quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Deixar para depois

 


Procrastinar, deixar para depois, aderir aos conselhos contrários que influenciam a pessoa a deixar para amanhã. A tentação do amanhã é a desculpa permanente para justificar não querer fazer algo, simplesmente porque não se prioriza, não se vê necessidade tampouco seriedade naquilo. Obrigações vem acompanhadas de inquietações. Isso, em vários aspectos da vida; a obrigação sempre é um fardo. Quanto mais pesado mais nos sentimos obrigados. Todavia, a balança existe e o contrário é válido. Senão como explicaríamos os sofrimentos voluntários dos santos? Ou as alegrias dos apóstolos por terem sofrido publicamente por causa de Jesus?

Quando alguma celebridade vai se apresentar, quantos não fazem fila um dia antes para entrar ou comprar ingressos? Suportam ficar de pé durante a apresentação no menor desconforto? Quantos trocam o dia pela noite e passam a madrugada toda em festas e baladas ao invés de dormir ou participar de uma santa missa? A missa que quase sempre dura cerca de uma hora causa inquietação se o padre estende a celebração.

Muito facilmente se deixa para depois por causa das prioridades, a seriedade da salvação da alma vai sendo renegada com uma grande facilidade. Como pode uma pessoa não achar importante se relacionar com Deus diariamente e prioritariamente? Com uma semana de cento e sessenta e oito horas, custa demais para o sempre atarefado sujeito, separar meia hora para a recitação do terço e uma hora em média para a participação de uma missa.

Deixar para depois é algo que qualquer um pode fazer; podemos deixar para depois qualquer coisa. No entanto, como é nossa intenção sobre isso? Estamos deixando mesmo para depois ou estamos deixando em definitivo, substituindo por outra coisa e ponto final? Dizendo que é para depois mas isso é um disfarce da tentação do amanhã? A vida é de cada um e a salvação é individual, quando a passagem que a morte nos transforma vier, aquele estado em que o indivíduo se encontra não pode mais ser alterado. Ter deixado para depois de nada adiantou, pois, sempre Deus nos concede o dia de hoje, o ontem não existe mais e o amanhã ainda não existe.

Fonte: Jefferson Roger

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