segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Finados - Comemoração de Todos os Fiéis Falecidos


A comemoração dos falecidos remonta ao ano de 998. A divulgação desta comemoração se deve a Santo Odilon, abade de Cluny, que introduziu está prática em todos os mosteiros beneditinos ligados ao de Cluny. Em 1311, a Santa Sé oficializou a memória dos falecidos, estendendo-a a toda a Igreja Universal. Esta comemoração leva-nos a professar, mediante a nossa fé, a ressureição da carne: a nossa vida não termina dentro de um túmulo.

Como Jesus de Nazaré, seremos ressuscitados pelo poder de Deus. Nossos dias não são senão a longa gestação para este nascimento definitivo:

Vem a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão a voz e sairão; os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; os que praticaram o mal, vão ressuscitar para a condenação (João 5,28ss).

RESSURREIÇÃO: CERTEZA DE VIDA

Deus, nosso Pai, vos pedimos pelos que faleceram, especialmente os que nos são caros: nossos familiares, parentes, amigos, companheiros de luta e de trabalho. Nós vos pedimos, sobretudo, por todos que morreram estupidamente, vítimas da brutalidade, da ignorância de seus próprios semelhantes.

Pelos que não tiveram o direito de viver dignamente sua vida, os que tiveram abafadas suas vidas antes do nascimento.

Senhor, nosso Deus, vós que quereis que cada um de nós viva plenamente, dai-nos forças para lutarmos contra tudo e contra todos os que desrespeitam a vida.

Fazei, Senhor, cair as estruturas injustas e opressoras.
Devolvei aos povos oprimidos sua esperança de vida digna e melhor.

Tornai este mundo, com nossa cooperação, uma "casa habitável", onde não haja fome nem sofrimento provocados pelo egoísmo humano. Amém.


fonte: livro Os Santos de cada dia - J. Alves - Paulinas
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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Cobrar os outros e não fazer?

Jesus em Mateus 23 nos ensina que não devemos ser como os fariseus, que não agem conforme aquilo que professam. Em outras passagens como no sermão da montanha em Mateus 5 a 7 mais uma vez nos mostra que não devemos cobrar um comportamento do irmão e não agirmos conforme aquilo que cobramos do outro.

São Tomás de Aquino nos recorda que “quem não vive o que crê, termina crendo o que vive”. E é a mais pura verdade. Aos poucos a pessoa vai cedendo espaço para a catequese do mundo e deixando de lado a dura e exigente prescrição que o amor de Deus nos apresenta. Desta forma, o desânimo vai se tornando um fardo cada vez mais pesado ao lado da cruz. Em um ombro, o fardo, no outro a cruz. E a medida que a caminhada prossegue a cruz vai perdendo o seu valor e seu propósito e vai se tornando uma cruz de aparência, carregada tão poucas vezes e tantas vezes deixada de lado. Afinal, o fardo do desânimo oferece as delicias dos prazeres. Posso apontar o cisco no olho do irmão sem precisar tirar a trave que está no meu olho (Mateus 7). Errado, é bem o oposto disso.

Se nosso comportamento é diferente daquilo que professamos como irão nos levar a sério? Como iremos conquistar respeito e autoridade? Como iremos evangelizar como os apóstolos? Se aceitamos o pecado e o erro em nossas vidas, convivendo com isso ao ponto de nos acostumarmos e parecer natural, como querer que outras pessoas façam o que é certo se nós não nos comportamos conforme nos ensina Jesus?

Católicos assim vivem na superficialidade religiosa. Evitam a verdade pura e simples de Jesus a todo o custo, porque a dureza do evangelho cobra de cada um uma postura de humildade, reconhecimento de miséria, incapacidade de seguir sem Jesus e uma constante dependência do Pai Eterno. Muitos ao conviverem com pessoas assim, que pregam uma verdade um tanto distorcida e se comportam de maneira mais distorcida ainda, precisam oferecer a Deus esse infortúnio e não sair agindo como justo juiz que não o somos. Por outro lado, deixado o preconceito de lado e cultivando o respeito, é preciso sempre, como nos recorda o catecismo da igreja católica, apresentar sempre a verdade do Cristo. Ser para o outro uma oportunidade de mudança e conversão. É como está escrito em Provérbios 28,23 – “Quem corrige alguém, encontra no fim mais gratidão do que lisonjas.” Encontra uma gratidão que vem do céu, pois o irmão que insiste no erro pode enxergar em cada um de nós um outro Cristo, abrir seu coração e procurar a conversão que o leva para junto do Cordeiro de Deus.

Cada um de nós precisa saber conviver, mas não se acomodar com o que não está certo, muito menos aceitar o errado como se fosse uma imposição. O católico precisa ficar do lado da verdade, do lado de Jesus e de forma total. Ele mesmo disse em Mateus 12,30 – “Quem não está comigo está contra mim; e quem não ajunta comigo, espalha.”


fonte: Jefferson Roger
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Isso na bíblia eu não aceito

São Tomás de Aquino nos recorda em seus ensinamentos que a primeira reação do pecador frente ao seu pecado é o ódio. Jesus no episódio da pecadora pega em adultério advertiu que quem não tiver pecado que atire a primeira pedra (João 8,7). É o famoso ditado popular que diz que quem tem telhado de vidro não atire pedra no telhado do outro. No entanto neste ensinamento de Jesus podemos ainda refletir que, caso existisse alguém sem pecado no meio da multidão e tivesse atirado a primeira pedra, os demais prosseguiriam atirando pedras? Mesmo tendo pecados? Podemos tirar alguns ensinamentos nisso tudo.

Depois que alguém tivesse atirado a primeira pedra, então os demais estariam liberados para atirarem as suas pedras. Ou então se a primeira pedra fosse atirada, os demais iriam olhar para Jesus para aguardar uma atitude de Cristo. De qualquer forma o episódio encontra uma perfeição na atitude do Messias. Se tenho pecado não posso atirar a primeira pedra. Mesmo que alguém atire uma pedra, a primeira pedra, continuo não podendo atirar a minha pedra, porque tenho pecados que me impediram de atira-la por primeiro. O fato de alguém ter atirado a sua não me libera para atirar a minha. Ainda continuo com meus pecados.

Nisso tudo ainda, aprendemos uma grande lição do Ressuscitado. Aprendemos que se existe uma condição de pecado, não podemos altera-la, extingui-la, modifica-la ou omiti-la para que aquele pecado deixe de o ser. Se a bíblia diz que algo é errado lembremos que é o ponto de vista de Deus que vale e não o nosso. Se nos revoltamos contra Deus porque discordamos daquilo que ele nos deixou por escrito, passando a não aceitar os seus mandatos é preciso estarmos conscientes que isso irá apenas nos fazer mal.

A fé católica nos ensina que devemos acreditar num todo e não só em partes que nos são mais fáceis de viver ou que melhor se adequam as nossas necessidades de uma vida dividida entre os prazeres do mundo e divinos e entre os amores mundanos e o amor de Deus. Bater o pé e não aceitar algum escrito sagrado é se revoltar contra o criador, é deixar a humildade de lado e se comportar como um desobediente.

Ser católico implica numa adesão completa, uma adesão católica, uma adesão ao todo. Uma adesão mutilada ou percentual fazem as outras denominações religiosas e aqueles católicos superficiais, que no fundo se debatem para trilhar o exigente caminho das pedras que nos leva a porta do céu (João 10,9).

Facil é viver as partes “boas” da palavra de Deus. Difícil é viver as exigências que o amor de Deus, que ama e corrige seus filhos (Provérbios 3,12), cobra de cada um de nós. É como tentar compensar pecados escondidos ou omitidos na confissão com obras de caridade. Não somos nós quem decidimos como queremos receber o perdão de Deus e fazer parte da sua igreja. O próprio Jesus nos ensina como as coisas devem ser. Um membro de seu corpo não pode agir em desconformidade ao todo. Não são apenas trechos bíblicos que irão servir para justificação perante o altíssimo e sim toda uma vivência pautada em toda a sua palavra, em toda a totalidade de seus ensinamentos. Isso é ser católico, quem assim não age, perece pelo caminho já aqui nesta vida comportando-se como sepulcros caiados (Mateus 23,27).


fonte: Jefferson Roger
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Tem gente que faz coisa muito pior

Jesus é muito direto quando nos adverte que não devemos ficar justificando nossas atitudes por conta de atitudes das outras pessoas. Em Lucas 4,24 lemos que “Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará.” Não podemos chegar na frente do justo juiz no dia de nosso julgamento e querer dizer que fulano fez coisa bem pior do que eu. Jesus nesta hora bem poderia dizer que é ele quem irá julgar a cada um segundo a verdade dele. Não iremos convencer Jesus de que podemos receber a recompensa da glória e passarmos pela porta estreita apresentando a nossa verdade. Nem podemos negociar pois não se trata de um debate sobre quem está com a razão. Em sua frente iremos receber o julgamento e a sentença. O tempo de obras ficou para trás.

Muitas pessoas não conseguem viver as exigências do evangelho porque misturam suas interpretações pessoais e suas verdades as de Jesus e dessa salada toda querem tirar um cristianismo analgésico e sem cruz. Afinal, pensam elas que Deus irá me poupar assim que ele ver que tem gente que faz coisa muito pior. Só que existe um grande problema nisso tudo.

