segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Sermos santos


“Eu sou o Deus todo poderoso. Anda na minha presença e sê íntegro;”

Olá caros leitores, hoje, início de janeiro, para muitos as atividades trabalhistas começam. Para nós, filhos de Deus, que já iniciamos um novo ano litúrgico já a algumas semanas atrás, para nós católicos sempre é tempo de recomeçar, sempre é tempo de conversão, sempre é tempo de estar atento ao que Deus quer nos dizer em todos os momentos de nossa vida.

E seguindo esse pensamento vale lembrar que é assim que Deus também nos fala nas sagradas escrituras. Se queremos aprender de Deus o que sua palavra tem a nos dizer, é preciso um contato com esta palavra em toda a bíblia. Não é possível uma análise isolada de um texto estando este fora de um contexto, seja ele histórico ou não. De outra maneira sim, é possível meditarmos e refletirmos sobre algum ensinamento cristão, algum versículo específico se anterior a isso já aprendemos o que o todo tem a nos dizer.

Desta maneira, podemos então meditarmos um pouquinho sobre o versículo 1, do capítulo 17 do livro do Gênesis descrito no início deste artigo. Para resumirmos bastante a conversa e agirmos como nos ensina Madre Tereza de Calcutá, quando ela nos diz que “as coisas são simples assim, pois quando acontecem é porque Deus quer e quando não acontecem é porque Deus não quer”, vamos direto ao ponto: Deus quer que sejamos santos. E para que sejamos santos é preciso que amemos. Quem ama mais é mais santo, quem ama menos é menos santo.

Quanto ao grau de santidade necessário para se entrar no paraíso não cabe a nós debatermos sobre isso, pois como nos ensina Jesus, o julgamento segue critérios Dele. E isto precisa ficar bem claro em nossas mentes pois do contrário corremos o risco de sairmos por aí apontado o cisco no olho das pessoas sem nos darmos conta da trave que existe em nosso olho.

Como vemos logo no primeiro livro da bíblia nosso criador já nos avisa, não deixa por menos e vai logo explicando o que espera de nós. Espera que não nos afastemos Dele e que sejamos irrepreensíveis, íntegros, justos ou como bem sabemos: santos. E não demora muito podemos destacar logo no livro do Levítico, um pouco mais adiante, o mesmo ensinamento. Lá diz “sedes santos como eu o vosso Deus sou santo”. É verdade, Madre Tereza estava certa, é simples assim, a fala de Deus é direta e o modelo a ser seguido também. Vamos um pouquinho mais à frente, agora nos Evangelhos. Lá é Jesus quem confirma o ensinamento do Pai quando diz “sede santos como vosso pai celeste é santo”, Mateus 5,48. E tem mais ainda. Nas cartas apostólicas a mesma exortação recebemos e aqui podemos destacar uma delas, a primeira carta de São Pedro 1,15-16, onde está escrito: 15 A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: 16 Sede santos, porque eu sou santo.

Como podemos perceber amigo leitor esse negócio de ser santo é para todos. É preciso ser santo, isso é um desejo de Deus. E vale lembrar aqui que existe diferença entre ser salvo e ser santo. Nem todo mundo que é salvo é santo, embora depois se torne santo não por merecimento mas por expiação. Porque para se entrar no reino dos céus é preciso ser santo. Lá onde não existe pecado, morada eterna do três vezes santo não será admitida a entrada de uma alma que não esteja purificada e justificada pela misericórdia e justiça divina. Aqui nesta terra não estamos a viver em um parque de diversões, onde ao término das férias voltamos para casa. Nada disso. Aqui é lugar de trabalhar pela nossa santificação e a dos irmãos recorrendo a misericórdia pois do contrário o pesado braço da justiça divina irá exigir de nós a expiação que faltar pelas nossas faltas e ofensas contra Deus ainda não devidamente e suficientemente expiadas e satisfeitas.

É comum a muitos fiéis, na sua busca pela salvação, recorrerem a intercessão dos santos, fato amplamente comprovado em toda a história de nossa religião e inclusive relatado na bíblia, no livro do apocalipse. Mas tantas vezes essa é uma atitude contraditória, até meio no estilo dos fariseus, que tanto desagradavam a Jesus. E porque desagradavam? Porque falavam mas não faziam. Não devemos nós sermos assim! Procuramos a intercessão de Maria, dos santos e santas de Deus, dos nossos anjos da guarda, mas queremos sempre lavarmos nossas mãos como Pilatos. Errado! Até mesmo quando nós fazemos nossas orações a Deus intercedendo por aqueles que nos são caros ou por aqueles por quem se recomendam nossas orações, agimos também com as mãos lavadas e não devemos. E por quê? Simples assim, olha Madre Tereza aí outra vez. Porque, como aprendemos na carta de São Tiago, a fé sem obras é uma fé morta. Como então podemos pedir algo a Deus, mas sempre de mãos vazias? A bíblia também nos ensina em Eclesiástico para não abusarmos da misericórdia de Deus porque Ele é Misericórdia mas também é Juiz.

Que tenhamos sempre em mente que é preciso fazermos as coisas da maneira certa e agradarmos a Deus. É preciso seguir Jesus por todo o caminho e não só até o domingo de ramos. Não podemos levar na brincadeira o assunto tão sério que é o da nossa santificação e salvação. O preço pago por nós na cruz, por amor trouxe a sua filha, a dor como resultado do amor maior, que é o de dar a vida por seu irmão. Como não amar de volta aquele que carregou no ombro nossos pecados? Como não querer ser santo para podermos um dia vivermos as alegrias eternas ao lado daquele que nos amou primeiro?


fonte: Jefferson Roger

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