segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Separações temporárias

 


Assim nos garantiu Jesus Cristo; que viveremos para sempre com ele e nossos familiares no reino que foste preparado para nós desde o início dos tempos. Todavia, o período de separação inevitável e temporária, recheada pelo tempo de luto, traz sensações e sentimentos desafiadores até para os que julgam ter alguma fé, quiçá uma fé dita pelo Cristo comparada ao grão de mostarda. Pobre destes, com uma fé assim estão realmente mais enrascados do que o normal.

No entanto, momentos como esse – o caro leitor já entendeu que estamos a falar da morte – serão sempre um esbarrar de Deus em nossa realidade. A cada partida para o “próximo andar”, lá vamos nós e cada um a passar por turbulências mentais, físicas e espirituais. Feliz é aquele que coloca toda a sua confiança em Deus e com isso sofre menos, embora não deixe de sofrer: seja da forma que for já que sua natureza humana, diariamente exercitada e apegada a algumas raízes mundanas, não deixa por menos quando o assunto é o desapego.


Por aqui, neste site, mais uma filha de Deus, devota de Nossa Senhora será homenageada. Trata-se de minha madrinha de batizado: Maria de Lourdes Rosiak, falecida há um dia. Uma pessoa que esteve presente em muitos momentos de minha trajetória aqui na terra. Enquanto minha mãe era viva, os laços familiares estavam bem coesos e presentes. Depois, em seu falecimento as realidades se transformaram, mas o amor jamais. Em cada aniversário, eu recebia uma ligação sua, assim aconteceu por anos. A cada encontro um abraço verdadeiro. Depois que nasci, lá estava ela a me visitar nos primeiros dias. Depois durante minha catequese, era comum eu chegar em casa no sábado a tarde e minha madrinha estar em casa. Nem sei quantas vezes enquanto criança eu posava em sua casa e uma das primeiras orações que aprendi, aprendi com ela. “Com Deus eu deito, com Deus me levanto, com a Virgem Maria, Jesus Cristo e o Espírito Santo”. Oração que até o hoje eu continuo a rezar sempre que deito e sempre que acordo, exatamente como ela me ensinou.


Mais tarde, quando fiz a primeira comunhão lá estava ela. Também em minha crisma e em meu casamento, substituiu no altar a minha mãe. E assim, mais uma pessoa querida por mim foi chamada por Deus, mas posso dizer, que fica a saudade, a certeza do reencontro e de suas orações em meu favor e as melhores lembranças daquela que amou com um amor maternal.

Fonte: Jefferson Roger

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segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Está tudo bem?


Quem está de pé cuide para que não caia. Essa frase que inicia o artigo já foi transcrita em outras publicações neste site. Nem poderia ser diferente; o alerta bíblico é muito pertinente à condição do cristão. Sim, pois nunca estamos livres de sermos arrastados para a condenação eterna.

Muitos podem pensar que não é bem sim, ainda mais ao promoverem uma autoavaliação e, por conta de não fazerem declaradamente o mal a alguém ou a si próprio, acharem que não se enquadram na lista dos que rolarão pela ladeira dos condenados que termina com a danação eterna nos infernos.

Todavia, pode-se sim estar em maus lençóis; isso, porque não seremos julgados por critérios nossos. É o justo juiz que procederá a sentença ou o prêmio e isso, segundo as suas regras e não as regras humanas. Então, colocada a realidade do ser humano nesses moldes, podemos com toda a certeza dizer que nunca está tudo bem.

Mesmo quando dizemos que está tudo bem ao respondermos a alguém, não está. Ou melhor, que fique bem entendido que é preciso definir bem o escopo daquilo que se determina estar bem. Aí sim, podemos afirmar que é tudo. Porém, se analisarmos a questão através de um olhar sobrenatural, um olhar bíblico, um olhar nos moldes de Jesus Cristo aí, caro leitor, sabemos bem que nem tudo está bem. De fato, para que tudo fique bem, isso englobando as duas esferas humanas (a física e a espiritual) o esforço cobrado por Jesus tem que ser diário, imenso, sério, comprometido com a palavra de Deus e perseverante (Mateus 10,22), do contrário, no dia do juízo, quando estivermos frente a frente com o Ressuscitado, dependendo do olhar que ele lançar sobre nós, saberemos: Sim, está tudo bem! – você irá para o céu; não, não está tudo bem” – ide maldito para o fogo do inferno (Mateus 25,41).

Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

O tempo passa


O tempo voa e muitas coisas nessa vida continuam numa boa; porém, outras, precisam de um cuidado especial para que continuem a prosperar. Assim é em uma relação a dois. Todo mundo sabe que se não houver esforço dos dois lados alguém sairá perdendo nesse cabo de guerra. Os relacionamentos modernos que o digam; tudo parece virar um jogo da discórdia e todos querem sair vencedores “eliminando” o outro da casa.

Nunca foi dito que algo assim seria fácil. Tanto é que Deus concedeu aos seus filhos um poder especial através do sacramento do matrimônio. Sacramento este tão menosprezado, tão rechaçado ao ponto de muitas pessoas trocarem de cônjuges como se troca de roupa. E mais, muitos nem sequer cogitam casar, resolvem fazer um “test-drive” para ver se dá certo. Se der, muito que bem, se não, passa-se para o próximo da fila.

Que horror! As filas ainda existem! E há quem as defenda dizendo que procuram com o relacionamento anterior não cometerem os mesmos erros no relacionamento atual. Mas não se trata apenas de erros, se trata de conversão e mudança interior. No relacionamento seguinte, se a pessoa for a mesma existe o risco de não dar certo porque agora se está com outra pessoa, diferente da anterior. É sempre um círculo vicioso viver assim se o sujeito não abre mão de alguns egoísmos.

A renúncia deve existir e a doação ao outro. O amor precisa de seus ingredientes. A vida, intrometida como sempre, fornece os seus: muitas vezes com um gosto de remédio, difíceis de engolir, mas necessários para se seguir em frente. Relacionamentos são assim, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza e assim por diante. Alegrias não só de prazeres e sim do coração; não só tristezas sentimentais, mas na alma, não só saúde do corpo, mas da mente, assim como as doenças que podem ser espirituais; assim também como a pobreza de coração (que é o desapego aos bens materiais) e a riqueza de virtudes. É complexa a vida a dois e a vida em família, pior ainda se o casal eliminar de sua vida conjugal e familiar o personagem mais importante da relação: Deus. Tente sem ele para descobrir muito cedo que você não irá muito longe. “Sem mim nada podeis fazer” – João 15,5.

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Reconhecimento e agradecimento


Na bíblia em atos dos apóstolos está escrito que existe mais alegria em dar do que em receber; também está escrito para nos preocuparmos em primeiro lugar com os interesses dos outros. Pois bem, é nessa esteira do conhecimento que se deve embarcar; procurar fazer o bem a alguém, não esperando algum tipo de recompensa.

Ajudar porque alguém precisa, sem eleger se este merece ou não. Claro, é muito difícil imitar Jesus, que não fazia distinção de pessoas e acolhia todos que a ele recorriam. Todavia, que escolha temos se biblicamente está escrito que devemos ser seus imitadores (1ª Coríntios 11,1)?

Quanto a mim, sempre procuro lembrar desse norte. Em minha profissão tenho a oportunidade de fazer isso todos os dias. Como professor a missão de ajudar as pessoas a aprender é muito gratificante. Perceber que o aluno entrou na aula sem o brilho no olhar e saiu dela transformado, com uma cara de agora eu entendi, que legal que é isso, não sabia que era assim, que interessante, e por aí vai, é uma experiência recompensadora.