Os termos de comparação. Dependendo do termo de comparação que utilizarmos, aos nossos olhos, seremos pessoas muito boas. Se alguém se comparar a uma pessoa que é um psicopata, estuprador de menores e assassino em massa, com requintes altíssimos de crueldade, facilmente ela irá se achar uma boa pessoa, um verdadeiro “santinho”. Agora, se alguém se comparar a Virgem Santíssima, ao Padre Pio, a Santa Tereza, aos anjos e santos de Deus, e ao próprio Jesus, aí a coisa muda completamente de figura. Por este prisma é possível dizer que estamos longe de alcançarmos a estatura de Cristo, pedida a nós pelo Pai Eterno.

Eis então a questão. Nossa meta é sermos como Jesus (1ª Coríntios 11,1), cada dia melhores e melhores. Não sermos melhores que os outros, que fazem coisas muito piores que nós. Devemos ser melhores pessoas, pessoas como Jesus. Seus imitadores. Jesus nos ensinou em Lucas 18,11-14 que devemos agir segundo nossa condição de pecadores. Não temos motivos para agradecer por não agirmos como alguém que age pior que nós. Nós estamos a agir pior que alguém. E todos estão a agir num grau maior e menor que será julgado por Jesus.

Não poderemos dizer no dia do julgamento: Jesus, eu cometi estes cinco erros, estes cinco pecados, mas olhe Jesus, aquele sujeito ali cometeu coisa pior, só um erro dele, só um pecado dele supera todos estes meus cinco erros e pecados. Nada disso, numa fala dessas com certeza no mínimo Jesus poderia fazer a mesma cara quando ele se lamentou com os apóstolos (Mateus 17,17).

Jesus irá julgar o que fizemos de bom, o que fizemos de mau, o que deixamos de fazer de bom, o que deixamos de fazer de mau e o seu parâmetro, ao olhar nossos corações, é a lei divina, é a verdade que liberta. O Verbo de Deus, a porta do céu (João 10,9) espera de nós que nos comportemos como filhos de Deus. A jornada de cada um para a céu não admite competição. Não devemos pensar que se fizermos menos coisas ruins do que nosso irmão, ele irá perecer e nós não. O julgamento do juízo segue critérios divinos, não humanos.


fonte: Jefferson Roger
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A Fraca Autoridade da Mãe

No livro do Eclesiástico 3,3 está escrito que “Deus quis honrar os pais pelos filhos, e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles.” Também São Paulo em sua carta a Timóteo nos fala sobre os deveres que mãe, que tem autoridade sobre os filhos, deve exercê-los em vista à sua santificação e salvação:

Timóteo 2,15 – “Contudo, ela poderá salvar-se, cumprindo os deveres de mãe, contanto que permaneça com modéstia na fé, na caridade e na santidade.” Como podemos facilmente perceber, a mulher que recebeu de Deus o dom da maternidade, com ele recebeu os seus deveres, condição integrante, como nos recorda o apóstolo, para a salvação da mulher. Verdade também é, que já no antigo testamento, no livro do profeta Ezequiel 3,20, aprendemos de Deus que se vermos alguém cometendo algo de errado e não o corrigimos, esse alguém, será cobrado pela sua falta, mas nós também seremos cobrados por nossa omissão. Desta forma, não só as mães são cobradas de seus deveres mas todos os que querem aderir ao segmento de Jesus.

No entanto a condição da mãe é muito sublime e de tamanha importância. Haja vista Jesus, no alto do madeiro nos ter deixado Maria Santíssima como nossa mãe e mãe da igreja. Por tudo que ela fez e faz em nossas vidas, intercedendo junto ao seu filho, alguém duvida de sua autoridade concedida em forma de graça especial do Pai Eterno? Com certeza não. Maria é o modelo a ser seguido pelas mães. Um mulher que foi toda submissa a Deus e não escolheu “deixar de lado algum ensinamento celeste”.

E Jesus é muito duro e direto e vai logo avisando, ele que é a verdade, o verbo:

Mateus 10,37 – “Quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim.” Aqui Jesus adverte para um erro muito frequente que o amor de mãe por seu filho as leva a abrir mão da palavra de Deus porque isso exige conversão, correção. Exige que a mãe pare de passar a mão na cabeça do filho, deixar de lado, ignorar os erros e ainda justificar que outras pessoas fazem muito pior e que isso na bíblia eu não aceito.

Nada disso, em Lucas 12,48 lemos que “a quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém, dele mais se há de exigir.” As mães, cuja autoridade foi fortalecida (Eclesiástico 3,3), assim o foi porque delas é exigida, na graça concedida da maternidade que lhes foram confiadas a gestação, o cuidado e a transmissão da palavra celeste para a salvação de quantas vidas forem geradas em seu útero. As mães precisam ensinar os seus filhos que eles devem glorificar a Deus com seu próprio corpo (1ª Coríntios 6,20).

Fingir que não é comigo é fácil. Correr atrás da própria salvação também. Mas não é isso que o evangelho nos cobra. Muitos dizem que colocam nas mãos de Deus e são persistentes na oração, como fez Santa Mônica para a conversão de Santo Agostinho. Está correto e deve ser assim. Mas Jesus nos ensina, usando o exemplo dos preceitos e deveres, que devemos fazer aquilo sem deixar isso de lado (Lucas 11,42). Ou seja, a oração, grande arma do cristão, conforme nos atesta Santo Antão, é meio muito eficaz e certo, sem dúvida alguma, mas Jesus espera de nós “as obras”, as atitudes. É necessário parar de caminhar no erro, parar de passar a mão na cabeça dos filhos, pois isso é uma forma de mimo que trará consequências para alma (Eclesiástico 30,7).

Ficar do lado do filho mesmo que ele esteja errado não é atitude de mãe, não é atitude cristã. Deus corrige e castiga aqueles que ama (Provérbios 3,12) e nos convida através do ensinamento de São Paulo em sua primeira carta aos Coríntios 11,1 a sermos imitadores de Cristo. Se as mães se omitem perante Jesus em sua direção espiritual, em suas orações, suas obras e em suas confissões, vivem em estado de pecado. As sagradas escrituras são claras e pedem um comportamento alinhado ao evangelho. Jesus quer nossa total adesão e não panos quentes em certas instâncias de nossas vidas.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Perdoar o corpo do outro

Na corrida desenfreada e frenética promovida pelo mundo, em busca da constante vaidade que alimenta a beleza de aparências, o ser humano a muito tempo procura retardar o inevitável. A raça humana como bem sabemos vem se degradando ao longo dos séculos. Os corpos físicos recebidos de Deus, que na época bíblica “duravam” facilmente mais de cem anos, haja vista tantos exemplos do antigo testamento, agora dificilmente chegam a esta marca.

O tempo foi passando e o homem deixou de viver como antigamente. Diariamente tantas pessoas se dedicam mais a causa do corpo do que a causa do espírito. E o processo evolutivo da humanidade, que muitos apontam como inevitável, evita que as pessoas se aproximem de Deus. Aliado a isto existem os conceitos morais e costumes de épocas e lugares que ditam normas, regras e modismos norteando o que se deve ter, ser e fazer para ser aceito na sociedade.

Em certos tempos, mulheres com um corpo mais rechonchudo eram vistas como saudáveis e ao passo que homens bronzeados pelo sol eram vistos como inferiores porque significava que eram trabalhadores serviçais. O tempo caminhou e as mulheres saudáveis precisam ter em outros tempos um corpo magro, definido e torneado ao passo que pessoas com a pele queimada pelo sol significa que tem condições de passar parte de seu tempo à beira de uma praia ou piscina se bronzeando. Tempos diferentes e conceitos diferentes.

No entanto, o corpo continua sendo um dos focos das vaidades. Muitas pessoas investem em tecnologia cosmética e em exercícios físicos para esculpir o corpo. Vestem-se ou nem tanto assim, na intenção de se tornarem vitrines e ostentarem a sua beleza, que a cada ano, cobra mais e mais para se manter aos olhares. Mas é inevitável. A beleza de aparência tem vida útil e com o tempo não irá mais existir da forma que é. O corpo vai naturalmente perdendo suas capacidades, mesmo em meio aos cuidados saudáveis, boa alimentação e exercícios regulares.

Então chega o momento na vida das pessoas em que é preciso perdoar o seu corpo. Aceitar as transformações da vida, isso sem entrarmos no campo das enfermidades de todas as naturezas. O passo é importante porque do contrário, se não perdoarmos o nosso corpo, não iremos perdoar o corpo do outro. O outro é nossa esposa, o outro é o nosso marido, o outro, pode ser aquela pessoa que era saudável e que depois de uma doença ou acontecimento muito sério, se tornou inválida, dependente ou com alguma necessidade permanente.

Se assim não nos comportarmos não conseguiremos enxergar o interior das pessoas, onde está o que realmente importa, os corações e suas almas. Jesus já nos deu a dica que irá nos julgar segundo nossas obras, ele que enxerga os corações. Se colocarmos a beleza de aparência em primeiro lugar, ela irá nos afastar de Deus e nos levar aos pecados de idolatria, luxúria e impurezas da carne, conforme nos atesta São Paulo aos Colossenses 3,5-6:

“Mortificai, pois, os vossos membros no que têm de terreno: a devassidão, a impureza, as paixões, os maus desejos, a cobiça, que é uma idolatria. Dessas coisas provém a ira de Deus sobre os descrentes.”


