e banho e lá fora é cama? Sacanagem das grandes, pessoa de duas caras, hipócrita, sem vergonha e extremamente abominável aos olhos de Deus. Sempre por conta do egoísmo e dos desejos próprios quer viver uma vida ao seu modo e ao seu gosto não querendo aceitar o fardo e as responsabilidades da santidade através do matrimônio. A dura realidade do matrimônio é evitada porque as pessoas não querem aceitar que se casam para se ajudarem mutuamente a se santificarem; elas gostariam que o casamento fosse uma realidade para faze-las felizes e não é assim que Deus colocou as coisas. Jesus disse buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais vos será acrescentado. Aí está a chave de leitura para o matrimônio. É preciso se casar pelos motivos certos pois só assim a felicidade já aqui na terra acontecerá! Como vemos casamentos mal começados que naufragam tão facilmente. Não são capazes de caminharem juntos mesmo em meio as brigas que fazem parte da vida do casal. Brigas são ajustes de contas, fugir delas ou adia-las não adianta, é como varrer a sujeira para debaixo do tapete. O lugar da esposa é no colo do marido, o lugar do marido é no colo da esposa. As diferenças não fazem diferença alguma quando se ama e se não se ama o bastante que peçamos a Deus um amor maior e verdadeiro. Do contrário ao invés de colocarmos nosso cônjuge em nosso colo iremos acabar empurrando-o para o lombo da vaca. Uma vez lá em cima corremos o risco de ver a vaca indo para o brejo carregando consigo um dos maiores presentes que Deus nos deu e que nos serve de meio para santificação. Nosso cônjuge. Que lástima e que pesar. Deus ao mesmo tempo que nos presenteou com ela ou com ele e ainda nos brindou com os filhos, também nos cumulou de responsabilidade perante essas almas que devemos ajudar a chegarem ao céu. Rotina não é desculpa porque tudo gira em torno dela. Escovar os dentes não é rotina? Tomar banho não é rotina? Dormir não é rotina? Se alimentar não é rotina? Tudo isso e muito mais faz parte sim da rotina de nossas vidas e da mesma forma acontece na área espiritual. Rezamos a Deus só uma vez na vida? Claro que não! Comungamos só na primeira comunhão e pronto? Nunca mais? Claro que não, nem deve ser assim. As práticas religiosas devem ser rotina em nossas vidas. Quem não reza se condena ao inferno sem a ajuda dos demônios, dizia Santa Teresa de Ávila; quem reza está com a alma em risco e quem reza muito se salva. Sábias palavras desta grande santa e doutora da igreja. Peçamos a Deus que a cada dia nosso esforço seja sempre o máximo em nossa vida em família, com nossa esposa e marido, com nossos filhos, dentro das quatro paredes, na hora do lazer em família e nos momentos de reunião na mesa do jantar, para que sempre seja nossa casa, assim como a igreja, o melhor lugar para estarmos e querermos estar. fonte: Jefferson Roger
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Antes e Depois

Assim como nos recorda o catecismo da igreja católica só existem duas maneiras de corresponder ao amor de Deus: pela castidade ou pela virgindade. Jesus nos evangelhos falou da grande importância para Deus que é aquele que dedica sua vida a ele através da virgindade. Por outro lado, também encontramos nas sagradas escrituras o ensinamento de como se deve proceder para agradar a Deus através da castidade. Para que as coisas fiquem bem claras é preciso ter em mente a diferença entre as duas vertentes. A virgindade se relaciona a não colocar o corpo em relação sexual. A castidade se relaciona a colocar o corpo em relação sexual apenas com o cônjuge. A virgindade é oferecida a Deus por amor. A castidade é oferecida a Deus através do compromisso firmado no matrimônio.

Não existe outra forma de expressar um amor que volta para Deus que não seja por estas duas opções. Qualquer tentativa que busque uma terceira alternativa não irá encontrar embasamento sagrado para se sustentar. Antigamente os presbíteros podiam se casar e essa sempre foi uma permissão bíblica que não foi vetada, só foi elevada à condição de celibato, fato este que também se faz presente nas sagradas escrituras. Seja como for, toda a questão de corresponder ao amor de Deus esbarra num chamado, numa vocação. Vocação essa que apresenta uma linha divisória. Em algum ponto da vida de cada um essa linha irá aparecer. Será um marco, um divisor de águas. Esse acontecimento reflete em nossa existência que chegou a hora de escolhermos para onde vamos levar nosso caminhar. Nesse momento Deus está dizendo que aguarda uma resposta. Uma resposta que denota amadurecimento e crescimento não apenas físico e mental mas, também, espiritual.

A pessoa que não quer amadurecer, insiste em viver quando adulto, como se fosse uma eterna criança, um verdadeiro Peter Pan. Fugindo das responsabilidades e de toda a seriedade que a vida nos impõe em cada atitude que tomamos. Parece ao que não quer arcar com o ônus de se viver conforme as exigências de que é possível passar dia após dia num alegre festejo como se aqui neste vale de lágrimas fosse um parque de diversões, um paraíso sem Deus. Não é assim. As pessoas querem uma vida como se fosse um mar de rosas e muitas pessoas tem essa vida. Só que não enxergam isso porque esquecem que até as rosas possuem espinhos. Faz parte da natureza humana as consolações e tribulações.

Quando solteiro, a pessoa goza de uma vida pautada em um tipo de regra. Quando casado, a pessoa goza de uma vida pautada em um tipo de regra diferente. Muitas coisas permanecem, muitas coisas se modificam, muitas coisas dão lugar a outras, muitas coisas não mais existem e muitas coisas agora existem. É uma grande transformação que mesmo tendo linhas gerais sempre será diferente para cada envolvido porque cada pessoa é única, com suas experiências únicas de vida que o trouxeram até ali.

