quinta-feira, 29 de outubro de 2020

As verdades do Eclesiástico


Sem dúvida um dos livros bíblicos muito apreciado pelos cristãos que se esforçam por viverem aquilo que Deus nos pede. É sempre um desafio diário alinhar a felicidade terrena com a felicidade que brota de um coração onde a santíssima trindade habita. Desafio porque elas não se combinam e um equilíbrio é muito difícil de ser constante. Sempre chega o momento em que é preciso fazer uma escolha, pois cada uma delas cobra de nós um preço bem diferente e Deus pede exclusividade para os que acolhem o que nos pede.

Tiago 4,4 – “Não sabeis que o amor do mundo é abominado por Deus? Todo aquele que quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”.

Ademais, retornando ao livro acima mencionado, podemos relembrar a dura realidade da pessoa que se decide por Deus:

Eclesiástico, capítulo 02 – “Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação; humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça.

Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação. Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele. Conserva o temor dele até na velhice. Vós, que temeis o Senhor, esperai em sua misericórdia, não vos afasteis dele, para que não caiais; vós, que temeis o Senhor, tende confiança nele, a fim de que não se desvaneça vossa recompensa.

Vós, que temeis o Senhor, esperai nele; sua misericórdia vos será fonte de alegria. Vós, que temeis o Senhor, amai-o, e vossos corações se encherão de luz. Considerai, meus filhos, as gerações humanas: sabei que nenhum daqueles que confiavam no Senhor foi confundido. Pois quem foi abandonado após ter perseverado em seus mandamentos? Quem é aquele cuja oração foi desprezada? Pois Deus é cheio de bondade e de misericórdia, ele perdoa os pecados no dia da aflição. Ele é o protetor de todos os que verdadeiramente o procuram.

Ai do coração fingido, dos lábios perversos, das mãos malfazejas, do pecador que leva na terra uma vida de duplicidade; ai dos corações tímidos que não confiam em Deus, e que Deus, por essa razão, não protege; ai daqueles que perderam a paciência, que saíram do caminho reto, e se transviaram nos maus caminhos. Que farão eles quando o Senhor começar o exame? Aqueles que temem ao Senhor não são incrédulos à sua palavra, e os que o amam permanecem em sua vereda. Aqueles que temem ao Senhor procuram agradar-lhe, aqueles que o amam satisfazem-se na sua lei.

Aqueles que temem ao Senhor preparam o coração, santificam suas almas na presença dele. Aqueles que temem ao Senhor guardam os seus mandamentos, têm paciência até que ele lance os olhos sobre eles, dizendo: Se não fizermos penitência, cairemos nas mãos do Senhor, e não nas mãos dos homens, pois a misericórdia dele está na medida de sua grandeza”.

Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Sobre o temor de Deus


Ou se teme a Deus tendo medo dele, ou se teme a Deus por não querer que ele se afaste, ou se teme a Deus por respeito. Ter medo de ir ao inferno é uma coisa sutilmente diferente de ter medo de se perder o céu. O medo da condenação, do inferno, pode não ser suficiente para livrar-se dele porque muitos podem cair na tentação de que um Deus amoroso e misericordioso não permitiria que seus filhos fossem condenados ao fogo eterno da perdição.

Já o medo de perder o céu supera o temor da condenação porque a alma sedenta por Deus não se importa com o inferno; ela tem uma preocupação maior que é agradar a Deus, viver segundo seus mandatos, viver num constante estado de desapego das coisas que não convém. Não menospreza a glória eterna que Jesus disse preparar (as moradas) para aqueles que ouvirem seu pronunciamento: vinde benditos!

Pois bem, acompanhemos um pouco sobre o temor de Deus em algumas passagens do livro do Eclesiástico, capítulo 01:

“O temor do Senhor é uma glória, um motivo de glória, uma fonte de alegria, uma coroa de regozijo. O temor do Senhor alegra o coração. Ele nos dá alegria, regozijo e longa vida. Quem teme o Senhor sentir-se-á bem no instante derradeiro, no dia da morte será abençoado. O temor do Senhor é o início da sabedoria. O temor ao Senhor é a religião da ciência. Essa religião guarda e santifica o coração; ela lhe traz satisfação e alegria. Aquele que teme ao Senhor achar-se-á confortado, no dia da morte será abençoado. O temor ao Senhor é a plenitude da sabedoria, a plenitude de seus frutos, (para aquele que a possui).