Os alunos saem no final da aula, eu ainda fico por mais um momento, olhando para aquela sala vazia, agora silenciosa, satisfeito por ter feito o que podia e não ter deixado por menos. Por agir assim, procurando ser alguém que promova nos alunos a vontade de querer aprender e crescer enquanto pessoa e cidadão, que vez por outra alguns deles reconhecem e singelamente agradecem pelo bem que sentiram que lhes foi proporcionado. Neste ano, em meio as minhas turmas, embora o ano letivo ainda não tenha acabado, alguns já vieram muito gentilmente proferir os seus discursos de obrigado. Entre esses, destaco a aluna da foto (Luna), que me entregou uma carinhosa lembrança e me agradeceu pelo bem que eu a fiz este ano e por todas as coisas que aprendeu comigo. Basta uma pessoa para que você continue seguindo em frente. Saibamos nós professores, se muitos não querem nada com nada, ainda devemos estar lá por causa daqueles que querem, para que com nosso exemplo e dedicação e intervenção divina, eles passem a querer.

Fonte: Jefferson Roger

 

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Dispersos pelos ares

 


“Não é contra homens de carne e osso que é a nossa batalha, mas contra os espíritos malignos dispersos pelos ares”. Pois é, se algum cristão acha que esta afirmação bíblica pode não estar certa, por favor, para seu bem, que vá repensando seus conceitos. Sim, pois levar uma vida sem crer que existe a parte sobrenatural de nossa existência é dar muita corda para o lado oposto de tudo que é divino.

A compreensão e aceitação destas verdades celestes coloca sentido em todo o nosso combate diário. Sabe-se que somos um composto de matéria e espírito. Jesus já disse que o espírito está pronto, mas a carne é fraca. Ou seja, na hora de nossa morte nós, enquanto alma, subiremos para junto de Deus Pai ou padeceremos no purgatório ou então já desceremos ao inferno. O corpo, enquanto isso, aguarda o dia do juízo final, para unir-se a sua alma e irem para o destino eterno e final: céu ou inferno.

Claro, o mexeriqueiro do diabo não deixa por menos e já que não pode diretamente afetar a alma, a afeta indiretamente tentando o sujeito a cometer pecados. Se padece o corpo, a outra metade padecerá também, quando chegar a hora. Por isso, os sentidos precisam sempre ser dominados e condicionados a servirem apenas para a natureza cuja finalidade foi sua criação.

Não podem ser estimulados para aceitar conceitos diferentes daqueles propostos por Deus, do contrário, vai-se o corpo para o lamaçal dos pecados e alma vai com ele. Se não no agora, no depois. Então, no final das contas, já que os espíritos malignos estão dispersos pelos ares durante nossa batalha, também nós, façamos o mesmo, e nos dispersemos, corramos para bem longe das ocasiões de pecado, coloquemos nosso olhar para uma direção totalmente diferente, ou o preço de nossas escolhas, se forem más e erradas, trarão consequências sobre as quais não teremos controle.

Fonte: Jefferson Roger


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Comunhão dos santos


No céu estão os santos, os santos da terra ainda estão peregrinando e sofrendo a cada dia suas provações. Depois que sobem para o andar da igreja gloriosa e triunfante, começam a interceder pelos que aqui na terra ainda estão; no patamar da igreja militante. Aos que morreram ainda não sendo santos, mas não ruins para ser condenados, sofrem no andar da igreja padecente, onde fica o purgatório.

Então, do purgatório sobem ao céu, estão na plenitude de suas santidades e juntam-se aos que para lá foram diretamente. No entanto, todos esses, sabendo por tudo que passaram, rezam por cada um de nós para que consigamos também um dia, estar junto deles. Ora bolas, quem não acreditar nisso vai achar que o paraíso é um lugar de egoístas. Vai pensar que os que estão lá dizem assim: eu consegui, agora eles que façam a parte deles, que se virem.

Não querem que o que estão vivendo agora na eternidade possa ser vivido pelos que ainda não chegaram lá. Puxa vida, se isso existisse no céu, alguma coisa de errado estaria acontecendo da parte de Jesus; muito do que ele ensinou não passaria de teoria.

Ainda bem, todavia, que não é assim. Lemos na bíblia que existe a intercessão dos que já partiram para junto de Deus. Comungam do mesmo anseio que nós: um dia viver no céu para sempre. E como eles já estão lá e por isso são chamados de santos, eis aí a intitulação dessa graça concedida por Deus: permitir que nos ajudemos, sempre e sempre para o bem comum e principalmente dos que mais precisarem. Exatamente como pedimos ao Cristo quando rezamos: Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem.

Fonte: Jefferson Roger


 

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domingo, 19 de novembro de 2023

Ouça o que eu tenho a dizer


Assim começou meu diálogo com Deus. Vou lhe conceder tudo que você precisa. Estais disposto a aceitar? Sim, respondi. Pois bem, será então através da família que você alcançará seus objetivos. Mais tarde em sua vida, quando se tornar adulto, será a sua vez de “deixar pai e mãe e se unir a sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne”.

Por intermédio da família, agora a sua, você se tornará um marido, depois se tornará pai e a partir de então deverá viver por ela e para ela. Através de sua família, lhe concederei as dádivas, mas também minhas correções, sempre que for necessário. Não se esqueça, algo muito importante: problemas surgidos dentro da família devem ser resolvidos dentro do lar. Isso é importante porque o diabo sempre irá oferecer soluções mágicas para os problemas que as dificuldades da vida familiar oferecer. O demônio não gosta de famílias e irá forçar a sua ao limite; não deixe de contar com toda a ajuda que eu sempre te providenciarei. Não me retire da sua vida, nem da vida de sua família.

Ouvi tudo isso atentamente. O caro leitor pode imaginar como isso se deu. Respondo que aconteceu quando recebi o sacramento do matrimônio. Nele, Deus nos explica tudo isso. Hoje, vinte e cinco anos após começar a vida de casado, confirmo que tudo que ele ensinou e explicou estava certo, em nada errou. Nem poderia, Deus Pai Todo Poderoso, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, detém o mando de tudo. Para a sociedade, a data recebe o nome de comemoração de bodas de prata. Minha mãe também comemorou antes de morrer suas bodas de prata; meus sogros comemoraram bodas de ouro – cinquenta anos de casado.


O casamento reforma as pessoas, a convivência com diferentes perfis de pessoas dentro de uma mesma casa, precisa ser vivida com muita dedicação e empenho, pois se trata de uma luta diária. Claro, tem que existir sentimento, sentimento esse que deve ser cuidado. É uma plantinha que para tornar-se uma árvore frondosa precisa sempre de atenção especial. Hoje em dia, quando falamos do tempo em que estamos juntos, muitos se espantam e dizem que não é mais comum casamentos durarem tanto assim. Ou então, quando reencontrados pela rua por pessoas de um convívio passado, elas perguntam: “você ainda está casado(a) com ele(a)? Enfatizando o “ainda”, quase com um tom de quem quer confirmar a já dada como certa, separação. Ao ouvirem que “sim!”, a reação é quase sempre um “nossa!”.


Pois é, a história de que “não deu, parte para outra” é um conceito do mundo, criado para resolver a falta da seriedade e a superficialidade com que o casamento é tratado, sem falar no noivado e no namoro. Se o sujeito casa pensando em ser feliz, engana-se redondamente; precisa casar com o desejo de fazer o outro feliz, depois os filhos que Deus enviar. Como consequência, sua felicidade virá porque não teve raízes egoístas. Para se ter paz no lar, paz em casa, paz no coração é preciso trilhar enraizado em Deus uma caminhada a dois, apoiando-se mutuamente e respeitando-se por amor a Deus e ao próximo. É sempre importante rezar diariamente pedindo a graça do aumento do amor matrimonial, conjugal e familiar, ou alguém espera chegar tão longe na vida matrimonial sem nenhuma ajuda, consentimento e bençãos do altíssimo?