No momento das escolhas e decisões a sabedoria nos ensina que nunca devemos escolher sozinhos (João 15,5) pois não damos conta de fazer sempre o que nos convém. Assim como num jogo de videogame, quanto mais aumenta a dificuldade da partida, maior é a recompensa quando se supera o obstáculo, da mesma forma é em nossas vidas. O crescimento do amor até alcançarmos a estatura de Cristo vai passando por degraus. Vamos lembrar, é sempre subida o caminho da porta estreita do paraíso. Como é bom termos consciência disso para que, compreendendo com clareza os porquês, possamos suportar qualquer como e sempre vivermos uma vida repleta de desafios e dificuldades, mas também muitas alegrias. Querer se acomodar numa posição confortável na vida não querendo progredir, é ficar em cima do muro, é fugir das decisões que precisam ser tomadas. É uma atitude de quem é morno e para o morno Jesus disse: Apocalipse 3,15-16 – “Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 11 de julho de 2017

Não existe amizade entre homem e mulher

Caros leitores, muita calma nessa hora. Vou colocar alguns argumentos que invalidam qualquer possibilidade de existir de fato uma amizade entre homem e mulher excetuando-se é claro a condição de que existe a rara exceção. Antes de mais nada vamos recordar, é sempre bom, a definição acadêmica e prática que encontramos sobre a expressão “amizade”.

1- "Amizade: É a afeição recíproca entre dois entes. Boas relações."

2- "Amizade é a relação afetiva entre os indivíduos. É o relacionamento que as pessoas têm de afeto e carinho por outra, que possuem um sentimento de lealdade, proteção, etc."

3- Amizade: É a relação que se estabelece entre dois indivíduos, cujo o afeto um tem pelo outro, mas sem interesses amorosos ou sexuais.

Podemos a partir daqui conhecermos e entendermos o que vou expor lembrando de que não é opinião só do autor, mas de muitas pessoas. Existem as que defendem que é possível e as que defendem que não é. Vamos em frente. Inicialmente vamos relembrar alguns tipos de amizades? Existem amizades entre homens, entre mulheres, entre namorados, entre cônjuges e entre homens e mulheres. O quê? Entre homens e mulheres? Santa Teresa de Ávila ensinava às suas dirigidas que em circunstância nenhuma devia uma mulher se relacionar em amizade com um homem sob nenhum pretexto, nem para a oração porque a concupiscência, a proximidade e beleza física trabalham em prol do inimigo da alma. Tenha em mente caro leitor que estou falando da maioria e não da totalidade.

Pois bem, dentre as formas conhecidas de amizade, falando-se num contexto natural, conforme encontramos no livro do Gênesis, somente a amizade entre homem e mulher pode sofrer segundas intenções sexuais. Lembre-se, estamos no campo da natureza das coisas, pois é claro que, em tempos em que vivemos, se houver homo afetividade o mesmo irá acontecer. Pensar, portanto, em amizade entre pessoas do sexo oposto remete a:

a)- "Existe amizade sim. Homem e mulher podem ter interesse de amizade um pelo outro sem a possibilidade deste interesse ser sexual"

b)- "Não existe não. Uma hora ou outra existe a possibilidade de alguém ter interesse sexual"

Bingo! É por aqui que entramos com este artigo. Por mais que alguém bata nesta tecla de que tem algum amigo verdadeiro do sexo oposto isso nunca irá invalidar a possibilidade de haver segundas intenções. Quando um homem e uma mulher começam uma amizade e ela começa a ficar muito forte, a possibilidade de um começar a gostar do outro ou ter interesse sexual no outro é muito grande. Logo o ombro amigo irá evoluir para o campo da sexualidade e o desabafo será afogado nos prazeres de uma relação adúltera, de fornicação e extremamente prejudicial para a alma. O diabo é muito sutil em promover isso porque ele sempre se mete onde enxerga oportunidades de queda para os pobres pecadores que, vamos ser sinceros, estão por toda a parte. A amiga do trabalho sempre vai estar bem vestida, perfumada, maquiada e tudo o mais. A esposa sempre vai estar em casa como é, ao natural. Vale o mesmo ao contrário. Em casa o marido está largado no sofá, mal arrumado, sem tomar banho, com barba por fazer. O amigo do trabalho está alinhado, é charmoso, galanteador, se barbeia com frequência, usa perfumes e mantém o corpo atlético. Qualquer cenário pode facilmente virar ocasião de pecado. E Jesus ensinou que isso brota no coração, depois o corpo contribui com maior ou menor intensidade para agravar o erro que já está em andamento dentro da pessoa. Será que existe algum casal de amigos que após muitos anos de amizade nunca tiveram em algum momento sentindo alguma atração ou balançado pelo outro? Ou então aqueles casais de amigos que acabaram se apaixonando ou ainda aqueles que pecaminaram a relação cultivando uma amizade colorida? De colorida só o laranja do fogo do inferno que virá depois do marrom e cinza da lama dos pecados.

Portanto, nenhuma pessoa de fora do seu relacionamento e do sexo oposto pode ser seu amigo, pois no momento em que você brigar com seu parceiro(a) e encontrar um "ombro amigo" para chorar, vai acabar traindo quem você ama. E nessa muitos casais se separam, pois pensaram que realmente "era só amizade". Repito: amizade entre homem e mulher não existe, se você acredita nisso, aproveite para começar a acreditar em papai noel, fada dos dentes e coelhinho da páscoa. Encerro enfatizando que não se pretende aqui desprezar o valor de uma amizade verdadeira, muito pelo contrário. Mas, aprendemos em 1ª Coríntios 10,12 que “quem pensa estar de pé, veja que não caia”.


fonte: Jefferson Roger
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Aconteceu outra vez

Nossa! – Comigo aconteceu a mesma coisa! Já não aconteceu alguma vez caro leitor de você ter ouvido essa expressão ou mesmo a dito? Quanto mais vivemos e mais nos socializamos a chance de acontecer alguma coisa conosco que já aconteceu a alguém é possível ou então o contrário. Essas coisas não são acontecimentos fabulosos ou artimanhas do destino. Nem fatos isolados e extraordinários que nos acometem para nos engrandecer ou diminuir.

1ª Pedro 4,12-14 – “Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que vos possais alegrar e exultar no dia em que for manifestada sua glória. Se fordes ultrajados pelo nome de Cristo, bem-aventurados sois vós, porque o Espírito de glória, o Espírito de Deus repousa sobre vós.”

