sexta-feira, 14 de julho de 2023

Batalhas espirituais

Já dizia o apóstolo, nos recordando as realidades que nos cercam, que a batalha que empreendemos é contra os espíritos malignos (Efésios 6,12). O bondoso Deus quis, para poupar muitos dos terrores diários que vivemos, proibir que possamos ver o mundo espiritual que nos cerca. Todavia, embora as coisas sejam assim, todos nós temos um grau de mediunidade, chegando alguns casos a ter um grau mais elevado denominado pela bíblia de dom de discernimento dos espíritos (1ª Coríntios 12,10).

Seja como for, para a maioria de nós e na maioria das vezes, tudo não passa de sensações e pressentimentos, que por não desenvolvermos o dom, nos deixa bem aquém dos recursos necessários para o combate diário que precisamos e precisaremos empreender contra a caterva infernal por toda a nossa vida terrena. Claro que é difícil prescrevermos sobre nossa situação, se estamos em vantagem ou desvantagem. Isso, porque insistimos em ficar em cima do muro ou pendemos para o bem ou para o mal quando nos convém (Apocalipse 3,16).

Credo! Vai bradar alguém; “eu, pender para o mal? Deus me livre!” – Pois é, pendemos sim e pior: diariamente e ao menos sete vezes por dia (Provérbios 24,16). Minha nossa! Que horror! Concordo, que horror mesmo, a situação humana é bem delicada, difícil, complicada e desafiadora. Já pensou se ainda por cima tivéssemos a graça de enxergar tudo a nossa volta? Caramba! Aí é que eu quereria ver o sujeito pensar não só duas vezes antes de cometer uma besteira, mas duzentas vezes. Podendo enxergar o mal que lhe cerca e arma contra si certamente teria mais cuidados do que tem (1ª Pedro 5,8). Mas... Tem sempre o mas. O preço que está imposto ao filho de Deus não é dos poucos, não é barato, não permite descontos, pechinchas, tampouco abreviações. A fatura é seca, curta, grossa, objetiva e muito clara: não lute sozinho (João 15,5), você precisa ao seu lado do Deus do impossível (Mateus 19,26) para te conduzir pelo vale das sombras (Salmo 22); e renuncie a si mesmo, tome sua cruz, dia após dia, e siga Jesus Cristo (Lucas 9,23).

Nunca se ouviu dizer que, mesmo que mui raramente, uma pessoa conseguiu sozinha vencer a batalha espiritual, de peito aberto e apenas com recursos próprios contra as investidas do mal. Já não nos parece muito difícil com a ajuda divina? Quem dirá se cometermos a burrice de tentarmos sozinhos.

Fonte: Jefferson Roger


 

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