Artigos anteriores:

9 - Cheguei na véspera

8 - Ontem se foi, hoje chegou

7 - Após três dias ressuscitou

6 - Está logo ali

5 - Um passo de cada vez

4 - Seis dias

3 - Só mais uma semana

2 - Um dia a menos

1 - Contando os dias

Fonte: Jefferson Roger


 

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sábado, 18 de novembro de 2023

Cheguei na véspera


Na história da humanidade vemos vários episódios onde a véspera de um acontecimento recebe grande importância; é um momento de reflexão e preparação. Nas práticas religiosas isso acontece muito. Por exemplo, o tríduo pascal ou as novenas. Sem dúvida a expectativa sempre aumenta. Vejamos também outro exemplo: os aniversários. Como é belo, embora um pouco sofredor, vermos uma criança aguardando ansiosamente que o dia que antecede sua data comemorativa de nascimento termine, para que enfim chegue o dia de se cantar parabéns, soprar as velinhas e finalmente, pois parecia uma eternidade, ganhar o presente tão desejado.

Nós adultos ainda conservamos muito disso, damos valores a muitas datas comemorativas em nossas vidas, sejam tristes ou alegres, lá estamos nós a comemorar, fazer menção, memória, festejar ou se resguardar e também para agradecer a Deus. Em meu caso, vivo hoje um dia de véspera, pois amanhã completarei vinte e cinco anos de casado.

Com minha esposa vivo desde o dia primeiro de dezembro de mil, novecentos e noventa e cinco. Construímos uma história juntos. Lembram que contei que minha mãe morreu quando eu tinha vinte e três anos? Pois bem, estou vivendo com minha esposa faz quase vinte e oito anos; é a mulher que está ao meu lado já por mais tempo que minha mãe. O tempo vai lapidando pessoas e apresentando vários aprendizados e nós sempre podemos sair do outro lado do túnel colhendo frutos de tudo aquilo que vivemos.

Muitas vezes festas não são necessárias para se comemorar datas festivas; algo mais singelo cumpre muito bem seu papel. No caso como o que eu estou contando, o principal agradecimento vai para Deus, responsável por promover tudo isso que estou vivendo; vai para Nossa Senhora, a quem consagrei meu matrimônio. Falta pouco, mais algumas horas e, se Deus quiser, amanhã acordarei sendo um homem casado com uma mulher, e a mesma mulher, desde dezenove de novembro de mil, novecentos e noventa e oito. Sobre isso, falarei mais um pouco no artigo de amanhã.

Artigos anteriores:

8 - Ontem se foi, hoje chegou

7 - Após três dias ressuscitou

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4 - Seis dias

3 - Só mais uma semana

2 - Um dia a menos

1 - Contando os dias

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Devotos de Nossa Senhora


Aqui neste site, dedicado a Virgem Santíssima, eu não poderia deixar de escrever, ainda que com palavras que não alcançarão o valor dos remetidos, uma pequena homenagem, reconhecimento ao exemplo de pessoas que seguiram o exemplo da mãe de Jesus. Caro leitor, tive a graça de conviver, depois da minha mãe, com mais duas pessoas devotas de Nossa Senhora. Antes que os não católicos possam esbaforir em contrário, por aqui, neste site católico, somos sim, devotos da Virgem Maria. Ela, que a mando do seu filho pregado na cruz, assumiu toda a maternidade da humanidade, não desampara aquele que a ela recorre.

Tenho plena certeza de que a “mãezinha do céu”, como dizia o meu sogro – Lauro Hammerschmidt (foto), intercede por cada um dos filhos de Deus. Como não acreditar em um endosso do próprio Cristo? Ela nos ensinou que “devemos fazer tudo o que ele (Jesus Cristo) nos disser. Achegar-se junto da mãe é certeza de estar perto do filho, pois mãe e filho estão a nos amparar, ajudar, ensinar e nos suportar em nossas fraquezas.



A Dona Nany, Ernany Bastos (foto), esposa e mãe primorosa, embalou-me em seus braços e afetos. Fui o genro que tinha como filho e isso, admitia publicamente. Por ela, fiz tudo que pude, a tratei como mãe e não ficou para trás nenhum arrependimento; só a saudade. Eu, que sou um homem consciente de que valho muito pouco, fui bem recebido pelos dois e querido por eles com uma preocupação exemplar e muito acima do meu merecimento. Não poderia ser diferente, aprenderam com a “mãezinha do céu”.

Seu Lauro e Dona Nany, chorei por dentro a morte dos dois, agora me resta a lembrança, a saudade e a esperança do reencontro. Gosto de pensar que eles finalmente conheceram minha mãe, que partiu para junto de Deus em 1995. Deixo aqui minha homenagem e reconhecimento aos três. Os pais de minha esposa jazem em paz, lembrados oficialmente no memorial dos devotos, no Santuário Nacional de Aparecida, aqui no Brasil. Nas lembranças que nos deixaram e recordações que emergem por conta de seus pertences, ainda tive o privilégio de ser presenteado com o Santo Rosário da Senhora Ernany, para mim, agora Santa Ernany. E assim, cada um que porta um objeto que era deles, traz ao peito e ao coração a felicidade de um dia ter vivido com eles, a esperança de um dia reencontrá-los e a certeza de que nos céus, eles intercedem por nós junto a quem? Como dizia Seu Lauro: “a mãezinha do céu”

Fonte: Jefferson Roger


 

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Ontem se foi, hoje chegou


É sempre assim, caminhamos na vida em pares. Sempre é passado e presente ou presente e futuro; o ser humano possui estas questões sempre presentes em sua mente. Afinal, não pode viver sem qualquer direção porque na ausência de uma certamente o mal irá oferecer todas as opções disponíveis para que a perdição da alma seja instalada na vida do sujeito.

Ontem se foi, relatei em outro artigo que minha filha mais nova fizera oito anos. Hoje, uma sexta-feira, dista minha vida um tempo de dois dias. Dois dias para o domingo, um dia diferente, um dia, que como qualquer outro, não se repetirá. É sempre assim, dias não se repetem; quem sabe, quando muito, são parecidos. Agora, idênticos, não há como.

O leitor que acompanha esta sequência de artigos sabe que parei o relato na época do noivado. Era o mês de mil, novecentos e noventa e sete. Mais um ano se passaria nesta condição para enfim o casamento acontecer. Casamos. Cinco anos depois veio a primeira filha. Dezessete anos depois, veio a segunda filha.

Para o católico, que crê na graça dos sacramentos, sabe que quando duas pessoas se assumem seriamente e publicamente na intenção de contrair núpcias, confirmando este ato através do casamento civil, o chamado casamento no cartório, coisa que no mesmo dia poderá acontecer na igreja ou em data posterior, ali já acontece o sacramento, por parte de Deus. Vamos recordar o porquê: Deus vê os corações e vê no oculto. Sabe que não é uma separação intencional, casar no cartório em um dia e na igreja em outro dia. Simplesmente as datas não coincidiram. Então, já que os nubentes resolveram tornar público perante os homens a decisão do casal, Deus a endossa neste momento, onde posteriormente as demais bênçãos divinas acontecerão na cerimônia oficial na igreja.

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7 - Após três dias ressuscitou

6 - Está logo ali

5 - Um passo de cada vez

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1 - Contando os dias

Fonte: Jefferson Roger


 

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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Um dom de Deus


Já lemos nos salmos que eles são um dom de Deus. Venham como venham, sejam com sejam. O amor que nasce e costura essa relação de pais e filhos não se quebra por qualquer coisa. Arrisco ir mais fundo e dizer que nunca se finda, mesmo na morte. Ora, não lemos na bíblia que nem a morte nos separará do amor a Cristo? Por que seria diferente dentro dos membros de uma família? Ao menos, vivem depois da morte e antes do reencontro eterno, em nossas lembranças.

