segunda-feira, 2 de junho de 2025

O Papa e as famílias


Na homilia do último domingo o Papa Leão XIV enfatizou o propósito e a necessidade da família para o bem do ser humano, sua relação com Deus e com a sociedade. Dessa forma, vai dando sinais da direção que pretende colocar o seu serviço ministerial como Vigário de Cristo durante o tempo que lhe couber por parte de Deus. Com o tempo as coisas se definirão e ao que veio à tona ficará. Por hora, podemos acolher suas palavras já que estas não estão desalinhadas daquilo que Deus pede ao homem desde o início dos tempos como podemos atestar no livro do Gênesis.

E assim disse Leão XIV: “Caríssimos, recebemos a vida antes de a termos desejado. E não só. Assim que nascemos, tivemos necessidade dos outros para viver, já que sozinhos não teríamos conseguido: foi outra pessoa que nos ajudou, cuidando de nós, do nosso corpo e do nosso espírito. Assim sendo, todos nós vivemos graças a uma relação, ou seja, a um vínculo livre e libertador de humanidade e de cuidado recíproco. É verdade que às vezes essa humanidade é traída. Por exemplo, cada vez que se invoca a liberdade não para dar a vida, mas para tirá-la; não para socorrer, mas para ofender. No entanto, mesmo diante do mal, que cria discórdia e mata, Jesus continua a interceder por nós junto ao Pai, e a sua oração age como um bálsamo nas nossas feridas, tornando-se para todos um anúncio de perdão e reconciliação. Essa oração do Senhor dá sentido pleno aos momentos luminosos do nosso querer bem aos outros, como pais, avós, filhos e filhas. E é isso que queremos anunciar ao mundo: estamos aqui para sermos “um”, como o Senhor nos quer “um”, nas nossas famílias e onde quer que vivamos, trabalhemos e estudemos: diferentes, mas um; muitos, mas um; sempre, em todas as circunstâncias e em todas as etapas da vida.

Caríssimos, se nos amarmos assim, sobre o fundamento de Cristo, seremos sinal de paz para todos na sociedade e no mundo. E não esqueçamos: das famílias nasce o futuro dos povos.

Sejamos pois, testemunhos exemplares de cônjuges, pois o que se vê realmente é que o mundo de hoje precisa da aliança conjugal para conhecer e acolher o amor de Deus e superar, com a sua força que une e reconcilia, as forças que desagregam as relações e as sociedades.

Por isso, digo a vós, esposos, com o coração cheio de gratidão e esperança: o casamento não é um ideal, mas a regra do verdadeiro amor entre o homem e a mulher; amor total, fiel e fecundo. Esse mesmo amor, ao transformar-vos numa só carne, torna-vos capazes de, à imagem de Deus, doar a vida.

Portanto, encorajo-vos a ser exemplos de coerência para os vossos filhos, comportando-vos como quereis que eles se comportem, educando-os para a liberdade através da obediência, procurando sempre os meios para aumentar o bem que neles existe. E vós, filhos, sede gratos aos vossos pais: dizer “obrigado” pelo dom da vida e pelos dons que recebemos todos os dias é a primeira forma de honrar o pai e a mãe. Por fim, a vós, queridos avós e idosos, recomendo que cuideis daqueles que amais, com sabedoria e compaixão, com a humildade e a paciência que os anos ensinam.

Na família, a fé é transmitida, de geração em geração, junto com a vida: é partilhada como o alimento da mesa e os afetos do coração. Isso a torna um lugar privilegiado para encontrar Jesus, que nos ama e quer sempre o nosso bem.”

Fonte: adaptado por Jefferson Roger do site vaticans news 

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