O temor do Senhor é a coroa da sabedoria: dá uma plenitude de paz e de frutos de salvação. O temor do Senhor é a raiz da sabedoria, seus ramos são de longa duração. O temor ao Senhor expulsa o pecado, pois aquele que não tem esse temor não poderá tornar-se justo. A violência de sua paixão causará sua ruína. O temor do Senhor é sabedoria e instrução, e o que lhe é agradável é fidelidade e doçura. Não sejas rebelde ao temor do Senhor, não vás a ele com um coração fingido”. Como vemos caros leitores, é bom “negócio” temermos ao Senhor Deus.

Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Deus crê na família

 


E não foi um pensamento que depois ele colocou em prática e percebeu que não funciona, que não dá certo. Em seu projeto de criação do ser humano ele concebeu homem (pai), mulher (mãe) e ordenou que procriassem (filhos): eis a constituição divina denominada de família. A família conforme o desejo do altíssimo pode crescer; multiplicai-vos disse nosso Senhor.

Portanto, a família quando aumenta de integrantes significa que mais filhos uniram-se ao lar. Quando filhos crescem e casam constituem suas próprias famílias. Deixam a família de origem. O homem deixará seu pai e mãe e constituirá sua família, unindo-se a sua mulher numa só carne – lemos no primeiro testamento bíblico.

O “mecanismo” divino permite que a família inclua novos membros dessa forma, a única que é lícita. Alterações nessa matemática não são bem-vindas por Deus. A família não poderá nunca aumentar se o homem tiver mais de uma mulher ou vice-versa. Pior ainda se procriar com outra pessoa que não o cônjuge.

A vida do homem nesta terra é uma constante batalha e as adversidades que ela vai nos apresentando ao longo do percurso vão “peneirando” nosso compromisso com Deus. Como poderíamos querer as graças divinas se nosso merecimento ficar prejudicado por conta de nosso compromisso ter sido adulterado por iniciativa pessoal? Pois bem, não poderíamos querer...

Peca-se conscientemente e ainda por cima se quer que Deus passe a mão na cabeça e conceda as graças; as mesmas que ele concede aos que não fogem aos seus compromissos. Deus, que crê na família quer que cada um creia igualmente e faça por merecer para que ele abunde a vida de todos os membros do lar com as bênçãos tão necessárias para uma vida que seja do seu agrado. Trata-se sempre de escolhas e sempre de conversão, no tempo em que vivemos, o tempo da graça, ele nos aguarda com braços abertos para que nasçamos de novo, renovados por seu Espírito Santo.

Fonte: Jefferson Roger


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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

O mundo tem um príncipe


Pouco antes de subir aos céus Jesus nomeia Satanás em João 14,30 como “príncipe deste mundo”; ainda alerta que não tem parte com ele. Em 1ª João 5,19 ouvimos que o mundo jaz sob o maligno. Isso sempre foi e será um mistério para a compreensão humana. Por que Deus que, segundo a bíblia é amor e nos amou primeiro, não quer filhos infiéis e inúteis, é rico em misericórdia, porém, justo juiz, permite que Satanás pinte e borde por este vale de lágrimas?

Não vamos compreender isso totalmente em vida; até Nossa Senhora nos explicou que tudo nos será revelado no céu. Todavia, é sabido que é desejo do altíssimo que sejamos passados pelo fogo da provação. Em Lucas 22,31 Jesus comenta ao apóstolo Pedro que o diabo tem permissão divina para exercer seus ataques sobre nós, para que os eleitos de Deus “conquistem o céu’ – Mateus 11,12. Disse Jesus em Lucas 22,31: “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como o trigo”.

Seguramente é assim para todos. Tiago 1,2 – “Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações”.