Hoje, exatamente hoje, minha segunda filha, a Sofia, está a comemorar oito anos de vida. Claro, não sejamos mentirosos, filhos dão trabalho e despesa, mas isso é ínfimo se comparado ao que nos trazem de bom. Por causa deles nos tornamos pessoas melhores a cada dia. Os amamos apesar de tudo, pois são o fruto da relação matrimonial, do amor de um homem e uma mulher, materializado no leito sagrado.

Falo aqui sobre uma perspectiva minha, aprendida biblicamente e ensinada a mim por gerações e pela tradição de pai para filho. Se sou o que sou hoje é porque fui um filho querido e desejado, por Deus e pelos pais. O mesmo posso dizer de minhas filhas, são duas vivas e uma falecida. A Sofia hoje está a alegrar-se, pela graça de Deus, com suas amigas da escola, dançando, brincando, se divertindo, sendo feliz, sendo amada, sendo criança. Em minha casa esse direito dado por Deus a cada um – de sermos crianças – não lhe será tirado pela sociedade, por mais que o mundo queira. Já levamos uma vida tão difícil e mais difícil a cada dia, que momentos assim, como o retratado aqui, são de extremo valor para a vida e o crescimento saudável de uma pessoa.

Espero em Deus (eu e minha esposa), que possamos dar sempre o nosso melhor e por elas (a Yasmin e a Sofia) fazermos tudo que estiver ao nosso alcance e aquilo que não estiver, pedirmos a Deus que nos conceda. Hoje me alegro e a felicito, pois seu sorriso é uma das coisas que me faz feliz. Parabéns minha filha, parabéns Sofia.

Fonte: Jefferson Roger


 

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Após três dias ressuscitou


Todo cristão sabe que depois de três dias Jesus Cristo deixou a morte para trás, abriu definitivamente o caminho da porta estreita até o céu e decretou que todos precisam se esforçar se desejam um dia morar no céu, no lugar da alegria e felicidade eternas. Por aqui, faltando três dias para o domingo, me esforço para seguir os seus mandatos, exemplos e ensinamentos.

Já de namorada nova a vida foi caminhando; fomos nos conhecendo cada vez mais e descobrindo as afinidades e diferenças. Houve quem dissesse no início que não combinaríamos, que éramos muito diferentes. Bom, opiniões existem, mas dentro de nossos corações e mentes somente Deus pode enxergar. Não fosse assim muitos teriam acertado. E erraram.

Caminhamos por um namoro que durou três anos. Por eu morar a oitocentos metros de distância da casa dela, já pode imaginar o leitor que eu frequentava com muita frequência a sua casa. E para se falar bem ao certo, ia vê-la todos os dias. Se ela tomou a iniciativa de começar o namoro, eu tomei a iniciativa de ir até sua casa e me apresentar para a sua mãe. E assim o namoro avançou. Época muito importante onde o casal se conhece e ameniza o convívio da vida dos casados, pena que cada vez mais muitas pessoas pulam esta etapa, não amadurecem o relacionamento, pulam até noivados e sequer casam, dizendo que vão morar juntos para fazer uma experiência, se der certo cogitam casar, e só no cartório. Caso contrário, descarta o candidato e passa para a próxima pessoa. Que horror! Essa modernidade de atitudes está muito afastada do planejamento divino para suas criaturas.

Eu, no entanto, sigo as regras do jogo. Depois de cerca de quase três anos, oficialmente ficamos noivos: era o ano de mil, novecentos e noventa e sete. Nada sem muito estardalhaço, tudo muito simples. Bem ao estilo antigo “pedi a mão” da moça ao seu pai, acompanhado pela sua mãe. É, caro leitor, embora isso aconteceu no século passado eu não fugi nadinha do “script”. Uma decisão assim não seria tratada com leviandade, pois é uma notificação oficial de que o relacionamento pode subir um patamar no campo da seriedade.

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Fonte: Jefferson Roger


 

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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Está logo ali


Existe um ditado que diz que já se pode ver a luz no fim do túnel. Pois é, vivo uma sensação parecida, pois daqui a quatro dias, se Deus quiser, terei atravessado esse túnel. Diria eu, fazendo uma breve analogia, que Deus nos coloca numa espécie de túnel, Do ponto em que nascemos até o final da vida ele nos orienta como devemos viver, o que devemos fazer e o que devemos deixar de fazê-lo e sequer o fazer. Nos ensina sobre como devemos nos comportar, se é que pretendemos um dia viver com ele por toda a eternidade no reino dos céus.

O diabo detesta isso e faz de tudo para que saiamos desse túnel e vivamos aventuras desregradas bem afastadas do que o altíssimo espera de cada um. O demônio é assim, se mete em toda a parte, não vale nada mesmo e quer que as pessoas sejam como ele: inimigas de Deus. Ninguém escapa das investidas e eu, que agora estava de namorada nova, era foco mais acirrado de sua atenção. Não pense o leitor que se trata de ego, nada disso; o diabo vê nos casais de namorados a possibilidade de constituírem uma família, algo que sempre foi desejado por Deus, haja vista a sagrada família.

Ele não quer compromissos sérios entre as pessoas, vidas pautadas no evangelho de Jesus Cristo. Ele quer algazarras, farras e orgias carnais e todo o tipo de libertinagem que Deus abomina. Não foi o meu caso; de namorada nova, a vida tomava outro rumo. E sim, desde o início nada passou de uma aventura, o namoro foi época de preparação para uma vida adulta, mais séria, cheia de desafios e compromissos que, embora alguns não queiram admitir, fazem parte da vida de cada um.

Ali estava eu, com uma moça que um dia se tornaria minha esposa e mãe das minhas filhas. Não sabíamos nada sobre o que viria pela frente, mas sabíamos que nossos caminhos queríamos nós, sobre eles, que seguissem unidos. Assim começou o dia a dia, não de uma vida nova, mas de uma nova vida. Eu me achava o “cara”, pisando firme por aí, tinha namorada, uhuuu! Estava feliz da vida, um novo tipo de amor entrara em minha vida.

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Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 14 de novembro de 2023

Um passo de cada vez


“Um soco, um passo, um round de cada vez”; ouvimos essa frase no filme Creed – Nascido para Lutar. Na mensagem que o personagem passa está o fato de que devemos seguir pela trilha cientes de que não existem caminhos fáceis na vida, ainda mais quanto mais alto é o preço das conquistas que almejamos.

Assim é para todos, e também para mim. Seguindo a história que estou a contar desde sexta-feira passada, posso olhar adiante e ver que faltam cinco dias para o marco tão propagado por mim nesta pequena sequência de artigos. Aos mais atentos a suposição já é situação parceira nesta caminhada que o leitor tem feito comigo. Agradeço por isso, vamos em frente. Pois bem, outubro foi ficando para trás, com a nova lembrança que eu não comemoraria o aniversário da mãe. Agora, no entanto, eu ainda não sabia, mas neste mesmo mês outra lembrança faria parte da minha existência.

Vamos acelerar um pouco e deixar os rodeios de lado; pelo menos um pouco deles. Novembro também se foi e dezembro bateu às portas. Era o dia primeiro, já anoitecera. Eu fazia um bolo de chocolate. Meu pai não estava em casa, meus irmãos estavam. Tenho dois. Enquanto esperava que a nega maluca terminasse de assar fui lá na frente de casa tirar o carro da garagem. No dia seguinte eu sairia primeiro, então tinha que deixar a vaga disponível, logo meu pai iria chegar. Ocorreu então, que ao chegar na frente de casa eu a avistei pela primeira vez. Uma moça com seus dezenove anos, sentada com alguns amigos na frente de uma lanchonete que existia ao lado da casa onde eu morava.