Como vimos através das palavras do apóstolo São Pedro os acontecimentos podem se repetir nas vidas das pessoas trazendo com isso o que chamamos de “comum”. Dizemos que existe algo em “comum” quando nos deparamos com pessoas que passaram por algo igual ou muito semelhante ao que passamos. Certa vez um pai se viu numa situação onde sua filha tornou-se a única numa turma de catequese que frequentava no período da tarde. Simplesmente a catequista não achando mais “valer a pena” dar catequese apenas para um, seguindo o ensinamento de Jesus da ovelha perdida, mandou avisar ao pai que ele tinha que colocar a filha no turno da manhã. Como não era possível isso devido a outros compromissos já assumidos não houve escolha e nem diálogo por parte da coordenação forçando o pai a colocar sua filha em outra igreja para continuar seu aprendizado. Anos mais tarde, novamente ocorre a mesma coisa. Um catequista queria continuar com sua turma na etapa seguinte e ainda queria surpreender a coordenação se dispondo a assumir mais uma turma. O planejado pela coordenação era dividir a turma ao meio. Arguida sobre o porquê de se dividir, já que havia comprovada falta de catequistas, a coordenação achou não “valer a pena” sequer responder o questionamento e com isso ficando vetada a possibilidade de diálogo onde, por esta imposição ditatorial e nada democrática, mais uma vez na mesma paróquia mas por pessoas diferentes e em diferentes épocas, outra pessoa teve que sair e procurar outras paragens.

O exemplo, que é verídico, serve para ilustrar o que muitas pessoas já passaram, passam ou irão passar em suas vidas: pessoas estão sempre nos fechando portas e Deus abrindo outras. Se gostamos de um emprego e acabam nos demitindo, Deus pode estar nos preparando um emprego melhor. Não melhor em termos financeiros mas melhor em qualidade de vida e tempo disponível para a família. Se aconteceu de estarmos indo para algum destino de carro e ele quebra nos atrasando ou até impedindo que façamos o que planejamos, pode Deus estar nos poupando de algo pior. Portanto é preciso pararmos de forçar as coisas segundo nossa vontade porque cada vez que fizermos isso Deus prontamente pode nos mostrar que as coisas não são como queremos e sim como ele quer. Cada vez que isso acontecer devemos encarar o fato como uma oportunidade para oferecermos a Deus por conta das ofensas dos pecadores, exatamente como Nossa Senhora nos ensinou em sua terceira aparição em 13 de julho de 1917 em Fátima-PT. Ela disse:

“Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, e em especial sempre que fizerdes algum sacrifício:

Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria”.


fonte: Jefferson Roger
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O balde furado

É inútil tentar encher um balde de água que está furado. Assim pode ser a nossa disposição frente ao pecado. É preciso romper com o pecado, renunciar ao demônio e se abrir a Deus com o propósito de não mais pecar. Ou seja, primeiro é preciso tampar o buraco, para depois encher o balde. Do contrário nossa má disposição para agir conforme Deus espera esbarra nessa tibieza que irá promover a passagem da graça ficando pouco sobre nós. Vamos compreender. Imaginemos um pedaço de gelo, uma telha de barro e uma telha de zinco. Estes três objetos são colocados sob a luz do sol. O que acontece? Bem, sabemos que o gelo irá se derreter, sabemos também que a telha de barro irá esquentar menos do que a telha de zinco. Embora o sol seja o mesmo o resultado de seus raios sob cada objeto é diferente. Assim também é a disposição de cada um.

São Tomás de Aquino nos recorda que a disposição do penitente tem impacto direto na forma como a graça divina atua sobre a pessoa. Conforme o grau de sincero arrependimento podemos sair do sacramento da confissão, num estado de graça maior, num estado de graça igual ou ainda num estado de graça menor do que antes de termos ofendido a Deus. A eficiência do sacramento atua em graus diferentes conforme a disposição do penitente.

Portanto, é salutar também recordar; para aqueles que fazem suas confissões devocionais e rotineiras que reside aí o perigo da ausência do arrependimento, o que invalida a confissão. Por outro lado, como bem diz o santo, se nosso arrependimento for tão sincero e profundo, iremos sair do outro lado do sacramento em estado de graça maior do que quando pecamos, tal nossa disposição em voltar-se para Deus por conta de nossa desgraçada culpa por tê-lo ofendido. A graça que Jesus dá é a mesma para todos, mas cada pessoa se comporta como uma pedra de gelo, uma telha de barro, uma telha de zinco ou como qualquer outro objeto, conforme nossa analogia.

Fato este que é facilmente comprovado, por cada um e em cada um. Existem pessoas que muito comungam e muito se confessam e ainda assim não progridem espiritualmente. Comungam e confessam rotineiramente, mas não frutuosamente e com isso se previnem do alcance vivificador que a alma precisa para ser lavada pelo sangue misericordioso de Jesus e seu perdão dos pecados. É preciso de forma urgente exercitarmos a contrição dos pecados dentro de nós. Contrição que não é um sentimento, mas é uma atitude da vontade. Ela é interna, embora as vezes se manifesta exteriormente. Deus nos concedeu o retorno para a sua amizade, que é o estado de graça através da contrição perfeita e da confissão, que requer uma contrição ao menos imperfeita.

Na contrição perfeita brota em nós o arrependimento pelos pecados por amor a Deus. Na contrição imperfeita brota em nós o arrependimento pelos pecados por termos ofendido a Deus. Nos arrependemos na contrição imperfeita porque perdemos as graças celestes e ganhamos o direito ao inferno. Não é um arrependimento por causa de Deus e sim por causa das consequências que recaem sobre nós. Sendo assim, no entanto, esta última contrição precisa nos levar a confessar para enfim, recebermos o perdão dos pecados e a penitência pelas suas consequências. Outrossim, é preciso enfatizar que a contrição perfeita, que perdoa pecados não dispensa ao bom católico o dever de se confessar, porque nesta contrição nasce o propósito da confissão o quanto antes. Mas e se não confessarmos por culpa própria e vencível? Vai-se o propósito para com Deus... lembra-se do balde furado? Pois é, confissão e contrição não são como remédio para azia. Onde a pessoa pode intencionalmente fazer uma farra gastronômica porque sabe que basta tomar um “engov” antes e outro depois, como se ouvia nos comerciais televisivos deste medicamento. Pecar com intenção de se confessar é agir em desacordo com a vontade de Deus, privando-se do seu perdão, sacrilegamente, pois não existe arrependimento, quesito necessário para o perdão dos pecados.


fonte: Jefferson Roger
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Privacidade Exposta

Tobias 12,7 – “Se é bom conservar escondido o segredo do rei, é coisa louvável revelar e publicar as obras de Deus.”