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A arte de mentir

A mentira é algo que está presente desde o início da história da humanidade. No decorrer de toda a sagrada escritura, acompanhamos vários relatos que nos mostram como é a conduta que Deus tem com relação a fatos e episódios que possuem a mentira como pano de fundo. E com um estudo atento é possível compreender uma coisa: qual é a finalidade das coisas.

É importante logo compreendermos isso pois do contrário corremos o risco de acharmos que Deus aprova e motiva a mentira. Haja vista, por exemplo, o episódio das parteiras do egito, que mentiram ao faraó e a bíblia nos confirma que foram beneficiadas por Deus (Êxodo 1). Só para citar um exemplo entre tantos.

Por isso é muito importante, mas muito importante um olhar atento sobre as escrituras sagradas para aprendermos tudo sempre dentro de um contexto. Senão, tudo corre o risco de virar pretexto. Não se pode escolher passagens que melhor se adequem a necessidades egoístas e evitar aquelas que nos exortam e exigem de nós um comportamento mais alinhado com o evangelho. Assim fazem os evangélicos e protestantes, que precisam de um esforço constante para viver a palavra de Deus sempre mutilando os ensinamentos celestes. Jesus, para estes já alertou que encontrarão problemas se alterarem as santas palavras de Deus:

Apocalipse 22,18-19 – “Eu declaro a todos aqueles que ouvirem as palavras da profecia deste livro: se alguém lhes ajuntar alguma coisa, Deus ajuntará sobre ele as pragas descritas neste livro; e se alguém dele tirar qualquer coisa, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, descritas neste livro.” E como bem conhecemos caro leitor, existem denominações religiosas não católicas que não aceitam os setenta e três livros canônicos da bíblia conferida para a humanidade pela igreja de Jesus Cristo (Mateus 16,18). Utilizam versões adaptadas à sua maneira de salvação própria e viram as costas para o que ensina Jesus, ignorando o aviso do redentor:

Mateus 7,21 – “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” E como Jesus disse que veio para fazer a vontade do Pai e nos manda pregar o evangelho, e não parte dele, ai daqueles, que como os judeus, permanecem na antiga aliança, que prefigurava o Messias, e não fazem a sua adesão à nova e eterna aliança, estabelecida por aquele que faz novas todas as coisas (Apocalipse 21,5). É portanto preciso muito cuidado e atenção. Tudo depende da finalidade. O Livro do Eclesiástico nos avisa: “Cuida-te para não dizeres mentira alguma, pois o costume de mentir é coisa má.”

Como podemos ver esse não é um bom costume e portanto não deve ser exercitado para que nos tornemos peritos na arte de mentir. Lembremos, a verdade é mais fácil de lembrar, a mentira precisa de muito esforço para se manter válida. Esforço esse que é em vão porque Deus vê os corações. E Jesus, que é o caminho, a verdade e a vida não pode ser enganado e nem convencido de que existe uma outra verdade que irá nos permitir entrar no céu: a nossa verdade.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Misericórdia e Justiça

Santa Maria Faustina Kowalska, a mensageira da misericórdia, levou uma vida de constante oração, confissão e adoração ao Senhor, sempre vivendo diariamente em sua companhia e sendo aquela que se diminuía para que Jesus aparecesse. Como grande graça concedida para a humanidade, através dessa grande santa, nos foi deixado por ela, a mando de Jesus, um relato em forma de diário para que o povo de Deus viva ainda melhor, os ensinamentos do evangelho. Esse testemunho pessoal que Santa Faustina deixa para todos, serve para nos mostrar como pode e deve ser nosso relacionamento com o Cristo Ressuscitado.

Em seu diário, cuja leitura recomendo a todos os católicos, em seu número 1728, Jesus faz um pequeno lembrete da sua condição de Jesus Misericordioso e Jesus Justo Juiz, nos recordando que sua misericórdia é infinita, não pode ser vencida mas, existe o braço da justiça que irá pender sobre todos. Vejamos o trecho do diário:

“Sou três vezes santo e abomino o menor pecado. Não posso amar uma alma manchada pelo pecado, mas, quando se arrepende, não há limites para a minha generosidade com ela. A minha misericórdia a envolve e justifica. Com a minha misericórdia persigo os pecadores em todos os seus caminhos, e o meu coração se alegra quando eles voltam a mim... Diz aos pecadores que ninguém escapará ao meu braço... Diz aos pecadores que sempre espero por eles...”

Como vemos, Jesus nos adverte que não se cansa de nos oferecer a salvação. Afinal, seu sangue foi o preço exigido pelo nosso resgate. Ele carregou a cruz por cada um de nós. Mesmo assim nos alerta que ninguém escapará da sua justiça. É como aprendemos no livro do Eclesiástico 16,12-15 onde se diz: “pois misericórdia e ira estão sempre em Deus, grandemente misericordioso, porém capaz de cólera. Os seus castigos igualam sua misericórdia; ele julga o homem conforme as suas obras. O pecador não escapará em suas rapinas, e não será postergada a espera daquele que exerce a misericórdia; toda a misericórdia colocará cada um em seu lugar, conforme o mérito de suas obras e a sabedoria de seu comportamento.”

E Jesus confirma no livro do Apocalipse 22,12 – “Eis que venho em breve, e a minha recompensa está comigo, para dar a cada um conforme as suas obras.” Como podemos perceber, caros leitores, nada acontece de novo quando Deus permite na história da humanidade as aparições. Aquelas que são autênticas, como as de Jesus, Maria Santíssima e os santos e santas de Deus, trazem apenas lembretes para que as pessoas, que estão se desviando do caminho do evangelho, acordem de seus erros e retornem para a casa do Pai. Não há do céu nada para acrescentar, a revelação divina está encerrada dentro dos setenta e três livros do cânon bíblico católico. O que se passa, como já foi dito é que tudo converge para o centro da vida cristã: Jesus.

Do contrário precisa ser desconsiderado e sobre isso São Paulo nos adverte em sua carta aos Gálatas 1,7-9 onde está escrito que: “De fato, não há dois (evangelhos): há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo. Mas, ainda que alguém - nós ou um anjo baixado do céu - vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema. Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado!”

Portanto, é preciso ficar bem claro que Jesus não é duas caras e não vai passar a mão na cabeça de ninguém. Não se deve pensar que por ser ele misericordioso, irá deixar por menos o seu justo julgamento. E não se deve pensar que de cada um de nós ele irá exigir menos do que já exigiu de todos os santos que já vivem na glória eterna.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Tempo é questão de Prioridade

1ªCoríntios 7,29 – “Mas eis o que vos digo, irmãos: o tempo é breve.” 1ªCoríntios 10,21 – “Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.” Como vimos caros leitores é preciso fazermos uma escolha. De fato, todos concordam com essa afirmação do apóstolo que foi anteriormente ensinada por Jesus (Mateus 6,24). Não podemos, sem sombra alguma de dúvida, nos dividirmos em nossos interesses sem colocarmos sob nossa mira tudo que nos cerca dentro de uma visão sobrenatural.

E realmente não podemos porque conforme nos explicou Jesus em seu sermão da montanha, nossos interesses não superam os interesses dele. Essa questão é foco de grandes dificuldades para muitas pessoas porque fica a parecer que não temos direito a nada, como os escravos. E não é assim pois quem pensa por esta ótica, aceita a catequese do mundo que prega que para você ser feliz precisa ter e ser o que quer e ter a paz que o mundo te oferece. Como o ensinamento dos evangelhos seguem em outra direção demonstrando que o que vem do alto não é como o que se pode obter na terra (João 14,27 – “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá.”), fatalmente algumas escolhas, se mal feitas, por tentações aceitas, podem derrubar sobre nossas vidas espirituais, grandes prejuízos.

Como o tempo é breve, e não sabemos de quanto tempo dispomos, o que importa é o que fazemos com o tempo que Deus nos concedeu. E esta importância demanda prioridade. Para aquilo que é importante para nós arrumamos tempo. Todos agem assim. Dizer que não se tem tempo para fazer alguma coisa é apenas uma desculpa para justificar a falta de prioridade que damos para esta coisa.

É muito simples assim. O ser humano age assim. Quando está em fase escolar, prioriza os estudos para ir bem nas provas. Quando quer ser um bom atleta, prioriza certos aspectos da vida que contribuem para seu êxito no esporte. Quando gosta muito de jogos eletrônicos prioriza grande parte de seu tempo para passar horas em frente ao computador ou videogame. Quando gosta de festas, prioriza seu tempo aos finais de semana, até sacrificando sua saúde e horas de sono, para passar em noitadas regadas de bebedeiras, cigarro, danças e outras práticas noturnas que se afastam do pudor e da modéstia.

Deus não é visto com prioridade. Aquele que nos criou e nos concedeu por Jesus Cristo a graça da vida eterna, aquele que cuida de nós e nos ama de uma forma que não compreendemos é deixado de lado. É visto apenas como um prestador de serviços enquanto nós, nos comportamos como consumidores de graças.

Não deve ser assim, tudo que acontece em nossa vida, vem de Deus ou é permitido por Deus, para nosso crescimento no amor e santidade, até que alcancemos a estatura de Cristo. Portanto, façamos como nos recorda o apóstolo São Paulo em Efésios 5,20 – “Rendei graças, sem cessar e por todas as coisas, a Deus Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo!”