Trocamos olhares e eu fui logo a chamando para conversar. Todos sabem, aquela conversa inicial onde mais se parece uma troca de questionários. Afinal, como começar de forma diferente? Conversamos um pouco, ali mesmo, eu para dentro de casa, ancorado no portão dos carros e ela do lado de fora, de mãos no bolso, em pé a uma distância segura. Seria dentro de poucos minutos nosso primeiro dia de namoro. Isso graças a ela, que na hora da despedida apostou todas as fichas. E junto a lembrança do aniversário que não se comemoraria mais em outubro achegou-se a informação de que em outubro minha namorada fazia aniversário.

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Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Seis dias


Lemos na bíblia que Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou. Daqui a seis dias irei comemorar o meu marco, já venho falando sobre isso faz três artigos e no domingo próximo o dia chegará. Não como a jornada divina de seis dias, pois a jornada que estou contando, muito resumidamente, levou muito mais tempo. Em um de meus livros, cujo link está aqui no site (O que Deus sabe sobre mim – vol 01), é possível conhecer um pouco mais a fundo certas etapas de minha vida. Por aqui, sigo então em mais um pedacinho dessa história.

Meu aniversário passara, lembram que eu falei que as perdas sempre são lembradas? Sim, as datas sem os entes queridos agora serão lembradas de uma forma diferente; com lamentos, saudades, pesares, tristezas, sempre, conforme a natureza de cada pessoa. Eu, que mal tinha passado pelo mês de meu aniversário, o primeiro sem minha mãe, já no mês seguinte viria outra “ripada nas costas”.

Ela fazia aniversário em outubro. Já pode deduzir o leitor: o primeiro aniversário “dela” sem “ela”. Claro que soa meio estranho, eu sei, porém, a partir de então as pessoas começam a dizer assim em relação a uma pessoa: se ela estivesse viva estaria fazendo tantos anos. Acho um pouco perigoso pensar assim, pois corremos o risco de abafar o legado deixado. Digo perigoso porque com um pensamento como este a tentação dos lamentos e dos “ses” pode vir a cavalo. Exemplo: se ela fosse viva, seria avó, se fosse viva, teria ajudado a criar as netas, se fosse viva viria me visitar toda a semana, e assim por diante. Que fique a saudade e não os lamentos, não é mesmo”?

Passei pelo mês, não tinha o que fazer, parado é que não poderia ficar. “Força na paçoca” (essa gíria é antiga, mas retrata bem a dificuldade em se fazer força para seguir em frente quando parece que a força é em vão). Já experimentou comer uma paçoca que precisa primeiro ser aberta sua embalagem? Muito bem colada se fizermos força abrimos o produto, mas ela se desmancha. Assim é na vida, não adianta forçar a barra, remar contra a maré, dar murro em ponta de faca. Deus dita os termos de nossas vidas e nós aceitamos ou inutilmente nos rebelamos, igualzinho fez e faz o diabo todos os dias.

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3 - Só mais uma semana

2 - Um dia a menos

1 - Contando os dias

Fonte: Jefferson Roger


 

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domingo, 12 de novembro de 2023

Só mais uma semana


Pois bem, doze mais sete é igual a dezenove. Pois é, dia dezenove de novembro será um domingo. Neste dia um marco chegará e será fincado no mapa e história de minha vida. Mas vamos em frente, temos que preencher as lacunas que separam estes dias. Dissera eu no artigo anterior que meu aniversário, o primeiro sem a presença de minha mãe, estava a se aproximar.

De fato, já há alguns anos os aniversários eram comemorados de maneira mais tímida. Vamos crescendo e tudo nesta data vai ficando singelo, simples, mas verdadeiro. Sem estardalhaços, sem algazarras, ainda mais se o espírito não pede nem sente falta de algo assim. E setembro chegou, o dia três; fiz vinte e quatro anos e o primeiro sem a mãe. Sei que parece repetitivo ficar falando “sem a presença”, “sem a presença”, mas, aqueles que já perderam alguém em suas vidas entendem muito bem o que é ter que conviver todos os dias e até o fim dos seus dias, vamos lá, sem a presença de alguém.

E mais, depois disso você começa a usar esta expressão muitas vezes em sua vida, principalmente no primeiro ano completo da perda de seu ente querido. Falarei sobre isso mais adiante; por aqui, continuo a falar do meu aniversário. Foi uma data completamente normal, como um dia qualquer. Só não estive sozinho porque Deus estava comigo, me fazendo lembrar que a vida é assim, que de tempos em tempos todos vamos sendo chamados à sua presença.

Sei que essa é uma parte dura da vida e por isso muitas pessoas evitam pensar a respeito. Eu diria que não é uma atitude certa, pois ser surpreendido é pior do que ser surpreendido estando ciente de que isso é coisa já decretada pelo altíssimo. Nas sagradas escrituras se fala e ensina muito sobre isso. Numa passagem do livro do Eclesiástico lemos que devemos pensar constantemente em nossos novíssimos e jamais pecaremos. Só por aí já deduzimos que não pensamos o quanto deveríamos. Eu particularmente até que pensava e ainda penso e quanto mais vivo mais lembro disso. Recordando, os novíssimos são as últimas realidades de nossa vida: morte, julgamento, inferno, purgatório e/ou céu.

Artigos anteriores:

2 - Um dia a menos

1 - Contando os dias

Fonte: Jefferson Roger


 

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Um dia a menos


Ontem, dentro da contagem regressiva desta história, oito dias se seguirão até que saiba o leitor como esse acontecimento termina, ou começa. A mãe tinha partido, começara então uma desestruturação familiar. Sim, em famílias precisam existir alicerces do contrário, como nas construções de alvenaria, a ruína é algo muito possível de se acontecer. Se em famílias saudáveis suas bases e fundamentos já são testados pelo mundo e pelo diabo diariamente e incessantemente, quem dirá se não existir solidez familiar?

Lá se tinha ido, com apenas 43 anos, perdera a batalha contra o câncer. A família se dispersou; em poucos meses pai e irmãos seguiram cada um os seus caminhos e para mim, não foi diferente. Eu trabalhava, jogava o meu videogame, corria a pé (isso desde 3 de setembro de 1982), assistia aos filmes e documentários preferidos e seguia adiante. Detalhe: ainda não tinha chorado a morte de minha mãe.

Maio, Junho, Julho... Os meses caminhavam, pois, a vida é assim, se você tentar pular fora desse trem ele não irá parar te esperando, aguardando que reembarque. Ele está em movimento, só avança, sempre em frente, com destino certo. Nele, você deve estar e suportar todas as adversidades do trajeto caso pretenda desembarcar no ponto final. Não pule antes, pode se arrepender e isso ser tarde.

Então foi o que fiz, segurei as pontas, aguentei firme. Na rotina de nossas vidas, que embora não pareça, sempre são modificadas eu procurava olhar para frente, pois, tinha que ter em mente que o segundo do momento presente ia me deixando a cada batida do coração. Soframos ou não, isso não importa. A implacabilidade da vida não está nem aí para você. Suporte e resista ou será soterrado por não lutar. Se é assim que é, não me restava opção, tinha que seguir lutando, aproximando-se do meu primeiro aniversário sem a presença de minha mãe.