Quando pensamos em “privacidade” podemos facilmente relacionar uma série de coisas que dela provém ou para qual ela aponta. Se queremos privacidade, queremos sossego. Se queremos privacidade, queremos tranquilidade. Se queremos privacidade, queremos estar em local reservado. Se queremos privacidade, queremos silêncio. Se queremos privacidade, queremos intimidade. Se queremos privacidade, queremos o alheio distante. Se queremos privacidade, queremos paz. Se queremos privacidade, queremos escutar o coração. Se queremos privacidade, queremos no silêncio de nossas vidas falar com Deus através da oração. Se queremos privacidade, não queremos ser interrompidos. Se queremos privacidade, queremos isolamento. Se queremos privacidade não queremos ser expostos.

Pois bem, facilmente qualquer um pode criar sua própria lista que o leva a querer ter privacidade. Privacidade faz bem ao corpo e a alma. Vemos nos evangelhos que Jesus se retirava em busca de privacidade para se dirigir ao Pai em oração sempre que algo de grande importância se apresentava à sua frente. A privacidade que faz bem compete com a bagunça do mundo. O mundo através da tecnologia quer cada vez mais roubar a privacidade das pessoas, controlando-as 24 horas por dia e tem gente que acha que estar 100% do tempo on-line e conectado a alguma coisa é o que de melhor se tem a fazer. Smartphones não são abandonados nem dentro da santa missa na hora de consagração. Reclamam as pessoas da falta de tempo mas sempre arrumam tempo para estarem com seus dedos mexendo nas telas de toques dando joinhas, curtidas e compartilhando alguma coisa apenas para compartilhar. Tudo vai para a rede social apenas por ir, sem profundidade alguma. Criam-se grupos virtuais e ficam arrumando motivos rasos e superficiais para estarem a postar alguma coisa. É raro se falar ao telefone pois tudo gira em torno dos aplicativos de mensagens instantâneas.

O conceito da privacidade é fortemente atacado pelo mundo. Fazer poses na frente das telinhas com caras, bocas e biquinhos, expor-se ou expor alguém é algo quase comum. As revistas de “fofocas” fazem muito disso e as “celebridades” (essa é boa né) adoram estar na crista da onda promovendo o seu corpo e jogando sua dignidade na lama do pecado. Pobres almas. Onde fica o “falar como Jesus falou, pensar como Jesus pensou, viver como Jesus viveu?” Fica fora da privacidade das pessoas que acham que seguir Jesus e imita-lo (1ª Coríntios 11,1) não faz parte da necessidade que se tem de viver aqui na terra. Pobres almas. Me recordo que na década de 80 que uma professora de história da arte ensinava que os pensadores e escritores antigos diziam que no futuro a tecnologia existente teria a necessidade de que as pessoas nascessem com apenas um dedo nas mãos porque era o necessário para se apertar botões. Hoje, 30 anos depois, me lembro do que ela disse. Continuemos. No livro do Eclesiastes, aprendemos que existe tempo para tudo. O ensino é muito bom porque nos recorda que precisamos organizar nosso tempo, nossas prioridades e afazeres. No meio disso tudo, vale comentar, que deve sempre existir uma escala de valores. Primeiro os valores do Reino de Deus, depois tudo mais (Mateus 6,33).

Peçamos a Deus a graça de sabermos bem conduzir nossa vida cultivando e dando o devido valor a todos os momentos que ele nos concede de privacidade. Privacidade com os filhos, com a família, com a esposa, com o marido e entre nós e Ele, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis.


fonte: Jefferson Roger
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A Lista Negra

Ainda me lembro quando criança de que na escola, os alunos que aprontavam alguma coisa que fugia das regras disciplinares, eram levados pela professora ou pelas cuidadoras de pátio até a diretora. Ela tinha uma conversa com o rebelde ou a rebelde e então seu nome era inscrito num livro que tinha uma capa dura na cor preta. Era um controle da escola para acompanhar incidências e reincidências comportamentais das crianças que não caminhavam segundo as normas da instituição e das boas maneiras. Penso que o livro “pegou” esse apelido por ser de capa na cor negra. Quem tinha seu nome nessa lista passava automaticamente a ter sua reputação manchada no ambiente escolar. O boca a boca tratava de divulgar o acontecido e essa marca acompanharia o infrator por toda sua vida estudantil pelo menos naquela instituição. “Fulano foi para a lista negra da diretora”. Feito esse pequeno apanhado histórico fato é, de que o conceito é muito bem aceito em nossa sociedade, muito bem utilizado e se aplica com facilidade em várias áreas de nossa vida, material e inclusive espiritual. Entendemos por lista negra uma lista onde encontramos itens que são, de alguma forma, contrários a tudo que é bom ou apresentam características que não condizem com o que é certo. Podem ser de diversos tipos. Listas de coisas que não devemos comer ou beber porque nos fazem mal; listas de afazeres que não devemos fazer porque são prejudiciais ao nosso bem-estar social e por aí segue adiante. Claro que o conceito também aplicamos de forma mais amena. Criamos uma lista das coisas que não gostamos de fazer; criamos uma lista dos tipos de músicas que não gostamos de ouvir ou uma lista do tipo de programas televisivos que não gostamos. Porém, podemos criar listas mais prejudiciais a nós mesmos. Podemos priorizar erroneamente nossas atividades diárias deixando em segundo plano as práticas religiosas e aí residem os perigos. Corremos o risco de criarmos uma lista daquilo que não gostamos de fazer e, embora precisemos, pois se trata da salvação de nossa alma, colocamos em nossa vida em grau de menor importância, no segundo plano ou nem isso. “Eu não gosto de ir na missa, não gosto de ler a bíblia, não gosto de me confessar, não gosto de padres e bispos, não gosto de comungar (nem acho que é preciso), não gosto disso, não gosto daquilo e assim quando nos dermos conta, uma bela lista negra, muito bem aplaudida e endossada pelo diabo, passa a fazer parte de nosso cotidiano. Que perigo! E maior ainda é o perigo quando, acatando o convite dos inimigos de nossa alma, passamos a trocar a lista dos mandamentos, preceitos e bem-aventuranças pela lista dos prazeres. Convencidos de que Deus sempre nos apresenta suas listas de proibições e de pode e não pode, tratamos de viver sob a falsa felicidade de seguirmos listas próprias ou pacotes e combos de listas com muito mais atrativos terrestres. Que lástima e que pesar. Triste fim dos que, na encruzilhada de suas vidas, escolhem descer a ladeira ao invés de subir o caminho pedregoso. Certo é, no entanto, que Deus odeia muitas coisas e atitudes do pecador, mas não o próprio pecador, do contrário seria um Deus mentiroso. Por toda a sagrada escritura encontramos princípios, leis, normas e regras, mas também encontramos tudo que possa vir de bom do Deus misericordioso. Encontramos lista de pecadores e abominações mas encontramos listas de boas práticas. Nos cabe sempre uma escolha. As vezes caímos na tentação de fazermos uma lista negra de pessoas que não são do nosso maior afeto. Não combinam com o nosso pensar, com o nosso agir ou com a forma como vivemos. Normalmente quem vai parar nesta lista negra acaba por nós sendo colocado muito distante de nosso convívio, evitado, ignorado e literalmente deixado de lado. Em algum momento de nossas vidas, algum tipo de provação soltou fagulhas que “feriram de morte” nossos sentimentos ou algum princípio ou ainda alguma forma de vermos as coisas da vida. São diferenças que não conseguem ser resolvidas e os integrantes dessa lista acabam no limbo. A lista até pode existir, não existe proibição divina quanto a cria-la. O que existe sim, nas sagradas escrituras, é o ensinamento de como devemos nos comportar com o próximo, independente de listas. São Paulo diz que devemos nos suportar uns aos outros por amor a Deus. Jesus diz que se fizermos as coisas só por quem gostamos que recompensa teremos? Muitos param automaticamente de rezar por alguém que lhes ofendeu ou então nunca rezam pelos inimigos, como ordena Jesus. Devemos, nos ensina Jesus, bem proceder para com o inimigo, ou seja, para aqueles que se colocaram em nossa lista negra ou para aqueles que colocamos lá. Ainda nos diz Jesus que devemos ser santos como o pai do céu é santo, que faz chover e nascer o sol sob justos e injustos. A tarefa é sempre mais difícil quanto mais nos apegarmos ao orgulho ao invés da humildade. Jesus nos diz que não devemos agir para com o próximo da maneira que não gostaríamos que agissem conosco. Paremos para pensar que também nós podemos estar na lista negra de alguém. Artigo relacionado: As sete coisas que Deus odeia fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Amar é...