Então, cientes das verdades celestes e de nossa condição é preciso sempre urgência em priorizar dentro do tempo que temos, o que não passa em detrimento daquilo que passa.


fonte: Jefferson Roger
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Irritar-se contra Deus

Quantas e quantas vezes durante a vida, nesta caminhada rumo a pátria celeste, muitos vão desistindo, desanimando e caindo por terra por que não são atendidos em seus pedidos? Deus está, para estes, sempre a conceder aos outros uma vida melhor, uma vida com menos dificuldades e menos tribulações. Enquanto me esforço para seguir o segmento de Cristo, vejo pessoas não tão devotas, não tão religiosas, não tão apegadas a Deus, tendo maior sucesso na vida e prosperando mais do que eu. O que fiz para merecer tudo isso? Alguns se fazem essa pergunta.

Se coisas ruins acontecem em nossa vida corremos pedir ajudar a Deus, a Jesus, a Nossa Senhora, aos Santos e Santas de Deus numa desenfreada avalanche de orações que beiram o desespero e buscam de Deus uma ajuda quase sempre emergencial. E se reza na certeza de que será atendido porque a bíblia diz que Deus escuta a oração do justo (Tiago 5,16).

Mas e aí, e se Deus não nos atende naquilo que queremos? Será que não somos justos? Ou em nós nos falta algo que impede a ação de Deus, por nossa própria culpa? Algumas vezes sim, porque pedimos o que queremos e não pedimos o que precisamos. Quem nos confirma isso é São Paulo em sua carta aos Romanos 8,26, quando nos diz que “Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis.”

Entrando por essa via de raciocínio, já que compreendemos que não se pede como convém, não se deve pedir aquilo que quer? Claro que não! Claro que podemos pedir o que queremos porém, existe uma ordem para as coisas que Jesus ensinou que precisa ser respeitada. Vejamos: Mateus 6,33 – “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo.” Como vemos Jesus é bem claro, primeiro devemos pedir o que precisamos para que depois possamos pedir o que queremos e ainda assim, o que queremos nos será concedido se, e apenas se, nossa salvação não for prejudicada com isso.

Deus nos dá graças e não presentes. Muitas pessoas pedem coisas como alguém que quer ganhar presentes. Confundem o querem em suas vidas passageiras, como sendo necessário para vive-las. O necessário as vezes caminha longe do que queremos. E se tão logo não buscamos compreender essas verdades, que são celestes, são criadas pelo criador, sempre iremos rotular Deus como um “desmancha prazeres”. É neste ponto que o inimigo entra no jogo. Numa brecha que oferecemos a ele, quando nos irritamos com esse Deus que é castigador e que nos oferece um paraíso em troca de sofrimentos, sofrimentos, sofrimentos e dificuldades na vida, se nos conformarmos à sua vontade, rapidamente a investida vem de encontro com o que queremos. E abandonamos a religião católica, porque a teologia da prosperidade me chama e me convida a sair da igreja de Cristo e buscar o Deus da recompensa que me retribui na medida em que eu sou fiel lhe devolvendo em dinheiro. Ahh, agora encontrei Jesus, muitos dizem e começam suas felizes vidas, na prosperidade que tanto queriam. Porém, em certo ponto de suas vidas, estas pessoas que no fundo nunca foram católicas de fato, nunca compreenderam o que é ser católico e no que consiste a religião católica, são pegas em algum diálogo com as outras pessoas dizendo que “Deus é um só”.

Ué! – Mas se Deus é um só, porque deixaram a igreja de Cristo (Mateus 16,18)? Ahh, lembrei, disseram que é porque finalmente encontraram Jesus, lá na outra igreja que promete prosperidade aqui nesta vida. Mas se Jesus disse que fundou a sua igreja e que as portas do inferno não prevalecerão contra ela, será que ele abandonou a sua igreja? A igreja católica? De mais de dois mil anos? A única que existe por sucessão apostólica e que está biblicamente e historicamente registrada? Será que Jesus viu que a sua criação santa, que ele mesmo colocou sob a direção do Espírito Santo não deu certo? Foi um desastre? Ao ponto de deixa-la e se bandear para as outras denominações? E diga-se que são centenas que dizem pregar a sua verdade e no entanto não pregam a nova e eterna aliança coisíssima nenhuma. Jesus não é um mentiroso, o que ele quer de nós é que sejamos seus imitadores (1ªCoríntios 11,1). Deus quer filhos configurados à estatura de Jesus e não filhos mimados, nem servos e nem escravos. As pessoas custam a entender que estamos de passagem e que por conta desse breve tempo em que nossas obras nos condenarão ou premiarão (Apocalipse 22,12) podemos colocar em risco, nesta única chance, a salvação de nossa única alma.

Pobres de tantos que ao se irritarem com Deus por não aceitarem as coisas como ele designou procuram soluções próprias que venham de encontram com aquilo que querem. Para estes Jesus tem a sua advertência: Apocalipse 11,18 – “Irritaram-se os pagãos, mas eis que sobreveio a tua ira e o tempo de julgar os mortos, de dar a recompensa aos teus servos, aos profetas, aos santos, aos que temem o teu nome, pequenos e grandes, e de exterminar os que corromperam a terra.”


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Não vale mais a pena

O livro do Eclesiástico nos ensina: “Não pratiques o mal, e o mal não te iludirá. Afasta-te da injustiça, e a injustiça se afastará de ti. Não te justifiques perante Deus, pois ele conhece o fundo dos corações. Não acrescentes um segundo pecado ao primeiro, pois mesmo por causa de um só não ficarás impune. Não te deixes levar ao desânimo. Não descuides de orar nem de dar esmola. NÃO DIGAS: Deus há de considerar a quantidade de meus dons; quando os oferecer ao Deus Altíssimo, ele os há de aceitar.“

Como vemos caros leitores, este pequeno trecho do capítulo sete do livro do Eclesiástico, livro este que contém ensinamentos bastante diretos e de fácil compreensão, nos aponta duramente para a realidade que nos aguarda por conta de abandonarmos nossa batalha cotidiana rumo à pátria celeste.

Se achamos que não vale a pena sermos bons porque só recebemos o mal das pessoas é engano, pois o mal nos ilude com suas ofertas de perdição. Se achamos que não vale a pena sermos justos e corretos porque vemos que a injustiça insiste em nos visitar em certas épocas da vida, e por isso queremos retribuir na mesma moeda, esquecemos que nos aproximando do que não é puro, nos contaminamos. Se achamos que não vale mais a pena nossa atitude porque ela não nos traz o que queremos e recebemos sim, o que Deus quer, passamos a agir para o bem próprio, na confiança egoísta de que depois é só esclarecermos a Deus no dia do juízo que tudo bem, iremos convence-lo da nossa verdade. Engano, triste engano. Estaremos diante do Verbo.

Erros não concertam erros. Para justificar e encobrir pecados menores muitos cometem pecados sobre pecados. Eu roubei e menti dizendo que foi outra pessoa. Eu ofendi alguém porque ele me ofendeu primeiro. Errado! Se me ofenderam o que será que fiz para ser ofendido? Será que não pequei contra aquela pessoa? E justifiquei a mim mesmo que não era pecado, que eu é que estou certo? Se nos acostumamos a pecar e procuramos sempre razões pessoais para justificar nossos atos, Deus já nos avisou, basta um só pecado...

Se achamos que não vale mais e pena levar a pesada cruz nas costas até o alto do calvário, quando olhamos para o lado e vemos pessoas que caminham saltitantes e de bem com a vida, incorremos ao desânimo, jogamos a toalha e passamos a seguir o próprio nariz, fazemos o que queremos para o nosso bem, somente nosso bem. Se não me encaixo na vida então corro atrás daquilo que se encaixa para mim e assim aceito viver tudo aquilo que me afasta do desânimo abrindo mão das razões certas e mais uma vez, ao errar o alvo, pecamos.

Desanimado então, de lado também irá ficar a oração e a esmola. Para que orar? Ninguém me atende mesmo! Para que ajudar o próximo quando peço, peço e peço e não sou ajudado? Errado! Esse descuido abaixa nossa guarda e nos escraviza para o pecado e para a ladeira dos ímpios. Nos afastamos assim da imitação de Cristo que devemos ser (1ª Coríntios 11,1) e de nada adianta, ainda por cima, apoiar-se nas qualidades e virtudes que possuímos, para apresenta-las no dia do juízo, se forem em vão e vazias, sem obras não conseguiremos (Apocalipse 22,12).

