Sempre é bom lembrar o quanto o ser humano é capaz de se empenhar para conquistar objetivos. Alguns chegam a prejudicar até alguns aspectos de suas vidas por conta desses propósitos. A vontade é tamanha que às vezes vira até obsessão. Quando as coisas tomam esse rumo o perigo se instala e as possibilidades de efeitos colaterais de proporções muito sérias são realidades quase palpáveis.
O sujeito não percebe a linha tênue que separa a dedicação saudável e bem-vinda da busca obsessiva e desenfreada. O querer acima de tudo vai empurrando a atitude humana para um patamar quase doentio, mas muitas vezes desregrado. É quando o ditado popular metaforiza atitudes assim dizendo que e pessoa é capaz de qualquer coisa para conseguir aquilo.
Todavia, há de se comentar uma coisa, dedicação extrema, se ficar dentro dos limites, é algo bom, pois, o limite organiza tudo de modo que o que se faça não prejudique outras áreas da vida. No entanto, é possível alargar esses limites e será que não é aí que mora o perigo? Quem sabe; tudo depende de como as coisas são engendradas.
Transpondo essa conversa para a realidade da salvação de nossas almas, a palavra de Deus, vai utilizar exatamente essa forma de comportamento para nos ensinar que, se querermos vencer a batalha na luta contra o pecado e, consequentemente, mantermos o estado de graça que irá nos premiar com o céu, precisamos lutar contra o pecado até o sangue – Hebreus 12,4. Ou seja, significa dizer que nossa dedicação tem que ser extrema, pois, um esforço mínimo e sequer mediano, nunca será suficiente para derrotarmos as ciladas e tentações do demônio; quem dirá se, de forma egoísta, tentarmos fazê-lo sozinhos (João 15,5). São Pedro vai nos recordar que o justo se salva com dificuldade e, se é assim que as coisas estão colocadas, o jeito é arregaçar as mangas e botar para quebrar, indo com tudo e, ao extremo.
Fonte: Jefferson Roger
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