Foi por sua expressa vontade que, neste último sábado, o Papa Leão XIV se dirigiu ao Santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Genazzano. A decisão não partiu de um protocolo oficial, nem de um gesto agendado por assessores. Partiu do coração de um Papa que, em meio às trevas do nosso tempo, desejou colocar-se como simples filho aos pés da Mãe e confiar seu pontificado à proteção da Mãe do Bom Conselho. O Santuário de Genazzano está sob os cuidados da Ordem de Santo Agostinho desde os seus primórdios.
Essa ligação torna ainda mais significativa a visita do Papa Leão XIV, ele próprio membro da família agostiniana. Como filho espiritual de Santo Agostinho, ele quis honrar o templo confiado à sua Ordem e venerar, como devoto, a imagem que ali se conserva há séculos. Diante da imagem milagrosa da Virgem Santíssima — suspensa como por mãos invisíveis sobre a parede lateral da igreja — o Sumo Pontífice ajoelhou-se em silêncio.
Tinha no coração a Igreja. Tinha diante dos olhos a Senhora do Bom Conselho. Este gesto, singelo na aparência, mas profundo no alcance, tem um significado que ultrapassa a sua piedade pessoal. É, de fato, um gesto profético. Uma súplica ao céu. Uma proclamação silenciosa de que a Igreja reconhece, acima de todas as crises, o papel soberano de Maria: Mãe, Guia e Conselheira da humanidade.
Entre os Papas que mais fomentaram essa devoção destaca-se Leão XIII, autor da oração oficial a Nossa Senhora do Bom Conselho e grande promotor do Rosário como arma contra os erros modernos. Foi ele quem reafirmou, em seus documentos, o papel insubstituível de Maria na defesa da Igreja. Não por acaso, o atual Pontífice, Leão XIV, escolheu esse nome como sinal de continuidade espiritual. Ao visitar Genazzano, ele se coloca na mesma linha de combate mariano, reafirmando que o conselho da Virgem é remédio seguro para os males de nosso tempo.
Ainda mais nesta época de intensa confusão doutrinária, relativismo moral e apostasias veladas. A autoridade é constantemente minada; o espírito revolucionário infiltra-se até mesmo em ambientes sagrados. Contra tudo isso, Leão XIV não respondeu com discursos diplomáticos ou estratégias humanas: ele buscou a Mãe, buscou Nossa Senhora. Na visita silenciosa ao santuário, havia um pedido oculto: “Mãe, aconselhai-nos. Mostrai à Igreja o que fazer. Iluminai o caminho.” Porque hoje, como nunca, a Igreja precisa de direção.
Ao final da visita, o Papa teria resumido sua confiança com palavras que ecoam no coração dos fiéis: “onde Maria guia, Pedro permanece firme.”
Fonte: Jefferson Roger, adaptado de reginafidei.com.br
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