Enfim, quando pensamos não valer mais a pena o esforço que fazemos em vida, por causa ou desejo próprio, não estamos a contemplar o horizonte que nos rodeia com um olhar sobrenatural. É preciso um equilíbrio sadio entre mente, corpo e coração, mas também em relação a nossa saúde física e espiritual. Se nosso olhar for colocado na eternidade, então como diz São Paulo em Romanos 8,18 – “Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada.“


fonte: Jefferson Roger
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Isso nunca vai melhorar

Essa sensação com certeza muitas pessoas passam. A sensação de que alguma coisa, algum aspecto em sua vida ou alguma situação que perdura, seja como for, essa sensação de que nunca vai melhorar, para o esclarecimento de todo filho de Deus, conforme aprendemos das sagradas escrituras, são as provações, tribulações, tentações e dificuldades que acontecem na vida de todos por permissão do todo poderoso Deus do Universo. Vejamos um trecho bíblico para acompanharmos a reflexão. Eclesiástico 34,9-11 – “Que sabe aquele que não foi experimentado? O homem de grande experiência tem inúmeras ideias; aquele que muito aprendeu fala com sabedoria. Aquele que não tem experiência pouca coisa sabe, mas o que passou por muitas dificuldades desenvolve a prudência. Que sabe aquele que não foi tentado? ”

Como vemos, caro leitor, desde o antigo testamento a palavra de Deus já nos apontava o caminho que iríamos ter que percorrer. Caminho difícil a se trilhar, afinal, é uma subida rumo ao céu, com a cruz nas costas, não teria como ser diferente. A cruz é a regra e não a exceção. Porém, o altíssimo, aquele que nos amou primeiro (1ª João 4,19), nos acalanta o coração com belíssimas certezas:

Eclesiástico 34,14-20 – “O espírito daqueles que temem a Deus será procurado, será abençoado quando Deus olhar para eles. Com efeito, sua esperança está posta naquele que os salva, e os olhos de Deus estão voltados para aqueles que o amam. Aquele que teme ao Senhor não tremerá; de nada terá medo, pois o próprio Senhor é sua esperança. Feliz a alma do que teme ao Senhor. Para quem olha ela, e quem é a sua força? Os olhos do Senhor estão voltados para aqueles que o temem; ele é um poderoso protetor, um sólido apoio, um abrigo contra o calor, uma tela contra o ardor do meio-dia, um sustentáculo contra os choques, um amparo contra a queda. Ele eleva a alma, ilumina os olhos; dá saúde, vida e bênção. “

Mesmo assim, munidos da palavra de Deus, que para nós católicos tornou-se a perfeição em nossas vidas através da pessoa do Cristo, mesmo assim, por sermos fracos, sentimos o peso do fardo em tantas ocasiões da vida. Quando Deus nos purifica permitindo sofrimentos e dificuldades de toda a natureza, nos privando de suas consolações, tudo por amor a nós, e isso para muitos é difícil de entender, porque olham para a questão do amor por uma perspectiva do amor humano, o inimigo cruel, satanás, sempre à espreita aproveita para oferecer a nós a tentação do desânimo. E quando as pessoas caem nessa tentação tentam resolver o problema, descartando-o e não percebem que isso não é solução nenhuma.

Por isso Jesus nos adverte e mais uma vez nos abraça dizendo:

“Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais. Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada. Aquele que não me ama não guarda as minhas palavras. A palavra que tendes ouvido não é minha, mas sim do Pai que me enviou. Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize! ”


fonte: Jefferson Roger
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Relacionamentos Difíceis

1ª Pedro 3,7-12 – “ó maridos, comportai-vos sabiamente no vosso convívio com as vossas mulheres, pois são de um sexo mais fraco. Porquanto elas são herdeiras, com o mesmo direito que vós outros, da graça que dá a vida. Tratai-as com todo respeito para que nada se oponha às vossas orações. Finalmente, tende todos um só coração e uma só alma, sentimentos de amor fraterno, de misericórdia, de humildade. Não pagueis mal com mal, nem injúria com injúria. Ao contrário, abençoai, pois para isto fostes chamados, para que sejais herdeiros da bênção. Com efeito, quem quiser amar a vida e ver dias felizes, refreie sua língua do mal e seus lábios de palavras enganadoras; aparte-se do mal e faça o bem, busque a paz e siga-a. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e seus ouvidos, atentos a seus rogos; mas a força do Senhor está contra os que fazem o mal.”

Olá caros leitores, é sempre um bom pano de fundo, as relações interpessoais que o sacramento do matrimônio apresenta às pessoas que buscam a santificação por esta via. Digo desta maneira, porque segundo nos recorda o catecismo da igreja católica ou se anda pela via da castidade ou pela via da virgindade. Outra forma de corresponder ao amor a Deus não há.

E é exatamente neste ponto que as frágeis criaturas, intituladas seres humanos, se deparam com os problemas que essa condição celeste impõe a todos. Como não podemos sozinhos (João 15,5) e queremos poder, tornamos tudo mais difícil em nossas vidas.

Insistimos em ceder aos pedidos de nossa natureza concupiscente e de nossa inteligência desprovida, tantas vezes, de sabedoria divina, e ficamos a voar teimosamente como o besouro. Ficamos nos esforçando em áreas da vida que não irão contribuir para a nossa salvação.

Como sempre nos recorda a sagrada escritura é sempre preciso sermos imitadores de Cristo: 1ª Pedro 4,1-2 – “Assim, pois, como Cristo padeceu na carne, armai-vos também vós deste mesmo pensamento: quem padeceu na carne rompeu com o pecado, a fim de que, no tempo que lhe resta para o corpo, já não viva segundo as paixões humanas, mas segundo a vontade de Deus”.

E a exortação do apóstolo São Pedro é urgente e sempre acertada porque nosso corpo sempre colabora com o pecado, em maior ou menor grau de participação, mas sempre colabora. E se diz assim, que colabora, porque Jesus nos ensinou que tudo brota do coração (Marcos 7,21-23) e onde ele estiver aí estará nosso tesouro. O convívio difícil pesa sobre os ombros de muitos mas Jesus tem palavras consoladoras, confortantes e libertadoras: João 16,22 – “vós: sem dúvida, agora estais tristes, mas hei de ver-vos outra vez, e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa alegria.

Assim nos afirma Jesus ao esperar que façamos tudo como nos ensina a oração: “por Cristo, com Cristo e em Cristo”.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 11 de outubro de 2016

O vilão do consumismo

Existe uma oração pós comunhão que os católicos fazem a Deus onde pedem que por este sacramento que agora acabamos de receber abracemos as coisas que não passam em detrimento àquelas que passam. Pois bem, nada mais direto do que pedir a ajuda de Deus para deixarmos de lado os apegos materiais e prol de nos empenharmos em alcançar tudo aquilo que realmente necessitamos e nos importa nesta etapa da vida.

Muitos se esquecem, ou fingem não saberem, ou ainda não aceitam, de que seus corpos um dia irão ressuscitar para a vida eterna. Não pensam o quanto será triste apresentar-se diante do justo juiz de mãos vazias e sem condições de ser defendido por quem quer que seja perante o tribunal celestial.

Triste neste momento porque quando eras vivo, tristeza era uma coisa que não acontecia e quando esta batia a porta da vida, o consumismo sempre embotado na mente, funcionava como uma anestesia para os males da vida. Consumismo esse que tantas vezes foi uma faca de dois gumes, porque ele era sedutor e por isso escravizador.

É muito comum entre as pessoas se dizer que quanto mais dinheiro possuem mais gastam e de mais dinheiro necessitam. O dinheiro, muitos não concordam, mas é um deus de papel, metal e plástico, ao qual muitos se dobram em adoração. E aqui tantos irão dizer que o dinheiro é um mal necessário. Infelizmente essa afirmação tem uma parcela de verdade. No mundo em que vivemos ele é necessário, mas não deixa de ser um mal, se a ele nos submetermos em atitude de escravidão. O dinheiro foi criado para nos servir e não para nos escravizar. Deveria ser assim e esse era o seu propósito no início das negociações mercantis onde as pessoas trocavam suas produções agrícolas até que um dia, por falta de mercadoria de uma das partes, criou-se o papel moeda e então tudo começou. Satanás se intrometeu, a ganância surgiu e estamos como estamos.

E haja dinheiro para as pessoas. O mundo sempre as ensina que para serem felizes precisam ter isso ou aquilo. Se não consumirem não enxergam o propósito de se receber dinheiro. Só vão enxergar sua triste realidade quando ficarem, por exemplo, desempregadas. Neste momento, o dinheiro que deveria existir para nos servir e que foi usado para nos divertir em primeiro lugar, irá nos mostrar o quão escravos somos de algo que não vale a pena colocar acima de Deus e do próximo.

Shoppings cheios de pessoas a comprar alguma coisa. Lojas de carros sempre com seus clientes que precisam trocar de um carro que ainda os serve, mas sempre existe um motivo novo para o velho, deixar de servir, tornar-se inútil. Tudo fica descartável e a filosofia do descartável atinge infelizmente até as pessoas. Elas viraram mercadorias de consumo, usa-se e joga-se fora. O consumismo é sim um vilão, afasta as pessoas do desapego do mundo. Estamos no mundo mas não somos do mundo dizia Jesus. Esse mundo vai passar e o diabo quer que os vorazes consumidores passem com ele, e terminem a caminhada junto dele, no fogo da perdição eterna.

O consumismo não é um vilão? O mundo se esforça para enfeitar esse consumismo e com isso enfraquecer os corações e mentes, afastando-os de Deus. Armários cheios de roupas, aparelhos eletrônicos atuais nas salas e nos quartos, todo o tipo de utensílio moderno sempre a substituir aquilo que não deixou de cumprir seu propósito, só deixou de ser realmente importante. Não sejamos como a figueira que Jesus amaldiçoou. É preciso darmos frutos em abundância e não consumirmos em abundância. Lembremos sempre da parábola do rico avarento e de Lázaro.


fonte: Jefferson Roger
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Só quando me der vontade

Relacionado com a vontade existem duas vertentes que as vezes são confundidas quanto a sua origem e natureza. São elas o anseio e o desejo. A vontade que o ser humano sente, conforme o seu grau de consciência, propósito, determinação e percepção irá apontar para qual direção estamos nos inclinando. Para aumentar ainda mais a carga na situação, também todos os fatores envolvidos acabam por afetar o plano espiritual das pessoas. Vamos ver como são as coisas.