Ademais no livro de Jó lemos essa condição a qual somos submetidos através da permissão divina. Lá acompanhamos o sofrimento de Jó, infringido pelo demônio por permissão divina, e a constante batalha interna que o servo de Deus enfrenta em relação a sua fé. Como vemos, as coisas são assim, o nomeado príncipe deste mundo, apesar de sua derrota já decretada biblicamente, vaga pelo mundo com sua caterva peneirando a todos. Nossa missão na batalha diária pela salvação de nossas almas consiste em unir-se ao Cristo para tudo (João 15,5) e perseverar até o fim: “sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo” – Mateus 10,22.

Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 20 de outubro de 2020

O devoto de Maria não se perde


Onde está o filho aí está sua mãe! Quem ama Maria Santíssima agrada muito seu filho Jesus Cristo e não se perde jamais, pois tudo que ela quer é configurar seus protegidos ao modelo de santidade do ressuscitado. Maria é despojada de tudo, é serva do Senhor – Lucas 1,38 – e reconhecedora de sua pobreza – Lucas 1,48.

Pobreza de espírito como nos ensina Jesus nas bem-aventuranças. Significa o desapego das coisas que passam, que não importam realmente e que não contribuem para nossa salvação. Ser devoto é querer para si uma vida no modelo daquela que se devota. O devoto da Virgem Maria procura se aproximar dela, ouvir no coração seus ensinamentos, seguir seu comportamento.

Isso consiste em se viver uma vida que agrade a Deus. Imitar Maria é seguir Jesus Cristo, viver como Deus nos pede e seguir o evangelho. É, assim como ela, ser um servo do Senhor. A toda cheia de graça, como mãe responsabilizada na cruz – João 19,26 – não se cansa de nos apontar para o Cristo: ela quer que façamos tudo o que ele nos disser (João 2,5).

Próximos dela, ouvindo seus conselhos, olhando para sua vida, procurando acertar na devoção autêntica, livre de interesses egoístas, pois ela não fará a ninguém a parte que cabe a cada um, dessa forma não é possível ao cristão se perder na caminhada, pois o devoto da Virgem, que ama a Deus e quer viver um dia na glória do paraíso, assume para si um compromisso com ela; compromisso de viver o evangelho e seguir os mandamentos.

Nunca se ouviu dizer, fala de muitos santos e santas de Deus, que um devoto que tenha recorrido a Maria tenha ficado desamparado. Mas vale lembrar, ela é serva do Senhor, não escrava dos homens, ela está a serviço de Deus, não é empregada de ninguém, lhe cabe o maior agradecimento pelas incessantes intercessões a todos aqueles que acorrem ao seu auxílio maternal e amor incondicional.

Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Uma vida cheia de cobranças


A sociedade tem disso: cobra muito. O indivíduo para se inserir nela e galgar degraus desejados precisa submeter-se ao regime das cobranças. Fala-se aqui das cobranças financeiras, morais, cívicas, contratuais, acadêmicas e por aí vai. E a coisa acaba virando um efeito cascata. O mundo capitalizado cobra, os governantes cobram, lideranças cobram, pais cobram, estes cobram os filhos, filhos cobram dos amigos, namorados entre si também cobram e nunca termina.

Cobrança, cobrança e mais cobrança. Todavia, meio que aos trancos e barrancos o povo vai se virando nesse mar endividado.

Reclama aqui, ali e vai levando a vida como pode. Alguns desistem de honrar algumas cobranças. Abandonam-nas ou substituem-nas. No entanto, não há como fugir da totalidade. Sempre alguma coisa nos é cobrada. O corpo não cobra de nós que nos alimentemos? Que tenhamos boa noite de sono e hábitos saudáveis? E se precisamos comer temos que comprar os alimentos, cobrados nos supermercados, que compram dos fornecedores, que compram dos que fornecem os insumos. Minha nossa, não tem como, haja cobrança!

Porém, tudo isso ainda é cobrança que de certa forma permeia a esfera material do ser humano. Não pode este esquecer que é um composto de corpo e alma e existem por isso as cobranças de cunho espiritual.