Na década de 80 os quadrinhos criados por uma neozelandesa em 1967, acabaram por chegar em território brasileiro vindo a fazerem muito sucesso. Tratava-se do livrinho “Amar é”. Fruto das experiências que a autora teve em seu relacionamento com o namorado/marido essa inspiração traduzida e publicada posteriormente por aqui foi muito bem aceita pela moda e população da época. Os mais antigos lembram muito bem dos quadrinhos, já os mais novos hoje podem tomar conhecimento do fato através dos arquivos da internet.
Seja como for pode-se dizer que o ingrediente, na minha opinião, que foi motivo para o sucesso das tirinhas, foi o fato de que as frases do “Amar é” realmente conduzem a verdade. Nem poderia ser de outro modo porque elas se originaram da experiência de vida de uma pessoa (Kim Grove) que foi aos poucos escrevendo o que ia vivenciando em seu relacionamento (Roberto Casali) segundo relatos da própria autora.
Agora, em tempos atuais é possível aproveitarmos o ensejo para refletirmos a questão do amor entre duas pessoas. Se pedirmos a alguém para que ela se lembre de uma pessoa que ela tem certeza que a ama ou que a amou, mais de 95% irá se lembrar de sua mãe. Por que? Porque em todos os momentos difíceis da vida ela estava presente sofrendo conosco e por nós, sem reservas. Uma mãe não vai mais tarde chegar ao seu filho adulto e dizer: filho, quando você era pequeno eu troquei suas fraldas mil vezes, são R$600,00. Nada disso. Como vemos o amor não mede consequências e abraça os sofrimentos e dificuldades.
Em minha vida a dois, digo o mesmo em relação ao santo matrimônio.
As melhores demonstrações de amor que recebi de minha esposa foram nos momentos de dificuldades que tivemos que passar. Quando tudo ficou bem difícil na vida, depois de Deus, era ela que estava do meu lado. E assim como Deus, ainda está. E assim como Deus, estará. Quando se entende a profundidade do amor, percebe-se que ele alcança o interior da pessoa. Mesmo as grandes brigas e discussões não são capazes de prejudicar um amor verdadeiro. Se fosse de outro modo o maior exemplo de amor que temos no mundo, o de Jesus, teria sido uma invenção das maiores e ele um mentiroso de grandíssima envergadura. Mas como não é uma lenda e nem faz de conta, já que é de relato histórico o que aconteceu no mundo referindo-se a pessoa do Cristo, da mesma forma, por conseguinte, também o é tudo que ele ensinou.
Amar por causa de Deus nos torna livres para viver felizes. Não medimos esforços e não desistimos. Por mais que as pessoas não se comportem como Deus quer se nós fizermos a sua vontade e vivermos segundo seus desígnios, experimentaremos a paz do coração que só ele pode nos conceder. O verdadeiro amor se nutre dos bons valores das pessoas. Os defeitos delas servem para mostrar o quanto as amamos. Se eles fazem diferença para nós é porque não estamos amando como deveríamos. Jesus é o grande modelo de amor. Olhemos para como ele ama o pecador, a ovelha perdida, o não convertido que nem comida de porcos recebia. Ele passou tudo que passou por amor e fomos amados não por nosso merecimento. Eis aí a gratuidade do amor: ele não espera nada em troca e só quer o bem do outro. Precisamos nos esforçar para amarmos o próximo no modelo apresentado por Jesus. Senão o que sentimos nunca irá evoluir de amor carnal da juventude para um amor real verdadeiramente enraizado na cumplicidade e ajuda mútua até que a morte nos separe e até que a morte separe a todos.
Quem amar assim, irá passar pela transformação da morte e a experiência do luto sentido grande alegria e saudade porque não deixou de fazer seu máximo para com a pessoa amada. É como disse São Paulo, temos que completar a corrida e chegar ao fim combatendo o bom combate. No campo de batalha só o que devemos deixar para trás é o homem velho e todo o mal que o cercava e que um dia aceitamos em nossas vidas, seja pelas tentações consentidas ou por culpa vencível. Amar é um esforço continuo, amar é dar valor ao que temos dentro de casa. Deus não errou nos dando a família que temos, os filhos e a esposa ou o marido que temos. Não vamos acusar o criador que é amor e que nos amou primeiro, entregando seu único filho para nos salvar, de ter errado nos colocando uma difícil tarefa que é amar alguém que não é como idealizamos. Não é como queremos porque precisamos crescer até a estatura de Jesus e isso significa empreender esforço. Como é bom ser família, ter olhos só para esposa, só para o marido, se desdobrar pelos filhos. Amar é difícil mas recompensador. Amar começa no aqui e continua na eternidade. Amar é não oferecer nada menos do que o nosso todo para quem amamos.