Desejo é aquilo que sentimos fisiologicamente. Anseio é aquilo que sentimos espiritualmente. O que provoca confusão nas pessoas é que anseio pode ser definido por aquilo que desejamos espiritualmente. Este desejo que brota do fundo da alma e, portanto, tem raízes de natureza divina, vai além dos simples prazeres do corpo. Jesus já dizia que do coração brotam coisas que revelam onde colocamos o nosso tesouro. A natureza de nossas atitudes vem de lá. Por isso é tão importante não cedermos aos apetites do corpo para que ele não instale em nosso coração, mente e alma, desejos no lugar dos anseios. Se assim acontecer, a concupiscência irá se apoderar de nosso ser e já não seremos mais livres. Seremos escravos do pecado.

Infelizmente para o ser humano, nós, que somos um composto de corpo e alma, somos também um constante campo de batalha. Sim, qualquer um pode, numa simples auto avaliação, comprovar que existem continentes inteiros dentro de cada um que ainda não estão configurados ao Cristo desfigurado da cruz. E o fruto dessas diferenças dentro de cada um bate de frente com a nossa vontade.

Como sempre é de costume, nosso cruel inimigo, sempre atento a tudo, aproveita mais essa brecha para povoar o nosso viver com suas investidas. Sua intenção é mexer na balança que controla a vontade fazendo pender mais para o que é do mundo e menos para o que é de Deus. Quanto mais êxito satanás tem nesse intuito mais a pessoa vai se tornando escrava de suas vontades. Perde sua liberdade e não consegue mais colocar um olhar sobrenatural sobre as coisas.

Ah hoje eu não vou na missa, não estou com vontade, estou com preguiça, ou não estou me sentindo bem, é o que tantos dizem, entre tantos exemplos que bem conhecemos. Fácil também é, de se perceber que a preguiça pode ser aliada da falta de vontade. Nem sempre é, mas pode acontecer de ser. E quando acontece essa preguiça chama-se preguiça vocacional. Trata-se de uma forma de preguiça grave, que leva a pecados não veniais que colocam em risco nossa salvação. É preciso um olhar atento sobre o que estamos fazendo.

É preciso brotar o que é certo no coração para embotar a mente e em consequência o corpo corresponder a esta condição. Santo Antonio Maria Claret dizia que quem quer se salvar precisa ter Deus no coração, o paraíso na mente e o mundo debaixo dos seus pés. Assim como a descendência da mulher do gênesis pisoteia a cabeça da descendência da serpente, assim devemos nós nos comportarmos com relação as ofertas do mundo. Elas devem estar sob controle, debaixo dos nossos pés. Do contrário se agirmos com relação as coisas de Deus, só quando nos der vontade, no dia do nosso juízo iremos olhar para trás e nos depararmos com a estupidez que fizemos em não levar a sério aquilo que é sério.

Quando for tarde demais o que nos restará fazer? Restará diante do cordeiro o arrependimento tardio e a vontade de corrigir o que se fez de errado. Só que quando era o tempo não fazíamos e quando não houver mais tempo, só restará a vontade do Pai.


fonte: Jefferson Roger
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É preciso ir além

Que Jesus Cristo espera de nós, no mínimo o máximo de esforço em nossa caminhada, isso não é novidade para ninguém. Não é novidade também que, mesmo que façamos todo o esforço que pudermos, ainda não será suficiente. Quem nos comprova isso é o próprio Cristo quando nos diz que sem ele nada podemos fazer (João 15,5).

Como Jesus, pelo querer do Pai Eterno que quis servir-se de Maria para a salvação da humanidade, e continua querendo assim (Malaquias 3,6 – Isaías 45,23), veio até nós pelo seio virginal da toda cheia de graça (Lucas 1,28), ele, o Cristo cabeça da sua Igreja (Mateus 16,18), único mediador entre Deus e os homens, nos fez por direito divino, passarmos de criaturas à filhos de Deus, pelo batismo, sacramento instituído pelo nosso salvador, assim todos nós, membros do seu corpo, que é a igreja, também fomos gerados para ela (a igreja e corpo de Cristo) por Maria. Afinal, se uma mãe der à luz somente a cabeça sem corpo, isto todos concordariam ser uma aberração da natureza. Como a natureza humana imita a natureza divina, a dupla via é verdadeira.

Ela que é toda submissa a Deus, está ali, com seu filho a nos gerar na pia batismal ou mesmo quando a fórmula e a matéria sacramental se fazem presentes em ocasião de perigo. E nem poderia ser diferente porque seu filho Jesus confiou a nós todos aos seus cuidados (João 19,27).

Mas é preciso ir além. Neste caminho que nós, predestinados a santidade trilhamos todos os dias, bem sabemos o quão árduo é. Também pudera, nas costas carregamos a cruz, o caminho é subida, não é pavimentado, não é espaçoso e não oferece refresco para ninguém. Já dizia Padre Pio, “quanto maior a tentação, mais perto a alma está de Deus”. É preciso ir além.

Jesus nos manda esse aviso no livro do Apocalipse 22,11, onde está escrito “o santo santifique-se ainda mais”. Ou seja, Jesus não nos quer como santinhos, como pessoas que irão entrar no céu, raspando, por pouco, quase que não conseguindo e depois de amargar um longo período de purgatório. Não. Jesus é bem claro nas palavras de seu anjo ao evangelista João: “santifique-se ainda mais”. Como vemos, nunca podemos nos acomodar, nunca devemos achar que o que fazemos já é suficiente para nos salvarmos. Jesus quer mais. Quer mais porque, como somos membros do seu corpo, nos ajudamos mutuamente na caminhada. Os que mais puderem irão contribuir com os que puderem menos. Quanto mais santos formos mais caridosos seremos para com o próximo, sendo ele inimigo ou não (Mateus 5,44).

E para irmos além, como nos pede Jesus, nos santificando sempre mais e mais, significa sermos um outro Cristo, que demonstrou que o maior amor é o despojo de sua vida pelo irmão (João 15,13). Neste processo que vivemos ele nos adverte: “Felizes aqueles que lavam as suas vestes para ter direito à árvore da vida e poder entrar na cidade pelas portas (Apocalipse 22,14).”

Essa bem-aventurança é a entrega total a causa do seu evangelho, pelo reino dos céus. É o que tantos santos e santas de Deus fizeram ao longo da história e em tantos relatos bíblicos (Apocalipse 7,14). Não nos amedrontemos, aqui o tempo de nossa existência é curto. Nossos sofrimentos passarão, não deixemos passar, portanto, aquilo que realmente importa, a oportunidade de alcançarmos a glória do paraíso. É preciso ir além.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

A vida é curta, então curta um caso

Essa e tantas outras expressões são diariamente ouvidas por tantos e propagadas por aqueles que defendem que, como não se sabe a duração desta etapa terrestre, não existe tempo a se perder. Tempo é dinheiro, dizem alguns. Não tenho tempo a perder, dizem outros. E assim, o tempo se torna a moeda de troca, a desculpa ou o pretexto para se justificar ações que um dia, o tempo irá torna-las claras. Este dia que nos aguarda é o fim dos tempos, o dia do julgamento final. Onde, julgados por nossas obras (Apocalipse 22,12) receberemos o prêmio ou a condenação eterna.

Em se tratando de tempo, o qual não sabemos o quanto dispomos, muitas pessoas, que querem servir ao mundo, partem freneticamente em busca da realização de seus prazeres terrenos pois, afinal, tudo é para ontem, já que o tempo é sempre uma incógnita. Ora, muitos alegam que um Deus que é amor, não irá condenar alguém eternamente ao fogo do inferno apenas por um instante de prazer pecaminoso. Basta depois se confessar e pronto.

Nada disso, se fosse tão fácil assim, nosso Deus seria um charlatão protestante que estaria a ensinar uma doutrina de recompensa pessoal e egoísta quando o evangelho ensina uma realidade bem oposta.

Curta um caso, aproveite a vida, faça farra, participe de bebedeiras, use drogas, se tatue, adultere, corra em busca da gloria humana, do dinheiro, da fama, do sexo desregrado, mutile seu corpo, ande na moda. Não demore, não perca tempo. Aproveite a vida, que mal tem? Todos merecem ser felizes! Também sou filho de Deus e mereço um lugar ao sol. Ele prometeu vida e vida em abundância.

As desculpas e os trechos bíblicos e outras justificativas não faltam para endossar a alegria de se viver num parque de diversões adulto, cheio de coisas boas a se fazer e prazeres a usufruir. Que gostoso poder aproveitar a vida e fazer aquilo que se gosta.

Quanto palavreado não é mesmo e quanta fé infantilizada ou ainda nem isso. Porque ao se deparar com a realidade da cruz, que nos conduz à salvação pelo tribulado caminho que se eleva até o calvário da nossa porta estreita, muitos encontram a fabulosa e inteligente solução de se apoiar na infinita misericórdia de Deus e a partir deste ponto viver a vida deixando para resolver depois, sua situação perante o altíssimo.

Que pena, apenas uma vida e apenas uma alma para ser salva, e apenas uma chance. Jesus não irá no dia do juízo conceder um tempo de recuperação, como acontece na vida escolar dos alunos que não conseguiram ser aprovados por média no tempo regular. Quando a morte chega, o prazo para as obras acaba. Se agora queremos os prazeres mundanos depois receberemos os castigos eternos. Não há outra saída.

Esta vida é um lugar de provas, onde neste curto período de nossa existência alcançaremos o céu. Quem não quiser provações não almeje a salvação, pois não irá lograr.