É a cobrança que vem de Deus. Ele que é rico em misericórdia é também justo juiz. Dono dos mandamentos! E vale, para encerrar o artigo relembrar. Eclesiastes 12,13-14 – “Tudo bem entendido, teme a Deus e observa seus preceitos, é este o dever de todo homem. Deus fará prestar contas de tudo o que está oculto, todo ato, seja ele bom ou mau”.

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Beato Carlo Acutis


Os católicos brasileiros tomaram conhecimento poucos dias atrás da beatificação do jovem Carlo Acutis. Sua trajetória de vida pode ser encontrada em vários meios comunicativos pela internet, porém, a contribuição que pretendemos dar é a de uma pequena reflexão relacionada a estrada para o céu chamada de eucaristia.

Quando o mundo insiste em pregar que o caminho para o céu pode e deve ser substituído pelo descompromissado caminho das ofertas terrenas, diariamente e de tempos em tempos Deus mostra a quem possa interessar que, embora possamos sim escolher subir ou descer, não se trata de algo que devamos fazer; até podemos, mas não devemos.

Sobre isso São Paulo nos recorda em 1ª Coríntios 6,12 – “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma”.

Convém a herdeiros do reino de Deus um comportamento bem diferente do comportamento da moda, do comportamento que o mundo insiste chamar de evolução. Evoluir passando por cima de valores divinos imutáveis, relativizando-os nada mais é que jogo linguístico e de interesses próprios que deturpam a natureza humana adoecendo-a e afastando o olhar espiritual das coisas do alto, quem dirá o olhar dos sentidos que fica prejudicado pela embotação da mente.

Seja como for a medida da alegria única que só pode ser concedida por Deus esbarra no desapego das felicidades do mundo. Não se trata todavia de se viver buscando o sofrimento desmedido e rejeitando tudo que possa nos alegrar por aqui, se trata de, como nos lembrou São Paulo, viver como convém a santos, que pretendem um dia seguir suas vidas na presença de Deus e não há modo que não passe pela via da eucaristia. Não importa a idade que temos, a época em que estamos, o que estamos passando em vida.

Deus nos concede um caminho para nos encontrarmos com ele, chama-se Jesus. O próprio Cristo nos confirmou: sou o caminho, a verdade e a vida. Como vemos, tudo que não nos conduzir para Jesus, não nos colocará no caminho da porta estreita.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Ser mau é a única coisa que sei fazer bem

Somos bons em alguma coisa? Ruins em outras? Bons na maioria delas? Ruins? Pois bem, perguntas que fazem parte de uma reflexão sincera. É sempre fácil enaltecer o melhor e diminuir o pior em nós. Se queremos nos definir como boas pessoas iremos nos comparar com as piores pessoas que conhecemos. Que covardia hein! Assim fica muito fácil, além de injusto.

Ainda bem que acima de todos os julgamentos que fazemos e faremos sobre nós ao longo da vida está o julgamento divino. O critério é dele e muito diferente do nosso e de nada adianta perdermos tempo com reflexões e debates sobre seu modo de ser; se cremos que tudo provém dele, escolhamos acatar ou não, se não cremos que façamos o que pensamos ser certo. Afinal, no fim dos tempos e da vida aqui na terra de cada um, todos irão passar pela descoberta do que vem após a morte. E todos verão se valeu à pena acreditar no que acreditaram.

Sendo assim, será que vale à pena praticar o egoísmo a todo custo em prol dos relativos conceitos que adotamos como certos? Ou é uma rendição a falta de perseverança e humildade em reconhecer que as coisas não são como gostaríamos que fosse. Ademais, ainda corremos o risco de achar que em nossa concupiscência somos majoritariamente maus e exímios nessa prática mas, para piorar, Deus, conforme descrito no antigo testamento, é muito mais exímio malfeitor que nós.

Ao toque de sua vontade se vinga, pune, castiga e impõe muita cobrança e pouca oferta no aqui e agora. Ora bolas viu, se deixarmos o primeiro testamento tomar conta de nossas reflexões iremos criar uma imagem mentirosa de Deus, da religião. Não conseguiremos conceber na mente que o Deus do antigo testamento é o mesmo do segundo.