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1 - Contando os dias

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Contando os dias


A história que vou contar, como a maioria das histórias de nossas vidas, caracteriza-se como um momento único, que nunca mais irá se repetir. Nossa vida, de fato, é muito rica; não dizem os ditados que daria para escrever um livro? Pois bem, acredito que daria sim. Porém, por aqui, faltando nove dias para um marco em minha vida, irei contar resumidamente sobre essa pequena parte, esse pequeno detalhe que estou a vivenciar, repito, daqui a nove dias.

Irei a cada dia falar um pouco a respeito, assim o leitor do site e aqueles que porventura passarem por aqui, poderão conhecer um pequeno testemunho biográfico de quem vos escreve. Era o ano de 1995, o mês era abril. Um mês marcado por acontecimentos difíceis e verdadeiros e, acima de tudo, inevitáveis na vida de todo ser humano. Muitas pessoas, sequer cogitam falar ou pensar sobre isso. Não suportam encarar tamanha realidade da qual não se pode escapar.

Sendo assim, lá estava eu; neste ano eu completaria 24 anos. Seria uma idade que não poderia eu deixar de lembrá-la e relembrá-la até o final dos meus dias; seja lá quantos dias ainda faltem. A memória deste ano ficaria marcada, muito bem cicatrizada na mente e no coração. Eu era solteiro, trabalhava e ainda morava com os pais. Fazia parte do que eu chamo de primeira família, a família onde nascemos, onde Deus nos quis ali para ingressarmos neste mundo chamado na oração da Salve Rainha de “Vale de Lágrimas”. Convenhamos, hajam lágrimas em nossas vidas, sejam de alegrias ou tristezas, dores, pesares, desgostos ou decepções, lá estão a nos ajudar a colocar para fora toda a pressão dos sentimentos.

Neste ano, porém, minhas lágrimas não sairiam, o baque foi muito grande e mesmo esperado, a realidade que se apresentava, duríssima para qualquer um, mesmo para os que acreditam e têm fé em Deus, trazia uma carga imensa que aperta corações. Corações que, se não estiverem amparados por Deus, sofrerão além do que não se pode evitar, um pesar muito devastador. Abril chegou; com ele o dia derradeiro: a mãe, depois de lutar por três anos contra o câncer faleceu em casa: era o dia 22 de abril. Ali começou outra contagem, uma vida que Deus chama para seu convívio eterno e um contar de dias e meses para o ingressar de novos acontecimentos. Eu não sabia, mas esperava por mim o mês de dezembro com um grande acontecimento preparado por Deus...

Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 7 de novembro de 2023

Não pense como o diabo


Ele tem suas filosofias e seu modo de pensar e agir. Segundo a palavra de Deus, quando chegar o fim dos tempos ele será derrotado de forma definitiva e banido para todo o sempre da existência humana. Até lá, vá entender os motivos divinos, temos que conviver com suas artimanhas. Digo vá entender porque, em primeiro momento, é estranho pensar que o tão propagado Deus de amor, que é amor, segundo São João, consentiria em permitir que seus filhos – suas criações – padecessem pela terra à mercê do mal, sofrendo diariamente o ataque do inimigo.

Deixando, todavia, isso de lado, precisamos nos concentrar em não agir como ele, como o diabo. Ele se comporta como o franco atirador, que não tem mais nada a perder, não irá vencer Jesus Cristo, não irá reinar pelos séculos dos séculos, não irá vencer a Virgem Maria. Pois bem, se é assim que é, então ele pensa: que se dane, já perdi e perderei mesmo essa batalha, então já que meu navio vai afundar quero levar comigo quantos mais eu conseguir.

Eis o perigo, é nesta permissão divina que o demônio trabalha; tentando diariamente convencer as pessoas – sem exceção alguma – a passarem para seu lado (entrar nesse navio) ao custo de perder a alma no inferno por toda a eternidade. E a entrada para lá é bem pequena em termos reais: basta virar as costas para Deus deixando de seguir seus mandamentos, o evangelho de Jesus Cristo e passar a viver uma vida que agrade apenas a si.

E nem se trata de não fazer o mal a alguém, trata de apenas fazer o bem a si. Caso alguém tenha notado isso configura a desobediência ao primeiro mandamento divino: amar a Deus sobre todas as coisas com todo o teu coração, alma e entendimento. Isso inclui até a própria pessoa que deve se colocar em plano inferior, não querer em primeiro lugar coisas para si e sim, por amor a Deus, querer por ele, para ele e com ele, onde aí se inclui o próximo. O próximo, que aliás, não é objeto de consumo que serve para colaborar em muitas ofensas contra Deus o que inclui todos os pecados da carne. Então, ao invés de uma atitude assim de “tocar o dane-se” (sei que a expressão é tocar o “fo4a-s3”), devemos virar nosso pensamento 180° e focar nas coisas do alto, colocando nosso coração no céu. Lembremos, onde está nosso coração aí está nosso tesouro, disse Jesus.

Fonte: Jefferson Roger



 

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domingo, 5 de novembro de 2023

Voltando no tempo


No filme A Máquina do Tempo de 2002, acompanhamos a trajetória do protagonista que, por conta de acontecimentos imprevistos, se torna obcecado em retornar no tempo para interferir em eventos de sua vida que levaram a morte de sua amada. Cada vez que ele faz a sua tentativa, de uma forma diferente, sua mulher é morta; quanto mais ele tenta mais percebe que não existe uma maneira de alterar o inevitável.

Isso acarreta um estado psicológico bem destrutivo em sua vida, o fazendo se isolar de tudo e de todos, porém, não foi possível corrigir o passado e após, algumas tentativas, um acidente o leva para outra realidade ainda mais distante daquilo que pretendia para si, em vida. Apesar de ser um filme de ficção científica, o produtor do filme quis transmitir uma mensagem, que até certo ponto, não deixa der incomum no mundo cinematográfico, pois, a sétima arte aproveita o acesso do público para, não só entreter como também transmitir mensagens e lições de vida. Afinal, quantos filmes que assistimos são baseados em fatos reais?

Em A Máquina do Tempo isso não é diferente. Em sua jornada o personagem interpretado por Guy Pierce retoma as rédeas de sua vida e segue em frente, fazendo de suas cicatrizes uma motivação e um aprendizado. Na vida real, temos alguma escolha? A não ser seguirmos em frente, aprendermos com nossos erros, nossos acertos, procurarmos nos moldar conforme as direções que Deus nos aponta e caminharmos sempre rumo a porta estreita, a porta do céu? Até temos, mas são escolhas distantes do desejo divino. No mais, o mais próximo que podemos chegar de voltar no tempo é quando nos arrependemos das escolhas erradas que fazemos e recorremos aos braços do Pai Eterno, que sempre nos acolhe, perdoa, ama e nos corrige, pois, não nos quer como filhos inúteis e sim, como herdeiros do reino dos céus.

Fonte: Jefferson Roger


 

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Mostra-me a mãe


Existe um filme dos irmãos Kendricks que se intitula “Mostra-me o Pai”. O filme retrata em forma de documentário as importâncias da figura do pai no seio familiar. Com algumas histórias o filme vai demonstrando o quão é importante a presença paterna para os filhos. Se assim o é em relação ao pai, quem dirá então, em relação a mãe.

O poder da maternidade inserida divinamente na mulher, foi algo extraordinário que Deus quis entregar para a humanidade. E pensar que quanto mais a humanidade “avança e evolui” mais se acha no direito de pensar que é dona de si e de suas atitudes. Com essa história de que o corpo é meu e a vida é minha as pessoas vão agindo conforme seus desejos e necessidades. Afastam para bem longe de si a ideia divina de que precisamos de Deus para tudo. Um tudo que é refletido no amor materno, da mãe pelos filhos e da esposa pelo marido.