fonte: Jefferson Roger
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Escravos até da comida

Nas sagradas escrituras encontramos em dezessete livros ensinamentos e exemplos de condutas boas e más ligadas ao alimento. Aprendemos que a comida pode ser utilizada para fins egoístas, pode ser usada como moeda de troca, pode ser usada para promover ocasião de pecado e pode ser usada com seu propósito verdadeiro que é o de sustentar a vida de nosso corpo. No entanto ela está relacionada com um dos sete pecados capitais ou com as oito doenças espirituais. A gastrimargia é definida pelos gregos como a loucura do estômago. Trata-se do descontrole de se comer até a saciedade do prazer do estômago abarrotado ou do descontrole de se comer para satisfazer o prazer do ato ou suprir uma carência em outra área psicológica. É o caso, por exemplo, já comprovado pela medicina, das pessoas que buscam refúgio na comida por conta de algum trauma.

Seja como for a questão fisiológica, quando se inclina para patamares desregrados, faz com que o alimento se torne prejudicial para a saúde do corpo e da alma. Chega a ter um tom paradoxal. Precisamos da comida e ao mesmo parece ser errado comer. É preciso atenção e agir como os santos e monges do deserto agiam. O alimento precisa ser tratado de acordo com sua natureza e finalidade, ele serve para nutrir o corpo e deve ser consumido conforme a necessidade do corpo e não da alma. Porém, como Jesus ensinou que tudo brota do coração, é preciso cuidado porque as desordens que ali brotam, infestam a inteligência e esta se dobra as vontades do corpo, cedendo aos seus apetites.

Por isso a grande eficácia da pratica penitencial denominada “jejum”. Ele organiza os pensamentos e vontades da pessoa colocando ou recolocando o comportamento dela em relação a comida de volta nos trilhos. Quão belo, libertador e saudável é poder se alimentar conforme a necessidade do corpo, sem exageros, gulodices e toda a forma de excesso prejudicial para saúde do corpo e da alma. Muitas pessoas que se julgam cultas e inteligentes por si e pelo mundo, miseravelmente se tornam escravas diante de um prato de comida. Nos chamados buffets livres o que se vê são montanhas gastronômicas escorrendo dos pratos. Nos rodízios nas churrascarias, nem um tipo de carne é desprezado. Ao invés de um prato saudável de comida as filas dos “fast foods“ facilmente alcançam vários metros. O corpo, morada do Espírito Santo é negligenciado e desrespeitado em sua natureza. Nem precisamos entrar pelo campo das doenças relacionadas com a alimentação errada e em quantidades além do necessário.

A fome é uma coisa e a vontade de comer é outra completamente diferente. A fome é um mecanismo do corpo que nos avisa que está passando da hora de repor o necessário para que ele se mantenha em bom estado de funcionamento. A vontade de comer provém da cabeça da pessoa, assim como a vontade de fumar, a vontade de consumir drogas e outras vontades que são maléficas para todo o conjunto chamado ser humano. Por se permitir que o “desregrado” produzido pelo corpo com a participação dos instintos se instale na mente, ela fica refém das vontades carnais e psicológicas e facilmente cede aos caprichos do corpo. Então acaba-se comendo mais por vontade do que por necessidade. Corpo e mente ficam minados. Quanto mal isso faz porque essa gula, que é capital, evolui e se alastra para outras regras da vida santa, tornando o correto, errado; o necessário, exagerado; o saudável, doentio. Dessa forma a pessoa aos poucos vai transformando suas boas práticas em hábitos que não trazem mais o bem-estar do corpo e da alma, e assim, de passo em passo, o sujeito caminha rumo ao passo final, já na beira do abismo. Cuidemos! O próximo passo pode ser derradeiro.


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 6 de julho de 2017

Acreditar ou Desconfiar?

1ª Coríntios 15,12-22 – “Ora, se se prega que Jesus ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns de vós que não há ressurreição de mortos? Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. Além disso, seríamos convencidos de ser falsas testemunhas de Deus, por termos dado testemunho contra Deus, afirmando que ele ressuscitou a Cristo, ao qual não ressuscitou (se os mortos não ressuscitam). Pois, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, é inútil a vossa fé, e ainda estais em vossos pecados. Também estão perdidos os que morreram em Cristo. Se é só para esta vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima. Mas não! Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que morreram! Com efeito, se por um homem veio a morte, por um homem vem a ressurreição dos mortos. Assim como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos reviverão.”

Portanto: Hebreus 11,1 e 6 – “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê. Sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram.” Desta forma caros leitores percebemos que a fé, dom de Deus, precisa ser acolhida, aceita e vivida num esforço contínuo para fazermos a nossa parte como filhos do altíssimo. Nada de sermos como Tomé, que precisa ver para crer. A fé exige de nós o contrário. A fé não exige que sejamos testemunhas de milagres para crermos em Deus porque a fé nos move a acreditar no Deus dos milagres sem testemunhar em vida, se quer, um. Não precisamos por causa da fé, sermos um outro Tomé. A fé nos garante que Jesus não é um mentiroso e nos faz compreender que o Deus apresentado no antigo testamento é o mesmo do novo testamento. Embora nem precisemos disso porque em Deuteronômio 4,31 se lê que “o Senhor é um Deus misericordioso, e ele não te quer abandonar nem te extinguir, e não se esquecerá da aliança que jurou aos teus pais.” Também essa confirmação ouvimos em Êxodo 22,27 e no capitulo 4, versículo 2 do livro do profeta Jonas lemos que “sois um Deus clemente e misericordioso, de coração grande, de muita benignidade e compaixão pelos nossos males.”

Por fim, confirma-se no livro do Eclesiástico 16,12 que “misericórdia e ira estão sempre em Deus, grandemente misericordioso, porém capaz de cólera.” Como vemos as pessoas querem desconfiar das coisas relacionadas a Deus por não se apresentarem segundo seu esforço próprio de raciocínio para compreensão do essencial para sua salvação. Querem complicar o que é simples. Querem agir assim porque, justamente lhes faltam a fé; a fé nas sagradas escrituras.