De fato, é realmente difícil para todos compreender tudo que vem do altíssimo. Parece que entrar no “seu” céu é tarefa apenas para as ovelhinhas cabisbaixas. É experimentar levantar a cabeça, coloca-la para pensar e pronto: começam a aparecer aos olhos as injustiças de Deus. Sem dúvida isso denota uma preguiça imensa porque enquanto a pessoas, boas em fazer o que é mau se debatem em reclamações e reflexões, esquecem que a completude dos ensinamentos divinos abarca uma realidade diferente do que estamos experimentando nessa etapa de nossas vidas eternas.

Fonte: Jefferson Roger

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terça-feira, 13 de outubro de 2020

Família Sossegada


Se tem uma coisa que o diabo faz muito bem é não deixar a família sossegada. Algo que o deixa furioso é uma família vivendo em harmonia, na fidelidade entre pais e filhos, marido e mulher, família e Deus. Nesse contexto, que já é repleto de adversidades – porque aprendemos quem tudo contribui para aqueles que amam a Deus (Romanos 8,28) – adversidades necessárias para purgar o que nos impede de chegar ao céu, nelas o demônio procura meter o seu dedo mentiroso para iludir corações e mentes e mostrar que, nada disso, o Deus castigador é que é um mentiroso.

O mundo prega que uma família sossegada é uma família repleta de posses, luxos e confortos, que vive sugando do mundo tudo que precisa para sua realização sem muito contribuir de volta. Só o que ele pede é que viva as regras do mundo e deixe de lado as regras divinas, tão cheias de exigências.

Então, nesse ponto, a família como um todo e cada um de seus membros precisam fazer uma escolha: viver no sossego do mundo ou no sossego de Deus.

O pequeno detalhe que as pessoas não percebem é que o sossego de Deus significa viver na paz que só Jesus pode dar.

João 14,27 – “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!” A paz de Jesus significa conseguir passar por tudo que a vida nos impõe – por causa de Deus – e ainda viver com o coração livre de estar soterrado pelas ofensas que o mundo acarreta sobre os que vivem com a cruz da salvação nas costas.

João 15,20 – “Lembrai-vos da palavra que vos disse: O servo não é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir”. Caminho difícil que parece a cada dia mais difícil ainda. A entrada no paraíso tem alto custo, mas somente para aqueles que não param de reclamar da sua cruz. Os santos nos ensinam que “assim que abraçamos nossa cruz, paramos de padecer”. Pois bem, nosso sossego repousa na certeza de que uma vida bem vivida e pautada nos mandamentos e no evangelho, passando por tudo por amor a Deus, percorre a trilha deixada por Jesus, a trilha que nos conduz para a porta estreita.

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

É quando Deus quer


Se ilude quem acha que é quando nós queremos. Alguém pode espernear e dizer que não é bem assim, que as coisas não são só quando Deus quer, nós também detemos o mando de muitas coisas. Também é quando eu quero. Será? Vamos ver...

A questão como estamos percebendo pode ser perigosamente relativizada. Eu quero fazer algo, então vou lá e faço. Pronto! Deus não se meteu no meio da situação. Pois bem, mais ou menos... Sabemos que ele nos concedeu o livre arbítrio, a condição de decidirmos e fazermos o que bem quisermos. Somos livres para aceita-lo em nossas vidas ou para rejeita-lo. Ele, que é todo poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis, pode, com um pequeno esbarrão de seu pesado braço da justiça, modificar o curso das coisas (e de nossas vidas) em frações de segundo.

Tão logo nos envolvemos com a sagrada escritura vamos logo aprendendo que nossa entrada no céu esbarra em uma vida repleta de tribulações, provações, humilhações, mandatos e petições. Ora, o altíssimo não é um tirano impiedoso, não obriga ninguém a aproximar-se dele, embora não se canse de “dar sinais” de sua presença. Sinais esses que o diabo se esforça para esconder dos corações humanos.

Quando a sensação de injustiça bate em nossas vidas, ou aquela sensação de que para os outros tudo dá certo com facilidade e para nós tudo é mais difícil isso é sinal de que devemos colocar um olhar sobrenatural em nossas vidas. Tem que ter algo errado, o que é que eu fiz para Deus, o que fiz para merecer tudo isso, e a lista de reclamações pode se estender.