Cansado da vida? As coisas não são como você quer? Sinal é de que sua vontade não está configurada à vontade do Cristo Ressuscitado, por isso pedes o que não te convém (Romanos 8,26). Quando a dura realidade que somos bate a nossa porta, se rebelar, se revoltar e ser desobediente (exatamente como fez satanás), só nos conduzirá, por esforço próprio a segunda morte. Se a vida é curta e é preciso então curtirmos um caso, então sejamos imitadores dos santos (Hebreus 6,12) e tenhamos um caso de amor eterno para com aquele que nos amou primeiro (2ª João 4,19).


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Estado Islâmico x Ordenação Sacerdotal

BAGDÁ, 28/9/016 – No último fim de semana foram ordenados 7 sacerdotes católicos no Iraque, entre eles o jovem Martin Baani (foto), de 26 anos, que em agosto de 2014 arriscou a própria vida para salvar o Santíssimo Sacramento da igreja de seu povoado e evitar que fosse profanado pelo famigerado "Estado Islâmico" (EI ou ISIS).

Segundo informações da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), aproximadamente 500 pessoas estiveram presentes na cerimônia de ordenação, na igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Erbil, capital do Curdistão iraquiano e sede do governo regional curdo. A Eucaristia foi presidida por Dom Louis Raphaël Sako, Patriarca da Igreja Católica Caldeia, o qual disse que este acontecimento é “um grande sinal de esperança em um momento de grande crise”.

Ao final da Missa, o Pe. Martin Baani pronunciou algumas palavras e agradeceu a Deus pelo apoio da sua família, da Arquidiocese de Mossul e do seu diretor espiritual, Pe. Thabet. “Vamos voltar para uma Mossul liberada”, disse o Pe. Baani, enquanto a igreja aplaudia.

O novo sacerdote permanecerá durante algum tempo em Bagdá, para receber formação do Patriarca caldeu, e logo será transferido à cidade de Duhok. Ele gostaria de ser pároco do seu povoado natal, quando este estiver liberado. Desde 6 de agosto do ano 2014, Martin tornou-se um refugiado, depois que o EI atacou seu povoado, Karamlesh. Depois do ataque, a família de Baani emigrou ao estado da Califórnia (Estados Unidos), entretanto, Martin decidiu ficar com os jovens refugiados iraquianos para recuperar e reconstruir suas comunidades cristãs.

“Todos os dias vou aos campos de refugiados cristãos para acompanhar as famílias. Somos cristãos refugiados. O ISIS quer acabar com o cristianismo do Iraque, mas eu decidi ficar. Amo Jesus e não quero que a nossa história desapareça”, disse Martin há alguns meses à Raquel Martín, responsável pela comunicação da agência ACN.

fonte: o fiel católico
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São Francisco x Lutero

Essencialmente, São Francisco de Assis nos ensina que não podemos lutar contra heresias através da criação de novas heresias. São Francisco sempre se submeteu à Igreja, os papas e os bispos. Sempre que a dita "reforma" começa com ações contra a Igreja institucional, mais heresia surge. Por exemplo, em muitos aspectos, a heresia monofisita (ou seja, Cristo tem uma só natureza) foi uma reação exagerada à heresia nestoriana (Cristo tem duas pessoas).

As páginas da História da Igreja estão repletas de reformadores católicos: desde Paulo, Atanásio, passando por João Crisóstomo, João Damasceno, o Papa Gregório VII, Francisco de Assis, Domênico, Catarina de Sena, Inácio de Loyola, Teresa de Ávila, etc. Cada um desses reformadores católicos manteve a unidade da Igreja de Cristo submetido à liderança da Igreja, e pacientemente trouxeram renovação. Em muitos casos, esses renovadores sofreram a perseguição de outros cristãos e até mesmo caíram em suspeita de heresia. No entanto, sua humildade e silêncio finalmente vieram a confirmar a sua causa como defensores da verdade evangélica da Doutrina de Cristo.

São Francisco de Assis é talvez um dos melhores exemplos de paciência aplicada na causa da Reforma. Quando ele foi a Roma buscar o reconhecimento do Papa, este despediu-o com impaciência e disse-lhe para ir "deitar-se com os porcos". Sim... Eram outros tempos. Mas, depois de algum tempo, Francisco voltou, todo sujo, roupas manchadas e fedorentas das fezes de suínos. Quando o Papa se opôs à sua entrada, Francisco respondeu: "Obedeci tuas palavras e apenas fiz o que disseste; deitei-me com os porcos". De repente, o Sumo Pontífice percebeu que estava diante de um santo homem, disposto a obedecer mesmo em face da humilhação. Assim, o Papa ouviu visão de Francisco para uma necessária renovação dos usos e práticas dos filhos da Igreja naquela época, e o resto é História.

Quando rejeitado pelo Papa, São Francisco de Assis poderia ter apelado à Sagrada Escritura, mostrando que este seu padrão de vida pobre e humilde era como o de Cristo. Ele poderia até ter contrastado sua própria "vida bíblica" contra a extravagância da corte papal da época. Francisco tinha razão para estar angustiado, bem o sabemos, e poderia ter repreendido aqueles abades, bispos e cardeais por sua falta de testemunho evangélico. Mas em vez disso, seguiu o caminho de Cristo; aceitou ser incompreendido e caluniado, sabendo que Deus responderia suas reivindicações... e Deus nunca desampara (uma causa justa como a sua).

Vejamos o contraste entre São Francisco de Assis e Martinho Lutero. Lutero não visitou Roma para a confirmação da sua causa, nem procurou respeitar as estruturas da Igreja. Na verdade, o cardeal Cajetan reuniu-se em particular com Lutero e explicou-lhe como poderia modificar a sua mensagem para que fosse aprovada pela Cúria Romana e consequentemente considerada. Se Lutero tivesse se movido com mais cautela e caridade, poderia até – quem sabe – ter se tornado "São" Martinho Lutero.

Infelizmente, Lutero foi inflexível e orgulhoso. Ele não considerou seu compromisso de obediência para com a Igreja de Cristo. Se o Papa não estava de acordo com ele, então ele iria rejeitar a própria instituição do papado (desde Pedro). Lutero não iria tolerar qualquer autoridade que se recusasse a apoiá-lo, imediatamente e sem questionar. Consequentemente, quando a Bula papal chegou, Lutero a queimou publicamente e começou a amaldiçoar o Papa como Anticristo.

Observe, caro leitor, a diferença entre Francisco e Lutero. O primeiro movia-se com paciência e humildemente. O último agiu de forma independente e precipitadamente. Consequentemente, a história do protestantismo é marcada por paixão cega, imprudência e divisão precipitada – como resultado, agora existem 36.000 denominações protestantes!

Como escreveu São Tiago Apóstolo em 1,20: "A ira do homem não produz a Justiça de Deus". A História mostra que Deus não usa "cabeças-quentes" para guiar sua Igreja na justiça. Deus escolhe os pequenos, mansos e humildes – para tais é o Reino dos Céus. Aí reside o mistério da autêntica Reforma Católica.


fonte: o fiel católico
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Tem Vergonha? Cuidado!

Mateus 10,32-33 - 32 Portanto, quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus. 33 Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus.

Com essa séria afirmação, Jesus deixa claro que é preciso se posicionar no mundo como um verdadeiro cristão católico apostólico romano. A radicalidade do evangelho pedida por Jesus é capaz até do martírio. Ele que conhece os corações se entristece em saber que na hora das tribulações, muitos se acovardam e em meio as suas tibiezas da alma, cedem ao medo imposto pelo mundo, chegando ao ponto de não negar só 3 vezes, como o apóstolo Pedro, mas se colocar em constante negação, praticando a política da boa vizinhança e do politicamente correto, para tentar, desgraçadamente, agradar a dois senhores. Deus e o mundo. Atualmente muitas pessoas tem medo de se posicionarem como seguidores de Cristo. Seguidores autênticos. Se permitem a influência do mundo e suas modas, tão ofensivas a Jesus e já confirmadas quanto a isso por Nossa Senhora em suas aparições.

Sair pela rua com o smartphone na mão, tudo bem, me sinto a vontade, muita gente faz. Sair pela rua usando um fone de ouvido grande, tudo bem, me sinto a vontade, muita gente faz. Sair pela rua tatuado indiscriminadamente, profanando meu corpo que é templo do Espírito Santo, comprado a preço de sangue e que não me pertence (1ª Cor 6,19-20), tudo bem, todo mundo faz. Usar símbolos pagãos, de outras religiões, supersticiosos, para espantar mal olhado, satânicos e de outras vertentes que não se coadunam com o catolicismo, ahhh tudo bem, tantas pessoas usam, eu gosto, acho bonito e não vejo problema nenhum em usar.

Pois saiba, satanás não vê nenhum problema também em você usar. Continue, só não esqueça de que em seus novíssimos quem vai ter que explicar suas atitudes a Jesus é você mesmo.

Se teu comportamento hoje te leva ou já te levou a fazer algo assim ou agir contrário ao que Jesus pede de nós, saiba que estamos todos no tempo da igreja, no tempo da graça e da misericórdia. Agora é o tempo de conversão, o dia de hoje que Deus nos deu pela graça do seu amor serve também para isso. Para que nos arrependamos de nossos erros, façamos um propósito de não pecarmos mais e nos confessemos com um coração verdadeiramente contrito.

É preciso não termos vergonha de seguir Jesus. É preciso darmos testemunho de que somos católicos. Devemos nos vestir como católicos, falar como católicos, agir como católicos, nos comportar como católicos e como consequência isso irá alegrar Jesus. E na sua alegria Ele que sempre desejou, como o Pai a nossa salvação eterna, nos concede para isso a cruz de cada dia.