Não quis Deus presentear a humanidade com a Virgem Maria? Pois bem, as mães são um pequeno reflexo dessa intensão divina que brilha em Maria Santíssima por amor a Deus e em todas as mães por amor a Jesus. Todos tivemos mãe, sem exceção e todos recebemos de Deus a oportunidade de acolhermos a Virgem Maria como nossa mãe.

Sobre as mães muito já se falou neste site e sempre será pouco enaltecer o valor que elas possuem na vida de uma família e de uma sociedade. Todos os dias são dias das mães ou por acaso já se ouviu dizer que uma mãe tem dia de folga? Pois é, se as mães terrenas não têm, que dirá a mãe das mães, Nossa Senhora? Que intercede diariamente por todos confiados na cruz pelo seu filho? Que poderia estar preocupado com tantas coisas, inclusive com sua dor, mas não, preocupava-se em encaminhar os filhos do altíssimo e, diga-se de passagem: muito bem encaminhados, pelas mães que tivemos e temos e pela mãe do ressuscitado.

Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 31 de outubro de 2023

Os últimos tempos


No dia 26 de dezembro de 1957, o padre Agustín Fuentes, sacerdote da diocese de Veracruz (México) e vice-postulador das causas de beatificação de Santa Jacinta e São Francisco Marto, falou amplamente com a Irmã Lúcia no convento de Coimbra, em Portugal. Ao voltar ao México fez uma conferência sobre este encontro, referindo-se às palavras da Irmã Lúcia:

“Senhor Padre, a Santíssima Virgem não me disse que nos encontramos nos últimos tempos do mundo, mas deu-mo a entender por três motivos: O primeiro, porque me disse que o demônio está a travar uma batalha decisiva contra a Virgem Maria e uma batalha decisiva é uma batalha final, onde se vai saber de que lado será a vitória e de que lado será a derrota. Por isso, agora, ou somos de Deus ou somos do demônio: não há meio termo.

O segundo, porque me disse, tanto aos meus primos como a mim, que eram dois os últimos remédios que Deus dava ao mundo: o Santo Rosário e a devoção ao Coração Imaculado de Maria; e, se são os últimos remédios, quer dizer que são mesmo os últimos, que já não vai haver outros.

E o terceiro porque sempre nos planos da Divina Providência, quando Deus vai castigar o mundo, esgota primeiro todos os outros meios; depois, ao ver que o mundo não fez caso de nenhum deles, só então (como diríamos no nosso modo imperfeito de falar) é que Sua Mãe Santíssima nos apresenta, envolto num certo temor, o último meio de salvação. Porque se desprezarmos e repelirmos este último meio, já não obteremos o perdão do Céu: porque cometemos um pecado a que no Evangelho é costume chamar “pecado contra o Espírito Santo” e que consiste em recusar abertamente, com todo o conhecimento e vontade, a salvação que nos é entregue em mãos. São dois os meios para salvar o mundo: a oração e o sacrifício. A Santíssima Virgem, nestes últimos tempos em que vivemos, deu uma nova eficácia à oração do Santo Rosário. De tal maneira que agora não há problema, por mais difícil que seja, seja temporal ou, sobretudo, espiritual, que se refira à vida pessoal de cada um de nós; ou à vida das nossas famílias, sejam as famílias do mundo, sejam as Comunidades Religiosas; ou à vida dos povos e das nações. Não há problema, repito, por mais difícil que seja, que não possamos resolver agora com a oração do Santo Rosário. Com o Santo Rosário nos salvaremos, nos santificaremos, consolaremos a Nosso Senhor e obteremos a salvação de muitas almas”.

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Santas Almas


Vamos recordar? Em Fátima, durante a primeira aparição, Nossa Senhora disse à Lúcia que uma menina (Amélia) falecida recentemente ficaria no purgatório até ao fim do mundo. Pessoal! “Até o fim do mundo!” Esse fato costuma ser encoberto porque, bem, honestamente, nos deixa um pouco (ou muito) desconfortáveis.

Não temos sido alimentados com uma dieta constante de “Um Deus amoroso não nos puniria pelos nossos pecados?”. Afinal muito se prega com esse teor porque é mais fácil, quanto aos pecados, cometê-los a evita-los. E então, pensemos, Nossa Senhora, a Santa Mãe de Jesus Cristo, a Mãe da Misericórdia, diz que a alma de uma menina de uma pequena aldeia de Portugal, ficará no Purgatório até ao fim dos tempos? Agora, tenhamos em mente, caro leitor, que esta pobre menina viveu muito antes dos riscos espirituais trazidos pela TV, pelos filmes ruins, pela Internet, pela pornografia e por todo o resto das armadilhas morais do nosso século…

Então, vamos pensar sobre isso por um minuto. Em vez de negar a existência de um lugar de purgação, porque isso nos incomoda, vamos relembrar de como podemos ajudar a libertar muitas almas do Purgatório: oferecendo o sacrifício da santa missa, colocando nas intenções de nossas orações particulares, as almas do purgatório e também nas intenções de nossas penitências; também em forma de jaculatórias que podemos sempre proferir ao longo do dia, das semanas, meses e nossa vida inteira. Saibamos com certeza de que as almas que ajudarmos a subirem mais rapidamente ao céu, rezarão por nós, pois, não esqueceram o que fizemos por elas.

Afinal, como escapar da purgação final e necessária que uma alma necessite passar para se purificar por inteiro, acertar suas contas com Deus e, enfim, entrar na felicidade eterna na glória dos céus? Tem que nos causar terror ao pensarmos: o que será que esta menina tinha de pendência, que a morte a surpreendeu e isto lhe custou a estadia no purgatório até o final dos tempos? Vale lembrar que se chegarmos ao purgatório a única porta de saída de lá é para o céu. Ufa! Pelo menos isso! Todavia, também temos que recordar que o sofrimento do purgatório é muito semelhante ao do inferno; distingue-se apenas pela sua duração: do purgatório um dia sairemos, já do inferno...

Fonte: Jefferson Roger


 

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Quanto mais for dado, mais será cobrado


Essa afirmação do Cristo é de causar espanto e temor em muitos corações. Pelo menos deveria, já que o que se vê na prática, em nossa sociedade, é um desdém imenso pelas santas palavras bíblicas. Talvez as pessoas não se deem em conta, quem sabe não compreenderam por inteiro a mensagem. Vamos deixar no ar o benefício da dúvida, se é que ele se enquadre em assunto tão sério que é a salvação da alma. Penso que em assuntos assim uma pessoa não deveria jamais levar uma vida com algum tipo de dúvida. Exemplo: não se deve viver achando que alguma coisa não lhe faça mal para a alma, deve-se ter a certeza. Claro, aí vem o perigo porque muitas vezes o sujeito quer acreditar naquilo que lhe convém.

Então, voltando para a questão da cobrança prescrita por Deus, podemos entender com toda a certeza, que essa cobrança irá acontecer em mais de uma frente. A primeira delas já acontece em vida, você vai recebendo dons e graças e isso tudo precisa ser revertido já aqui na terra em benefício do próximo. Vejamos o exemplo dos santos. Exatamente isso, ou alguém acha que Deus quer filhos mimados?

Depois, vem a segunda frente, muito temida pelo ser humano: o dia do seu julgamento particular. Onde toda as cartas serão colocadas na mesa e o momento não servirá para darmos explicações, pois, agimos em vida segundo as escolhas que fizemos. Ao contrário, Jesus irá apontar todas as quedas intencionais que tivemos durante nossa caminhada; vai apontar todas as escolhas erradas que conscientemente fizemos e não haverá escapatória alguma. Neste momento a cobrança acontecerá e depois, a sentença que é final, imutável e eterna.