Muitos já ouviram falar do tempo de Deus; as coisas acontecem segundo sua vontade e a seu tempo. Nós, com o tempo que temos precisamos viver uma vida de balança. De um lado dela, estão nossos agradecimentos; do outro, nossos pedidos. Se mais agradecemos teremos menos o que pedir. Se muito pedimos temos pouco a agradecer. Tem algo errado nessa balança...

O erro está nas intenções, Deus vê os corações onde Jesus disse que brotam todas as coisas. Se pedimos de forma errada ou sem esforço algum ou ainda pedimos algo desconexo da salvação de nossas almas, esses pedidos não apresentam propósito relacionado com o céu. Ficamos pedindo muito, recebendo pouco e agradecendo menos ainda. Se os agradecimentos são frutos constantes de reconhecimento por aquilo que Deus faz por nós diariamente, então, em comunhão com ele fazemos pedidos saudáveis, condizentes com a intenção de recebermos um dia a coroa da glória eterna. Perseverantes na oração, pacientes na tribulação, vai nos recordar São Paulo, afinal, é quando Deus quer que as coisas acontecem e quando tudo está em sintonia com o que ele espera de seus filhos.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Não seja como ela


João 12,11-15 – “Eu sou o bom pastor. O bom pastor expõe a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, porém, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, quando vê que o lobo vem vindo, abandona as ovelhas e foge; o lobo rouba e dispersa as ovelhas. O mercenário, porém, foge, porque é mercenário e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas”.

Jesus, o bom pastor, confirmou na cruz o que disse em sua passagem pela terra: ele deu sua vida terrena por nós, suas ovelhas. E ovelhas não chafurdam como os porcos e não se fazem de desentendidas quando chamadas. É preciso silenciar o coração, não deixar que seja soterrado por nosso mundo barulhento. Um coração distraído pelos decibéis profanos certamente não será capaz de ouvir a voz de Deus, que não soa apenas aos ouvidos.

Ocorre muitas vezes que o que pedimos na oração do Pai Nosso – que seja feita a vontade de Deus – esbarra em situações difíceis de ser aferidas pela compreensão humana. Como os desígnios divinos e suas intenções são bem diferentes dos nossos caímos facilmente na tentação de achar que a justiça divina ou não acontece ou tarda em demasia. A impunidade que está escancarada pelo mundo, nas esquinas de casa, a poucos metros de onde estamos eleva ainda mais o preço que devemos pagar para seguir Jesus. Cada vez será mais difícil e é assim mesmo que é!

Na concepção humana, para piorar, Jesus ainda nos manda rezarmos pelos que falam mal de nós, nos caluniam, ofendem e desprezam e ainda manda desejarmos ao próximo aquilo que desejaríamos a nós mesmos. Parece que o Cristo “pega pesado” quando exige coisas assim e ele aperta ainda mais quando diz que de nada adianta só rezarmos por quem amamos e desejarmos coisas boas só para os que bem queremos; disse que a recompensa em agir assim corre risco.

Configurar-se ao modelo de Jesus Cristo sempre vai ser difícil, mas é tarefa de cada um. Quem sucumbe e se decide pelo mal, abre mão do cuidado peculiar e personalizado de Deus e passa a contar apenas com o cuidado genérico, como as espécies da fauna e da flora. Para Santa Faustina Jesus disse que devemos ter fé e paciência nele, pois ele terá a eternidade inteira para praticar a justiça. Somente a fé em suas palavras podem acalmar um coração aflito. Sem dúvida é difícil suportar as adversidades do mundo e as desavenças humanas quando se esforça para seguir o evangelho. Coragem, eu venci o mundo – nos recorda nosso salvador. E continua dizendo que “se perseguiram a mim, perseguirão a vocês também”.

Encerramos recordando o comportamento dos apóstolos: Atos 5,40-42 – “Chamaram os apóstolos e mandaram açoitá-los. Ordenaram-lhes então que não pregassem mais em nome de Jesus, e os soltaram. Eles saíram da sala do Grande Conselho, cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus. E todos os dias não cessavam de ensinar e de pregar o Evangelho de Jesus Cristo no templo e pelas casas”.

Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Por hora Deus não distingue ninguém


Mateus 5,44-48 – “Orai pelos que vos [maltratam e] perseguem. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ELE FAZ NASCER O SOL TANTO SOBRE OS MAUS COMO SOBRE OS BONS, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos. Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos? Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito”.

Depois, chegará o dia em que o joio será separado do trigo, os lobos das ovelhas, duas filas serão formadas, os que irão para a condenação eterna e os que receberão o prêmio eterno. Será o momento de amargurar os erros cometidos por livre arbítrio ou desmanchar-se em lágrimas de alegria por ter suportado tudo que Deus nos enviou por seu amor e para nosso crescimento até a estatura desejada do Cristo.

Mateus 25,34 – “Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo”. Mateus 25,41 – “Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: - Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos”.

Ou é céu ou é inferno, não podemos ser um pouco bons ou um pouco maus. O céu aguarda as almas que respeitaram e acataram a vontade de Deus e viveram por aqui uma vida quase que abnegada de sua própria vontade. Não é novidade, Jesus nos ensinou que quando rezarmos devemos conceder à Deus em nossas vidas que “seja feita a vossa vontade”.

Aprendemos na bíblia que agora é assim que ele procede, faz nascer o sol sobre todos; depois também aprendemos dela que não mais existirá o sol, pois a luz de Deus nos iluminará. Ou seja, nada de sol para ninguém, a diferença é que para os condenados ele será substituído pelas trevas e para os eleitos será substituído por Deus. Nem existe comparação.

Fonte: Jefferson Roger


 

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A honestidade do diabo


Eis aí uma coisa ilusória; lemos na bíblia que ele é o pai da mentira, se é assim como pode ser honesto? Ele pode e é, mas sua honestidade passa despercebida. Ele promete facilidades aqui e agora se virarmos as costas para Deus. Nisso ele é honesto e auxilia aqueles que, unindo-se a ele, tornam-se inimigos do altíssimo. Ele é honesto em suas intenções, o maligno não trai seus desejos e age conforme o seu querer. Não pensa uma coisa e faz outra, todavia, precisa disfarçar em pratos saborosos suas podridões.

Não pode praticar a honestidade divina, pois cada uma, a honestidade do mal e a do bem, conduzem a frutos diferentes. Que diferença! Deus sempre foi sincero e honesto e nunca disse que o céu se alcança sem esforço algum. “O céu é arrebatado a força e são os violentos que o conquistam” – lemos em Mateus 11,12. Ademais, “ele não quer uma multidão de filhos inúteis e infiéis”, lemos em Eclesiástico 15,22.

Deus não promete uma coisa e entrega outra, não existe entrelinhas no “contrato” criatura/criador. Está tudo atestado pelo Espírito Santo de Deus nas sagradas escrituras.

Ademais, se Deus nos tratasse segundo nosso merecimento estaríamos perdidos. Ele é de bondade e misericórdia infinita e isso não isenta o seu lado de juiz. Aí começa a confusão e a dura realidade humana. O diabo planta a dúvida quando insiste em divulgar que se fosse amor o que Deus tem por suas criaturas não dificultaria tanto a vida das pessoas.

Temos que repetir sempre para gravar na mente: “tudo contribui para aqueles que amam a Deus” – Romanos 8,28.

Se o sujeito deixa os prazeres dominarem e comandarem sua vida termina sob o domínio do mal: Tobias 6,16-17 – “O anjo respondeu-lhe: Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o demônio tem poder: são os que se casam, banindo Deus de seu coração e de seu pensamento, e se entregam à sua paixão como o cavalo e o burro, que não têm entendimento: sobre estes o demônio tem poder”. Como vemos o que falta muitas vezes é honestidade da parte dos homens, pois Deus é fiel e espera no mínimo, nosso esforço máximo para que não terminemos praticando uma honestidade mentirosa como o diabo.

Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Malvados e maldosos

 


Faço o mal que não aprovo, nos diz São Paulo em sua carta. A concupiscência nos alicia e nos conduz ao pecado, nos diz São Tiago em sua carta. Também nos diz que Deus não tenta ninguém. E os apóstolos continuam no recordando que a cruz não está além de nossas forças. Por que então fazemos maldades e somos maldosos?

Não nascemos doentes, nos tornamos doentes pelo caminho que trilhamos; a culpa nos pertence porque escolhemos fugir do apertado caminho que nos conduz à porta estreita. Um caminho diferente daquele aberto daqui até o céu por Jesus é um caminho que transforma as pessoas em maldosas e consequentemente estas colocam em prática as atitudes correspondentes.

De várias maneiras nosso inimigo procura que desviemos nossa atenção das coisas do alto. Como ele sabe que estamos “na escolinha de Jesus”, faz de tudo para que nos tornemos como aqueles alunos bagunceiros e problemáticos ao ponto de sermos expulsos. Todavia, muito diferente da expulsão de uma instituição de ensino aqui na terra, gravíssima é a situação de sermos expulsos do céu quando na frente do justo juiz recebermos a sentença.

Meu filho, minha filha – vai nos dizer Jesus – o que é que você foi fazer... Tanto sabia a respeito do bem e do mal, tanto sabia sobre o que fazer e não fazer, “eis que vos avisei sobretudo”... Ao lado, mais afastada um pouco, poderemos quem sabe vislumbrar a Virgem Maria, com um semblante entristecido, pois muitas vezes quis ser nosso auxílio e não demos importância para essa advogada junto ao redentor.

Ali, a pouca distância de sermos admitidos no paraíso, por culpa própria, não iremos além de enxergarmos por um instante aquilo que perderemos para sempre. Tivemos o tempo de uma vida e nesse tempo nos ocupamos em ser maus e praticarmos a maldade. Jesus nos ensinou a retribuir o bem com o mal e nós quisemos pagar com a mesma moeda. Mateus 5,39 – “Eu [Jesus Cristo], porém, vos digo: não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra”. Mateus 6,14-15 – “se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará”. Não temos desculpa, estamos avisados.

Fonte: Jefferson Roger


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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Ausência de Deus


Atualmente e anualmente em alguma parte do mundo acontecem os grandes períodos de estiagem, de calor e de falta de alguma coisa. Independente de realidades como essa, que afetam a vida de todas as pessoas indistintamente, realidades ainda mais graves nos atingem sem discriminar ninguém.

Fala-se que são mais graves porque dizem respeito a salvação das almas. Uma coisa são os sofrimentos físicos; outra bem diferente são os sofrimentos espirituais. Ademais, aprendemos na bíblia que os ímpios serão ressuscitados no dia do juízo para ouvirem a sentença da segunda morte, onde corpo e alma, unidos mais uma vez receberão aquilo que suas vidas terrenas conquistaram.

Como se sabe, não existe desculpa para ninguém; foi o próprio Cristo que nos disse que estamos avisados sobre tudo. Outro exemplo aferimos nas aparições de Nossa Senhora em Fátima. Ela pediu para crianças de sete, oito e dez anos para rezarem o terço todos os dias e a aceitarem e oferecem a Deus os sofrimentos enviados por ele para a conversão dos pecadores. Pedido esse que foi acatado; portanto, nós não temos desculpa alguma, se crianças podem fazer isso, todos podem.

Ademais, se não gostamos do calor e da falta de água ou de outras coisas em nossa vida, é momento oportuno para refletirmos que a falta eterna de um convívio com Deus por culpa de nossas escolhas terrenas, além de não ser passageira como muitas tribulações de nossas vidas, acarretará um estado imutável para todo o sempre. O tempo existe para nós no agora, depois da primeira etapa da vida não mais existirá o tempo. Assim como não adianta um jogador, após o apito final do jogo, correr com a bola até a trave adversária e chutar a bola para dentro, não adianta nada depois que o justo juiz estiver em nossa frente para decretar a sentença da condenação ou o prêmio eterno, tentarmos explicar os nossos porquês. A regra da vida não é de nossa autoria, podemos acatá-la ou ignora-la, nunca a adaptar.

Fonte: Jefferson Roger


 

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