Ter fé nos momentos de consolação sempre será mais fácil do que ter fé nos momentos de tribulação porque nos momentos de consolação parece que Deus nos acaricia a alma e nos momentos de tribulação parece que Deus não existe ou se existe não está nem aí para nossas dificuldades se parecendo muito mais com um deus castigador do que um pai amoroso. A fé precisa ser nutrida no coração, para preencher a alma e os sentidos. Jesus, bato sempre nessa tecla, disse que todas as coisas brotam do coração. Por isso não devemos alimentar a fé por meios impróprios porque iremos incorrer em erros e pecados. Quem não se lembra dos sumos sacerdotes que gritavam para Jesus, pregado na cruz, que se ele descesse dela eles acreditariam? Pois é, precisavam ver para crer, eram todos como o apóstolo Tomé. Quantos até os dias de hoje desconfiam ao invés de acreditarem agindo exatamente por seu próprio umbigo como se fossem um outro Tomé? Vivem como querem acreditando que Deus não existe porque Deus não lhes atende e não lhes dá provas concretas (me refiro aos milagres extraordinários) de sua existência. Pobres, não são bem-aventurados e Jesus sobre esses diz que tendo olhos não enxergam. Jesus se referia também aos olhos da fé.


fonte: Jefferson Roger
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Muito Cuidado!

Se existe uma coisa que o ser humano precisa fazer durante sua vida é tomar cuidado. Se olharmos com bastante atenção iremos perceber que praticamente em todas as áreas de nossa vida precisamos tomar cuidado. E o cuidado deve acontecer duplamente: 100% do tempo para nosso corpo e 100% do tempo para nossa alma. Um depende do outro. O corpo depende da alma sair-se bem nesta terra para que ele se torne um dia, um corpo glorioso. A alma depende do corpo para executar suas obras (Apocalipse 22,12), interagir entre as pessoas e glorificar seu criador (1ª Coríntios 6,20) neste vale de lágrimas, tudo para seu crescimento mútuo (corpo e alma) e conquista da glória eterna. Some-se ao cuidado do corpo e da alma, o bom senso e a decência, aliadas ao pudor e a modéstia para que todas as nossas atitudes de fato se configurem ao modelo (1ª Coríntios 11,1) do Cristo Ressuscitado. Não devemos nos portar perante as pessoas de qualquer jeito ou de um jeito que melhor nos convém. Tem que ser como convém a santos (Efésios 5,3) e não como convém ao mundo (1ª Coríntios 6,12). Não se trata, porém, de apenas não se importar com o que as pessoas acham, se importam ou reparam. É muito mais do que isso. Ser imitador de Jesus é como os santos diziam; falar, vestir e se comportar de forma a ficar bem claro para quem quer que nos veja de que se trata verdadeiramente de uma pessoa que teme a Deus. E o temor a que se refere aqui, o temor de Deus não é o medo de Deus, mas medo de afastar-se de Deus e de entristece-lo. É como nos orienta Jesus, tem que ser por Deus e para Deus. As coisas do mundo e suas ofertas precisam passar por uma peneira muito fina e criteriosa de nosso julgamento. Precisamos ser exigentes conosco num empenho que precisa sempre ser máximo. É necessária uma consciência constante e permanente a respeito do invisível. É o famoso dito popular “Deus está vendo”. E se esse dito é tão verdadeiro, e acreditamos que Deus, que nos é invisível realmente está vendo o que fazemos, não fazemos e pensamos, então por consequência toda a esfera espiritual que é invisível para a grande maioria de nós, também está vendo.
Certa vez dois rapazes conversavam entre si e um ofereceu ao outro um endereço de site pornográfico. O rapaz recusou a oferta ao passo que seu colega (amigo da onça) quis saber o porquê. Ele respondeu que, primeiro não via esse tipo de conteúdo porque é errado e segundo porque ele tinha vergonha do seu anjo da guarda. Ótima resposta e que reflete fielmente a realidade celeste em nossas vidas. Assim sendo, como vimos o cuidado é dobrado no sentido de cuidarmos tanto do corpo quanto da alma. Ao corpo é preciso um agir sob as regras do pudor e da modéstia. Nada de roupas curtas demais, decotadas demais, justas demais ou transparentes demais. Ou ainda roupas que diminuam a dignidade humana ou exponham aos olhares alheios ocasião de pecados em suas várias formas. Do mesmo modo ao corpo se deve o zelo e o asseio pois o desmazelo denota uma falta de compromisso e responsabilidade com algo que nos foi dado por Deus e que deve ser entregue de novo para que seja glorificado ou atirado nas chamas eternas. Já pensou caro leitor se Jesus nos perguntar no dia do nosso juízo porque tratamos nosso corpo dessa ou daquela maneira e não lhe demos o devido cuidado ou respeito? Como não existe segunda chance (Hebreus 9,27) poderemos não ter como responder os erros conscientemente feitos por abraçarmos doutrinas, conceitos e pensamentos que não coadunam com o evangelho. Simples como as pombas e prudentes como a serpente (Mateus 10,16) procuremos sempre agradarmos em primeiro lugar a Deus e nos conformamos a sua vontade para que tenhamos vida, e vida em abundância (João 10,10). Artigos relacionados: Cuidado do corpo e da alma Cuidado existe para ser tomado Cuide para não cair Não deixe a vaca ir para o brejo A gravidade do pecado fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 5 de julho de 2017

A imposição da Nova Ordem Mundial

No dia 27/06/17 um bebê de 10 meses, Charlie Gard, foi condenado à morte. O fato em si já deveria ser chocante, mas há outras nuances do processo que o tornam ainda mais amedrontador. Charlie Gard é um bebê que sofre de uma rara doença genética, que causa danos ao seu cérebro e vem sendo tratado no Hospital Great Ormond Street em Londres. Segundo o Hospital, o bebê não tem mais condições de recuperação e, por isso, seus aparelhos devem ser desligados.

Os pais do bebê Charlie, Connie e Chris, conseguiram arrecadar 1,4 milhão de libras, para que ele possa ser transferido para os Estados Unidos, para continuar o tratamento. Daí veio o segundo golpe: o Hospital não quer permitir a liberação da criança! Os pais recorreram à lei e, após passar por todas as instâncias possíveis, chegaram na Corte Europeia de Direitos Humanos, que negou o pedido dos pais. Não há mais onde recorrer. O pequeno Charlie será morto a qualquer momento.