Afinal, “tudo bem entendido, teme a Deus e observa seus preceitos, é este o dever de todo homem. Deus fará prestar contas de tudo o que está oculto, todo ato, seja ele bom ou mau” – Eclesiastes 12,13-14.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Cuidado, você pode bater


Existe um ditado que diz que a pessoa dá com os burros na água; significa que tentou alguma coisa e não deu certo. Até aqui parece simples, mas a diversidade de opções pode complicar bem mais o erro que se comete. Tratam-se dos riscos que as pessoas intencionalmente decidem correr. Aqui, pela natureza deste site, o leitor já pode imaginar do que estamos a falar: das ocasiões de pecado.

São nelas que as pessoas se metem e por isso se arriscam; arriscam a perder seu estado de amizade com Deus. Você dá com os burros na água, vai para o atoleiro dos pecados, passa a chafurdar na lama e isso não é coisa que as ovelhas fazem. Nós, as ovelhas do Bom Pastor, Jesus Cristo, estamos destinadas ao céu. Não devemos imitar o besouro e tentar voar na teimosia. Façamos o que nos cabe, a nossa parte, que isso já está de bom tamanho.

Afinal, já não é trabalho demais lutar diariamente contra os espíritos malignos dispersos pelos ares? Para que adentrar em terreno desconhecido e perigoso onde fatalmente a vantagem sempre será do diabo? Ô burrice consensual, enviesando por caminhos assim o sujeito pode se acidentar feio, bater mesmo e causar um estrago muito feio em sua vida. Vale lembrar, Jesus disse que a recaída é mais difícil sete vezes de ser resolvida.

O cuidado é muito grande, intenso, constante e diário. Outro lembrete do nosso salvador? Esse muito escrevemos por aqui: vigiai e orai sem cessar.

Cuidado, você pode bater! Nesta estrada da vida, o caminho da porta estreita que nos conduz ao céu, é pedregoso, cheio de dificuldades, provações e tribulações. A bíblia não relata em parte alguma que retornar para o céu seria um caminho fácil; ao contrário, fala-se que o caminho da danação eterna é largo, em declive e bem pavimentado e muitos são os que por ele trafegam.

Fonte: Jefferson Roger


 

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O pai


Se o pai o morre, os filhos se reúnem ao redor da mãe, se a mãe morre, a família se dispersa. De fato, a coisa é assim mesmo, todos podem dar seu testemunho a esse respeito. Não que se desmereça os méritos do pai, ou se exalte demasiadamente os da mãe, na realidade são atribuições diferentes e papéis diferentes. Isso, claro, para famílias tradicionais. Na constituição querida, pensada e criada por Deus a célula básica da sociedade sempre irá carecer de uma saudável unidade familiar, onde a prosperidade humana, embasada em princípios divinos, caminha rumo ao seu destino original: retornar à pátria celeste.

Sendo assim, eis que o pai ao longo dos séculos, alicerçou o seio doméstico, constituindo uma base forte, de disciplina e rigor, e uma afetividade destinada à formação de caráter de sua prole. Pais e mães devem ser os primeiros heróis de seus filhos e bons exemplos. Afinal, o desgosto e a decepção que um filho recebe de seu pai é capaz de destruir um coração e mudar radicalmente uma vida, tamanho o valor e responsabilidade que o genitor da casa possui.

Meu pai isso, meu pai aquilo, meu pai aquele outro; tomara que nestes dizeres – algo que é querido por Deus – estejam apenas coisas boas.

Se o filho não puder contar com o pai para assuntos de sua necessidade, em cooperação com a mãe, como fica o pai nesta história? Cada um é exemplo para o outro. Para as filhas, o modo como o pai trata a mãe e as trata é um ensinamento diário; como o pai se comporta na frente delas no trato com os outros é outro exemplo disso. Assim acontecem as coisas, se educa não só com o que se diz, mas com o que se faz, exatamente nos moldes que Jesus Cristo nos deixou para seguir. Se não agimos assim, que o façamos para que não tenhamos que nos amargar pelas escolhas que fizermos. Afinal, como bem sempre lembraram os antigos: Deus está vendo tudo!

Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 10 de outubro de 2023

Cuidado com a capa


Sempre, vez por outra, falamos por aqui que as ofertas do mal vêm representadas, disfarçadas em pratos saborosos, deliciosos. Claro, elas não podem dar as caras explicitamente, pois afastariam os pobres pecadores muito facilmente. Não é assim nos documentários que vemos sobre animais? Os predadores vão se esgueirando pela relva, misturando sua cor de pele com a vegetação, caminhando em direção a presa indo contra o vento e silenciosamente aproximando-se até que a distância do bote seja real. Pois bem, nosso inimigo age assim, nos envolve com seus discursos, suas ludibriações, suas mentiras recheadas de verdades para enganar até os mais atentos.

O ditado popular já diz que não devemos julgar um livro pela capa; no entanto boas capas atraem os leitores. Na vida é assim, a curiosidade humana trabalha em favor de outrem e o corpo é facilmente tentado a não seguir a disciplina necessária para se chegar ao céu. Outro problema que precisa ser administrado é a constante batalha dos sentidos, no mundo.

A avalanche que tenta soterrar o coração de uma pessoa é imensa; o mundo quer vender tanta ideia e oferecer tanta coisa ao ponto de a pessoa não conseguir mais focar dentro de tantas opções onde está a legítima verdade divina, que é caminho e vida. Devemos sempre lembrar que nunca será demais para o diabo o tempo que ele investe com sua caterva infernal tentando nos derrubar. Se a ele não aderirmos enquanto vivos, esse combate não cessará, vai até o último suspiro.

Se uma capa que ele nos oferece a identificamos em sua falsidade, podemos ter certeza, a calmaria aparente sempre é sinal de que ele vem com outra história, outra tentativa, mostrando-nos uma outra capa para quem sabe, nos interessarmos por ela e em nossa curiosidade, abrirmos esse livro, que será o livro de nossa condenação, por livremente escolhermos deixar Deus de lado.

Fonte: Jefferson Roger


 

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Reconhecimento


Às vezes achamos que o que fazemos não está fazendo a diferença. Somos pegos, todavia, desprevenidos quando algo de bom vem ao nosso encontro demonstrando que sim, fizemos a diferença na vida de alguém; uma sementinha foi lançada, uma palavra foi acolhida, um gesto foi recebido.

Assim foi mês passado em uma experiência que tive na escola que leciono. Várias turmas puderam assistir uma de minhas apresentações de mímica. Em meio a tantos alunos, a correria e a troca de turmas no auditório, não foi possível colher as impressões da plateia. Porém, para minha surpresa, na disciplina de Artes, o professor passou uma atividade aos alunos onde o enredo desta permitiu a alguns alunos me representar em seus desenhos. Claro, chegando até mim a notícia e os desenhos, fiquei muito contente.

Alunos que eu não imaginava terem gostado estavam ali, através de suas obras de arte, transmitindo suas emoções e sentimentos que puderam me incluir no conjunto da obra. Foi uma satisfação saber que alguém recebeu com bons olhos e coração aberto a oportunidade que pude oferecer. Mais tarde, eles vieram me cumprimentar e contar que tinham me desenhado porque gostaram da apresentação, da mensagem e do cuidado que tive em lhes trazer momentos que significaram algo em suas vidas.

Assim devemos, trazendo agora para a realidade deste site, agir em relação ao próximo e por amor a Deus. Ele, lá de cima, como diziam os antigos, está de olho em tudo. Bons comportamentos de nossa parte, em uma vida pautada em sua palavra irá sim, um dia, ser reconhecido, pois, já em suas sagradas escrituras isso está declarado. Então, para que brincar com fogo nessa vida se podemos ser preenchidos pelo amor de Deus em nossos corações e pelo fogo do Espírito Santo, que queima e purifica a alma?

Fonte: Jefferson Roger


 

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