Vá a missa, não porque hoje você está com vontade. Vá na missa não porque é um mandamento e se você não for irá pecar gravemente. Vá na missa não porque alguém quer que você vá. Vá na missa porque você ama a santíssima trindade e quer agradecer tudo que recebe, louvar a Deus por ter te criado, pedir todas as graças que necessita para sua salvação e interceder por aqueles que precisam.

Quem ama Jesus não vai na missa com a mesma roupa que vai na praia.

O que se vê, infelizmente, são roupas curtas demais, decotadas demais, justas demais e transparentes demais. Onde está o pudor e a modéstia? Muitos se arrumam para ir a santa missa como se fossem a uma festa. Nada disso. Nossa Senhora advertiu que é preciso estarmos vestidos com simplicidade e humildade. Jesus também já o fez, em algumas aparições feitas no passado e aqui menciono Santa Angela de Foligno, que recebeu Dele uma lista das coisas que o desagrada colocando também a ocasião das roupas.

Diz o Eclesiastes 12,13-14 - 13 ...teme a Deus e observa seus preceitos, é este o dever de todo homem. 14 Deus fará prestar contas de tudo o que está oculto, todo ato, seja ele bom ou mau.

Diz ainda o Salmo 118,37-39 - 37 Não permitais que meus olhos vejam a vaidade, fazei-me viver em vossos caminhos. 38 Cumpri a promessa para com vosso servo, que fizestes àqueles que vos temem. 39 Afastai de mim a vergonha que receio, pois são agradáveis os vossos decretos.

Portanto, assim como Jesus disse que falou abertamente a quem quisesse ouvir, assim devemos ser. Devemos ser seus imitadores (1ª Coríntios 11,1). Devemos dar testemunhos da verdade que liberta em toda a sua catolicidade e não apenas no que nos convém, pois, a nossa vergonha de hoje pode decretar a sentença no dia do juízo.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Santo Padroeiro

De origem do latim PATRONUS, que quer dizer “defensor, protetor” e derivado de PATER, que quer dizer “pai”, para nós católicos é uma alegria imensa podermos contar com essa assistência celeste por intermédio dos anjos e santos de Deus. Colocarmos nossa vida, nossas questões diárias, nossas causas, nossas obras, nossos afazeres, enfim, todas as coisas que temos na vida sob a guarda e assistência de um padroeiro ou de uma padroeira não poderia existir algo de mais sábio a se fazer.

E nós podemos ter vários santos padroeiros e mesmo os anjos. Está graça nos foi concedida por Deus. Trata-se da comunhão dos santos, que bem professamos em nossa oração do creio em todas as missas dominicais e em solenidades.

Eu mesmo tenho duas santas padroeiras e dois santos protetores, os quais confio todas as minhas questões de vida, materiais e espirituais. A exceção do meu anjo da guarda, do anjo custódio da minha família e de tantos santos, santas e anjos que invoco para ocasiões específicas, minha padroeira Santa Gemma Galgani eu elegi por afinidade a sua história de vida. Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, minha outra padroeira, também assim o fiz. Já São Gregório Magno me encomendei a ele, como meu santo protetor, porque nasci no dia em que se celebra sua memória. Santa Anastácia me encomendei a ela, como minha santa protetora, porque fui batizado no dia em que se celebra sua memória.

Meu testemunho é apenas um pequeno exemplo de como as coisas podem ser. Cada um é livre para se encomendar ou invocar a assistência divina daqueles que já vivem na glória do céu. E não se trata de idolatria nenhuma, tanto alegada pelas pessoas que não são católicas. Muito pelo contrário. Idolatria é colocar alguma coisa ou alguém no lugar de Deus, muito diferente da devoção que o católico tem para com os anjos e santos de Deus e para com Maria Santíssima, mãe de Jesus e nossa mãe.

Jesus é a cabeça e nós, membros da sua igreja, corpo de Cristo, vivemos o tempo da graça, que é o tempo da igreja. Fazemos parte da igreja militante, no céu existe a igreja triunfante, no purgatório existe a igreja padecente. Se somos todos membros da igreja, corpo de Cristo, fácil é de se perceber porque Deus criou a comunhão dos santos. Uns ajudam os outros.

Não é comum alguém lhe pedir, vez por outra, caro leitor, que você reze por esse alguém? Quando estamos tristes porque alguém que gostamos está a passar por alguma tribulação, não rezamos por essa pessoa? Durante a missa, no momento da oração dos fiéis, não nos unimos com toda a igreja para rezar por tantas intenções? No início da santa missa, não são anunciadas as intenções pelas quais será celebrada a missa?

Fiquemos atentos e não façamos as coisas de modo automático. E mais, é preciso termos ciência de que os padroeiros, assim como os protetores possuem todos a missão de trabalharem pela salvação das almas. Eles não fazem a nossa parte, eles nos ajudam. E para isso precisamos nos comportar como Deus espera que nos comportemos pois do contrário, não seremos atendidos se nossos pedidos forem egoístas. Se não forem súplicas Deus não irá conceder o auxílio de que necessitamos, pois ele sempre nos dá o que precisamos e não o que queremos, a menos que nossa vontade se conforme a sua.

Não adianta, portanto, sairmos por aí disparando uma metralhadora de orações para uma infinidade de anjos e santos achando que com isso algum acabará por nos atender. Não é assim, de mãos vazias e sem coração contrito nossos pedidos não passarão de desejos pessoais que não irão contribuir para a nossa salvação. Quando achamos que não somos atendidos é porque não escutamos a resposta que Deus nos deu, porque é uma resposta que não queríamos ouvir. Peçamos, portanto, essa graça a Deus, de que possamos nos configurar aos seus desejos para podermos bem viver a comunhão dos santos em prol da salvação de tantas almas, amém.


fonte: Jefferson Roger
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Ou Deus ou o Horóscopo

Pois bem, indo direto ao ponto é essencial compreendermos que, nossa vida é regida por Deus e não pelos astros, cuja atividade chamada horóscopo se encarrega de estudar e difundir essa prática. Deus que é criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis, é o dono do pedaço e nada escapa ao seu olhar e a sua vontade. Como é bom podermos dizer na oração do Pai Nosso “seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu”.

E como é bom também podermos dizer que “tudo acontece por desejo ou permissão divina”.

Sendo assim, importante também é, relembrarmos essa realidade criada por Deus. O fato de sermos suas criaturas e sujeitos à sua vontade nos coloca na condição de não colocar alguma coisa, algo ou alguém acima dele. Diz em Deuteronômio 18,10-13 que “Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à ASTROLOGIA, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou â invocação dos mortos, PORQUE O SENHOR, TEU DEUS, ABOMINA aqueles que se dão a essas práticas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, teu Deus, expulsa diante de ti essas nações. Serás inteiramente do Senhor, teu Deus”.

Como vemos, a escritura nos revela que devemos ser inteiramente de Deus. Afinal, se somos suas criaturas, que pelo batismo passamos à condição de seus filhos, servos inúteis, nós, que não existíamos e agora recebemos por Jesus a salvação objetiva que nos cabe acolher e bem vive-la para alcançarmos o céu, como é que podemos nos comportar como se tivéssemos uma religião de supermercado? De “self-service”?

O católico não pode misturar “as coisas boas” que lhe agradam em cada prática ou denominação religiosa e coloca-las em prática no seu dia a dia. Amar a Deus sobre todas as coisas, com toda a tua alma, coração e entendimento, como nos ensina o seu mandamento, não nos concede exceção alguma para aderirmos a outras verdades, outras fontes.

Há quem não sai de casa sem ler o seu horóscopo. Há ainda aqueles que levam essa prática tão a sério, que atribuem todo o comportamento humano a influência dos astros. Valha-me Deus. Para aqueles que seguem e acreditam firmemente nesta linha de conduta, ao ponto de pautarem todos os seus relacionamentos em combinações astrológicas, para assim o fazerem, inevitavelmente precisam romper com o mandamento de Deus que está em Deuteronômio.

No entanto a pratica dos horóscopos, inserida no ramo da astrologia, cujo significado vem do grego e que quer dizer “mapa da hora”, começou os estudos por analisar o perfil das pessoas através do momento em que os astros se encontravam no momento de seu nascimento. Este momento define o que é chamado de mapa astral dessa pessoa. Diz o estudo da astrologia e dos horóscopos que esse mapa serve para ajudar a entender seus reais desejos, os tipos de pessoas e situações que mais o favorecem, o seu jeito de amar e se relacionar, como você comunica e desenvolve seu raciocínio, seus principais desafios e como supera-los e seu aprimoramento pessoal e espiritualidade. Vou dizer de novo, valha-me Deus! Não é mais fácil conversar com Jesus? Ele que é o caminho, a verdade e a vida?

Como vemos e para encurtar a conversa, essa prática de origem humana, não tem como superar a doutrina divina. Deus é bastante claro quando diz que abomina essas práticas mundanas pois o homem não é capaz de resolver sozinho seus problemas e buscar soluções sem a ajuda de Deus (João 15,5). O homem ao deixar Deus de lado e colocar toda a sua confiança no homem (Jeremias 17,5-8), coloca em risco o seu caminhar rumo à porta estreita e como disse Jesus, “entre nós não deve ser assim”.


fonte: Jefferson Roger
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