O caso é realmente muito complicado e, ao que tudo indica, chegará o momento de permitir que o pequeno Charlie possa partir. No entanto, essa decisão, em último caso, compete aos seus pais. Como estes disseram, “não temos permissão para escolher se o nosso filho vive e não temos permissão para escolher quando ou onde Charlie morre.”

O que estamos assistindo é terrível: o assassinato de crianças, agravado pela negação do poder familiar. O Estado totalitário, à semelhança do Reich nazista, está dizendo que os filhos não estão sob a autoridade e responsabilidade dos pais, mas sim dele, o Estado. Tudo feito sob a alegação dos direitos humanos, no caso, o “direito a uma morte digna”. No cenário da Nova Ordem Mundial que está se formando, os direitos humanos são na verdade uma forma de impor a vontade de alguns sobre Nações inteiras e suas famílias. Por Nova Ordem Mundial entendemos o processo em curso de perseguição aos valores judaico/cristãos de nossa sociedade (vida, família, liberdade), na busca de erigir uma sociedade pagã, ateia e servil ao Estado que, por sua vez, é controlado por um pequeno grupo.

Esta medida da Corte Europeia se tornará uma jurisprudência, permitindo que milhares de outras crianças sejam assassinadas, mesmo contra a vontade de seus pais. A eutanásia de crianças, que já vinha acontecendo na Bélgica agora é uma realidade para todo o continente Europeu, com o agravante de não depender do consentimento dos pais. As palavras de um dos pais do iluminismo europeu tornam-se realidade: “As crianças, dizia Danton, pertencem à República antes de pertencerem a seus pais”

Se uma vida pode ser tirada desta forma, não é difícil prever que só irá aumentar outras formas de despojamento das crianças por parte o Estado Totalitário: obrigatoriedade de educação sexual segundo o Estado e não segundo os valores morais dos pais, negação da educação religiosa às crianças, etc… Que os pais brasileiros acordem enquanto é tempo, exigindo seus direitos naturais sobre seus filhos, pois esta ditadura europeia está chegando por aqui…


fonte: Padre Silvio Roberto, MIC
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Peregrinar

Antes de mais nada caros leitores, vale sempre lembrar o significado que os dicionários apontam para a palavra peregrinar: andar em peregrinação por; ir em romaria, andar por (terras distantes); viajar. Obviamente fácil é de se perceber que, embora se aponte como sinônimo de viajar, costumeiramente se utiliza o viajar fora do contexto religioso. Ouve-se dizer: fui em romaria para o santuário, fiz uma peregrinação ao santuário. Porém, também se ouve dizer que: viajei em peregrinação ao santuário ou ainda viajei em romaria ao santuário. Todas as quatro expressões se fazem entender embora duas estejam de acordo com as regras da língua portuguesa e as duas últimas estejam acusando uma redundância nas frases. Seja como for, feita a pequena observação, a mensagem que precisa ficar retida e que é motivo para reflexão é a seguinte: Não devemos usar os jogos linguísticos para interpretarmos aquilo que é, de uma maneira que parece ser aquilo que não é. Complicado? Nem tanto. Vamos dar um exemplo bem “bocó” para ficar bem claro.

A namorada pega seu namorado aos beijos com sua melhor amiga. Pego em flagrante ele tenta convencer a namorada que não se trata disso. Ele diz que ela queria aprender a beijar porque gostava de outro rapaz e queria treinar e praticar com ele para poder fazer bem feito em seu primeiro beijo. Ele diz isso para a moça mas ela vai acreditar? Ainda diz para ela que se ela tivesse olhado direito iria ver que nem estavam abraçados. E então, ela iria acreditar? Depois de ter visto os dois coladinhos? Pois é...

Esse é um grande porém que devemos observar. Não devemos sair por aí dizendo que fomos para este ou aquele santuário e lá não fizemos nada de diferente que faríamos em um passeio não religioso. Fica parecendo uma desculpa esfarrapada para defender mentirosamente uma reputação cristã que não passa de aparências. Nada nos impede de viajarmos a passeio para um local onde também se é possível exercer as práticas religiosas ofertadas pelo destino. Mas temos que priorizar as necessidades da alma quando fazemos esse tipo de viagem. É o chamado turismo religioso. Uma forma de conhecer locais que além de oferecem seus atrativos naturais ou criados por mãos humanas, possuem a graça de contar com espaços propícios para as atividades espirituais tão necessárias para o crescimento da alma. Locais que marcados por vidas que realmente se dedicaram ao evangelho de Cristo ou que por devoção popular e grande empenho local se tornaram pontos de convergência de católicos de todas as partes nos mais diversos países do mundo.

Eu, em minha devoção particular à Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, a primeira santa brasileira, a qual me recomendo como uma das minha santas padroeiras, santa muito querida inclusive por minha filha Sofia que ultimamente não tem parado de falar dela, anualmente vou com minha família em peregrinação ao seu santuário localizado em Nova Trento-SC. Local de excelente acolhida e tranquilidade, repleto da história onde essa jovem chamada Amábile viveu e aceitando o chamado de Nossa Senhora aceitou trabalhar para fazer Jesus conhecido, amado e adorado por todos no mundo inteiro. Muitos podem se questionar: por que sempre voltar ao mesmo lugar todos os anos? Por que não viajar para outros lugares diferentes para conhecer outras coisas? A resposta é simples. Na casa das pessoas que gostamos e nos sentimos bem, sempre somos benvindos e sempre queremos visita-las porque faz bem à elas e à nós. Ninguém conversa com seu melhor amigo uma vez por ano ou só quando sobrar algum tempinho. Com o melhor amigo e para o melhor amigo se oferece sempre o melhor. O melhor de nossos sentimentos, o melhor de nosso tempo e o melhor de nossos corações (assim tem que ser com Jesus). Eis a distinção entre viajar e peregrinar. Ir ao mesmo lugar religioso, visitar os mesmos locais e caminhar por onde já se esteve, nunca será uma experiência repetida porque assim como nós vamos mudando com o tempo e amadurecendo, o evangelho de Jesus sempre nos tem um ensinamento diário, que nunca se torna obsoleto, da mesma forma nesses lugares que retornamos sempre iremos encontrar algo de diferente pois Deus se encarrega de providenciar o necessário para que ao retornarmos para casa sejamos pessoas melhores.


fonte: Jefferson Roger
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